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MEDRESUMOS - Respiratório

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
1 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL (OMF) – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
Arlindo Ugulino Netto 
 
Alanna Almeida Alves 
 
Lívia Tafnes Almeida de Araújo 
 
Raquel Torres Bezerra Dantas 
 
Rebeca Isabel Rodrigues Abrantes Nassim Chattah 
 
Tainá Rolim Machado Cornélio 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Os órgãos do sistema respiratório surgem a partir da quarta 
semana com a formação do sulco laringotraqueal. O endoderma que 
reveste esse sulco dá origem ao epitélio e as glândulas da laringe, 
traqueia, brônquios e pulmões. A extremidade deste sulco 
laringotraqueal prolifere rapidamente para formar as saliências 
aritenoides. Elas formarão a glote. 
 
 
No final da quarta semana, o sulco laringotraqueal se 
evagina, formando o divertículo laringotraqueal. Esse divertículo se 
alonga formando na sua extremidade distal o broto pulmonar. O 
restante do tubo forma a laringe propriamente dita, traqueia, 
brônquios principais, ramificação brônquica, bronquíolos, sacos 
alveolares e alvéolos. O divertículo respiratório logo se separa da 
faringe primitiva, mantendo estreita comunicação através do canal 
laríngeo primitivo. As pregas traqueoesofágicas se desenvolvem no 
divertículo laringotraqueal e ao se fusionarem forma uma divisão: o 
septo traqueoesofágico. 
 
 
 
 
OBS: A fístula traqueoesofágica implica em um problema no septo, fazendo com que haja uma comunicação entre 
traqueia e esôfago. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA LARINGE 
O epitélio de revestimento da laringe desenvolve-se do endoderma da extremidade cranial do tubo 
laringotraqueal. As cartilagens da laringe desenvolvem-se das cartilagens do quarto e do sexto pares de arcos 
faríngeos. 
O epitélio laríngeo prolifera rapidamente, o que resulta em oclusão temporária da luz da laringe. A recanalização 
normalmente ocorre na 10ª semana com a formação dos recessos laríngeos. A epiglote se desenvolve da porção caudal 
da eminência hipofaríngea (parte rostral dessa eminência - parte faríngea da língua). 
 
Arlindo Ugulino Netto; Raquel Torres Bezerra Dantas. 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL – RESPIRATÓRIO 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
3 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
 
 Atresia da laringe: Resulta da falta de recanalização da laringe e causa obstrução das vias aéreas 
superiores do feto (síndrome da obstrução das vias aéreas superiores). Na região distal a atresia ou 
estenose, as vias aéreas se dilatam, os pulmões estão aumentados e ecogênicos, o diafragma está 
achatado ou invertido e há presença de ascite e/ou hidropisia fetal. 
 Fenda laringotraqueoesofágica: Ocorre quando a laringe e a traqueia não se separam completamente do 
esôfago. Os sintomas são semelhantes ao da fístula traqueoesofágica, no entanto ela pode ser diferenciada 
pela afonia (ausência de voz). 
 
DESENVOLVIMENTO DOS BRÔNQUIOS E PULMÕES 
Na extremidade do divertículo laringotraqueal ocorre a formação de uma dilatação, chamada de broto traqueal 
ou broto pulmonar. Como o tempo esse broto traqueal dará origem a dois outros brotos que são os primórdios dos 
brônquios ou brônquios primitivos. Os brotos brônquicos, junto com o mesênquima circundante (mesoderma), se 
diferenciam em brônquios e suas ramificações em pulmões. 
 
 
No início da 5ª semana: aumento da conexão de cada broto brônquico com a traqueia- primórdio de um brônquio 
primário ou principal (direito e esquerdo) O brônquio principal direito é maior que o esquerdo e mais orientado 
verticalmente. Os brônquios primários ou principais subdividem-se em brônquios-tronco ou secundários. Cada brônquio 
se subdivide em lobos, três no direito e dois no esquerdo. Os lobos do pulmão direito – superior, médio e inferior – são 
separados entre si por fendas profundas denominadas fissuras. 
O pulmão esquerdo apresenta apenas dois lobos – superior e inferior – separados pela fissura oblíqua. Cada 
lobo sofre ramificações. Os brônquios segmentares ou terciários, 10 no pulmão direito e oito ou nove no esquerdo, 
começam a se formar em torno da sétima semana. Em seguida formam-se os bronquíolos terminais que darão origem 
aos bronquíolos respiratórios. Na 24ª semana os bronquíolos respiratórios já se desenvolveram. À medida que os 
pulmões se desenvolvem eles adquirem uma camada de pleura visceral a partir do mesênquima esplâncnico. A parede 
torácica do corpo torna-se forrada por uma camada de pleura parietal derivada do mesoderma somático. 
Com o crescimento dos brônquios para dar origem aos pulmões, vão originar entradas na lateral do músculo 
diafragma, chamados de recessos costodiafragmáticos. Essas entradas são importantes porque à medida que ocorre a 
inspiração, os pulmões entram nos recessos para dar uma maior expansão da caixa torácica e, consequentemente, mais 
ar entrando. Na expiração ocorre o contrário. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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MATURAÇÃO DOS PULMÕES 
É dividida em quatro períodos: 
 Pseudoglandular (6 a 16 semanas): os principais elementos do pulmão já formados, exceto os envolvidos nas 
trocas gasosas. A respiração é impossível, tornando a vida inviável de um feto nascido nesse período. 
 Canalicular (16 a 26 semanas): período de ampliação da luz dos brônquios e bronquíolos terminais e 
vascularização do tecido pulmonar. Com 24 semanas a respiração é possível pela grande quantidade de 
alvéolos existentes, além de possuírem paredes epiteliais mais delgadas e tecido pulmonar mais vascularizado. 
 Saco terminal (26 semanas ao nascimento): desenvolvimento de muito mais alvéolos primitivos e células 
epiteliais muito mais delgadas. A barreira hemato-aérea surge, permitindo as trocas gasosas. 
 Alveolar (32 semanas a 8 anos): os alvéolos maduros se formam após o nascimento. O desenvolvimento 
alveolar é em grande parte concluído até os três anos, mas os novos alvéolos podem ser formados até os oito 
anos de idade. 
 
OBS: A produção de surfactante começa com 20 semanas. Atinge níveis adequados no final do período fetal 
(especialmente nas duas últimas semanas de gestação). 
OBS: Na 26ª semana os alvéolos estão revestidos sobretudo por células epiteliais endodérmicas – células alveolares 
tipo I ou pneumócitos. As células alveolares tipo II secretam surfactante e encontram-se dispersas entre as células tipo I. 
OBS: Três fatores são importantes para o crescimento do pulmão: espaço torácico adequado, movimentos respiratórios 
fetais e volume adequado líquido amniótico. 
OBS: No nascimento, os pulmões apresentam metade do seu volume preenchido e acaba saindo pela boca, nariz, além 
de drenado pelos sistemas linfáticos, artérias e capilares pulmonares. 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
 Oligoidrâmnio: pequena quantidade de líquido amniótico (que pode ser decorrente de problemas no sistema 
urogenital do concepto, o que diminui a produção do líquido). Quando o oligoidrâmnio é grave e crônico, o 
desenvolvimento pulmonar é retardado e o resultado é a hipoplasia grave. 
 
 Síndrome da Dificuldade Respiratória: é a respiração rápida e difícil após o parto devido a deficiência do 
surfactante, gerando o subdesenvolvimento, acontecendo mais em prematuros. 
 
 Hérnia Pulmonar devido à Hérnia Diafragmática Congênita: quando as partes que formam o diafragma (septo 
transverso, membrana pleuroperitoneal e mesentério do esôfago) não se fundem, formando uma cavidade de 
comunicação entre a região torácica e abdominal, permitindo a passagem das vísceras para a região dos 
pulmões, fazendo com que os pulmões não se desenvolvam normalmente. A maioria dos bebês morre por 
insuficiência respiratória. 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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HISTOLOGIA: APARELHO RESPIRATÓRIOO sistema respiratório, constituído pelos pulmões e uma série de 
vias aéreas, funciona fornecendo O2 para as células do corpo e eliminando 
CO2 derivado do metabolismo dessas células. Anatomicamente, podemos 
dividir o sistema respiratório em duas porções: 
 Porção condutora: transporta o ar desde o meio externo até os 
pulmões, ou vice-versa. Cavidade Nasal, Boca, Nasofaringe, 
Faringe, Laringe, Traqueia, Brônquios (divididos em brônquios 
primários, secundários ou lobares, e terciários), Bronquíolos, 
Bronquíolos Terminais. 
 Porção respiratória: realiza, de fato, as trocas gasosas (hematose). 
Bronquíolos Respiratórios, Ductos Alveolares, Alvéolos Pulmonares 
e Sacos Alveolares. 
 
OBS: Membrana respiratória: é o conjunto de paredes que separa a luz do 
alvéolo da luz dos capilares pulmonares pelas quais os gases devem 
ultrapassar para serem trocados. Ela é constituída pela parede do capilar, a 
membrana basal e a parede do alvéolo (constituída pelos pneumócitos do 
tipo I, cuja função é aderir e sustentas os vasos sanguíneos aos alvéolos). 
OBS²: Os pneumócitos tipo II produzem o surfactante pulmonar, que 
impedem o colabamento natural dos alvéolos durante a expiração. 
 
 
 
EVENTOS RESPIRATÓRIOS 
 Respiração (ventilação): movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões. Para evitar infecções nas vias 
aéreas, o ar deve passar por processos de umidificação, filtragem e aquecimento (para evitar o fechamento dos 
alvéolos, manter a temperatura corpórea e favorecer as trocas gasosas) pelos plexos venosos da cavidade 
nasal. 
 Respiração externa: troca de O2 do ar inspirado pelo dióxido de carbono do sangue. 
 Transporte de gases: transporte de O2 e CO2 para e das células. 
 Respiração interna: troca de CO2 por O2 na proximidade das células. 
 
 
CAVIDADE NASAL 
 O septo nasal, cartilaginoso e ósseo, divide a cavidade nasal nas metades direita e esquerda. Lateralmente, 
cada metade da cavidade nasal é limitada por uma parede óssea e pela ala (asa), cartilaginosa, do nariz. 
A cavidade nasal se comunica com o exterior, anteriormente, através das narinas, e com a nasofaringe, 
posteriormente, através das cóanas. Da parede óssea lateral projetam-se três prateleiras ósseas delgadas, curvadas 
para baixo, situadas uma acima da outra: as conchas nasais (cornetos) superior, média e inferior, que aumentam a 
área de contato da mucosa nasal com o ar a ser filtrado e aquecido. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto; Raquel Torres Bezerra Dantas. 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL – RESPIRATÓRIO 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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VESTÍBULO 
 O vestíbulo nasal corresponde pela porção inicial da 
cavidade nasal, que não é recoberta por tecido respiratório, 
mas sim, por tecido epitelial estratificado pavimentoso 
não queratinizado. Além disso, estão localizadas, nessa 
região, as vibrissas, pelos rígidos e curtos, que impedem a 
entrada das partículas maiores de poeira na cavidade nasal. 
 Apresenta lâmina própria, que é constituída de 
tecido conjuntivo denso não modelado com presença de 
glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA 
 Com exceção do vestíbulo e da região olfativa, é 
marcante a existência do tecido respiratório característico: 
tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado 
cilíndrico ciliado com células caliciformes. 
 O tecido conjuntivo subepitelial (lâmina própria) é 
ricamente vascularizado, especialmente na região das 
conchas e no aspecto anterior do septo nasal, contendo 
grandes plexos arteriais e seios venosos (região em que há 
o processo de aquecimento do ar). 
A lâmina própria tem muitas glândulas seromucosas (responsáveis, também, por favorecer a fixação das 
moléculas aromáticas na região olfativa) e abundantes elementos linfoides (BALT), incluindo linfonodos ocasionais, 
mastócitos e plasmócitos (imunoglobulinas IgA, IgE e IgG) que protegem a mucosa nasal contra antígenos inspirados, 
bem como contra a invasão de micróbios. 
 Em resumo, podemos citar, como principais células (6) da porção respiratória: 
 Células basais: células menores do epitélio pseudo-estratificado, que dá origem as demais células desse 
tecido. 
 Célula colunares de revestimento ciliadas: dotadas de cílios. 
 Células caliciformes: produtoras de muco ou mucina (muncinógeno hidratado). 
 Células serosas: células colunares com microvilosidades apicais e grânulos contendo uma solução eletrodensa, 
um fluido seroso de composição desconhecida. 
 Células escova: células caliciformes que eliminaram o muco ou células ciliadas que perderam os cílios. 
 Células DNES: produtoras de hormônios que atuam no processo de amadurecimento das células basais. 
 
OBS
3
: O tecido respiratório é um dos tecidos que mais estão propensos à metaplasia, que consiste na mudança 
reversível do epitélio. No caso do epitélio respiratório, há a produção de um epitélio de revestimento estratificado sem 
cílios e com uma grande concentração de células caliciformes (que produzem muco em excesso – o pigarro). 
 
REGIÃO OLFATIVA DA CAVIDADE NASAL 
 O teto da cavidade nasal, constituído 
pelo aspecto superior do septo nasal e a 
concha nasal superior são revestidos por 
epitélio olfativo. A lâmina própria subjacente 
contem as glândulas de Bowman (que 
secretam fluido), um rico plexo vascular e 
conjuntos de axônios provenientes das células 
olfativas do epitélio olfativo. Este epitélio é 
constituído por três tipos de células (3): 
 Células olfativas: são neurônios 
bipolares (do corpo celular saem duas 
ramificações: uma constitui o axônio e 
outra que dará origem aos dendritos) 
cujo aspecto apical é modificado, 
formando a vesícula olfativa (que se 
projeta sobre a superfície das células 
de sustentação) e os cílios olfativos 
(captam os cheiros). Cada axônio, 
apesar de ser amielínico, tem uma bainha composta por células de Schwann. As fibras nervosas cruzam a placa 
cribriforme no teto da cavidade nasal estabelecendo sinapses com neurônios secundários no bulbo olfativo. 
Esses neurônios olfativos mudam a cada 3 semanas, representando as únicas células nervosas capazes de 
renovação e possuem cerca de 1000 receptores diferentes de aromas. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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 Células de sustentação: são células colunares com bordas apicais estriadas constituídas por microvilosidades. 
Acredita-se que essas células deem sustentação física, nutrição e isolamento elétrico para os neurônios 
olfativos. 
 Células basais: células basófilas, baixas e piramidais cujo aspecto apical não alcança a superfície epitelial. 
Possuem uma considerável capacidade proliferativa e podem substituir tanto as células de sustentação quanto 
as células olfativas. 
 
A lâmina própria da mucosa olfativa é constituída por tecido frouxo a denso, não modelado, ricamente 
vascularizado e firmemente aderido ao periósteo. Contém inúmeros filamentos linfoides e as glândulas de Bowman, que 
produzem uma secreção serosa que retém moléculas aromáticas oriundas do ar inspirado. 
 
HISTOFISIOLOGIA DA CAVIDADE NASAL 
 A mucosa nasal, úmida, filtra o ar inspirado. Partículas de poeira são presas pelo muco produzido pelas células 
caliciformes do epitélio e pelas glândulas seromucosas da lâmina própria. Desta maneira, os cílios do epitélio respiratório 
levam as partículas presas no muco para a faringe onde são deglutidas ou expectoradas. 
 Além do filtrado, o ar também é aquecido e umedecido ao passar sobre a mucosa, que é mantida quente e 
úmida por uma rica vascularização derivada de uma extensa rede de fileiras de vasos arqueados e agrupados, de modo 
que o ar entre com sentido antiparalelo ao fluxo de sangue. Assim, o calor é transferido continuamente para o ar 
inspirado por um mecanismo contracorrente. 
 O epitélio olfativo é responsável pela percepção de odores, e também dá uma contribuição importante ao 
paladar. Sabe-se que os cílios olfativos de uma determinada célulaolfativa têm numerosas cópias de uma determinada 
molécula receptora de odor. As moléculas odoríferas dissolvidas no fluido seroso ligam-se a seu receptor específico. 
Quando número limiar de receptores para odor é ocupado, a célula é estimulada gerando um pontecial de ação, 
passando a informação para o bulbo olfativo, uma projeção do SNC, onde ela é processada. Os axônios das células 
olfativas fazem sinapse com células mitrais situadas em pequenas regiões esféricas do bulbo olfativo denominadas 
glomérulos. O córtex olfativo pode distinguir cerca de 10000 aromas diferentes. A fim de impedir que um único estimulo 
produza respostas repetidas, o fluxo continuado de fluido seroso das glândulas do Bowman limpa constantemente os 
cílios olfativos. 
 
 
SEIOS PARANASAIS 
 Alguns ossos do crânio como o etmoide, esfenoide, frontal e maxilar contém grandes 
espaços forrados com mucoperiósteo, os seios paranasais, que se comunicam com a 
cavidade nasal. O ar também tem acesso à esses seios para um aquecimento adequado. A 
mucosa de cada seio é constituída por uma lâmina própria de tecido conjuntivo fundida com o 
periósteo. Esta delgada lâmina, semelhante à da cavidade nasal, contem glândulas 
seromucosas (em processos infecciosos, há uma excessiva produção de muco, 
desencadeando as sinusites) assim como elementos linfoides. 
 
 
 
NASOFARINGE 
 É a porção mais superior da faringe, que começa na coana e se estende até o nível do istmo das fauces 
(garganta). A nasofaringe está revestida por epitélio respiratório, enquanto as regiões oral e laríngea estão revestidas 
por epitélio pavimentoso estratificado. 
 A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo variando de frouxo a denso não modelado, vascularizado, 
contendo glândulas seromucosas e elementos linfoides. Há a presença das tonsilas faríngeas. 
 
OBS
4
: Essa porção da faringe se comunica com o ouvido médio por meio do óstio faríngeo da tuba auditiva. 
OBS
5
: Flora normal orofaringe e da nasofaringe: há uma cultura de bactérias mutualistas na região da faringe, que em 
exames laboratoriais, seriam designadas como negativas (quando o resultado é positivo, é sinal que há a presença de 
bactérias estranhas e patogênicas na faringe). São elas: 
 Bactérias anaeróbicas (mais comuns): Peptostreptococcus, Fusobacterium, Porphyromonas, Bacteroides, 
Actinomyces. 
 Bactérias aeróbicas: Streptococcus - grupo viridans; Staphylococcus (coagulase-negativos); Neisseria não 
patogênicas, Haemophilus ssp (não do grupo B). 
 
 
LARINGE 
 Órgão responsável pela fonação e passagem do ar para a traqueia, impedindo, também, a passagem de comida 
ou líquidos para o sistema respiratório durante a deglutição. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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 A laringe, situada entre a faringe e a traqueia, é um tubo cilíndrico e rígido. A parede da laringe é reforçada por 
cartilagens hialinas (tireoide, cricoides, aritenoides) e cartilagens elásticas (epiglote, cartilagens corniculadas e 
cuneiformes). 
 Durante a respiração, a epiglote fica em posição vertical permitindo a abertura do adito (abertura) da laringe e a 
passagem do fluxo de ar para as vias respiratórias. Mas, durante a deglutição de comida ou fluidos (até mesmo a saliva), 
ela assume uma posição horizontal fechando esse ádito. 
 O tecido epitelial respiratório característico prevalece em toda laringe, com exceção da parte relacionada com a 
laringofaringe. A camada submucosa possui glândulas mucosas e seromucosas. 
 A luz da laringe se caracteriza pela presença de duas pregas semelhantes a prateleiras, as pregas vestibulares 
e as pregas vocais (reforçada por tecido conjuntivo denso modelado e por tecido elástico). Durante a respiração 
silenciosa as pregas estão parcialmente abduzidas; na inspiração forçada, completamente abduzidas; na formação, 
pregas fortemente aduzidas. 
 
 
TRAQUEIA 
 A traqueia é um tubo com 12cm de comprimento que começa na cartilagem cricoide da laringe e termina ao se 
bifurcar formando os brônquios primários. A parede de traqueia é reforçada por 10 a 12 anéis de cartilagem hialina 
(anéis traqueais) em forma de C que mantém constante a luz do tubo para a passagem do ar. As extremidades abertas 
desses anéis voltam-se posteriormente para se ligarem a uma parede membranácea de músculo liso – o músculo 
traqueal. 
 A traqueia é composta de três camadas: mucosa, submucosa e adventícia. 
 
MUCOSA DA TRAQUEIA 
 Constituída por tecido epitelial respiratório colunar, pseudo-estratificado ciliado, tecido conjuntivo subepitelial 
(lâmina própria) e um feixe relativamente espesso de fibras elásticas, que separam a mucosa da submucosa. 
 
OBS
6
: O epitélio respiratório é um epitélio colunar pseudo-estratificado compostos por seis tipos de celulares (cilíndrica 
ciliada - 30%; caliciformes - 30%; basais - 30%; células em escova - 3%; células serosas - 3%; células do DNES - 4%). 
Todas essas células estão em contato com a membrana basal, mas nem todas chegam à luz. 
 
SUBMUCOSA 
 É constituída por tecido conjuntivo denso não modelado fibroelástico, contendo numerosas glândulas mucosas e 
seromucosas. Possui um rico suprimento vascular, sanguíneo e linfático. 
 
ADVENTÍCIA 
 A adventícia da traqueia contém os anéis de cartilagem hialina em forma de C. Essa camada é responsável pela 
ancoragem da traqueia às estruturas adjacentes: esôfago e tecido conjuntivo do pescoço. 
 
 
ÁRVORE BRÔNQUICA 
 Começa na bifurcação da traqueia, com a formação dos brônquios 
primários, direito e esquerdo, que se arborizam, terminando nos bronquíolos 
terminais, região menor e mais distal da porção condutora do sistema 
respiratório. 
 
OBS
7
: Bronquíolos não apresentam cartilagem hialina, havendo apenas 
músculo liso, que sofre broncoconstricção ou broncodilatação. Esse efeito 
não acontece nos brônquios maiores devido a existência dos anéis de 
hialina. 
 
BRONQUIOS PRIMÁRIOS (EXTRAPULMONARES) 
 A estrutura dos brônquios primários é idêntica à da traqueia, exceto 
que o diâmetro dos brônquios é menor e sua parede é mais delgada. 
 
BRONQUIOS SECUNDÁRIOS (LOBARES) E BRONQUIOS TERCIÁRIOS 
São brônquios que se dividem para suprir cada lobo do pulmão. A cartilagem hialina é gradativamente 
substituída por músculo liso. Ainda são presentes: glândulas seromucosas, T.E. respiratório (Basais, caliciformes, 
ciliadas, em escova e DNES) e placas de cartilagem hialina. 
 
BRONQUÍOLOS 
 A cartilagem hialina é completamente substituída por músculo liso. As células do tecido epitelial, antes colunares, 
vão diminuindo para apresentarem-se cúbicas e simples (muitas com cílios), com a presença de células de Clara (que 
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produzem um muco que degrada toxinas por meio de enzimas P-450) que substituem gradativamente a presença das 
células caliciformes. 
 A camada muscular tende a desaparecer à medida que se aproxima dos alvéolos. 
 
BRONQUÍOLOS TERMINAIS 
 Os bronquíolos terminais formam a região menor e mais distal da porção condutora do sistema respiratório. O 
epitélio desses brônquios é constituído por células de Clara e células cuboides, algumas com cílios. A delgada lâmina 
própria é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico e está envolvida por uma ou duas camadas de células 
musculares lisas sem glândulas. 
 
 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA 
 A porção respiratória do sistema respiratório é composta por bronquíolos respiratórios, dutos alveolares, sacos 
alveolares e alvéolos. 
 
BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS 
São a primeira região do sistema respiratório em que já pode ocorrer trocas gasosas, e se comunica diretamente 
com os alvéolos. Está constituído por músculo liso, que é substituído gradativamente por fibras colágenas (que nos 
alvéolos, formará a membrana basal, que une o epitélio do vaso com o alvéolo). O T.E.R. simples cuboide é substituído 
por pavimentoso, com a presença de células ciliadas, células de Clara e pneumócitos tipoI (estruturais) e II (produtoras 
de surfactantes). Não há a presença de glândulas. 
 
OBS
8
: O sistema nervoso simpático causa broncodilatação e vasoconstricção, enquanto o parassimpático causa 
broncoconstricção (broncoespasmo) e vasodilatação. 
OBS
9
: No pulmão, há um maior número de pneumócitos tipo II, mas em área de revestimento, os pneumócitos tipo I são 
mais expressivos (destruídos no enfisema pulmonar). 
OBS
10
: Os ductos alveolares são a continuação dos bronquíolos respiratórios, e não possuem paredes próprias. Eles 
são simplesmente arranjos lineares de alvéolos. Um ducto alveolar termina em uma bolsa de fundo cego com dois ou 
mais grupos de alvéolos, denominados sacos alveolares. Estes sacos abrem-se, portanto, em um espaço comum 
denominado de átrio. 
 
ALVÉOLOS 
São pequenos sacos aéreos constituídos por pneumócitos tipo I, altamente 
adelgaçados, e pneumócitos tipo II, maiores. 
Aproximadamente, 95% da superfície alveolar é composta por epitélio 
pavimentoso simples, cujas células são denominadas pneumócitos tipo I, que formam 
junções de oclusão uns com os outros que impedem, desta maneira, o 
extravasamento de fluido extracelular para a luz do alvéolo. 
Os pneumócitos tipo II, mesmo sendo mais numerosos que o tipo I, 
correspondem apenas à 5% da superfície alveolar. Os pneumócitos tipo II produzem 
o surfactante pulmonar, substância que permite a manutenção da luz do alvéolo, 
sendo armazenado nos corpos lamelares. 
 
OBS
11
: Surfactante: fosfolipídios (dipalmitoil, fosfatidilcolina e fosfatidilglicerol) e 
proteínas surfactantes (A, B, C e D). 
 
Há também a presença dos macrófagos alveolares (células de poeira) que 
fagocitam partículas presentes na luz dos alvéolos assim como nos espaços 
interalveolares. 
O septo interalveolar é a parte que separa um alvéolo do outro, sendo 
composto por fibras colágenas, elásticas, macrófagos, fibroblastos, mastócitos 
(relacionados com processos alérgicos) e elementos linfoides. Há a presença de 
plasmócitos que produzem IgA e IgE. 
 
 
BARREIRA HEMATOAÉREA E HEMATOSE 
 É a barreia que separa o compartimento dos alvéolos da luz do capilar, sendo representada pela própria 
membrana respiratória: pneumócito tipo I, membrana basal e células endoteliais do capilar. Na hamatose, ela é cruzada 
pelo O2 e CO2. 
 A troca de gases em nível dos alvéolos deve-se ao gradiente de pressão entre eles. 
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 O oxigênio chega aos alvéolos com uma pressão parcial maior do que na corrente sanguínea, difundindo-se 
nesse sentido. Na luz do capilar, se liga à porção heme da hemoglobina das hemácias, formando a 
oxiemoglobina. 
 O CO2 deixa o sangue, difunde-se pela barreia hemato-aérea e vai para a luz dos alvéolos e sai dos espaços 
alveolares com a expiração do ar. 
 
TRANSPOTE DE GASES PELO SANGUE 
 A maior parte do CO2 dissolvido no plasma é transportada na forma de íons bicarbonato (formado a partir da 
anidrase carbônica, que forma o ácido carbônico, e que se dissocia naturalmente: H2CO3  H
+
 + HCO3
- 
). Uma 
pequena parte liga-se a globina da hemoglobina, formando a carboemoglobina. 
 A maior parte do O2 é transportada pelo grupo heme da hemoglobina, formando a oxiemoglobina. 
 
 
CAVIDADES PLEURAIS 
 Pleura visceral: membrana fixada à parede do pulmão. 
 Espaço pleural: espaço entre as pleuras compreendido por uma pressão subatmosférica que faz com 
que o pulmão se expanda na inspiração. 
 Pleura parietal: reveste a caixa torácica internamente. 
 
 
IRRIGAÇÃO VASCULAR E LINFÁTICA E INERVAÇÃO DOS PULMÕES 
 
VASOS SANGUÍNEOS 
 As artérias e veias pulmonares constituem a circulação funcional do pulmão, em que há trocas gasosas nos 
alvéolos. As artérias e veias brônquicas constituem a circulação nutridora do pulmão: aquelas são ramos da a. aorta 
torácica, e estas são tributárias do sistema de veias ázigos. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
 Os pulmões tem um sistema duplo de drenagem linfática: 
 Rede profunda: chegam até os alvéolos. 
 Rede superficial: não chegam ao nível de alvéolos. 
 
INERVAÇÂO PULMONAR 
 Os gânglios simpáticos enviam fibras simpáticas para o pulmão e o nervo vago envia fibras parassimpáticas para 
os músculos lisos da árvore brônquica. 
 Fibras simpáticas: induzem o relaxamento dos músculos lisos, realizando broncodilatação (mas causam 
constrição dos vasos sanguíneos). 
 Fibras parassimpáticas: induzem a contração dos músculos lisos causando broncoconstricção. 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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ANATOMIA SISTÊMICA: SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos com capacidade de realizar trocas gasosas, 
processo conhecido como hematose, absorvendo oxigênio (O2) e eliminando gás carbônico (CO2). 
 
DIVISÃO ANATÔMICA 
 
Porção de condução: São órgãos 
tubulares que conduzem o ar 
inspirado até os pulmões. 
Porção respiratória: Órgão 
responsável pela hematose. 
 
 Nariz 
 Faringe 
 Laringe 
 Traqueia 
 Brônquios 
 Pulmão 
 
NARIZ 
O nariz é uma protuberância de forma piramidal que se encontra na parte central da face, situada no plano 
mediano. Para estudo anatômico, o nariz pode ser dividido em nariz externo e cavidade nasal. 
Suas principais funções são: 
 Conduzir o ar atmosférico para a faringe 
 Olfação 
 Filtrar 
 Aquecer 
 Umidificar o ar inspirado. 
 
NARIZ EXTERNO 
 In vivo, o nariz apresenta um componente ósseo e outro cartilaginoso. Em crânios secos o nariz é marcado pela 
abertura piriforme. 
 Parte óssea: Oo. Maxilares e Oo. Nasais 
 Parte cartilaginosa: Cartilagem do Septo; 
Cartilagem Alar Maior; Cartilagem Lateral; 
Cartilagens Alares Menores. 
 
Apresenta-se com o formato de uma pirâmide de 
base triangular, sendo dotado das seguintes regiões: 
 Raiz: corresponde ao vértice da pirâmide nasal, 
em nível ósseo, à sutura que une os ossos nasais 
ao osso frontal. 
 Base: voltada para baixo, apresenta 02 orifícios 
para entrada do ar atmosférico, as narinas. 
Separando as narinas identificamos o subsepto. 
 Ápice: representa a o ângulo mais saliente da 
base do nariz. 
 Dorso: representado por um ângulo rombo, que 
se estende do ápice à raiz do nariz. 
 
A face posterior do nariz é virtual e olha para a cavidade nasal; as faces laterais, identificadas em perfil, estão 
separadas entre si pelo dorso do nariz. 
Com relação à variação morfológica do dorso e narinas, em geral os brancos apresentam nariz longo e estreito, 
com narinas sagitais. Na raça negra tem o formato curto, largo com narinas elípticas ou ovais, com diâmetro transversal. 
 
CAVIDADE NASAL 
A Cavidade Nasal (CN) é uma escavação localizada em nível do terço médio e central da face, e acima da 
cavidade bucal. É dividida pelo Septo Nasal em dois compartimentos, um a esquerda e outro à direita, verdadeiros 
corredores para a passagem do ar durante a respiração. 
Arlindo Ugulino Netto; Raquel Torres Bezerra Dantas; Prof. Roberto Guimarães Maia. 
 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL – RESPIRATÓRIO 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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A cavidade nasal é dividida em direita e esquerda através de um septo mediano osteocartilagíneo, o septo nasal. 
A parte óssea do septo nasal é formada pela lâmina 
perpendicular do osso etmoide e o osso vômer. 
A cavidade nasal pode ser dividida em regiões: 
 Vestíbulo: espaço oval situado logo atrás das 
narinas. Ele é dotado de pequenos pelos 
(vibrissas), responsáveis por filtrar, de forma mais 
grosseira, o ar atmosférico. Seu revestimento é 
cutâneo. 
 Olfatória: está restrita a concha nasal superior e 
1/3 superior do septo nasal. Neste território 
encontramos fibras nervosas que deixam a 
cavidade nasal através da Lâmina Cribriforme do 
osso etmoide, reunindo-se na cavidade craniana 
para formar o nervo olfatório. 
 Respiratória:compreendem todo o restante da 
cavidade nasal. É revestida por mucosa 
respiratória, sendo responsável pela função de 
pré-condicionar o ar (filtrar, aquecer, e umidificar) 
condição essencial para que o O2 seja bem 
absorvido em nível dos pulmões. 
 
Para trás do vestíbulo, a cavidade nasal apresenta para estudo 04 paredes: superior, inferior, medial e lateral. 
 Parede superior: é formada de diante para trás pelos ossos: nasal, frontal, etmoide e esfenoide. Acima desta 
parede encontramos a cavidade craniana. 
 Parede inferior: também de diante para trás, é formada pelo processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal 
do osso palatino. 
 Parede medial: é formada pela parte óssea do septo nasal: lâmina perpendicular do osso etmoide; e pelo osso 
vômer. 
 Parede lateral: está formada de diante para trás pelos ossos: maxila (3); lacrimal (4); etmoide (5); concha nasal 
inferior (6); palatino (7); e esfenoide. 
 
Na parede lateral da cavidade nasal, encontramos proeminências ósseas revestidas pela mucosa respiratória 
denominadas de conchas nasais: superior, média e inferior. Entre as conchas, encontramos espaços delimitados 
pelas conchas, pelos quais o ar circula através do nariz para faringe e para os seios paranasais, conhecidos como 
meatos nasais: superior, médio e inferior. 
A cavidade nasal estabelece comunicações que se fazem importante no processo de condução do ar: com o 
meio externo, através das narinas; com a farine, através dos coanos (ou coanas); com a cavidade orbital, através do 
ducto lacrimonasal, que deságua no meato inferior; e com os seios paranasais, através dos demais meatos. 
 Seio esfenoidal: acima da concha superior 
 Seio frontal: meato médio 
 Seio maxilar: meato médio 
 Cél. Etmoidais anteriores: meato médio 
 Cél. Etmoidais posteriores: meato superior 
 Ducto lacrimonasal: meato inferior 
 
SEIOS PARANASAIS 
 Os seios paranasais são cavidades pneumáticas (que contém ar) 
revestidas por mucosa respiratória. Estes seios estabelecem comunicação com a 
cavidade nasal. Ossos que apresentam seios em sua estrutura: 
 Frontal  meato médio 
 Esfenoide  acima da concha nasal superior 
 Etmoide  meato médio e superior 
 Maxila  meato médio 
 Temporal (o seio pneumático deste osso não estabelece comunicação 
com a cavidade nasal, mas com o ouvido médio) 
 
 A inflamação/infecção da mucosa que reveste os seios paranasais está 
relacionada com a fisiopatologia das rinites. 
 
 
 
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FARINGE 
É um órgão infundibular, muscular e mucoso, localizado por diante da porção cervical da coluna Vertebral, e por 
trás das Cavidades, Nasal; Bucal; e da laringe. Estende-se da porção basilar do osso occipital até a 6ª vértebra cervical. 
Serve como órgão de condução para 2 Sistemas Orgânicos: o Sistema Respiratório e o Sistema Digestório. Tem 
a importância de conduzir o ar até a traqueia ou o alimento até o pescoço. 
Com relação à estratigrafia da faringe, ela está representada pela superposição de 03 camadas: 
 Camada Muscular (camada externa): músculos elevadores e constrictores. 
 Aponeurose da faringe (camada média): representa o arcabouço da faringe. 
 Camada Mucosa – Interna: é contínua com a mucosa das estruturas que se comunicam com a faringe. 
 
A faringe se comunica com a cavidade nasal, a cavidade oral e a cavidade da laringe; inferiormente, se 
comunica com o esôfago. A correspondência da faringe, anteriormente, com cada uma dessas cavidades, serve como 
referência para dividirmos o órgão em 03 porções sucessivas. 
 Porção Superior: Parte Nasal ou nasofaringe. Encontra-se compreendida no espaço entre a base do crânio e a 
linha superior e se comunica com a cavidade nasal através dos coanos. 
 Porção Média: Parte Oral ou orofaringe. Está localizada no espaço compreendido entre as linhas superior e 
inferior e se comunica com a cavidade oral através do istmo das fauces. 
 Porção Inferior: Parte Laríngea ou laringofaringe. Está localizada no espaço compreendido entre a linha inferior e 
C7 e se comunica com a laringe através do ádito da laringe. 
 
 
Marcando o limite entre as três porções da Faringe existem 02 Linhas Imaginárias que acompanham a direção 
do Plano de Secção Transversal: 
 Linha superior: passa em nível do Palato Mole. 
 Lina inferior: passa em nível do Osso Hioide. 
 
NASOFARINGE 
Está dividida para estudo anatômico em 06 paredes: anterior; posterior ; superior; inferior; laterais. 
 Parede Anterior: Cóanos 
 Parede Posterior: Tonsila Faríngea 
 Parede Superior: Parte Basilar do Osso Occipital 
 Parede Inferior: Virtual (contínua com o esôfago) 
 Paredes Laterais: Óstio Faríngeo da Tuba Auditiva e Toro tubário. 
 
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OROFARINGE 
Em sua divisão para estudo anatômico também serão reconhecidas 06 paredes: superior; inferior; anterior; 
posterior; laterais. 
 Parede Anterior: Istmo das Fauces 
 Parede Posterior: Corpo de C2 
 Parede Superior: Virtual 
 Parede Inferior: Virtual 
 Paredes Laterais: Canais Alimentícios 
 
OBS: O termo “Encruzilhada Aero-Digestória” é associado à parte oral da faringe, em razão de ser nessa porção do 
órgão que se verifica o cruzamento entre as vias aéreas e digestórias. 
 
LARINGOFARINGE 
Está dividida para estudo anatômico em 06 paredes: superior; inferior; anterior; posterior; laterais. 
 Parede Anterior: cartilagem epiglótica, ádito da laringe, cartilagens aritenoideas e cricoidea. 
 Parede Posterior: C3 a C7 
 Parede superior: virtual 
 Parede inferior: esôfago 
 Paredes laterais: recessos piriformes. 
 
 Os recessos piriformes são espaços onde corpos estranhos normalmente ficam retidos, antes de serem 
aspirados para a laringe, causando a sensação de engasgo. 
 
LARINGE 
 A laringe é um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço. Coloca-se anteriormente a 
Faringe, abaixo do Osso Hioide, e acima da Traqueia. Suas principais funções são: 
 Conduzir o ar 
 Responsável pela produção do som da Voz 
 
A laringe é basicamente formada por um esqueleto cartilaginoso revestido por mucosa e músculos, intrínsecos e 
extrínsecos. 
 Esqueleto cartilaginoso: 
o Cartilagens ímpares: Epiglótica, Tireoidea, Cricoidea. 
 Cartilagem tireoidea: é a maior cartilagem da laringe, sendo constituída por duas lâminas, unidas 
anteriormente, formando ângulo agudo, e divergentes posteriormente. A Proeminência Laríngea 
corresponde ao ângulo anterior formado pela cartilagem Tireoide; é palpável na face anterior do 
pescoço, sendo mais evidente no homem (“pomo de adão”). 
 Cartilagem epiglótica: apresenta forma de folha vegetal. É constituída de cartilagem elástica. Ela 
funciona como uma Válvula, obstruindo o Ádito da Laringe durante a deglutição, e assim 
impedindo a passagem de corpos estranhos para a cavidade da laringe. 
o Cartilagens pares: Aritenoideas, Corniculadas, Cuneiformes. 
 
 
 
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OBS: Entre as cartilagens, existem ligamentos que podem ser abordados para realização de procedimentos médicos. O 
ligamento cricotireoideo, por exemplo, une, por diante, em nível do plano mediano, as cartilagens Tireoidea e Cricoidea. 
 
 
 A cricostireostomia consiste em uma incisão de urgência realizada no Lig. 
Cricotireoideo em casos de obstrução respiratória aguda. O polegar e o dedo médio da 
mão esquerda fixam a cartilagem tireoide, enquanto o dedo indicador aponta o Lig. 
Cricotireoideo. Pinça-se a pele, e através de uma tesoura de ponta fina, executa-se um 
corte transversal (1cm). Perfura-se e dilata-se o Lig. Cricotireoideo para introdução de 
Cânula. 
 
 
 
 Músculos: 
o Músculos extrínsecos: Digástrico; Estilo-Hioideo; Milo-Hioideo; Gênio-Hioideo; Palatofaríngeo; 
Estilofaríngeo; Constrictores Superior, Médio,e Inferior. Esterno-Hioideo; Esternotireoideo; Omo-Hioideo 
o Músculos intrínsecos: Cricotireoideo; Aritenoideo Oblíquo; Tíreo-Aritenoideo; Aritenoideo Posterior; 
Crico-Aritenoideo Lateral; Aritenoideo Transverso; Vocal. 
 
 
 Inspeção da laringe: técnica utilizada para visualizar a integridade física da laringe (sobretudo da epiglote, glote 
e pregas vocais). Pode ser feita na forma de laringoscopia indireta (como a demonstrada abaixo) ou 
videolaringoscopia. 
 
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A laringe é dividida em três regiões: vestíbulo, glote e cavidade infraglótica. A glote representa a mais importante 
das regiões, devido à presença das pregas vocais, envolvidas com a fonação, uma vez que, a produção do som é outra 
função da laringe. Na região da glote existem três estruturas importantes: ventrículo da laringe (invaginação da mucosa 
que marca a região da glote), pregas vestibulares (delimitação superior da glote) e pregas vocais (delimitação inferior da 
glote). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUEIA 
 A traqueia é um órgão tubular, cilíndrico, e mediano, constituída pela superposição de 15 a 20 anéis de natureza 
mista. Ela é um órgão contínuo com a laringe, estando mais caudal a ela, sendo continuada em seguida pelos 
Brônquios. 
Apresenta de 11 à 12 cm de extensão. Está situada num espaço que vai de C5 a T3. Sua principal importância 
se traduz na condução do ar até os brônquios e, deles, aos pulmões (ou no sentido inverso, na expiração). 
 
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A traqueia é constituída pela superposição de 15 a 20 anéis de natureza mista: os 2/3 anteriores dos anéis da 
traqueia são representados por Cartilagem (Porção Anterior e Laterais); o 1/3 posterior dos anéis é representada por 
Músculo Liso, o Músculo Traqueal. Todos os anéis encontram-se unidos entre si, através dos Ligamentos Anulares. 
Próximo ao seu fim, a Traqueia desvia para direita, para em seguida dividir-se em dois tubos, de constituição 
semelhante, os Brônquios. Internamente sua subdivisão é marcada pela presença de um esporão cartilagíneo, a Carina 
da Traqueia. 
 
OBS: A glândula tireoide é um órgão endócrino, sob controle da Gl. 
Hipófise, tendo como função produzir e secretar os hormônios Tiroxina 
(T4); Tri-Iodotironina (T3); e Calcitonina. Será descrita brevemente 
neste capítulo devido às suas relações com os órgãos da árvore 
respiratória: 
 Localização: está projetada sobre por diante do 2º e 3º anéis 
da traqueia, envolvendo as faces anterior e lateral da laringe, 
traqueia, faringe e esôfago. 
 Divisão anatômica: está constituída por dois Lobos Laterais e 
um Istmo, que os une em nível do plano mediano. 
 Variação Anatômica: a Tireoide poderá apresentar um terceiro 
e inconstante lobo, o Lobo Piramidal (3), o qual se origina do 
Istmo e se estende até o osso Hioide. A presença deste lobo 
pode prejudicar procedimentos médicos (como a própria 
cricotireostomia ou traqueostomia), podendo causar 
sangramentos por acometimento inadvertido da glândula. 
 
 A traqueostomia consiste em um procedimento cirúrgico realizado ao nível dos 
anéis da Traqueia (3º ou 4º) para garantir um acesso as vias aéreas mais 
protegido e definitivo. A incisão deve ser feita da Incisura entre as lâminas da 
Cartilagem Tireoidea, denominada Incisura Tireoidea, até a Incisura Jugular do 
Osso Esterno. Ao nível da Traqueia serão seccionados o 3º e 4º anéis, e após é 
inserida uma cânula para manutenção do acesso às vias aéreas. 
 
 
 
 
BRÔNQUIOS 
Aos Brônquios correspondem tubos, originados a partir da bifurcação da Traqueia, em nível do espaço 
mediastino. São divididos em: Brônquio Principal; Brônquio Lobar; e Brônquio Segmentar. Ao conjunto representando 
pelos Brônquios damos o nome de Árvore Bronquial. 
 Brônquio Principal: em número de 02, sendo um Direito e outro Esquerdo. São originados diretamente pela 
bifurcação da Traqueia. Importante saber que o brônquio principal direito é ligeiramente mais curto, calibroso e 
quase que contínuo com a luz da traqueia (isso faz com que a maioria dos corpos estranhos aspirados se 
desloquem para o brônquio direito); enquanto que brônquio principal esquerdo é mais longo, menos calibroso e 
forma um ângulo maior com relação à sua origem na traqueia. 
 Brônquio Lobar: originado pela subdivisão dos Brônquios Principais. Apresentam-se em número de 03 para o 
lado direito; e 02 para o lado esquerdo. Ventilam os Lobos do Pulmão. 
 Brônquio Segmentar: Subdivisão dos Brônquios Lobares, ventilam os segmentos Broncopulmonares, terminando 
em nível dos Alvéolos Pulmonares. 
 
 
PULMÕES 
Os pulmões são órgãos pneumáticos, de forma cônica, no interior dos quais ocorre a hematose. Em número de 
02, estão localizados na cavidade torácica, apoiados sobre o M. diafragma. Delimitam entre si, o espaço mediastino. 
 
OBS: Órgãos que ocupam o espaço mediastino: o coração; vasos da base; parte torácica da traqueia; esôfago; e 
brônquios. 
 
Os pulmões são revestidos por sacos serosos: as pleuras, que também se refletem para as paredes do tórax. A 
pleura que reveste os pulmões é denominada visceral, enquanto que a pleura que reveste o tórax é denominada parietal. 
Entre elas, existe um espaço virtual (ocupado por uma pequena quantidade de líquido) dotado de um vácuo que permite 
a expansibilidade pulmonar à medida em que o tórax alarga o seu diâmetro na inspiração. 
 
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CONFIGURAÇÃO EXTERNA 
Os Pulmões apresentam um formato cônico. Sua base repousa sobre o M. Diafragma, e seu Ápice olha para 
abertura superior do tórax. Cada pulmão apresenta para estudo anatômico: 02 Faces; 02 Margens; 01 Ápice; e 01 Base. 
 Face costal: convexa, está voltada para as costelas, sendo possível identificarmos as impressões costais. 
 Face mediastinal: côncava, está voltada para o espaço mediastino. No centro desta Face identificamos um 
depressão, o Hilo do Pulmão, o qual representa a porta de entrada ou de saída dos órgãos que formam a Raiz 
do Pulmão. 
 
OBS: Relações anatômicas do hilo do pulmão: 
 Entram: Brônquios; A. Pulmonar; Nervos. 
 Saem: Veias Pulmonares; e Linfáticos. 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS DOIS PULMÕES 
 Os dois pulmões podem parecer semelhantes entre si, mas cada um apresenta características peculiares que 
nos auxiliam na diferenciação anatômica das peças para estudo. 
 
 
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 Pulmão direito Pulmão esquerdo 
Lobos Superior 
Médio 
Inferior 
Superior 
Inferior 
Fissuras Horizontal 
Oblíqua 
Oblíqua 
Margem anterior - Incisura cardíaca 
Língula (seria o logo médio vestigial do pulmão E) 
Face medial - Impressão cardíaca 
 
 
 
ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO 
 
NARIZ EXTERNO 
 Raiz do nariz 
 Dorso do nariz 
 Ápice nasal 
 Asas do nariz 
 Cartilagens do nariz 
 C. alar maior 
 C. alares menores 
 
 
 
CAVIDADE NASAL 
 Vestíbulo do nariz 
 Septo nasal 
 Concha nasal superior 
 Meato superior 
 Concha nasal média 
 Meato médio 
 Concha nasal inferior 
 Meato inferior 
 Limiar do nariz 
 Sulco olfatório 
 
 
 
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FARINGE 
 Coanos 
 Óstio faríngeo da tuba auditiva 
 Toro tubário 
 
 
 
 
LARINGE 
 Esqueleto da laringe 
 Cartilagem tireóidea 
 Cartilagem cricóidea 
 Cartilagem aritenóidea 
 Cartilagem epiglótica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cavidade da laringe 
 Ventrículo da laringe 
 Prega vestibular 
 Prega vocal 
 Vestíbulo da Laringe 
 Cavidade Infraglótica 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUEIA 
 Anéis da traqueia 
 Ligamento anular 
 Parede membranácea da traqueia 
 Carina da traqueiaBRÔNQUIOS 
 Brônquio principal direito 
 Brônquio principal esquerdo 
 Brônquio lobar superior (direito e esquerdo) 
 Brônquio lobar médio 
 Brônquio lobar inferior (direito e esquerdo) 
 Brônquios segmentares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PULMÃO DIREITO 
 Ápice 
 Margem anterior 
 Margem posterior 
 Fissura oblíqua 
 Fissura horizontal 
 Lobo superior 
 Lobo médio 
 Lobo inferior 
 Hilo pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PULMÃO ESQUERDO 
 Ápice 
 Margem anterior 
 Incisura cardíaca 
 Margem posterior 
 Fissura oblíqua 
 Lobo superior 
 Lobo inferior 
 Hilo pulmonar 
 Impressão cardíaca 
 Língula do pulmão esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIOFÍSICA DA RESPIRAÇÃO 
 
Os seres vivos, com relação ao uso de oxigênio, se dividem em duas classes principais: aeróbios (usam 
oxigênio) e anaeróbios (não utilizam diretamente oxigênio, apenas em circunstâncias especiais). Seres unicelulares 
fazem trocas gasosas por difusão simples. Já para seres pluricelulares, a difusão torna-se insuficiente para atender à 
demanda fisiológica. Faz-se necessário então um sistema capaz de conduzir O2 à intimidade dos tecidos, e carrear CO2 
para o ambiente, atendendo a velocidade das trocas metabólicas. 
Essa tarefa é desempenhada pelo Aparelho Respiratório, que funciona em conjunto com o aparelho ou sistema 
circulatório. 
 
 
MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO 
 O pulmão funciona como uma membrana de troca 
gasosa. Porém, ele não tem a capacidade de receber ar por 
si só. A entrada (inspiração) de ar no pulmão está 
relacionada à expansão da caixa torácica pelo auxílio de 
músculos respiratórios, bem como a saída (expiração) está 
ligada com a diminuição dessa caixa. 
 
INSPIRAÇÃO DE REPOUSO 
 A contração do diafragma é suficiente para expandir 
o pulmão e proporcionar a entrada de ar nesse órgão. 
 
INSPIRAÇÃO FORÇADA 
 Além da contração do diafragma, há uma 
participação dos músculos intercostais externos (se 
contraem) e internos (relaxam). Essa contração gera uma 
elevação da caixa torácica, expandindo-a mediante o 
trabalho muscular dos intercostais associados a músculos 
do pescoço. 
 
EXPIRAÇÃO DE REPOUSO 
 Não é necessário nenhum esforço muscular para a saída do ar. As próprias forças de colapso (retração) 
pulmonar expulsam o ar devido a existência da energia potencial elástica armazenada do pulmão. Isso acontece, por 
exemplo, em bolas de assopro, que se esvaziam automaticamente devido à força elástica de suas paredes. 
 
EXPIRAÇÃO FORÇADA 
 Em casos de exercício, a energia elástica armazenada do pulmão não é suficiente para expirar adequadamente 
o ar. Com isso, há uma associação desse potencial elástico, relaxamento do diafragma e contração dos músculos 
abdominais (ao se contraírem, empurram o conteúdo visceral contra o pulmão), facilitando a expiração. 
 
OBS: Pessoas engasgadas (presença de alimento no canal respiratório) podem ser salvas por manobras em que haja 
uma compressão intensa na região abdominal, empurrando as vísceras contra o pulmão, expelindo, juntamente com o 
ar, o objeto que causou o engasgo. 
OBS²: A Lei de Hook demonstra que, quanto maior a distensão de uma mola, maior será a sua energia elástica. Isso 
acontece no pulmão: quanto maior a quantidade de ar absorvida durante a inspiração, maior será o grau de distensão do 
órgão, aumentando a sua força elástica, expulsando todo ar sem ser necessário o esforço muscular. 
 
 
 
PULMÃO 
 O pulmão está preso ao mediastino através do seu hilo, porém, repousa flutuando na 
cavidade pulmonar. Esse órgão é revestido pela pleura visceral, bem como a cavidade 
torácica é revestida pela pleura parietal. Essas membranas estão separadas pelo espaço 
interpleural, um espaço virtual de extrema importância para a mecânica da respiração. 
Nesse espaço há uma pressão subatmosférica (pressão negativa), ou seja, há um 
vácuo fisiológico que deve ser mantido para o bom funcionamento da respiração. 
 
Arlindo Ugulino Netto. 
 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL – RESPIRATÓRIO 2016 
F = k x Δx 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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ATO DE RESPIRAR 
 O simples ato de entrada e saída de ar dos pulmões não está restritamente ligado à física da mecânica da 
respiração, mas sim na diferença de pressões entre a cavidade pulmonar e o meio externo que essa mecânica causa. É 
esse gradiente de pressão que regula a entrada de ar nos pulmões (Lei de Boyle-Mariote) 
 
LEI DE BOYLE-MARIOTE 
 Lei que provém da equação geral dos gases que diz que a razão do produto da 
pressão e volume de um gás sobre a temperatura deve ser igual após uma transformação. 
Considerando que essa transformação é isotérmica, o produto pressão x volume é constante. 
 Isso acontece, por exemplo, em seringas. Quando se aplica um injetável na via venosa, aperta-se o embolo, 
diminuindo o volume, aumentando a pressão no medicamento a ser injetado, forçando a entrada desse medicamento da 
veia. O contrário é verdadeiro: durante uma punção venosa, em que se puxa o embolo para diminuir a pressão dentro da 
seringa, produz-se um vácuo responsável por aspirar o sangue para dentro do instrumento. 
 O mesmo ocorre na fisiologia respiratória. Ao aumentar a cavidade torácica, o pulmão acompanha essa 
expansão (ver OBS logo abaixo), diminuindo a pressão intra-alveolar (intrapulmonar). A pressão interna torna-se inferior 
à pressão atmosférica, fazendo com que o ar entre nos pulmões. 
 Na expiração, entram as duas leis associadas (Lei de Hook e Boyle-Mariote), quando o pulmão diminui seu 
volume devido a força elástica que as suas paredes exercem em seu conteúdo, a pressão intrapulmonar aumenta, 
tornando-se supra-atmosférica, forçando a saída de ar para o meio. 
 
 
OBS
3
: Quando a cavidade torácica se expande, os pulmões acompanham esse movimento devido ao vácuo interpleural 
(-5mmHg, sendo sempre negativa, tornando-se menor ainda na inspiração) presente no espaço interpleural. Ao 
aumentar o volume da caixa torácica, a pleura parietal também se expande, gerando um vácuo maior, que vai repuxar a 
pleura visceral aderida ao pulmão, expandindo, assim, esse órgão. 
 
OBS
4
: Esse vácuo interpleural é mantido por dois fatores: 
 Fisiológico: Drenagem linfática constante pelo líquido pleural. 
 Físico: a tendência natural que o pulmão tem de colabar aumenta a intensidade desse vácuo. 
 
OBS
5
: O gráfico ao lado mostra que a pressão interpleural sempre varia em 
uma faixa negativa, nunca se aproximando do valor da pressão 
atmosférica, o que seria incompatível com a vida se acontecesse. O gráfico 
mostra que, durante a inspiração, a pressão interpleural é mais negativa 
ainda. Na expiração, torna-se um pouco maior essa pressão, mas nunca 
deixa de ser negativa, diferentemente da pressão alveolar (intrapulmonar) 
que na inspiração é negativa (subatmosférica) e positiva (supra-
atmosférica) na expiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P1 x V1 = 
P2 x V2 
T1 T2 
P x V = cte 
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 No pneumotórax há presença de ar no espaço interpleural, o que diminui o vácuo, aumentado a pressão 
interpleural. Com isso, o pulmão não acompanha o movimento de expansão da caixa torácica, fazendo com que 
o indivíduo seja incapaz de respirar. Isso acontece, por exemplo, em lesões em nível das costelas com 
perfuramento da pleura, fazendo com que ocorra a entrada de ar e a diminuição do vácuo nessa região. Com a 
perda desse vácuo, o pulmão murcha. 
 
 O pneumotórax valvular diferencia-se no tipo de lesão, que pode funcionar como uma válvula que permite a 
entrada de ar no espaço interpleural, mas não a sua saída. Isso faz com que a expsansão da caixa torácica 
torne-se cada vez maisperigosa a cada tentativa de respiração. 
 O hemotórax é o acúmulo de sangue dentro da cavidade pleural, que também diminui o vácuo pleural. 
 
 
RESPIRAÇÃO 
A respiração consiste em um ciclo divido em dois hemiciclos que acontecem devido ao gradiente de pressão 
entre o alvéolo e a atmosfera: 
 1º Hemiciclo: Inspiração – o ar atmosférico é aspirado para uma estrutura permeável (o pulmão), onde entra em 
troca com o sangue. 
 2º Hemiciclo: Expiração – O ar pulmonar é expelido para o ambiente, carreando o CO2 e outros componentes 
para fora. 
 
OBS
6
: Os mergulhadores que passam muito tempo no fundo do mar devem passar por uma câmara hiperbárica para 
evitar a embolia gasosa antes de emergir para superfície. A pressão exercida em grandes profundidades é bem maior 
que a atmosférica ao nível do mar, e, para que o mergulhador consiga respirar (devido a alta pressão sob seu tórax), 
deve-se aumentar a pressão de todos os gazes nos alvéolos para manter o pulmão aberto (por estar submetido a uma 
pressão superior enorme). Aumentando-se as pressões parciais intra-alveolares dos gases, fazendo com que os gases 
nos alvéolos difundam para o sangue de forma dissolvida no plasma (inclusive o N2, cuja concentração é de 70% no ar 
atmosférico) no estado líquido devido à alta pressão. Caso o mergulhador emerge rapidamente, o N2 passa para o 
estado gasoso gerando embolias. O nitrogênio causa embolia por não ser usado no metabolismo celular, por ser o gás 
mais abundante na atmosfera e por ser altamente solúvel na membrana. 
 
 
LEI DAS PRESSÕES PARCIAIS DE DALTON 
 Numa mistura de gases ideais e quimicamente inertes, a pressão exercida por cada constituinte da mistura é 
igual a sua pressão parcial (Pi), que é proporcional a sua concentração molar. Portanto, a pressão total (PT) 
corresponde a soma das pressões parciais de cada gás. 
PT = P1 + P2 + P3 +...Pn 
PT= 
n1.R.T 
+ 
n2.R.T 
+ 
n3.R.T 
+ ... 
V V V 
 
 A pressão parcial de um gás é a pressão que o gás exerceria se estivesse só no compartimento. 
 
 
 
 
 
Ex: OKUNO, 1986; GUYTON,1998: Sabendo que as proporções de nitrogênio, oxigênio e gás carbônico na atmosfera 
são respectivamente de 78,6%; 20,8% e 0,04%, determinar a pressão parcial de cada gás ao nível do mar. 
Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de 1atm ou 760mmHg, sendo esta a pressão total. Segundo a lei de Dalton, a pressão 
parcial de cada gás será proporcional a sua concentração na mistura. Assim temos que: 
Pp de N2 = 78,6% de 760mmHg 
PG = nG x R x T 
 V 
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Pp de N2 = 0,786 x 760mmHg = 597,36 mmHg 
 
Pp de O2 = 20,8% de 760mmHg 
Pp de O2 = 0,208 x 760mmHg = 158,08 mmHg 
 
Pp de CO2 = 0,04% de 760 
Pp de CO2 = 4.10-4 x 760 = 0,304mmHg 
 
GASES 
AR ATMOSFÉRICO AR UMIDIFICADO AR ALVEOLAR AR EXPIRADO 
mmHg % mmHg % mmHg % mmHg % 
N2 597,0 78,62 563,4 74,09 569,0 74,9 566,0 74,5 
02 159,0 20,84 149,3 19,67 104,0 13,6 120,0 15,7 
C02 0,3 0,04 0,3 0,04 40,0 5,3 27,0 3,6 
H2O 3,7 0,50 47,0 6,20 47,0 6,2 47,0 6,2 
TOTAL 760 100 760 100 760 100 760 100 
 
 
OBS
7
: A umidificação do ar nas vias aéreas superiores serve para 
diminuir a pressão parcial de outros gases para manter constante a 
pressão atmosférica (760mmHg). 
 
OBS
8
: A pressão parcial do N2 em toda circulação é praticamente a 
mesma por ele não ser metabolizado. 
 
OBS
9
: O oxigênio expirado possui uma pressão muito grande em 
relação à concentração inspirada pois nem todo O2 inspirado é trocado 
por CO2 na hematose. Por isso que a respiração “boca-a-boca” tem 
como função oferecer oxigênio para o socorrido. 
 
OBS
10
: A pressão do vapor do gás de água é de 47mmHg, 
dependendo apenas da temperatura (37º). 
 
 
 
 
ESPIROMETRIA: VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES 
 A espirometria é uma técnica utilizada em pneumologia para medir os volumes de ar inspirados e expirados por 
meio do equipamento chamado de espirômetro. 
 À medida que o indivíduo respira, ele move a campânula, que por sua vez move um registrador, que demarca no 
quimógrafo os valores expirados e inspirados. 
 O gráfico registrado no quimógrafo é o espirograma. Ele determina os volumes pulmonares e a capacidade 
pulmonar. 
 
 
 
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VOLUMES PULMONARES 
 Volume Corrente (VC= 500ml): respiração em condições basais. O ciclo respiratório ocorre em repouso. 
 Volume de Reserva Inspiratória (VRI=3000ml): é o volume de ar extra que se consegue inspirar depois de já 
ter inspirado o volume corrente, não incluindo-o então. 
 Volume de Reserva Expiratória (VRE=1100ml): é o volume de ar extra que se consegue expirar depois de 
expirar o volume corrente, não incluindo-o então. 
 Volume Residual (VR=1200ml): não é demonstrado no gráfico uma vez que o espirograma só demonstra 
volumes inspirados ou expirados. Caso fosse registrado, estaria abaixo da reserva expiratória. Por mais vigorosa 
que seja a expiração, esse volume não é expirado (mesmo assim, é constantemente renovado). Ele é calculado 
por meio do método da diluição do He. Esse volume residual é sempre renovado por difusão. Ele está em 
equilíbrio com o sangue, pois ele nunca sai do alvéolo para os vasos. 
 
OBS
11
: O volume residual já passa a existir logo na primeira inspiração da vida. Isso é usado na medicina legal para 
identificar se uma criança já nasceu morta ou morreu durante o parto. Caso o pulmão da criança afunde em um 
recipiente cheio de água, demonstra que a criança nasceu morta. Caso boie, é um indício que a criança ainda inspirou, 
ou seja, nasceu com vida. 
 
CAPACIDADES PULMONARES 
 Capacidade Inspiratória (CI=VC+VRI = 3500ml) 
 Capacidade Vital (CV=VC+VRI+VRE=4600ml): é a amplitude total de uma inspiração máxima e uma expiração 
máxima, passando pelo volume corrente (incluindo-o). 
 Capacidade Vital Inspiratória: o paciente expira ao máximo para depois inspirar. 
 Capacidade Vital Expiratória: o paciente inspira ao máximo para depois expirar. 
 Capacidade Residual Funcional (CRF=VRE+VR=2300mL): consiste em uma quantidade de ar que em 
condições normais não sai do pulmão. 
 Capacidade Pulmonar Total (CPT=VC+VRI+VRE+VR=5800ml ou CPT=CV + VR): representa o somatório de 
todos os volumes pulmonares, ou seja, todo o volume de ar existente no pulmão. 
 
OBS
12
: Na atividade física, o volume corrente aumenta, mas para manter a CPT constante, os VRE e VRI diminuem. 
Isso é provado em indivíduos que tem dificuldade de inspirar ou expirar profundamente após um exercício. 
OBS
13
: Para determinar a capacidade pulmonar total e o volume residual pulmonar, faz-se uso do método da diluição do 
hélio. Inicialmente, uma quantidade de He, de volume (V1) e concentração (C1) conhecidos, é diluída no sistema 
respiratório. Abre-se, então, a válvula e solicita ao paciente que respire essa mistura de gás. Com o passar do tempo, a 
concentração e o volume do gás He no espirômetro entra em e equilíbrio com o pulmão (C2 e V1 < C1 e V2). Para 
chegar aos valores requeridos, tem-se: 
 
C1 x V1 = C2 x V2 
C1 x V1 = C2 x (V1+V2) 
C1 x V1 = C2xV1 + C2xV2 
C1xV1 – C2xV1 = C2xV2 
C2xV2 = V1 (C1-C2) 
V2 = V1 (C1 – C2) 
 C2 
 
 ou 
 
 
 C1 = Concentração inicial de He 
 C2 = Concentração final de He 
 V1 = Volume inicial de He 
 V2 = Volume final de He (Vesp + Vpul) = Vsistema 
 Vesp= volume do espirógrafo 
 Vpul= volume do pulmão. 
 
Ex: HENEINE (2000): Um paciente respira em um espirógrafo contendo 6 litros de uma mistura de He a 10%. Após 3 
V2 = V1 (C1 – C2) 
 C2 
V1 = C2 (V2 + V1) 
 C1 
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minutos, a concentração He se equilibra em 5%. Sabendo que a CV vale 4,8L; Determinar a capacidade pulmonar total 
e o volume residual.C1 x V1 = C2 x V2 
10%.6L = 5%.V2 
V2 = 12L 
 
V2 = Vesp + Vpul 
Vpul = V2 - Vesp 
Vpul = 12L - 6L = 6L 
 
CPT = 6L 
VR = CPTCV 
VR = 6L4,8L = 1,2L 
 
 
LEI DE FICK 
A taxa de difusão J corresponde a massa do soluto difundido em função do tempo (Kg/min). É diretamente 
proporcional ao coeficiente de difusão da substância (D), à área do compartimento difusível (A) e ao gradiente de 
concentração (C); e inversamente proporcional à distância que separa os compartimentos difusíveis (x). 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS
14
: Em casos de edemas, a membrana respiratória fica mais espessa, dificultando a hematose. Em enfisema 
pulmonar, devido a perda de parede pulmonar, a área diminui, diminuindo a difusão. 
 
CAPACIDADE DE DIFUSÃO 
 A capacidade de difusão (cD) representa a habilidade da membrana respiratória em transportar determinado 
gás. Pode ser definida como o volume de gás (ml) difundido por minuto através da membrana respiratória (fluxo 
difusional FD) quando o gás é submetido a um gradiente de pressão P (1mmHg) 
cDgás = Volume Difundido (ml)/ minuto 
 Pgás (mmHg) 
 
 
 
J = - D . A . ΔC 
 Δx 
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OBS
15
: Note-se que a cD não possui dimensão de difusão (MASSA x TEMPO
-1
), sendo inversamente proporcional ao 
P. Portanto, se P aumentar, e FD permanecer constante, a cD deve diminuir. Nestas condições, a habilidade do gás 
em se difundir (cD) é baixa, uma vez que o incremento do P foi incapaz de elevar o fluxo difusional. Isso é sinal que a 
membrana apresenta resistência ao fluxo. 
 
Ex: GUYTON, 1998: Sabendo que 230ml de O2 se difundem através da membrana respiratória a cada minuto, 
determinar a capacidade de difusão de O2 quando o gradiente de pressão alvéolo-capilar for de 11mmHg. 
cdO2 = 230 ml.min-1 = 
21 ml.min-1. mmHg-1 
 Valor Fisiológico correspondente ao consumo de O2 11mmHg 
 
 
Ex: MONTOREANO, 1995 e GUYTON, 1998: Determinar a capacidade de difusão de CO2 sabendo que a eliminação 
de CO2 vale normalmente 240ml/min. As pressões de CO2 no capilar e no alvéolo valem respectivamente 40,6mmHg e 
40mmHg (extremidade distal). 
cdCO2 = 240ml/min = 
400 ml.min-1. mmHg-1 
Valor Fisiológico 
 40,6– 40 mmHg 
 
 
 
OBS
16
: Note que a cDCO2 é cerca de 20x maior que a cDO2. Isso mostra que a membrana é muito mais hábil para 
transportar CO2 (observe o gráfico ao lado). 
 
 
VOLUME RESPIRATÓRIO MINUTO (VRM) 
 Corresponde a quantidade total de ar que se movimenta pelas vias respiratórias a cada minuto. 
VRM= Volume Corrente (VC) x Frequência Respiratória (FR) 
VRM= 500ml x 12 ciclos.min
-1
 = 6000ml.min
-1
 ou 6 litros.min
-1 
 
OBS
17
: O VRM diz que 6 litros de sangue percorrem as vias aéreas. Porém, nem todo ar inspirado participa das trocas 
gasosas (aproximadamente 150mL). O volume do espaço morto, que apenas ocupa espaço e não participa da difusão. 
 
 
INTENSIDADE DE VENTILAÇÃO ALVEOLAR (VA) 
 A intensidade de ventilação alveolar por minuto é o volume total de ar fresco que penetra nas áreas de troca 
gasosa a cada minuto. A ventilação é determinada pela subtração do valor do espaço morto do volume corrente. 
VA = FR (VCVP), onde VP corresponde ao Volume do Espaço Morto (150ml). 
VA = 12 ciclos.min-1 x (500ml-150ml) 
VA = 12 ciclos.min-1 x 350ml 
VA = 4200ml.min-1 ou 4,2 L.min-1 
 
 
LEI DE HENRY 
 A Lei de Henry define o volume de um gás dissolvido em líquido. Segundo esta lei, o volume de gás dissolvido 
no líquido é proporcional à pressão parcial do gás sobre o líquido e ao fator de solubilidade do gás. OBS: 1 torr = 1 
mmHg. 
 
 
 Vd = Volume Dissolvido 
 Pp = Pressão Parcial do Gás 
 Fs= Fator de Solubilidade 
 
 
 
 
 
cDgás = FD (ml.min-1) 
 Pgás (mmHg) 
 
 
 
Vd = Pp x Fs 
 
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TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE 
 O oxigênio é transportado no sangue carreado junto à hemoglobina (oxihemoglobina) ou dissolvido no plasma. 
Bem como o CO2, que pode ser transportado pela hemoglobina (carboemoglobina) ou dissolvido no plasma sanguíneo, 
ou mesmo na forma de íons bicarbonato. 
 
ESTRUTURA DA HEMOGLOBINA 
A hemoglobina é uma proteína grande composta por quatro cadeias polipeptídicas (, ,  e ) ligadas 
covalentemente a quatro grupos heme (estrutura base da molécula que contém o ferro) formado por quatro anéis 
pirrólicos ligados a uma molécula de Fe ferroso. Os gases se ligam nesse ferro. 
 
 
 
OBS
18
: Em condições normais, a hemoglobina transporta quatro moléculas de O2 (um oxigênio para cada cadeia de  
ou ). 
 
CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA OXIEMOGLOBINA 
 Quando o sangue chega ao pulmão, a pressão 
parcial de O2 no sangue é de aproximadamente 
40mmHg, fazendo com que o O2 se ligue a hemoglobina, 
pois nos alvéolos, esse gás chega em altas pressões 
(95mmHg). Quando o O2 se liga a hemoglobina, esta fica 
97% saturada (ao ser oxigenada, a hemoglobina no 
sangue fica 97% saturada), com volume percentual de 
19%. 
 
OBS
19
: volume percentual (Vol%) significa o volume (ml) 
de O2 ligado a hemoglobina por dL de sangue. 
 
 Chegando aos tecidos, o O2 passa a ser 
dissociado da hemoglobina para ser liberado, fazendo 
com que sua pressão parcial diminua a 40mmHg, 
obtendo-se uma hemoglobina 75% saturada, com 
volume percentual de 14%, o que prova que a 
hemoglobina também serve de reservatório de oxigênio. 
 
 
1. Oxigenação do sangue nos pulmões 
 Pressão parcial: 95mmHg 
 Hb 97% saturada. 
 Volume de 19%. 
 
2. Chegada do sangue aos tecidos 
 Pressão parcial: 40mmHg 
 Hb 75% saturada (função de reservatório de oxigênio). 
 Volume de 14%. 
 
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TRANSPORTE DE GASES DISSOLVIDOS NO PLASMA 
 Os gases, devido as suas capacidades de se dissolverem em líquidos, podem ser assim transportados no 
plasma. Essa dissolução depende da Lei de Henry. Quanto mais facilmente o gás se dissolve no plasma, maior seu 
volume a ser transportado dissolvido. 
 
 1. Volume de O2 transportado para os tecidos na forma dissolvida 
 Sabendo que a pressão parcial de O2 arterial é de 95 torr (Fs do O2 a 37ºC= 0,03 ml.L
-1
.torr 
-1
), o volume de O2 
dissolvido em cada litro de plasma arterial: 
Vd = Pp.Fs 
Vd = 95 torr x 0,03 ml.L
-1
 torr 
-1
 
Vd = 2,9ml de O2 dissolvidos/ litro de plasma ou 0,29ml/dl OBS: 1L = 10 dL 
 No plasma venoso, onde pressão parcial de O2 cai para 40 mmHg, o O2 dissolvido seria: 
Vd = 40 torr x 0,03 ml.L
-1
 torr 
-1
 
Vd = 1,2 ml/L ou 0,12 ml/dl 
 O volume de O2 transferido (OT) para os tecidos na forma dissolvida no plasma : 
OT = 0,29ml/dl – 0,12ml/dl = 0,17ml/dl de oxigênio dissolvido. 
 
2. Volume de O2 transportado para os tecidos na forma de oxi-hemoglobina (Sangue Normal – 15g de 
Hemoglobina/dL de sangue) 
 O sangue arterial que chega nos tecidos tem um pressão parcial de 95 torr. Nesta pressão parcial, a curva de 
dissociação mostra: 
* Saturação = 97% 
* Volume de O2 transportado (sangue normal)  19,4 vol.% ou 19,4ml/dL 
 O sangue venoso que deixa os tecidos tem uma pressão parcial de 40 torr. Nesta pressão parcial, a curva de 
dissociação mostra: 
* Saturação = 75% 
* Volume de O2 transportado (sangue normal)  14,4 vol.% ou 14.4ml/dL 
 Portanto, a quantidade de oxigênio transferida (OT) para os tecidos através da hemoglobina é: 
OT = 19,4 – 14,4 = 5ml/dL de sangue 
 
OBS
19
: Note se que este valor é bem maior que o volume transferido no estado dissolvido (0,17ml/dL). 
 
3. Volume de CO2 transportado para os tecidos dissolvido no plasma 
 Sabendo que a pressão parcial de CO2 em condições normais vale 40 torr (Fs do CO2 a 37ºC= 0,6 ml.L
-1
.torr 
-1
), 
o volume de CO2 dissolvido em cada litro de plasma arterial: 
Vd = Pp.Fs 
Vd = 40 torr x 0,6 ml.L-1 torr -1 
Vd = 24 ml de CO2 dissolvidos / litro de plasma ou 2,4 ml/dlO volume de CO2 dissolvido no plasma venoso: 
Vd = 45 torr x 0,6 ml.L-1 torr -1 
Vd = 27 ml de CO2 dissolvidos/ litro de plasma ou 2,7ml/dl 
 Então, o CO2 transportado (CO2T) na forma dissolvida seria: 
 CO2T = 2,7 ml/dl – 2,4ml/dl = 0,3 ml/dl 
 
Ex: GUYTON, 1998: Qual o percentual de CO2 é eliminado no estado dissolvido se um total de 4ml/dl de 
CO2 são normalmente transportados dos tecidos até o pulmão? 
4,0ml/dL ----------------- 100% 
0,3ml/dL ----------------- X 
 
X=7,5% do CO2 é transportado no estado dissolvido. 
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31 
 
 
OBS
20
: O restante do CO2 (cerca de 93%) é transportado na forma de bicarbonato 
(70%) e carbaminoemoglobina (23%). 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLACÊNCIA 
 Complacência é a capacidade do órgão de aumentar seu volume quando for submetido a um aumento de 
pressão. 
 
 
 
 
 
 A complacência pulmonar específica mede o grau da elasticidade de cada unidade de volume de um pulmão. Ela 
é razão da própria complacência e o volume do compartimento. 
 
 
 
OBS
21
: Em determinadas doenças, a elasticidade do pulmão diminui, bem como a sua complacência. Essa 
complacência pode diminuir até em insuficiência dos músculos da respiração. 
 
 
 
 
Complacência = ΔV 
 ΔP 
Cpulmonar específica = Complacência 
 Volume Pulmonar 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF II – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
 
Do ponto de vista fisiológico, o sistema respiratório é o grande responsável por fornecer oxigênio (O2) aos 
tecidos para realização de reações importantes ao metabolismo do corpo, além de remover e eliminar o dióxido de 
carbono (CO2), produto deste mesmo metabolismo. 
As funções do sistema respiratório podem se resumir a três: ventilação (respiração); trocas gasosas entre os 
alvéolos e os capilares (respiração externa) ou entre os capilares sistêmicos e as células teciduais do corpo (respiração 
interna); e a utilização do oxigênio na respiração celular. Para o desempenho destas funções, a respiração pode ser 
dividida em quatro grandes eventos: 
 Ventilação pulmonar, que se refere à troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares; 
 Difusão do oxigênio e do CO2 entre os alvéolos e o sangue. 
 Transporte de oxigênio e de CO2 no sangue e nos líquidos corporais, para as células (oxigênio) e a partir delas 
(dióxido de carbono). 
 Regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração. 
 
O sistema respiratório interage também com outras “funções não-respiratórias”, porém importantes para a 
homeostasia: vocalização, deglutição, regulação térmica, vômito, micção e defecação e parto (manobra de Valsava), 
sono e emoções. 
 
 
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS 
 As vias de condução do sistema respiratório estão representadas pelo 
nariz (cavidade nasal), boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios principais, brônquios 
secundários e terciários. As vias respiratórias, onde o oxigênio do ar inspirado já 
pode ser trocado pelo CO2 do ar oriundo da circulação sistêmica, são representadas 
pelos bronquíolos respiratórios e sacos alveolares (conjunto de alvéolos). 
 Esses órgãos podem ser divididos também em: trato respiratório superior e 
trato respiratório inferior (traqueia e pulmões). Este primeiro deve ser bem 
analisado em certas patologias pulmonares, uma vez que algumas desenvolvem 
sintomas nesse trato aéreo superior. 
 Os pulmões são dois órgãos localizados na cavidade torácica que contém os 
brônquios terminais e os bronquíolos do sistema respiratório. É ele quem contém, ao 
nível de seu hilo (via de entrada e saída pulmonar), as artérias pulmonares (que 
levam sangue rico em CO2 do coração) e as veias pulmonares (que trazem sangue 
oxigenado de volta ao coração). 
 
 
CAVIDADE NASAL 
 A cavidade nasal é delimitada anteriormente pelas narinas e posteriormente 
pela nasofaringe, sendo dividia em duas partes por uma parede osteocartilaginosa. 
Em seu interior existem dobras chamadas de conchas (cornetos) nasais, 
responsáveis por aumentar a superfície de contato entre o ar e a mucosa, auxiliando 
na umidificação e aquecimento do ar. No teto das fossas nasais, existem células 
sensoriais que compõem o nervo olfatório (I par de nervos cranianos), responsável 
pela olfação. 
Ela é revestida internamente pela mucosa nasal, cuja submucosa possui um grande número de vasos 
sanguíneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respiratórias e os pulmões recebem 
ar aquecido. 
A mucosa é dotada de cílios do epitélio respiratório e células caliciformes que produzem uma substância viscosa, 
levemente amarelada, denominada muco. Além de lubrificar a mucosa, junto com os pêlos, retêm microrganismos e 
partículas de poeira do ar, funcionando como um filtro; serve também para umedecer o ar. 
Logo, a mucosa nasal tem como finalidade: 
 Aquecimento e umidificação do ar: com auxílio das conchas nasais, que apresentam vasos sanguíneos cujo 
trajeto do sangue se faz em sentido contrário ao fluxo de ar que entra na via aérea. 
 Limpeza e filtração do ar: devido a retenção de partículas no muco, que são dirigidos para a faringe pelos cílios 
do epitélio respiratório para serem expectorados ou deglutidos. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto; Rebeca Isabel Rodrigues Abrantes; Tainá Rolim Machado Cornélio. 
MÓDULO: ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL – RESPIRATÓRIO 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF II – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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FARINGE 
 A faringe, órgão músculo-tubular comum aos sitemas respiratório e digestório, é reponsável por separar e 
conduzir o ar para traqueia e o alimento para o esôfago. 
 
OBS
1
: Quando o alimento toca o palato duro da faringe e chega ao terço posterior da cavidade oral, ocorre uma 
sequência de eventos reflexos que promovem o fechamento das pregas vocais, o fechamento da epiglote sobre a glote 
e, consequentimente, a passagem do alimento para o esôfago, evitando que este alcance as vias aéreas. 
OBS²: A presença de restos de alimento na epiglote ou na laringofaringe podem desencadear tais reflexos e causar a 
oclusão das vias respiratórias, bloqueando a respiração e promovendo risco eminente de morte. 
 
 
LARINGE 
 A laringe é um órgão complexo, 
envolvido com a fonação, formado por 9 
cartilagens interconectadas por membranas, 
ligamentos e articulações sinoviais. O esqueleto 
cartilaginoso da laringe é formada por 3 
cartilagens ímpares (tireóidea, cricoidea e 
epiglótica) e por 3 cartilagens pares (aritenoidea, 
corniculada e cuneiforme). Todas elas revestidas 
de membrana mucosa que são movidas pelos 
músculos da laringe. As dobras da membrana 
mucosa dão origem às pregas vocais; as de 
cima, falsas; as de baixo, verdadeiras. 
 Em resumo, a laringe é um órgão 
envolvido tanto com a respiração (impedindo a 
entrada de corpos estranhos nas vias 
respiratórias e permitindo a passagem de ar para 
a traqueia) como na fonação (graças à vibração 
das pregas vocais durante a passagem de ar na 
laringe). Portanto, a função das pregas vocais 
verdadeiras consiste na produção de sons 
quando elas estão praticamente fechadas, 
permitindo apenas a passagem de uma 
quantidade moderada de ar. 
 
 
TRAQUEIA E BRONQUIOS 
 São tubos músculo-cartilaginosos responsáveis 
por manter as vias aéreas sempre abertas, graças à 
presença dos anéis cargilaginosos e de músculo liso. 
Esta estrutura muscular é responsável pela 
broncodilatação ou broncoconstricção, que depende dos 
impulsos simpáticos e parassimpáticos, respectivamente. 
Contudo, não há oclusão total neste núvel do trato 
respiratório devido à presença dos anéis de hialina. 
Estes órgãos tem a função de conduzir ar para a 
zona respiratória. 
A parede bronqueal é recoberta de cílios, que se 
projetam do topo de suas células epiteliais. Têm função de 
eliminar partículas juntamente como o muco, produzindo-o 
para manter a integridade da parede muscosa de toda 
árvore respiratória. 
 
OBS
3
: O cigarro distroi os cílios,

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