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Caso concreto 1 - Civil IV

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Caso Concreto 01
	Antônio celebrou contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel com Ricardo, em 02 de fevereiro de 2016, tendo por objeto seu apartamento situado no bairro do Recreio, no Rio de Janeiro, no valor de R$ 800.000,00. A escritura não foi registrada no respectivo Cartório de Registro de Imóveis. Diante da inadimplência desde o ano de 2014, o condomínio ajuíza a Ação de Cobrança (referente às cotas condominiais em atraso), em face do promitente vendedor, que alega ilegitimidade passiva. Sustenta Ricardo (promitente vendedor) que a promessa de compra e venda já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento da cota condominial ao promitente comprador, e que a propriedade do bem imóvel fora transferida no ano de 2016 para Antônio.
INDAGA-SE:
a) A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem qual natureza jurídica?
	Tem natureza híbrida, tanto como Direito Obrigacional quanto Direito Real. Cotas condominiais são obrigações “Propter Rem” e recai sobre a coisa. 
b) No Código Civil Brasileiro há algum dispositivo legal acerca da responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais que possa ser utilizado pelo condomínio, na respectiva ação ajuizada? Explique a sua resposta com a devida fundamentação.
	Art. 1.245, § 1º, CC; Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
c) Na hipótese narrada, pode-se afirmar que houve transferência da propriedade do bem imóvel, mediante o contrato celebrado entre Antônio e Ricardo? Explique sua resposta com a devida fundamentação.
	Não houve transferência do imóvel, mas sim da responsabilidade do pagamento das taxas condominiais em atraso para o promitente comprador, por se tratar de Obrigação “Propter Rem”, que acompanha a coisa, são de responsabilidade, em princípio, daquele que detém a qualidade de proprietário do bem, ou, ainda, de titular de um dos aspectos de propriedade, tais como a posse, o gozo ou a fruição; nesse caso, não há relevância se o contrato foi registrado ou não, pois não é aquele que figura, no registro, como proprietário, que, necessariamente, responderá por tais encargos. Por haver contrato celebrado de compromisso de compra e venda, Ricardo faz jus à ilegitimidade passiva.

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