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Um projeto mantido por: Idealização: e-commercebrasil EXCELÊNCIA EM E-COMMERCE w w w .ecom m ercebrasil.com .br R EV IS TA E-C O M M ER C E B R A S IL 9 www.ecommercebrasil.com.br Junho 2012 / Ano 02 > Edição 09 EMBALAGENS Uma entrevista exclusiva com dois profissionais da área mostra detalhes importantes que o lojista virtual precisa estar atento ao pensar nas embalagens de envio dos seus produtos. MARKETING ONLINE O que os top varejistas online dos EUA e da Europa podem ensinar aos brasileiros? Busca natural, otimização de conversão canais emergentes são pontos importantes a serem observados. B R A S IL R $ 34 ,0 0 R EV IS TA B R A S IL EI R A D E CO M ÉR CI O E LE TR Ô N IC O R EV IS TA E -C O M M ER CE B R A S IL ONOFRE ELETRO De drogaria para eletroeletrônicos, a Onofre amplia sua participação no mercado online, mantendo a promessa de entrega super rápida, em 4 horas, com um atendimento diferenciado e logística própria. M-COMMERCE O mobile commerce já é uma realidade em outros países. Mas e no Brasil? Quais são os receios dos lojistas que dificultam o crescimento do m-commerce no mercado nacional? MODELOS DE NEGÓCIOS PARA O VAREJO ELETRÔNICO Oferecimento: pmwebresponsys.com.br/ecommerce interact suite IMAGINE O QUE PODEMOS FAZER JUNTOS. US$ 100.000.000 Com as estratégias em Email Marketing e Cross Channel Lifecycle Campaign orquestradas pelo Responsys Interact Suite para essas oportunidades, aumentamos em mais de A RECEITA DE E-COMMERCE DE UM DOS MAIORES VAREJISTAS AMERICANOS. BROWSE BEHAVIOR SHOPPING CART ABANDON CUSTOMER REACTIVATION Seja para o consumidor final ou para outra empresa, através da internet ou nas lojas físicas, todos precisam rentabilizar seus negócios. Somos especialistas em planejamento e gerenciamento de ações de marketing digital com foco em vendas. Nossa estrutura de performance utiliza as mais eficientes soluções de marketing online, além de ferramentas próprias de gerenciamento, que contriubem para uma entrega mais assertiva e qualificada. Contamos com uma equipe habilitada em inteligência de negócios e qualificada individualmente no Google Adwords®. Traçamos o perfil de consumo online dos seus clientes e o posicionamento da concorrência para estruturar um planejamento consistente, visando atingir o crescimento dos resultados conforme o objetivo da sua empresa. Conheça a GPMídia, a estrutura de marketing de performance digital que sua empresa precisa. A PERFORMANCE EM VENDAS QUE SUA EMPRESA PRECISA. Mídia de Performance Planejamento e gerenciamento de campanhas de links patrocinados, comparadores de preços, mídia social e afiliados. Web Intelligence Configuração, coleta e análise de dados de Web Analytics para fornecer informações de valor aos tomadores de decisão. Otimização de sites (SEO) Consultoria para otimização de sites com foco em melhorar os resultados orgânicos nos principais buscadores. 55 11 2801 0031 contato@gpmidia.com.br www.gpmidia.com.br @gpmidia gpmidia Rua Funchal, 513 - cj 92 • Vila Olímpia • São Paulo N O SS O S C LI EN TE S Seja para o consumidor final ou para outra empresa, através da internet ou nas lojas físicas, todos precisam rentabilizar seus negócios. Somos especialistas em planejamento e gerenciamento de ações de marketing digital com foco em vendas. Nossa estrutura de performance utiliza as mais eficientes soluções de marketing online, além de ferramentas próprias de gerenciamento, que contriubem para uma entrega mais assertiva e qualificada. Contamos com uma equipe habilitada em inteligência de negócios e qualificada individualmente no Google Adwords®. Traçamos o perfil de consumo online dos seus clientes e o posicionamento da concorrência para estruturar um planejamento consistente, visando atingir o crescimento dos resultados conforme o objetivo da sua empresa. Conheça a GPMídia, a estrutura de marketing de performance digital que sua empresa precisa. A PERFORMANCE EM VENDAS QUE SUA EMPRESA PRECISA. Mídia de Performance Planejamento e gerenciamento de campanhas de links patrocinados, comparadores de preços, mídia social e afiliados. Web Intelligence Configuração, coleta e análise de dados de Web Analytics para fornecer informações de valor aos tomadores de decisão. 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EXECUTIVOS DE NEGÓCIO Fernanda Fruet, Rafael Ribeiro, Tiago Baeta e Vivianne Vilela EMPRESAS PARCEIRAS Abril, Accurate, All in Mail, Aunica, BuscaPé, Buy Buy, Café Azul, Certisign, Ciashop, Chaordic, ClearSale, CNTLog, Cobre Bem, Comenta, Completa Logística, Dotstore, dp6, eNext, ExactTarget, Experian Virtual Target, GPMídia, hybris, Internet Innovation, IBM, Jet E-Commerce, KPL Soluções, LeadMedia, Locaweb, MercadoLivre, MercadoPago, Moip, NeoAssist, PayPal, Profite, Pukis, Responsys, Scup, Sieve, Site Blindado, Softvar, Uniconsult, Vtex. ORGANIZAÇÃO Grupo iMasters ILUSTRAÇÃO André Luiz Massayuki Ota e Lucas Freitas Lobo. PUBLICIDADE +55 (11) 3063 5941 contato@ecommercebrasil.com.br EDITORA ZUPI: A revista E-Commerce Brasil é uma publicação da Editora Zupi em parceria com site iMaster > 4.000 EXEMPLARES > ISSN 2179-7315 www.ecommercebrasil.com.br redacao@ecommercebrasil.com.br Twitter: @Ecommerce_Br Facebook: www.facebook.com/EcommerceBrasil ENDEREÇO: Alameda Santos, 2395, 1º andar - Jardim Paulista, São Paulo, SP - CEP: 01419-002 Eskenazi Indústria Gráfica ENTREVISTA Embalagens para e-commerce MARKETING 5 tendências de marketing para e-Commerce CAPA Modelos de negócios para o e-commerce MULTICANAL Marketing interativo VENDAS Entendo, logo vendo! PUBLICIDADE ONLINE Google AdWords e gestão de link patrocinado em e-commerce MOBILE M-commerce: uma nova aposta GESTÃO Um bom modelo de gestão de risco PERSONALIZAÇÃO Personalize ou pereça! LOGÍSTICA Logística: um bom backoffice é a solução CASE Onofre Eletro MARKETINGE-mail marketing:regras para campanhas GESTÃO DE PROCESSOS Gestão de processos e tecnologia da informação como a relação pode ser útil REDES SOCIAIS O relacionamento nas mídias sociais RECOMENDAÇÃO Serviços de recomendação VENDAS Sem descanso para as vendas online EMPREENDEDORISMO Chegou a hora do empreendedor digital MARKETING One-to-one é também para e-commerce OPINIÃO Como evoluiu a logística brasileira? DIRETÓRIO Catálogo de fornecedores 6 Editorial Esta é tão somente a terceira edição da revista neste ano, mas, diante de tudo que aprendemos e compartilhamos em seis meses, só consigo resumir em uma palavra: WOW!! Construímos nesse tempo um lugar de interseção, onde conceitos de variados campos (checkout, gestão de estoque e abastecimento, monitoramento de marcas e preços, tributos e entrega, search, social commerce etc.) se encontram com experiências nas salas de aulas online e físicas, nas páginas do portal, na webTV e nas páginas desta revista, e produzem, juntos, uma explosão de novas descobertas, através do compartilhamento de vivências sensacionais no e-commerce. Nesta edição, especificamente, você vai encontrar um outro espaço para discutirmos sobre embalagens, modelos de negócios, taxonomia/search, logística e tanto mais. Fique à vontade aqui, neste lugar em que diferentes culturas de gestão, domínios e disciplinas fluem juntos para um único ponto: o fomento da excelência no e-commerce brasileiro! Que você encontre aqui o seu espaço! Boa leitura! Vivianne Vilela Diretora Executiva – E-Commerce Brasil 8 ENTREVISTA ENTREVISTA Por Rina Noronha De flores a geladeiras, passando por roupas e produtos eletrônicos. O e-commerce é extremamente diversificado e parece que a cada dia surge uma nova oportunidade de negócio online. E o consumidor está cada dia mais conectado e mais disposto a comprar pela internet e receber em casa seus produtos. Pergunte a qualquer um: a expectativa de receber uma encomenda geralmente é enorme. Porém, muitas vezes também são grandes as decepções. Devido a uma falta de cuidado das lojas, muitos produtos ainda chegam com avarias causadas pela embalagem não ideal. E se o produto em si não vem com problema, a caixa do transporte geralmente é feia e demonstra um mal cuidado que não condiz com o seu interior. Como equilibrar isso? Convidamos dois profissionais estudiosos dessa área para responder a algumas questões sobre o assunto: Ricardo Mayer tem formação em Comunicação Visual, é pós-graduado em Gestão Estratégica de Embalagem e em Engenharia de Embalagem. É professor nessa área e integrou o júri técnico do prêmio ABRE (Assiciação Brasileira de Embalagem) nas edições de 2008 a 2011. Maria Helena Resnitzky possui 30 anos de experiência nas áreas de Embalagem, Pesquisa & Desenvolvimento, Inovação e Marketing. Por 10 anos, atuou no Centro de Tecnologia de Embalagens do Instituto de Tecnologia de Alimentos (CETEA –ITAL), desenvolvendo pesquisas, projetos e cursos nas áreas de Embalagens e Alimentos. Possui sólida vivência em projetos de desenvolvimento de novas embalagens e sistemas de embalagens, segundo parâmetros de inovação, qualidade e custos compatíveis às estratégias empresariais. Existe diferença de embalagens para a loja física e a virtual? Por que isso tem se tornado um assunto tão debatido no e-commerce? Ricardo Mayer: Creio que existam diferenças, sim. Mas o fato é que, ao conceber uma embalagem para lojas físicas, muitos fabricantes de produtos deixam de considerar que esse produto pode ser vendido via online e entregue de formas não consideradas no sistema logístico tradicional. Até recentemente, havia uma justa preocupação com a integridade do produto. Com a difusão do e-commerce, novos desafios passaram a ser importantes, como a racionalização dos modelos, a segurança contra extravios e a estética. Maria Helena: Quando um produto é desenvolvido, sua embalagem de transporte é pensada para o varejo e a distribuição nos canais de venda convencionais, e ele normalmente é entregue em caixas com várias unidades, tendo essa caixa sido dimensionada para o transporte e a estocagem do grupo de produtos iguais. Com o e-commerce, os produtos são retirados dessas caixas e re-embalados, muitas vezes em unidades individuais, ou agrupados com outros produtos diferentes. Consequentemente, uma nova embalagem de transporte deverá ser usada e ela deve se adequar dimensional e estruturalmente (resistência mecânica) ao novo conjunto de produtos. A embalagem para a venda online passou a ter uma importancia muito grande, pois estendeu a responsabilidade do vendedor com relaçao à integridade do produto. Se antes essa responsabilidade ia até o ponto de venda, com o e-commerce ela vai além, até a chegada do produto à casa do consumidor. Quem faz a embalagem não é a mesma indústria de quem consome - quem produz a embalagem não é quem embala o produto para ser enviado ao consumidor. Como esses dois lados podem caminhar juntos? RM: Bons fornecedores são sempre os que procuram entender as necessidades de seus clientes. Os excelentes são os que se antecipam em identificar tais necessidades. Da parte do lojista, conhecer suas próprias necessidades e passar isso a quem desenvolve o projeto da embalagem e a quem vai produzi-la é fundamental. MH: Esses dois atores têm que se comunicar, e a indústria que consome tem que passar as suas necessidades para quem produz. Para isso, é preciso primeiro conhecer e definir quais são as suas reais necessidades, e acho que é aí que as coisas estão ainda apenas começando. De que forma o lojista online pode se preprarar para melhor atender ao cliente através da embalagem? RM: O lojista deve conhecer muito bem o sistema no qual a embalagem vai atuar: embalamento, estoque, as várias etapas do transporte. É necessário conhecer os pontos críticos desse sistema, as necessidades de proteção de cada produto e as expectativas do consumidor, além de checar as reclamações e o histórico de avarias. 10 ENTREVISTA Se a loja vende apenas um tipo de produto, ou produtos similares, é mais fácil definir que tipos de embalagens serão usadas. Mas no caso dos varejistas que oferecem desde livros até geladeiras, passando por roupas e produtos eletrônicos, como definir as embalagens de forma mais simples, sem que seja necessário ter um grande estoque de diversos tipos de embalagem? RM: Não há alternativa senão fazer um amplo levantamento das características dos produtos. Dimensões, peso, resistência etc. A partir disso, traçar cenários e chegar a um número razoável de modelos que cubra essa diversidade sem acarretar num investimento desnecessário em estoque. Modelos matemáticos podem ser usados para esse cálculo. A embalagem secundária (a de transporte) pode, em algum momento, ser usada como veículo de propaganda da loja? RM: Sim, pode ser importante personalizar. Temos que observar qua há todo um clima especial criado em torno de certos produtos nas lojas virtuais, nas lojas físicas e no marketing do produto. Quando o produto chega numa caixa mal resolvida e mal apresentada, a magia se quebra. O melhor seria manter o clima. Como equilibrar os problemas causados pelo transporte à embalagem, que muitas vezes tornam o primeiro contato do consumidor com o produto (ou a loja em si) em algo pouco agradável? Não é difícil ouvir histórias de que o site da loja é lindo, o atendimento foi excelente, o produto ótimo, mas que houve um choque, um susto, ao se deparar com a embalagem de transporte suja, rasgada, amassada etc. RM: Dimensionar e definir bem os materiais e os acabamentos da embalagem, prevendo os possíveisdanos durante a entrega. Mas para isso é preciso conhecer bem todas as etapas da entrega e seus pontos críticos. Tanto as lojas online de nicho como as menores e os vendedores individuais (geralmente artesãos e pequenas produções) saem ganhando dos grandes no aspecto personalização da embalagem? RM: Embalagens personalizadas só atingem um bom preço quando encomendadas em grandes quantidades. Para pequenos empresários, pode ser melhor enviar em embalagens padronizadas e usar algum recurso de personalização no interior, como um cartão, um embrulho mais trabalhado etc. MH: Rótulos impressos através de impressão digital, que permite pequenas tiragens, podem também ser uma opção para a personalizaçao de embalagens para pequenas produçoes. Existe um limite para a personalização da embalagem de transporte? E da embalagem/ acondicionamento interno? RM: O limite é o encantamento que a marca quer provocar no consumidor, considerando as possibilidades técnicas e o custo, incluindo limites de peso. Por outro lado, soluções com exagero de material, que contradizem princípios de sustentabilidade podem ser mal vistas por certos grupos de consumidores. A embalagem pode ser uma arma para usar na parte de satisfaçao do cliente? RM: Sim, quando é pensada para o momento especial em que o consumidor recebe ou vai abrir o pacote. Transportar uma geladeira é menos complicado do que transportar flores ou garrafas, e outros produtos frágeis? RM: Os riscos podem ser proporcionalmente os mesmos. O prejuízo financeiro com o retorno do produto avariado é que pode ser maior. Além disso, não há como repor um buquê de flores que deveria chegar lindo no dia no aniversário de casamento. Entregar outro no dia seguinte não resolve. Qual é a maior problemática, hoje, no transporte de objetos de grande volume/peso? RM: Acredito que não sejam muito diferentes dos da entrega feita a partir de lojas físicas, pois o sistema de entrega costuma ser semelhante. Uma variável é que as lojas virtuais costumam entregar em áreas geográficas mais amplas, o que demanda um trasporte com prazo e distância maiores. Isso costuma submeter o produto a mais situações de risco. MH: A otimizaçao da carga pode ser um problema sério. O que transportar com o quê, para conseguir o melhor custo beneficio de frete e evitar danos aos produtos. E no caso de produtos pequenos e/ou frágeis? RM: Acredito que os pequenos não sejam muito problemáticos, exceto que seu preço pode ser alto. Mas costumam estar submetidos a menos riscos. O risco dos frágeis depende do tipo de fragilidade que apresentam. Por exemplo, quem trabalha com vinhos, azeites e outros líquidos deve ter cuidado redobrado, pois o rompimento de uma embalagem é uma catástrofe que atinge não só os produtos vizinhos, mas também as outras caixas de transporte e seu conteúdo, levando a grandes perdas. MH: Os produtos pequenos e frágeis correm maior risco de sofrerem danos causados pelos maus tratos do manuseio e do transporte. Um produto frágil, em uma viagem longa, se não estiver bem protegido por uma embalagem adequada e colocado na parte superior da carga, poderá chegar avariado ao seu destino final. Até onde a responsabilidade da integridade da embalagem no destino final é do lojista, e até onde é da transportadora/parceiro logístico? RM: Depende do que foi firmado entre as partes. A diferença do fator resistência para a venda online em relação à venda em lojas físicas é que nestas, em princípio, o consumidor é responsável pela integridade da mercadoria a partir do momento em que ela sai da loja. Nas lojas online, o comerciante é responsável pela mercadoria até a sua chegada ao endereço do consumidor. Portanto, é responsável por ela em mais algumas uma etapas do sistema (falta um “de” aqui, né?) embalagem: a acomodação do pedido na caixa de transporte e toda a circulação necessária durante o transporte e a entrega nas mãos do cliente. O índice zero de avarias é um ideal a ser perseguido através de programas de qualidade total e melhoria contínua. Transportadores que apliquem isso terão vantagem competitiva no mercado. MH: Depende do que foi acertado entre os dois. Normalmente, esse ponto é definido ao se contratar o transportador. Se a responsabilidade for do transportador, ele pode se recusar a transportar um item que considere mal embalado. Estudar as rotas junto com o transportador e deixar claro quais são as fragilidades do produto pode ser um bom começo. Existem, atualmente, empresas que desenvolvam embalagens específicas para o e-commerce? Há espaço para investir nesse setor? RM: Em geral, as embalagens são produzidas por empresas que produzem também embalagens para outros fins, como caixas de papelão ondulado ou microondulado com acabamentos diversos. Cabe a quem projeta conhecer os materiais e os processos disponíveis e aplicá-los. É preciso, entretanto, fazer com que os fornecedores entendam as necessidades específicas do cliente, de seus produtos e de seu sistema de entregas. Soluções mais especializadas estão no campo dos acessórios como elementos infláveis, flocos de isopor e outros dispositivos usados para preencher espaço e proteger as mercadorias. MH: Não que eu conheça, mas creio que logo mais as empresas de embalagem, principalmente as de menor porte, irão ver o enorme potencial que representa esse tipo de comércio e poderão se especializar. O que é preciso levar em conta na hora de criar uma embalagem para e-commerce, tanto a primária, do produto, como a secundária, do transporte? RM: É preciso conhecer o sistema onde elas vão atuar, os riscos a que estarão sujeitas, a linha de produtos e dimensionar de forma a racionalizar modelos e formatos. Além disso, gerenciar o custo, buscar o visual adequado à marca e à expectativa do consumidor e buscar diferenciais em relação à concorrência, desde que sejam perceptíveis pelo consumidor a ponto de se justificarem. MH: Os mesmos pontos que devem ser levados em conta ao se criar qualquer embalagem: ela deve conter e proteger o produto, além de informar e, se possível, encantar o consumidor. Sao Paulo Pronto para conhecer o Marketing to the Power of ONE? Saiba mais sobre o Global Tour: www.ExactTarget.com/GlobalTours SÃO PAULO Quarta, 13, Junho, 2012Grand Hyatt São Paulo • Líderes de opinião do mercado • Keynote speakers de marketing • Workshop especial sobre nossas soluções • Oportunidade para Networking Descubra como quebrar a barreira da comunicação isolada e iniciar conexões reais com cada consumidor individualmente Em março, Yulia Smirnova esteve no Brasil, a nosso convite, para participar do Congresso E-Commerce Brasil Search & Sales. Em sua palestra, ela apresentou algumas tendências observadas no ano passado, que seguirão fortes este ano e crescerão, juntamente com o mercado. Neste artigo, Yulia trasmite novamente tais questões, que devem ser pensadas e repensadas, independentemente do tamanho do seu negócio. Boa leitura, Redação E-Commerce Brasil Durante o ano passado, eu pude observar o que os varejistas líderes no e-commerce fazem, a partir de pesquisas da indústria, de palestras em vários eventos de marketing de busca e da minha própria experiência pessoal. Eu destaquei, em minha palestra no Brasil, os cinco padrões principais, que cobrem busca natural, otimização de conversão e aumento nas fontes de tráfego ou canais emergentes. A maioria dos e-varejistas americanos que apresentam um crescimento constante trabalham estes pontos: - Aumentar a visibilidade de busca orgânica, para desfrutar do tráfego livre; - Reduzir o ruído e as etapas de check out, para aumentar a conversão; - Oferecer oportunidades para compraspor impulso e de “última chance”, de forma a aumentar as possibilidades de compras e trazer novas fontes de tráfego, ou para melhorar a experiência de compras dos consumidores leais à marca (multi-channel); -Oferecer compras por descoberta, para capturar os que comprar por lazer e que vêm de outros lugares; -Atender às necessidades locais, e entregar por meios locais, mesmo que focando na expansão global, mas alcançando um país de cada vez. Vou explicar melhor cada uma dessas estratégias, a lógica por trás delas e exemplos de implementação (você pode baixar os slides da minha apresentação para acompanhar - http://slidesha.re/I1LvBi) 1. Aumentar a visibilidade de busca orgânica É fácil perceber o que um bom trabalho de SEO pode fazer pela sua empresa, e às vezes com um custo muito menor do que o gasto em pesquisas pagas. Se feito de forma correta e desde o início, a otimização da busca natural existe para que seja feita de forma consistente, e não há o risco de um corte no orçamento devido a gastos excessivos. Aos lojistas virtuais mais novos e iniciantes, a busca natural ajuda a nivelar o campo e a competir com os maiores. E, para os grandes varejistas, pode oferecer um alto volume de ROI e um potencial para dominar o mundo nos rankings de busca. Não é à toa que os varejistas inteligentes, grandes ou pequenos, desfrutam de um saudável tráfego proveniente da busca natural. E eu quero dizer com isso mais de 25% do tráfego total. Quando falo sobre busca orgânica, penso no Google como um grande corretor de imóveis que trabalha de graça para você, a partir do momento em que você oferece algo de valor. Se você oferece valor, ganha clientes, market share e tráfego; no entanto, se fizer um trabalho ruim e desleixado, não ganhará nada. A busca natural oferece tráfego, mas você tem que trabalhar por isso, especialmente com tantas atualizações do algoritmo de busca do Google. Há aproximadamente um ano, o Google tinha cerca de 11 Pandas, 1 atualização grande e muito mais. Apenas no mês de março deste ano, quando fiz minha apresentação no Congresso E-Commerce Brasil, foram 50 mudanças para melhorar a qualidade das buscas! Isso é muita coisa e deve ser considerado. E essas são mudanças necessárias para se identificar e trabalhar no seu SEO, não apenas “coisas para ficar sabendo”. Para estar presente nos motores de busca de forma realmente eficaz e até mesmo para diversificar as suas fontes de tráfego, alavancar novas tendências emergentes e atuais oportunidades de evolução: use rich snnipets, busca universal, integre o comportamento social na experiência de navegação do seu site, produza conteúdo bom, único, que faça com que o seu consumidor queira compartilha-lo, faça seu site mobile mais amigável. São todas chaves para micro conversões, que ao final representam mais compras. Rich snippets são uma forma incrível para aumentar taxas de cliques. Google e Bing suportam produtos, preços, eventos, pessoas, e as receitas. - Por exemplo, a Best Buy implementou rich snippets em meados do ano passado e se divertiu com um CTR de 30% 14 MARKETING Yulia Smirnova Online Marketing Manager/SEO do Shopping.com (eBay) e autora do blog MemeSponge.com 5 TENDÊNCIAS DE MARKETING PARA E-COMMERCE APRENDIDAS COM OS TOP VAREJISTAS DOS EUA no Google em poucas semanas. Outros e-commerces implementaram rel = autor e rel tags = editor, e tiveram um tráfego elevado entre 5% e 10% nas primeiras 2 semanas, com total entre 15% e 30% (dados apresentados durante o evento SMX 2012, em San Jose/EUA). Embora rich snnipets não sejam uma ideia nova, nem todo e-commerce utiliza. - Para a busca universal, lembro a Advance Auto Parts, com seus vídeos de produtos e “como fazer”, nas páginas de produtos, YouTube, Facebook. Obtiveram uma taxa de conversão nas páginas de produtos, especialmente de visitantes de primeira vez, e estendenderam seu alcance e engajamento com o compartilhamento dos vídeos tutoriais. Com certeza, esses esforços reduziram consideravelmente os custos por leads. Você pode fazer isso em nível corporativo, com as plataformas de publicação de vídeo disponíveis no mercado. - Falando de pequenos varejistas: Oyster.com lançou o seu negócio com SEO e conteúdo de qualidade como ingredientes-chave da sua estratégia. Ele tem uma arquitetura de site sólida, qualidade, conteúdo original, envolvente, criativo e e ótima ligação e integração com as redes socais. Basta olhar para o tráfego, que é de 50% livre. Brilhante! - Fab.com: tem uma bela integração social, incentivando seus clientes a compartilhar e a receber o dinheiro em apenas de 2 cliques, tão simples e tão suave como a experiência de compras. Não admira que o Fab.com tenha tráfego de 61% do Facebook versus 6% do Google. Ele também aproveita bem os seus blogs, e tem muitos links virais. 40% dos usuários estão ativamente engajados com suas marcas favoritas via Facebook e dizem que compram na rede social. O Bing também favorece os links do Twitter e de autoridade em seu algoritmo, então twittar faz uma diferença aí. Diferenciar o seu conteúdo através de rich snippets nas SERPs, alavancar a busca universal e tornar o seu conteúdo valioso para o compartilhamento ou parte da descoberta social permite captar mais tráfego para a loja. Enquanto isso, torne o site amigável ao SEO e foque nos fundamentos que podem potencialmente dobrar seu tráfego total em poucos meses; seguir em um passo avançado e em consonância com as mudanças dos algoritmos de busca pode trazer oportunidades para marcar a eficácia de outras fontes de tráfego: direto, social e mobile, e até mesmo aumentar as suas iniciativas de geração de demanda. 2. Reduzir o ruído e as etapas de pré-checkout Uma vez que você tem todo o tráfego para as suas páginas, você não quer que os consumidores percam tempo algum para comprar. Reduzir o ruído e as etapas pré-checkout é a segunda melhor prática que distingue os e-commerces com melhor desempenho e resulta em mais vendas. A velocidade e a simplicidade de como o consumidor caminha por entre os funis da sua loja online fazem diferença. Quanto menos passos você tem antes e durante o checkout, mais tráfego é convertido. Então, remova etapas extras, páginas e cliques. Quando os compradores chegam às suas páginas, as chances são muito prováveis de que eles saibam o que querem comprar, mas precisam lidar com o dilema de “qual” escolher. Seu trabalho é reduzir as etapas e o tanto que ele vai pensar no processo, fornecendo antecipadamente informações suficientes, conforme o necessário. “Conforme o necessário” é a chave aqui, que você vai querer testar, ao mesmo tempo em que “tanto quanto possível”pode sobrecarregar as pessoas e até mesmo os motores de busca. Estudos têm provado que muitas opções lançadas sobre o cliente atrasam o processo de decisão. Alguns profissionaias de SEO alegam que a redução do número de resultados de pesquisa/opções de produtos pode aumentar a qualidade de resultados de pesquisa por páginas em termos de tráfego e visibilidade. - Evo.com descobriu que os clientes têm que comparar produtos na busca de um item perfeito, por isso que o abandono de carrinhos de compras é alto. Então, eles adicionaram uma ferramenta de comparação e uma de amostras de cores nas páginas de resultados de pesquisa, e isso resultou em um aumento nas taxas de conversão. - Shopstyle.com, um site de geração de leads, faz a conversão em dois cliques nas páginas de categorias e de busca. A implementação através do slider vertical é incrívelpara experiência do usuário e amigável para SEO. Ela também aborda bem problemas de paginação e de conteúdo duplicado. Além disso, não tem páginas de produtos. A conversão é feita na visualização da imagem. Amei! Simplicidade leva a um lucromais elevado. Ela também oferece alegria durante as compras. Verifique se você tem muita informação e muitos links e simplifique para os robôs de busca, assim eles não desperdiçam tempo. Percorra o seu site para entender quanto tempo se leva para comprar nele. Quanto menos tempo os usuários e robôs gastarem em suas páginas, mais dinheiro a sua loja gera, funcionando como uma máquina de fazer dinheiro. 3. Explore as compras por impulso do mercado móvel Depois de ter clientes navegando em seu site e abrindo carrinhos ou compartilhandoas suas ofertas, você não desejaria tê-los, literalmente, navegando e fazendo compras ao mesmo tempo? Com 49% de todos os usuários de smartphones pesquisando e comprando realmente em smartphones, entrar no mundo mobile é necessário, inclusive, para não perder as vendas de clientes leais. Também é um grande canal para novos usuários e uma oportunidade de roubar o tráfego concorrente: - 51% estão mais propensos a comprar de um vendedor quando o site é amigável na versão mobile; - 40% visitariam um site da concorrência em vez do seu, se se sentissem desapontados com a experiência; Os varejistas inteligentes estudam mais a fundo a respeito das compras feitas no mobile. Sites da categoria de viagens dominam o setor. 85% dos passageiros frequentes usam smartphones e realizam suas compras via mobile, de acordo com o Internet Retailer. Quem compra via mobile geralmente gosta de viajar. E, em uma viagem, existe a possibilidade de ter que resolver coisas de última hora, como reservas de hotéis, mudanças de planos etc. Mobile também sincroniza muito bem com os clientes espontâneos, que são aqueles com tempo livre e que querem algo ali e agora, jogando, assim, com a satisfação do desejo. E, por último, os varejistas que estão ativos neste canal desde o início puderam ver algumas sinergias entre os canais e/ou iniciativas de marketing. Também é notável que o e-mail, juntamente com o mobile, funciona como mágica. Eles fazem com que o “agir por impulso” dos consumidores entre em ação. Uma bela parceria. - Hotels.com dobrou suas reservas feitas através do mobile em 2011. Eles também entraram em um segmento específico de compras de última hora. Assim, apresentam ofertas que só estão disponíveis no aplicativo móvel e em situações em que minutos fazem toda a diferença. Certa vez, estava em Nova Iorque é recebi vários e-mails do site, uns quatro ou cinco, apenas de ofertas de última hora, caso eu precisasse. Se olharmos para a eficácia do e-mail marketing para o Hotels.com no Compete, podemos confirmar as altas taxas de crescimento (de 71% para 255%), e o excelente desempenho na condução do tráfego. - O segmento de reservas de última hora é um dos mais desejáveis e crescentes do mercado, tanto que as empresas de aplicativos já estão despontando. Um exemplo é o HotelsTonight, que fornece ofertas excelentes para apenas uma noite. Isso não é ótimo? Você está preso em uma cidade e não quer pagar caro em um hotel em que você já ficou, ou não quer ir para o hotel que a companhia aérea te encaminhou - em caso de atrasos, por exemplo. Bom, você tem um lugar que oferece boas ofertaspra você aqui e agora. - Fandango, um site de revenda filme, se beneficiou de um único recurso em seu aplicativo, o “Go Now”, que permite tomar a decisão de assistir a um filme dentro de minutos, caso você tenha vontade, e tempo. O mobile e as ofertas de última hora exemplificam uma realidade na qual muitos consumidores online se tornaram experientes em encontrar ofertas, comparar preços e não se contentar com pouco. O mobile, associado ao consumo por impulso, também reflete a realidade sobre o estilo de vida móvel. Então, se você ficar esperando para ver onde isso vai dar, sem se envolver hoje, você provavelmente vai perder esse novo tipo de cliente - ou até mesmo perder um monte de clientes ativos, mas que decidiram por adicionar o mobile às suas opções de compra. 4. Invista na compra ao acaso Compras ao acaso são, geralmente, uma experiência diferente para os usuários; é o ato de comprar “on the go”, em vez de em um lugar aconchegante. Não são planejadas, nem conhecidas. Mas se você envolver totalmente o usuário nessa experiência e fornecer ferramentas adequadas e propaganda, você pode investir e vislumbrar uma parte significativa de todas as compras. As compras ao acasoacontecem quando o consumidor não consegue se envolver muito com o processo de busca do item certo, seja porque é algo novo para ele, ou porque é difícil de fazer (como realizar compras de objetos de arte). Ou, acontece ainda, de ele precisar desistir da compra devido ao preço. Ou ele simplesmente não tem tempo, mas quer ter uma ideia geral do que seria a melhor opção e o que supriria as expectativas. Explorar as compras ao acaso requer criatividade, e isso permite encontrar novos meios de compra para os seus clientes. As compras ao acaso podem gerar leads para produtos que estão com baixa venda. Alguns varejistas já estão fazendo isso, explorando uma publicidade específica, como uma curadoria, que oferece ao cliente todo o inventário da loja em formato de coleções, ou temas, ou um site com características de “encontre o que é melhor para mim”. Também é possível realizar a venda guiada (coach commerce) e vendas via tablets. Cerca de 63% dos varejistas americanos estão 16 MARKETING planejando redesenhar seus sites para se beneficiarem das tendências, de acordo com a eMarketer. - Art.com lançou o recurso de busca visual “Inspire minha descoberta” e “Encontre a minha imagem”; observou-se que os clientes que usam os recursos gastam duas vezes mais e convertem 75% mais rápido. - Wine.com tem 6% de todo o seu tráfego vindo do iPad,obteve um aumento de compras feitas por tablets e e ele representou 20% de sua receita no último dia do Natal/2011. Outros varejistas começaram a prestar atenção a um share comum de 50% em iPads, em relação a todo o tráfego móvel; um crescimento que vale a pena cultivar. Investir na experiência de compras ao acaso é uma tendência em curso, com amplo espaço para a criatividade a partir da experiência do usuário e da propaganda. Consumidores que usam tablets estão entusiasmados com relação às compras. Como o esperado para os próximos anos é que a venda de tables cresça cada vez mais, é importante investir nesse segmento. 5. Atenda às necessidades locais, entregue por meios locais Em uma situação em que você tenha conquistado sua base de clientes e esteja pronto para lançar uma rede mais ampla em mercados internacionais, é melhor estar preparado para gastar muito em infraestrutura. Isso é o que os maiores varejistas dos EUA fazem, de olho no mercado europeu. Lá, além de precisar entrar cedo no mercado, é preciso olhar profundamente para o segmento de cada país. Há necessidades e condições específicas para cada país que devem ser cumpridas para ser relevante. É preciso se concentrar em uma categoria, em um nicho, muito específicos de cada vez, assumindo, ou conquistando, um país de cada vez, construíndo marketing personalizado, merchandising e atendimento específicos. O tempo e o investimento são necessários para construir confiança e quebrar as barreiras de adoção, porque a recompensa eventualmente será muito maior devido à uma vantagem de ser o primeiro. - Estive em Toronto (Canadá), em fevereiro, e fiquei impressionada em ver como a cidade é “condensada”, em como as pessoas realmente estão no centro da cidade. Poucos dirigem pela cidade, que é lotada, e há milhares de restaurantes, o que torna dispensável cozinhar em casa. Eu poderia viver assim! Com tudo isso, é um local perfeito para negócios de delivery como o Justeat.ca. O Reino Unido, Londres especificamente, tem demonstradoas mesmas condições. Aliás, Tesco, um dos maiores varejistas do Reino Unido, já domina nessa categoria e está em expansão para o leste Europeu. - Esteé Lauder também tem seu alvo em vários países, oferecendo um catálogo global. Ainda assim, comercializa de forma diferente e possui formas de pagamento específicas para cada país, como forma de promover a adoção à marca. No passado, alguns varejistas tentaram escala e se aproximaram da Europa como um mercado como um todo, aprendendo rapidamente que deveriam trabalhar com uma infraestrutura fragmentada, com segmentação, demanda e preferência de compra por país. Uma vez que encontraram esse tom e foram aceitos, puderam aproveitar os benefícios da expansão. Recapitulando Então, para fazer marketing efetivo para o seu e-commerce, você pode tirar vantagens da busca orgância, das fontes de tráfego e das novas tendências de comportamento e compra através de: - Investimento na produção de conteúdo; - Redução do ruído e das barreiras de compras; - Alimentação de compras por impulso, convertendo o cliente que está sempre conectado; - Mergulho nas compras ao acaso, nas descobertas – conecte os seus clientes e os seus produtos; - Se decidir por investir em outros mercados, seja em outro país, em outro estado ou em um segmento diferente, pense no processo como algo local – aja globalmente, entregue localmente. A lista de estratégias identificadas não é exaustiva, mas alguns varejistas ainda se concentram apenas nos pontos 1 e 2 para fazer diferente. Imagine, então, se você conseguir alcançar todas as cinco estratégias apresentadas? Artigo original publicado em http://bit.ly/IPCEY4. Tradução feita com autorização. Não pode ser reproduzido. Tradução: Rina Noronha. 18 CAPA O varejo eletrônico precisa dispor de instrumentos para otimizar todo o ciclo de compra, desde aqueles que promovam percepção de necessidade por um possível comprador, que despertem seu interesse, que o ajudem (ou dirijam) para encontrar o que deseja, que facilitem e suportem todo o processo de compra, bem como a entrega (fulfillment), o pós-compra (ou pós-venda), e, finalmente, que possibilitem (quando isso for de interesse) a revenda dos produtos adquiridos. O ciclo de compra em comércio eletrônico Este artigo visa apresentar uma visão dos modelos de negócios possíveis em varejo eletrônico, no processo de compra, isto é, o sub-processo acima indicado como Ação (Compra), tendo como base a análise de toda a cadeia de negócios, os vários atores envolvidos e as diversas combinações operacionais, que trazem, com apoio de novas tecnologias, múltiplas possibilidades para quem quer operar em varejo eletrônico (B2C), em continuação a outros artigos nossos publicados no e-commerce Brasil. Toda a discussão proposta aqui gira em torno, especialmente, do varejo eletrônico (B2C), mas as ideias gerais aplicam-se, também, a operações B2B. As múltiplas possibilidades para atingir o comprador final Podemos resumir todas as possibilidades para atingir um comprador final pela figura a seguir: Agentes e relações comerciais Essa figura sintetiza os diferentes modelos de varejo eletrônico, quando focalizamos o processo de compra. As várias combinações possibilitam a criação de muitos diferentes modelos de varejo eletrônico. Uma primeira distinção essencial que podemos já fazer é se a operação de varejo se apresenta de forma isolada, como uma loja virtual comum, ou está dentro de um marketplace, isto é, um ambiente que congrega muitos operadores, como, por exemplo, ocorre com um shopping center. Qualquer dos modelos isolados apresentados na figura acima (loja física, loja virtual, link direto ou M2M) pode operar de forma isolada ou em um marketplace. Porém, a tendência é de, cada vez mais, as operações ocorrerem em ambientes compartilhados, tais como um shopping físico ou virtual, um integrador que congrega muitos operadores de varejo (um portal de compras) ou uma rede social em que, de forma menos estruturada, mas não menos eficaz, os varejistas disputam a atenção dos compradores potenciais. Para todos os efeitos, desconsideramos, na análise a seguir, qualquer forma de operação que seja somente física, sem componentes virtuais. A. Operações isoladas - Modelo 1: Loja física com apoio virtual Neste modelo, a compra é feita presencialmente, mas os recursos virtuais móveis (smartphones, tablets) podem ser usados para apoiar o comprador em comparações de preços, obtenção de informações detalhadas sobre produtos etc. Aqui se incluem, como exemplos, a grande maioria dos sites de varejo eletrônico, inclusive os dos maiores operadores do mercado (Americanas, Submarino, Walmart, Carrefour etc.). De 10 clientes típicos que visitam uma loja, quatro informam que querem comprar algo, mas somente um fará uma compra. Como a tecnologia móvel pode melhorar essa relação? Compradores preferem mobile quando procuram por informações sobre produtos (scaneando código do produto físico e obtendo informações na loja virtual ou na web). Muitos buscam opiniões de amigos e de terceiros via mobile antes MODELOS DE NEGÓCIOS PARA O VAREJO ELETRÔNICO - PROCESSO DE COMPRA Norberto Torres Sócio-diretor da Uniconsult Sistemas Percepção Interesse Prospecção e decisão Ação (Compra) Entrega (Fulfillment) Pós-venda Revenda Produto Físico (PF) Produto Virtual (PV) Atacadista Físico (AF) Atacadista Virtual (AF) C om prador Varejo Físico (VF) Varejo Virtual (VF) Link Direto (LD) Loja Física (LF) Loja Virtual (LV) Presença Web Mobile InternetTV M2M Relações Materiais Relações Virtuais de comprar. Uma pesquisa nos EUA indicou que perto de 60% dos clientes que fizeram scan de produtos com smartphone compraram o produto. O mobile pode ser utilizado como apoio para transações em lojas físicas, para: comparações de preços; análise de opiniões de clientes; verificação de disponibilidade; checkin em loja virtual e retirada na loja física; uso de cupons; e acesso a promoções. Muitos já estão fazendo checkout via mobile, em vez de aguardar em fila (EUA). - Modelo 2: B2C (Loja virtual) e suas variantes Nos modelos tradicionais de varejo eletrônico, toda a operação é suportada por uma loja virtual, desde o atendimento pré-compra, o processo de compra, o processo logístico/fulfillment, até o atendimento pós- venda, em uma relação clara e direta vendedor/comprador. As ofertas por meio da loja virtual podem ser de um varejista eletrônico, de um atacadista operando no varejo, e mesmo de um produtor ofertando seus produtos diretamente ao mercado final. Uma cadeia B2B2C significa que a venda para um cliente pode desencadear um processo integrado para consulta, reserva e processamento de estoque ou mesmo de produção de um fornecedor (produtor ou atacadista). O modelo tradicional pode ser dividido em grande varejo, lojas médias e pequenas lojas face ao volume de vendas, cuja diferenciação é devido à complexidade logística derivada da precisão da gestão de armazém (WMS) no monitoramento do transporte (MT) e na eficiência no atendimento aos clientes (SAC). O grande varejo tem necessidade de que o sistema de frente de loja (loja virtual) tenha alta performance e de que o sistema de back-office (BO), que opera as transações, seja integrado e completo. As lojas médias têm maior flexibilidade em razão de a demanda ser menor: o WMS e o MT podem ser terceirizados e o BO contar com o ERP específico para o comércio eletrônico acoplado ao SAC. As pequenas lojas contam apenas com a loja virtual. - Alguns modelos específicos Gradualmente, o comércio eletrônico tem ampliado a oferta de categorias de itens. Algumas delas implicam em operações muito específicas,a ponto de exigir especializações. Para não ser extensivo, vamos distinguir quatro modelos já consagrados. Um modelo específico é o Clube de Compras, cujas principais diferenciações funcionais são: altíssimo volume de itens, venda antes da compra, alta complexidade no recebimento de mercadorias, controle operacional por campanha e curta estadia dos itens em estoque (cross- docking). O principal patrimônio do Clube de Compras 20 CAPA são seus associados direcionando o investimento em marketing. Há dois exemplos famosos deste modelo: BrandsClub e Privalia. Outro modelo específico refere-se à venda de medicamentos, podendo ser estendido aos itens de beleza. Há particularidades estranhas ao modelo tradicional, tais como pagamento contra entrega, necessidade de receita, atendimento a partir de pontos de venda, prazo de entrega medido em horas etc. Praticamente não há controle de estoque, e o transporte é gerenciado por cada ponto de entrega (motoboy). Exemplo deste modelo: Drogaria Onofre. Ainda outro modelo específico é a compra virtual de itens de supermercados (higiene e limpeza, hortifruti, carnes e frios). As principais características operacionais são: pedidos com mais de 50 itens, mais de 100 unidades por pedido, pagamento contra entrega, entrega de produtos perecíveis, clientes fiéis e de alta renda e frequentes alterações nos pedidos. Tais especificações impõem um SWS e um BO próprios. Um exemplo deste modelo é o Delivery.com do Pão de Açúcar. - Modelo 3: M2M Commerce No modelo Máquina-para-máquina não há envolvimento de compradores (ou vendedores) humanos, e toda interação é feita de forma automática por dispositivos que se comunicam. Este é um modelo ainda em fase muito inicial de constituição, havendo muito para ser desenvolvido para sua viabilização. É a aplicação dos recursos M2M, isto é, de tecnologias que permitem que dispositivos/sistemas (com ou sem fios) se comuniquem com outros dispositivos para uma operação automatizada, no caso uma transação comercial. Por exemplo, uma geladeira pode fazer um pedido automaticamente para um supermercado, identificando, por sensores, a falta de certo produto de uso comum. B. Marketplaces - Modelo 4: Marketplace intermediador de transações comuns, trocas e leilões Um marketplace é um ambiente virtual compartilhado para exposição de lojas virtuais (LV) ou exposições diretas de produtos. Trata-se do serviço de aproximação de compradores e vendedores. O grande patrimônio da intermediação é o conhecimento da demanda e seu direcionamento à oferta. Basicamente, o que o agente de marketplace faz é disponibilizar meios para que compradores encontrem vendedores (inclusive vendedores individuais) para os 22 CAPA produtos/serviços desejados, bem como para facilitar essas transações. Exemplos: MercadoLivre, Buscapé, UOL Shopping. Uma derivação do marketplace intermediador é a operação de leilões normais ou invertidos (reversos), em que lances (ofertas) determinam o comprador ou o vendedor ganhador. Exemplos: Leilão UOL, MercadoLivre, Bom de Lance, Lance Livre etc. Outra derivação são os mercados de trocas. - Modelo 5: Marketplace agregador de compradores Este é um tipo de marketplace (portal) para exposição de ofertas e realização das transações conjuntas de diversos compradores. Um marketplace agregador opera adicionando valor ao processo comercial, como, por exemplo, juntando diversos compradores para uma compra conjunta; compradores podem se organizar para uma compra cooperada (Cooperativas de Consumo), ou o agregador organiza ofertas e compras com um mínimo de compradores, que é o modelo de Compras Coletivas. Exemplos: GroupOn, PeixeUrbano. No modelo de Compras Coletivas, a compra somente se realiza por um valor muito vantajoso quando a quantidade de compradores atingir um determinado limite mínimo. Os conceitos envolvidos são: desconto por quantidade devido ao poder de compra do grupo e cross-docking. No modelo agregador, o papel do agente integrador é ampliado, agregando os pedidos de quem quer comprar, formando pedidos maiores, e, portanto, com maior poder de negociação junto aos vendedores. Uma vez alcançada a melhor negociação, o integrador realiza a transação e a distribui (produtos e cobranças) entre os compradores envolvidos. - Modelo 6: Marketplace agregador de vendedores Este é um tipo de marketplace (portal) para exposição de ofertas e realização das transações conjuntas de diversos compradores. Este tipo de marketplace junta diversos vendedores para uma venda conjunta; vendedores podem se organizar para uma venda conjunta, ou o agregador organiza as ofertas e as disponibiliza para compradores, que é o modelo de Vendas Consorciadas ou Conjuntas. É um modelo ainda pouco explorado em B2C, mas baseia-se nos modelos tradicionais de Cooperativas, Centrais de Compras e similares. Exemplo: as cooperativas, de forma geral. -Modelo 7: Shopping virtual de lojas independentes Este marketplace (shopping virtual) expõe lojas em um ambiente comum, com infraestrutura e marketing comuns. Um shopping virtual de lojas independentes funciona de forma semelhante a um shopping físico, em que diversos serviços são compartilhados, tais como marketing, meios de pagamento, atendimento ao cliente etc. As transações são realizadas pela loja virtual específica em que o comprador fez a compra. Exemplo: Shopping Porto Seguro. - Modelo 8: Portal de compras Este é um marketplace (loja virtual) para exposição de produtos de diferentes fornecedores, mas de forma transparente ao comprador. Um Portal de Compras é um marketplace que se apresenta como uma loja virtual, para exposição de produtos de diferentes fornecedores, competindo ou não entre si, mas de forma transparente ao comprador, que opera como se estivesse em uma loja virtual comum. Todo o processo de compra é suportado pelo portal, bem como o processo logístico (interno e externo)/fulfillment e de atendimento ao cliente. A diferença em relação ao operador comum de varejo eletrônico é que os estoques são de propriedade dos fornecedores participantes. Exemplos: Amazon, Ebay. O cliente/comprador mantém relacionamento direto com o agente intermediário (Portal), que, por sua vez, se integra a vários varejistas eletrônicos, buscando, nestes, a melhor oferta para o cliente. Após a colocação do pedido, o comprador pode continuar a ser atendido pelo agente do Portal, ou, em um modelo alternativo, passar a ser atendido pelo varejista selecionado para a transação. Um estabelecimento de comércio eletrônico pode operar com uma ou mais bandeiras usando a mesma loja virtual e o mesmo back-office. Exemplo disso é o ramo de vestuário, em que é comum ter bandeiras distintas, uma para venda de coleção em curso e outra para ponta de estoque. Outro exemplo é o caso de fusão de lojas famosas, em que é conveniente manter as marcas separadas, aproveitando-se da penetração de cada uma delas no mercado. As diferentes bandeiras podem contar com estoques exclusivos ou compartilhá-los; caso compartilhem, a loja deve enfileirar os acessos das bandeiras ao estoque comum. Em síntese, a ideia é similar à usada pelas grandes cadeias de supermercados operando com bandeiras diferenciadas por classe social. - Um modelo que tem atraído a atenção de grandes operadores Este modelo está atraindo o interesse de grandes empresas que tenham uma base muito grande de clientes por outros motivos, tais como operadores de cartões de crédito, bancos, marketplaces comuns e, futuramente, mesmo empresas de utilities (energia, gás) poderão entrar nesse tipo de operação. Assim, é esperado que o mercado de varejo eletrônico se reconfigure de forma muito expressiva, surgindo novos e grandes agentes intermediários agregadoresde varejistas eletrônicos (mesmo grandes), retirando, destes, parte de sua margem, passando a deter maior controle nas relações com o mercado. Esse novo panorama se apresenta ainda de forma sutil, mas certamente vai prosperar e mudar radicalmente a estrutura econômica do varejo eletrônico, exigindo soluções muito mais sofisticadas de interoperabilidade, para viabilizar operações mais complexas com multiagentes integrados. O predomínio será, muito provavelmente, de quem tem o contato direto com os clientes e o conhecimento aprofundado do perfil desses clientes. Tal conhecimento pode vir das transações passadas, mas ele só é útil quando um cliente já manteve um razoável histórico de transações com o varejista. É claro que parcerias de dados entre empresas de diversas naturezas, quando possíveis, podem ajudar nesse conhecimento. Quando se conhece mais a respeito do comportamento do cliente potencial, mesmo que ele não tenha feito compra alguma, é possível ter uma base para ofertas melhor dirigidas. Quem tem grandes bases de clientes potenciais e conhecimento de seu comportamento tem uma grande vantagem competitiva, pois pode descobrir, por meio de técnicas de análise estatística sofisticadas, tendências de compras e tipos de necessidades que compras anteriores, somente, não poderiam revelar. Muitos agentes de grande expressão no mercado mantêm contato direto com milhões de clientes, tais como operadores de cartões de crédito, bancos, seguradoras - entre outros - que têm, em suas mãos, o ativo mais valioso: os clientes. Estes já se movimentaram ou estão se movimentando no sentido de explorarem o rico canal de relacionamento que possuem para levarem ofertas distintas de seus negócios originais. Esses agentes têm todo interesse em atuar diretamente sobre suas bases de clientes e, em seu nome e com sua relação direta com tais clientes, intermediar compras dos mesmos e, com isso, ampliar enormemente suas receitas, retirando dos grandes varejistas eletrônicos (e mesmo dos menores) essa prerrogativa. - Modelo 9: Link direto com pedido Neste modelo, toda a operação é desencadeada por um link direto para um formulário de pedido de determinado item, link esse disponibilizado em uma rede social e em mídias virtuais diversas, sem que se passe por uma loja virtual. Os links direcionam para um formulário de pedido, que pode ser atendido por um operador de varejo eletrônico comum ou por um marketplace; como uma variação de shoppings virtuais, pode-se ter um marketplace que apresente não lojas, mas links diretos. - Modelo 10: Marketplace M2M Assim como uma loja virtual pode fazer parte de um marketplace, conexões M2M poderão vir a ocorrer, futuramente, também em marketplace (M2M). Conclusão Resumimos, neste artigo, os modelos de negócios no processo de compra. Se há um consenso de como é formado o ciclo de compra no e-commerce, ainda há muitas questões importantes que devem ser tratadas nos processos anteriores à compra (pré-compra) e que levam um interessado a realizar uma transação; esta é uma área onde há muito desenvolvimento atual. Formando um conjunto relativamente completo, trataremos, em outros artigos, ao longo do ano, do pré-compra, do pós-venda, do fullfillment e de características adicionais de cada um dos processos de compra. Aguarde! 26 MULTICANAL MARKETING INTERATIVO, EM TODOS OS MEIOS E EM TEMPO REAL - SUA EMPRESA ESTÁ PREPARADA? Regina Garrido Especialista de marketing digital da ExactTarget O marketing digital deve ser interativo e cross-channel. Isso porque o digital requer uma comunicação não de duas vias, tampouco de uma via apenas, mas de múltiplas vias e em forma de rede, pois sua empresa emite uma comunicação para o público, e este interage com você, aguarda uma resposta, compartilha e comenta a sua mensagem com sua rede de contatos. Vamos entender então a diferença entre multi-channel (multicanal) e cross-channel marketing. Marketing multicanal é a execução de diferentes campanhas em diversas mídias. No geral, para esse tipo de uso, não há preocupação com a coordenação entre as diferentes mídias. Já para o tipo de uso cross-channel, a ideia é executar uma mesma campanha, com mensagens continuadas e adaptadas para cada canal, e em diversas mídias. Nesse caso, a coordenação e a continuidade da comunicação usando diferentes mídias são as principais características. Outro ponto importante é o timing dessa interação: o público da era digital está em todos os lugares ao mesmo tempo, e interagindo o tempo todo de onde estiver. A comunicação é real time. O público aguarda algumas horas pela resposta por e-mail, e alguns minutos por uma resposta nas redes sociais. Um fator que foi primordial para essa mudança foi a mobilidade. Os gestores e os profissionais de marketing precisam se atentar para o fato de que a decisão de quais canais participar não é apenas um mero item do plano de comunicação ou que deve ficar apenas nas mãos do profissional de mídia. Mesmo que um canal não esteja em seu plano, o seu público estará lá, e se torna cada vez mais importante ao menos ouvir o que ele diz. Diante desse panorama, o marketing atual deve estar atento aos dois lados, o do emissor da comunicação e o do seu público-alvo. O relacionamento entre esses dois lados leva à necessidade de um maior entendimento de como tornar essa comunicação efetiva. Os profissionais de marketing precisam entender o que os clientes gostam e não gostam, e compreender como eles desejam que a sua marca se comunique com eles. Uma pesquisa desenvolvida pela ExactTarget, intitulada The Subscribers, Fans, and Followers, fornece informações preciosas para responder a essas questões e para obter insights das principais tendências do mundo do marketing. O levantamento pontuou que os profissionais de marketing não podem atender às expectativas de cada cliente através de uma simples e isolada estratégia ou campanha de marketing. Se os profissionais começarem a pensar que cada cliente é unico e começarem a endereçar as comunicações dessa forma, há um grande potencial para atingir benefícios massivos em todas as suas campanhas. Visando atender às expectativas do público da era digital, cada vez mais a comunicação deve ser 1-to-1, com base na captação do que ele deseja da sua marca ou categoria de produto nos meios digitais, inclusive nas redes sociais, e interagir da forma e nos canais que ele quer, ou seja, adotar cada vez mais ações cross-channel. Parece difícil esse desafio? Agora vem a boa notícia: fazer uma comunicação 1-to-1 em diversos canais com base nas demandas captadas do seu público é muito mais fácil através do marketing digital. Rastreamento e acompanhamento de comportamento em tempo real, recursos avançados de personalização e respostas imediatas ou programadas com base do comportamento do público já são uma realidade do mundo digital. Entretanto, antes de adotar toda a tecnologia que temos disponível hoje, o mais importante é que sua estratégia tenha como principal pilar o fundamento mais básico do marketing: entender o seu público e, a partir desse entendimento, interagir com ele da forma que ele deseja e, dessa forma, obter sucesso em suas ações, em tempo real! ENTENDO, LOGO VENDO! Elcio Santos Head de e-commerce solutions da Aunica Com forte tendência de cre scimento, o mercado brasileiro de e-commerce não deixa a desejar quando comparado a outros maduros, como o norte-americano, mesmo que em nosso País o volume financeiro seja muito menor. Para se ter uma ideia de quanto o segmento está evoluindo, basta avaliar o desempenho das duas maiores lojas virtuais do País - B2W e Nova. com -, que atingem resultados similares aos 20 maiores e-commerces dos Estados Unidos.Apesar da forte adesão dos usuários às compras online, ainda há muitas barreiras para ultrapassarmos. Uma delas é olhar para o consumidor de forma individualizada, adicionando um toque pessoal à relação. A lei de Ben Feldman colocou uma lanterna nessa questão quando afirmou que o processo de vendas é 98% de compreensão sobre necessidades e valores dos seres humanos e os outros 2% são representados pelo produto em si. Quando combinados, a garantia de sucesso é certa, uma vez que o comprador online espera conveniência. E não há coisa melhor do que receber ofertas personalizadas. De acordo com uma análise conduzida pela Harris Interactive, instituto norte-americano de pesquisa, para assistência em compras no site IMshopping, 77% dos usuários que fizeram uma compra online estariam interessados na ajuda de uma pessoa antes de adquirir certos itens na Internet. Um chat já cumpriria bem essa necessidade, desde que tivesse uma ação preditiva, e não entrasse em cena apenas quando fossem acionado. A análise da Harris concluiu, também, que as pessoas que requerem ajuda humana estão mais propensas a comprar imóveis (56%), automóveis (54%) e seguros (51%). Com isso, é possível traçar um paralelo com a nossa realidade, na qual o mercado de construção imobiliária já entendeu essa necessidade e disponibilizou corretores treinados e especializados no atendimento online. Por outro lado, o mercado de seguros deve levar em consideração as diferenças culturais entre Brasil e Estados Unidos, principalmente no segmento de automóveis, cujos 93,8% dos possíveis compradores fazem pesquisas na rede antes de fechar qualquer negócio. Assim, conversar de forma dirigida, até mesmo íntima, com os possíveis compradores configura-se numa enorme oportunidade para todo o setor. Embora a maioria dos compradores online tenha relatado o desejo de ter uma ajuda presencial pelo menos em uma parte do tempo, 82% dos entrevistados disseram que, no passado, esse serviço era deficitário. E isso afetou, negativamente, a decisão de compra de metade desse grupo. Contudo, é impossível não enxergar que a chave do sucesso para o comércio digital é direcionar ofertas, conteúdos e atendimento de acordo com o perfil de cada usuário. É fundamental colocar em prática um projeto integrado de targeting, com atividades on-site para monitorar os dados internos e, assim, oferecer publicidade off-site de forma única e personalizada. A aplicação desse tipo de estratégia contribui para reduzir a taxa de abandono do carrinho de compras, atualmente de 20%, e em alguns casos esse percentual pode ser ainda maior. Após essa enxurrada de informações, alguns leitores devem estar fazendo as contas para identificar o tamanho do faturamento que estão deixando de ganhar, caso ainda não tenham implementado nenhum programa de relacionamento e vendas sob medida para seus clientes. Essa é uma tendência tão forte que, em 2012, 26% dos investimentos em display nos Estados Unidos devem ser destinados a programas de targeting. No Brasil, esse número é muito menor. Porém, na medida em que a cultura empresarial se familiarizar com as mudanças e com o crescimento do mercado digital somado ao surgimento das Adnetworks e Exchanges, haverá uma procura ainda maior por soluções que integrem ferramentas como analytics, display e search. Todas essas estratégias serão vitais para o sucesso das operações com foco no cliente. 27 VENDAS Automatização de campanhas da Kenshoo pode ser uma nova solução para melhorar a conversão no mercado nacional O Google é reconhecidamente uma das plataformas de busca que mais geram aumento de tráfego em e-commerces graças ao Google Adwords, que, além de posicionar anúncios em sites parceiros, permite a uma empresa, produto ou serviço aparecer em primeiro lugar nas buscas por palavras-chave muito mais rapidamente do que aconteceria em buscas orgânicas. No entanto, para otimizar essa busca, é extremamente importante que a empresa saiba cadastrar as palavras-chave. Assim, se o tema for moda, o ideal é que sejam cadastradas keywords (palavras-chave) que tenham relação com isso, como “vestido preto”, “jeans feminino” etc. A escolha deve ser pensada para obter resultados de compra, e não apenas para gerar cliques. Posicionamento de AdWords no Google Muitos cliques que não dão resultado de conversão não são interessantes, pois o anunciante do AdWords paga pela ativação e pelos cliques que recebe em seus anúncios e, por isso, uma palavra- chave que não corresponde ao produto ou ao negócio pode representar gastos desnecessários. É preciso entender que o posicionamento inicial do anúncio com relação ao posicionamento de seus concorrentes dependerá do preço inicial pago pelo clique nas palavras-chave e da relevância dele. A relevância é calculada pelo Google a partir do CPC (custo por clique) mínimo, mais o texto do anúncio e ainda o conteúdo do site indicado. A junção desses fatores é denominada Quality Score (ou pontuação de qualidade), e é esse índice que pode, sem o aumento do CPC, fazer com que o anúncio suba posições entre os concorrentes. Assim, para ter uma campanha de sucesso, é preciso escolher as palavras-chave corretamente, ter um bom conteúdo no texto de anúncio e no site e, além disso, saber avaliar os resultados. E é nesse ponto que está a maior dificuldade. A análise de retorno do investimento deve ser feita constantemente no e-commerce, pois um minuto pode ser responsável por muitas vendas ou muitas perdas de clientes. Mensurar o resultado em negócios eletrônicos não é uma tarefa fácil. Considere o cenário de um e-commerce com 100 produtos e, para cada um deles, 20 palavras- chave. E, então, você tem que analisar o número de cliques de anúncio em cada um desses 100 produtos. E tem que fazer tudo isso rapidamente, pois sabe que tempo é dinheiro em comércio eletrônico. Como fazer tudo isso com uma equipe enxuta, comum aos e-commerces? O Google Adwords oferece alguns parâmetros que podem ser utilizados para verificar a eficácia de um anúncio, entre eles o CTR (Click Through Rate - Clique sobre a taxa). O CTR mede o retorno de cliques em relação ao montante enviado. Ele mostra, de forma subjetiva, o nível de relevância e de adequação do texto no anúncio. Assim, uma pessoa que procura por viagens para a Disney vai encontrar diversos anúncios. Caso o texto do anúncio não gere interesse, ela não vai clicar. Ao avaliar esses índices, o anunciante pode verificar em que ponto da campanha é necessário melhorar, se precisa aumentar o preço pago pelos cliques, ou melhorar o texto do anúncio e o conteúdo do site. GOOGLE ADWORDS E GESTÃO DE LINK PATROCINADO EM OPERAÇÕES DE E-COMMERCE Thiago Sarraf CEO da Pukis e líder da área de e-commerce da Associação Paulista das Agências Digitais (APADi). 28 PUBLICIDADE ONLINE Automatização de parâmetros: novas perspectivas em resultados de conversão O mercado brasileiro ainda faz a análise de retorno manualmente, por meio de mão de obra qualificada. No entanto, já existe fora do Brasil um novo modelo que estamos buscando para oferecer ao mercado nacional. Estamos falando de uma ferramenta de gestão de campanhas por links patrocinados que vai revolucionar o mercado no Brasil. Trata-se do Kenshoo Enterprise, um software que automatiza o processo, gerencia anúncios em ferramentas de busca e pode monitorar e gerenciar anúncios no Google, no Bing (MSN), e no Yahoo!. O programa utiliza algoritmos para prever ações futuras e, consequentemente, melhorar a eficiência de seus anúncios. Tela de configuração dos objetivos de campanha de seu perfil Como se trata de uma análise matemática feita por algoritmos, é fundamental saber definir os parâmetros do negócio. Assim, itenscomo investimento inicial, investimento máximo e objetivos da campanha são fundamentais para as tomadas de decisão. Baseada nesses dados, a ferramenta faz cálculos e atualiza as palavras- chave e o CPC da campanha automaticamente. Página principal do gerenciamento de Campanhas do Kenshoo Enterprise O sistema pode trabalhar, também, com dados de sazonalidade. Caso haja diferença sazonal no volume das vendas de algum dos produtos anunciados, basta adicionar essa informação ao sistema. Com isso, o Kenshoo pode aumentar ou reduzir o CPC das palavras-chave de acordo com a época do ano. A principal vantagem da ferramenta é gerar crescimento de tráfego no site e nos lucros para a empresa. E o aumento de resultados é ainda maior no caso de grandes campanhas que envolvam investimentos altos. A ferramenta Kenshoo auxilia muito na gestão e na automatização das decisões de lances, do gerenciamento com o CTR e dos anúncios, entre outros itens. Esse tipo de ferramenta vai revolucionar o mercado brasileiro em pouco tempo. O motivo é que, se bem trabalhada, a ferramenta vai trazer resultados de conversão e, quem sabe, então, poderemos elevar o atual patamar de conversão de um e-commerce no Brasil, que infelizmente ainda está na faixa de 0,5% a 1,5%. 30 MOBILE O mobile commerce é, sem dúvida, uma grande aposta para este ano. Depois de consolidarem as lojas virtuais no mercado, empresários, lojistas e profissionais de tecnologia apostam nessa nova modalidade de comércio, que visa à venda de produtos por meio de smartphones e tablets. O que para alguns pode soar como algo ainda distante, para outros já é realidade. O m-commerce já se popularizou em países da Europa e nos Estados Unidos. Um estudo da IMRG Capgemini mostrou que só no Reiono Unido o m-commerce cresceu 1.320% entre os anos de 2009 e 2011. Se antes representava apenas 0,41% da receita de sites de e-commerce, no ano passado subiu para 5,3%. Já nos Estados Unidos, uma pesquisa da Opera Software revelou um aumento de 42% de acessos a sites de m-commerce durante o período de férias escolares. Mas e o Brasil? Quais são as expectativas para o ano de 2012 dos profissionais do ramo para esse setor no país? Quais são os receios dos lojistas e os empecilhos operacionais que dificultam o crescimento do m-commerce no mercado nacional? Se há uma coisa que é certa para os profissionais de comércio eletrônico é que o m-commerce tem tudo para dar certo no Brasil, conquistar os lojistas e cativar os consumidores. Vivendo um bom momento econômico e aberto às novas tecnologias como é, o país tem tudo para adotar essa nova modalidade de comércio. Uma pesquisa na Anatel revelou que no Brasil existem 247,6 milhões de aparelhos de celulares. Se dividirmos esse número pela população do país, veremos que existem 1,3 celular por pessoa. Esse é um número bastante expressivo e que vem chamando a atenção dos empresários. É verdade, também, que grande parte desses aparelhos não são smartphones, logo, não podem ser contados como público-alvo do m-commerce. Mas essa parece ser uma situação passageira. Para Ricardo Michelazzo, fundador da Nova Ecomm, o mercado vai direcionar a venda dos celulares para os modelos smartphones. “É o fluxo natural das coisas. Faz parte do desenvolvimento. Mas é claro que só a venda do aparelho não é certeza de crescimento do m-commerce. É necessária a redução dos preços dos serviços relacionados”, afirmou. Quando Michelazzo fala de “serviços relacionados”, ele se refere aos àqueles de transmissão de dados e à Internet móvel, que no Brasil ainda têm preços elevados, limitando o acesso de parte da população. Tanto do ponto de vista dos provedores de acesso, quanto dos usuários, a infraestrutura para rede móvel ainda é deficitária e custa caro para quem compra. Além disso, os preços dos equipamentos necessários para o acesso, como o próprio smartphone, criam barreiras à Internet móvel, o que, consequentemente, inibe o crescimento do setor. Apesar dessas barreiras, há quem seja bastante otimista. Elcio Santos, sócio-diretor da Aunica, volta um pouco no tempo e se lembra do boom das lan houses, que se deu em uma época na qual o acesso à Internet era bem limitado. As lan houses possibilitaram e facilitaram a inclusão digital. “O Brasil é feito de contrastes, superação e oportunidades. No momento em que a democratização combinar wi-fi gratuito disponível em ambientes públicos com o barateamento do custo de dados via plataformas móveis, o mercado de m-commerce vai explodir!”, opinou Silva. O que 2012 promete para o m-commerce E, ao que tudo indica, 2012 foi eleito o ano do m-commerce. De acordo com Santos, a modalidade de comércio deverá representar, neste ano, algo entorno de 4% a 5% do mercado de e-commerce no Brasil – que, segundo as previsões da EBIT, atingirá cerca de R$ 23,4 bilhões em 2012. Alexandre Soncini, diretor de vendas e de marketing da VTex, concorda com Santos quanto ao boom do m-commerce no Brasil, mas faz uma ressalva: “Acredito que 2012 será um ano de crescimento do m-commerce, mas ainda não de consolidação. As empresas vão começar a conhecer esse canal e direcionar cada vez mais suas ações para ele, pois é um caminho inevitável”, afirmou. Mas há quem não seja tão otimista. Para Michelazzo, o avanço do m-commerce não deverá ser muito significativo neste ano, pois ele acredita que o mercado ainda está vivendo o amadurecimento e a consolidação do e-commerce – além dos bons frutos do varejo físico. Em suas palavras, “é muita inovação para pouco tempo”. Ele aponta ainda o fato de essa ser uma forma de venda muito direcionada e com forte embasamento no comportamento do consumidor e em seus hábitos de consumo. E, para ele, “são poucas as empresas que já conseguem fazer bom uso dessas informações”. M-COMMERCE: A GRANDE APOSTA DO MERCADO Por Mariana Anselmo O número de e-commerces que não têm plataformas preparadas para dispositivos móveis ainda é muito expressivo no Brasil. De acordo com informações divulgadas pelo Google, ele gira entorno de 79%, e isso faz com que o mercado se movimente pouco. É preciso que o lojista entenda que é necessário ter uma plataforma que espelhe o site da web em seu site móvel e que ele seja legível em todos os sistemas operacionais e tamanhos de telas. E que, mais do que suporte, é preciso se atentar para o comportamento do consumidor e para os seus hábitos de consumo, afinal a venda no mobile commerce se baseia em captar e em traduzir os desejos do cliente e, psoteriormente, em planejar e em agir em cima desse desejo. “O grande segredo é colocar o seu consumidor no centro de tudo. Acredito muito na integração multicanal, e os dispositivos móveis são um desses pontos de contato; e, dependendo da modalidade de negócios, pode ser o mais importante”, aconselha Santos. Para se obter bons resultados, é preciso investir. E esses investimentos vão desde plataformas e parceiros que possam facilitar a mobilização do conteúdo, até soluções que aumentem a conversão, otimizem o retorno sobre o investimento e criem um canal de relacionamento com o usuário. Santos lembra, ainda, a importância de linkar a loja física com o mobile, criando a possibilidade de comprar no mobile e retirar na loja; de integrar diversas formas de pagamento e de possibilitar o “click to call”, no qual o usuário entra em contato com o lojista em um único click. De olho no futuro Quem parece ter entendido muito bem como trilhar o caminho até a consolidação do m-commerce foi o Walmart Brasil, que lançou em março deste ano o seu site para m-commerce. A empresa espera repetir aqui as boas práticas – e consequentemente os bons resultados – que obteve com o m-commerce nos Estados Unidos. De acordo com Pablo
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