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1 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ANDERSON DE OLIVEIRA CASSIANO HENRIQUE PEREIRA DOLORES YABEN RÉGIS MENIN RENATO PEGORINI RAFAGNIN RODRIGO RECH FABRO DIMENSIONAMENTO DE CÂMARA FRIGORIFICA PARA ESTOCAGEM DE PRODUTOS CONGELADOS NA CIDADE DE CAXIAS DO SUL CAXIAS DO SUL 2016 2 ANDERSON DE OLIVEIRA CASSIANO HENRIQUE PEREIRA DOLORES YABEN RÉGIS MENIN RENATO PEGORINI RAFAGNIN RODRIGO RECH FABRO DIMENSIONAMENTO DE CÂMARA FRIGORIFICA PARA ESTOCAGEM DE PRODUTOS CONGELADOS NA CIDADE DE CAXIAS DO SUL Trabalho de Aula apresentado à Universidade de Caxias do Sul como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Refrigeração e Ar Condicionado MEC0427. Área de concentração: Refrigeração e Ar Condicionado Prof. Orientador Me. Eng. Sérgio Machado de Godoy CAXIAS DO SUL 2016 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 1.1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 4 1.2 DADOS ................................................................................................................................ 4 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 5 2.1 ESTIMAR A CARGA TÉRMICA DA CÂMARA ............................................................. 5 2.1.1 Piso (𝑸𝒑𝒊𝒔) ....................................................................................................................... 5 2.1.2 Paredes (𝑸𝒑𝒂𝒓) ................................................................................................................ 5 2.1.3 Teto (𝑸𝒕𝒆𝒕) ....................................................................................................................... 6 2.1.4 Empilhadeira (𝑸𝒆𝒎𝒑) ..................................................................................................... 6 2.1.5 Pessoas (𝑸𝒑𝒆𝒔) ................................................................................................................. 6 2.1.6 Iluminação (𝑸𝒊𝒍𝒖) ............................................................................................................ 6 2.1.7 Ventilação (𝑸𝒗𝒆𝒏) ........................................................................................................... 6 2.1.8 Infiltração (𝑸𝒊𝒏𝒇) ............................................................................................................ 7 2.1.9 Carga térmica total da câmara: ..................................................................................... 8 2.2 TRAÇAR O FLUXOGRAMA DO SISTEMA FRIGORÍFICO, ESCOLHENDO FLUIDO REFRIGERANTE E PRESSÕES DE TRABALHO. ................................................................ 9 2.2.1 Fluxograma do Sistema Frigorífico ............................................................................... 9 2.2.2 Fluído Refrigerante ....................................................................................................... 10 2.2.3 Pressões de Trabalho ..................................................................................................... 10 2.3 SELECIONAR OS COMPRESSORES E POTÊNCIA DOS MOTORES DE ACIONAMENTO .................................................................................................................... 11 2.4 CÁLCULO DO COP* E COP DO SISTEMA ................................................................... 11 2.5 DIMENSIONAR A TUBULAÇÃO DE REFRIGERANTE (DIÂMETROS, PARA COMPRIMENTOS DE TUBOS ARBITRADOS) .................................................................. 11 2.6 DIMENSIONAR AS SEGUINTES VÁLVULAS ............................................................. 14 2.6.1 Válvula de Expansão do Separador de Líquido e do Resfriador Intermediário ..... 14 2.6.2 Válvulas Solenoides para Controle de Nível dos Vasos ............................................. 15 2.7 SELECIONAR OS EVAPORADORES ............................................................................ 16 2.8 SELECIONAR OS CONDENSADORES ......................................................................... 18 3 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 20 4 1 INTRODUÇÃO 1.1 OBJETIVO Projetar e dimensionar uma câmara frigorífica para estocagem de produtos congelados. 1.2 DADOS A câmara terá as dimensões de 20 x 25 metros e altura de 12 metros. A câmara será construída com painéis termo isolantes em PUR (poliuretano), com espessura 150 mm. As condições de estocagem são: temperatura interna – 20°C, com TBU = 27 °C. A antecâmara possui temperatura de 10 °C e umidade relativa de 65%. Considerar uma taxa de renovação de ar (infiltração pela porta), de 7 vezes o volume da câmara, por dia. Considerar ainda para a operação da câmara: 1 empilhadeira (total 15 kW) 4 pessoas 20 W/m² de iluminação Observação: Para estimar a potência de ventilação nos cálculos iniciais, considerar: vazão total de ar para uma recirculação de 15 vezes o volume da câmara por hora. Considerar inicialmente 1 cv de ventilação para cada 8000 m³/h de vazão de ar A porta será instalada em uma das paredes de 20 m de comprimento. As demais paredes e teto fazem fronteira com o ambiente externo a 30 °C. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 ESTIMAR A CARGA TÉRMICA DA CÂMARA Para estimar a carga térmica da câmara frigorífica faz-se necessário realizar a análise de todas as fontes de energia conforme à seguir. 2.1.1 Piso (𝑸𝒑𝒊𝒔) 𝑄𝑝𝑖𝑠 = 𝑈 ∗ 𝐴 ∗ (∆𝑇) 𝑄𝑝𝑖𝑠 = 0,25 ∗ 500 ∗ (15 − (−20)) 𝑄𝑝𝑖𝑠 = 4375 𝑊 𝑄𝑝𝑖𝑠 = 4,375 𝑘𝑊 2.1.2 Paredes (𝑸𝒑𝒂𝒓) Para as paredes externas obtemos: 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑒𝑥𝑡 = 𝑈 ∗ 𝐴 ∗ (∆𝑇 + 3) 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑒𝑥𝑡 = 0,14 ∗ 840 ∗ (30 − (−20) + 3) 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑒𝑥𝑡 = 6232,8 𝑊 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑒𝑥𝑡 = 6,23 𝑘𝑊 Para a parede interna, que faz divisa com a antecâmara, temos: 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑖𝑛𝑡 = 𝑈 ∗ 𝐴 ∗ (∆𝑇) 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑖𝑛𝑡 = 0,14 ∗ 240 ∗ (10 − (−20)) 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑖𝑛𝑡 = 1008 𝑊 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑖𝑛𝑡 = 1,01 𝑘𝑊 𝑄𝑝𝑎𝑟 = 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑒𝑥𝑡 + 𝑄𝑝𝑎𝑟,𝑖𝑛𝑡 𝑄𝑝𝑎𝑟 = 6,23 + 1,01 𝑄𝑝𝑎𝑟 = 7,24 𝑘𝑊 6 2.1.3 Teto (𝑸𝒕𝒆𝒕) 𝑄𝑡𝑒𝑡 = 𝑈 ∗ 𝐴 ∗ (∆𝑇 + 5) 𝑄𝑡𝑒𝑡 = 0,14 ∗ 500 ∗ (30 − (−20) + 5) 𝑄𝑡𝑒𝑡 = 3850 𝑊 𝑄𝑡𝑒𝑡 = 3,85 𝑘𝑊 2.1.4 Empilhadeira (𝑸𝒆𝒎𝒑) 𝑄𝑒𝑚𝑝 = 𝑁𝑒𝑚𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 ∗ 𝑄𝑒𝑚𝑝 𝑄𝑒𝑚𝑝 = 1 ∗ 15,00 𝑄𝑒𝑚𝑝 = 15,00 𝑘𝑊 2.1.5 Pessoas (𝑸𝒑𝒆𝒔) 𝑄𝑝𝑒𝑠 = 𝑁𝑒𝑚𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 ∗ 𝑄𝑝𝑒𝑠 𝑄𝑝𝑒𝑠 = 4 ∗ 0,2 𝑄𝑝𝑒𝑠 = 0,8 𝑘𝑊 2.1.6 Iluminação (𝑸𝒊𝒍𝒖) 𝑄𝑖𝑙𝑢 = 𝑄𝑖𝑙𝑢 ∗ 𝐴 𝑄𝑖𝑙𝑢 = 20 ∗ 500 𝑄𝑖𝑙𝑢 = 10000 𝑊 𝑄𝑖𝑙𝑢 = 10 𝑘𝑊 2.1.7 Ventilação (𝑸𝒗𝒆𝒏) 𝑄 = 𝑅 ∗ 𝑉 𝑄 = 15 ∗ 6000 𝑄 = 9000 𝑚3/ℎ 7 𝑃 = 𝑄 8000 𝑃 = 90000 8000 𝑃 = 11,25 𝑐𝑣 𝑄𝑣𝑒𝑛 = 𝑃 ∗ 735,499 𝑄𝑣𝑒𝑛 = 11,25 ∗ 735,499 𝑄𝑣𝑒𝑛= 8.274,36 𝑊 𝑄𝑣𝑒𝑛 = 8,27 𝑘𝑊 2.1.8 Infiltração (𝑸𝒊𝒏𝒇) Tabela 1 - Valores para determinação da entalpia da câmara 𝑇 -20 °C 𝑃𝑠𝑎𝑡 0,1032 kPa 𝑃𝑎𝑡𝑚 101,325 kPa 𝐶𝑝𝑎𝑟 1 KJ/KgK 𝐻𝑠𝑎𝑡 2464 KJ/Kg ∅ 0,85 [-] Fonte: Stoecker (2006) ∅ = 𝑃𝑣 𝑃𝑠𝑎𝑡 𝑃𝑣 = ∅ ∗ 𝑃𝑠𝑎𝑡 𝑃𝑣 = 0,85 ∗ 0,1032 𝑃𝑣 = 0,08772 𝑘𝑃𝑎 𝑊 = 0,622 ∗ 𝑃𝑣 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣 𝑊 = 0,622 ∗ 0,08772 101,325 − 0,08772 𝑊 = 0,000539 𝑘𝑔/𝑘𝑔 ℎ = 𝐶𝑝 + 𝑡 ∗ 𝑊 ∗ ℎ𝑣,𝑠𝑎𝑡 ℎ𝑐 = 1 ∗ (−20) + 0,000539 ∗ 2464 ℎ𝑐 = −18,672 𝑘𝐽/𝑘𝑔 Tabela 2 - Valores para determinação da entalpia da antecâmara 𝑇 10 °C 𝑃𝑠𝑎𝑡 1,227 kPa 𝑃𝑎𝑡𝑚 101,325 kPa 𝐶𝑝𝑎𝑟 1 KJ/KgK 𝐻𝑠𝑎𝑡 2520 KJ/kg ∅ 0,65 [-] Fonte: Stoecker (2006) ∅ = 𝑃𝑣 𝑃𝑠𝑎𝑡 𝑃𝑣 = ∅ ∗ 𝑃𝑠𝑎𝑡 𝑃𝑣 = 0,65 ∗ 1,227 𝑃𝑣 = 0,79755 𝑘𝑃𝑎 𝑊 = 0,622 ∗ 𝑃𝑣 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣 𝑊 = 0,622 ∗ 0,79755 101,325 − 0,79755 𝑊 = 0,004935 𝑘𝑔/𝑘𝑔 ℎ = 𝐶𝑝 + 𝑡 ∗ 𝑊 ∗ ℎ𝑣,𝑠𝑎𝑡 ℎ𝑎𝑐 = 1 ∗ (10) + 0,004935 ∗ 2520 ℎ𝑎𝑐 = 22,4355 𝑘𝐽/𝑘𝑔 8 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎 ∗ 𝑁𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 25 ∗ 20 ∗ 12 ∗ 7 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 42000 𝑚 3/𝑑𝑖𝑎 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,4861 𝑚 3/𝑠 𝑣 = 𝑅𝑎𝑣 ∗ 𝑇 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣 𝑣 = 0,287 ∗ (10 + 273,15) 101,325 − 0,79755 𝑣 = 0,8084 𝑚3/𝑘𝑔 𝑚𝑎𝑟 = 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑣 𝑚𝑎𝑟 = 0,4861 0,80838 𝑚𝑎𝑟 = 0,6013 𝑘𝑔/𝑠 Determinação da carga térmica de infiltração: 𝑄𝑖𝑛𝑓 = 𝑚𝑎𝑟 ∗ (ℎantecâmara − ℎ𝑐â𝑚𝑎𝑟𝑎) 𝑄𝑖𝑛𝑓 = 0,60133 ∗ (22,4355 − (−18,672)) 𝑄𝑖𝑛𝑓 = 24,719 𝑘𝑊 2.1.9 Carga térmica total da câmara: A carga térmica total da câmara é então obtida pelo somatório de todas as cargas analisadas anteriormente. 𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄𝑝𝑖𝑠 + 𝑄𝑝𝑎𝑟 + 𝑄𝑡𝑒𝑡 + 𝑄𝑒𝑚𝑝 + 𝑄𝑝𝑒𝑠 + 𝑄𝑖𝑙𝑢 + 𝑄𝑣𝑒𝑛 + 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4,375 + 7,24 + 3,85 + 15,00 + 0,80 + 10,00 + 8,27 + 24,72 𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 74,26 𝑘𝑊 9 Esta carga foi calculada antes de selecionar os ventiladores dos evaporadores. Conforme a seleção houve um aumento de 8,27 kW para 10,41 kW na carga térmica devido aos motores, sendo assim a carga térmica total passa a ser 76,40 kW. 2.2 TRAÇAR O FLUXOGRAMA DO SISTEMA FRIGORÍFICO, ESCOLHENDO FLUIDO REFRIGERANTE E PRESSÕES DE TRABALHO. 2.2.1 Fluxograma do Sistema Frigorífico O fluxograma do sistema frigorífico foi elaborado conforme apresenta a Figura 1. Figura 1 – Fluxograma do sistema Fonte: Os Autores (2016) 10 2.2.2 Fluído Refrigerante Para o sistema a ser projetado foi selecionado a amônia (R717) como fluido refrigerante. A amônia é considerada um importante fluido refrigerante uma vez que possui um valor 0.00 de ozone depletion potential (ODP) quando liberado para a atmosfera e não contribui para o aquecimento global (GWP). Também possui características termodinâmicas favoráveis como: baixo ponto de ebulição e alto calor latente de vaporização. Estas características fazem com que a amônia possua características de alta eficiência energética e mínimo potencial para causar problemas ambientais. Além disso, a amônia possui estabilidade química, não é inflamável, mas, em contrapartida tem o problema da toxicidade. Isto restringe bastante o seu uso e exige cuidados uma vez que pode ocasionar até a morte quando inalada em grande quantidade. 2.2.3 Pressões de Trabalho As pressões de trabalho foram obtidas através do software Mycom sendo elas: 138 kPa para o compressor de baixa e 1350 kPa para o compressor de alta, conforme pode ser verificado na Figura 2. Figura 2 - Dados do compressor Fonte: Mycom (2016) 11 2.3 SELECIONAR OS COMPRESSORES E POTÊNCIA DOS MOTORES DE ACIONAMENTO Para a seleção dos compressores foi utilizado o software Mycom, os compressores foram selecionados conforme a Figura 2. Serão utilizados dois compressores de duplo estágio, ou seja dois estágios em um único equipamento. Compressores de duplo estágio são projetados com câmara de sucção dupla e duas zonas de descarga, em seu interior existem duas divisões de forma que cada uma realiza a função dos compressores de simples estágio, dois cilindros do compressor funcionam no estágio de alta pressão, dependendo do tipo de compressor os outros 04 ou 06 trabalham no estágio de baixa pressão (no caso dos compressores selecionados são 04). Foi definido colocar dois equipamentos para evitar parada total no sistema quando for necessário realizar manutenções preventivas e corretivas. Reduziu-se a rotação para 900 rpm a fim de diminuir a capacidade do compressor. Maiores capacidades exigem também maior potência de compressão o que onera mais o processo tanto em equipamentos e materiais quanto em consumo energético. Para o acionamento destes serão utilizados dois motores de 30 cv. 2.4 CÁLCULO DO COP* E COP DO SISTEMA 𝐶𝑂𝑃 ∗= 𝑇𝐹 𝑇𝑞 − 𝑇𝐹 𝐶𝑂𝑃 = 𝑄𝑒𝑣 𝑊𝐵 + 𝑊𝐴 𝐶𝑂𝑃 ∗= −20 + 273,15 30 − (−20) 𝐶𝑂𝑃 = 76,40 17,1 + 17,1 𝐶𝑂𝑃 ∗= 5,06 𝐶𝑂𝑃 = 2,23 2.5 DIMENSIONAR A TUBULAÇÃO DE REFRIGERANTE (DIÂMETROS, PARA COMPRIMENTOS DE TUBOS ARBITRADOS) O dimensionamento das tubulações foi realizado através de recursos computacionais, sendo que o Software utilizado é fornecido pelo fabricante Danfoss, respeitando as perdas estabelecidas pela AS HRAE. 12 Determinação das tubulações, material utilizado para os tubos aço com perda de 0,01 K/m de acordo com a ASHRAE: Figura 3 - Desenho esquemático para o dimensionamento das tubulações Fonte: Os autores (2016) Abaixo seguem duas imagens que foram retiradas do Software da Danfoss para o dimensionamento dos diâmetros das tubulações, como o padrão de análise é bastante semelhante para todas as tubulações achou-se necessário apresentar as imagens da tubulação 1 de baixa e da tubulação 6 de alta, sendo que a numeração referente a cada tubulação está apresentada esquematicamente no desenho anterior. 13 Figura 4 - Dimensionamento da tubulação 1 de baixa Fonte: Danfoss (2016) Figura 5 - Dimensionamento da tubulação 6 de alta Fonte: Danfoss (2016) 14 Tabela 3 - Dimensões das tubulações que compõem o sistema Número da tubulação Localização no sistema Diâmetro em Pol. Comprimento dos tubos em metros 1 Sucção da baixa 2 1/2 2 2 Descarga da baixa 2 3 3 Linha de líquido 3/4 3 4 Linha de líquido 1 15 (3x) 5 Linha de vapor + líquido 3 15 (3x) 6 Sucção da alta 2 2 7 Descarga da alta 1 1/4 5 8 Linha de líquido 1/2 5 Fonte: Autores (2016) 2.6 DIMENSIONAR AS SEGUINTES VÁLVULAS 2.6.1 Válvula de Expansão do Separador de Líquido e do Resfriador Intermediário As válvulas de expansão foram determinadas através do Software fornecido pelo fabricante Danfoss. Figura 6 - Válvula de expansão do resfriador intermediário Fonte: Danfoss (2016) 15 Figura 7 - Válvula de expansão do separador de líquido Fonte: Danfoss (2016) Tabela 4 - Modelos das válvulas de expansão utilizadas no sistema Descrição no desenho Descrição da válvula Modelo VE 1 Válvula Resf. Int. REG 15-A straight VE 2 Válvula Sep. De Liq. REG 15-A straightFonte: Os autores (2016) 2.6.2 Válvulas Solenoides para Controle de Nível dos Vasos As válvulas solenoide foram escolhidas para o sistema de acordo com sugestão fornecida pelo Software do fabricante Danfoss. Tabela 5 - Modelos das válvulas de expansão utilizadas no sistema Descrição no desenho Descrição da válvula Modelo VS 1 Válvula Resf. Int. EVRA 10 VES2 Válvula Sep. De Liq. EVRAT 10 Fonte: Os autores (2016) 16 Figura 8 - Válvula solenoide para o resfriador intermediário Fonte: Os autores (2016) Figura 9 - Válvula solenoide para o separador de liquido Fonte: Os autores (2016) 2.7 SELECIONAR OS EVAPORADORES Os evaporadores serão alocados na parede de 25 metros devido à flecha de ar ser menor. Foram selecionados evaporadores de tubos de inox e aletas de alumínio. O espaçamento entre aletas escolhido foi de 12 mm devido a temperatura da câmara. A prática recomenda para este volume de câmara uma recirculação de ar mínima de 15 e máxima de 25 17 recirculações por hora. O volume da câmara é de 6.000 m³, então, teremos 90.000 m³/h de recirculação de ar mínima. Através do software UNILAB SRL foram selecionados 03 evaporadores Mebrafe código 04.12.416.39, ou seja, 04 tubos na passagem de ar, 12 mm de separação de aletas, 04 ventiladores, 16 tubos na altura e 3940 mm de comprimento aletado. Conforme folha de dados abaixo, cada evaporador possui 27,32 KW de capacidade, sendo que no total de 03 equipamentos atende a capacidade de 81,96 KW. Foi deixada uma folga pois na maioria das vezes o usuário ultrapassa na prática as condições definidas em projeto. O motor selecionado para atender o projeto é de 1,18 cv. Sendo 04 ventiladores por evaporador teremos uma potência de 14,16 cv ou 10,41 kW. Figura 10 – Folha de dados evaporador Fonte: UNILAB SRL 18 2.8 SELECIONAR OS CONDENSADORES Para selecionar o condensador consideramos a carga térmica da câmara mais 86% da potência dos compressores, o restante da potência é dissipada com a água de resfriamento de cabeçote dos compressores. Esta porcentagem é um dado prático. 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = 76,40 + 37,95 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = 114,35 𝑘𝑊 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = 98.341,00 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ Considerando que o TBU de 27°C e que a temperatura de condensação é de 35°C, será necessário fazer a correção da capacidade do equipamento. Pelo gráfico abaixo extraído do catálogo da Mebrafe, temos que o fator de correção é aproximadamente de 0,75. Figura 11 - Gráfico Fator de correção Fonte: Mebrafe (2016) O cálculo a ser efetuado para corrigir o calor dissipado é o seguinte: 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑜 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 = 98341,00 0,75 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑜 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 = 131121,33 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 19 Pelo catálogo da Mebrafe o condensador selecionado é um CETF 190. O condensador precisa ter folga devido aproximadamente 15% para quando trabalhar fora do regime. Figura 12- Catálogo Mebrafe Condensadores Fonte: Mebrafe (2016) 3 CONCLUSÃO O presente trabalho possibilitou que os conhecimentos teóricos adquiridos em aula fossem colocados em prática facilitando o entendimento sobre os sistemas de refrigeração industrial. Para o dimensionamento e seleção dos equipamentos foram utilizados dados teóricos, práticos, de fabricantes, bem como software específico para cada componente. Foi possível verificar que a mesma câmara pode ser projetada de diversas formas e o funcionamento ser semelhante. No entanto o custo do projeto, o COP e o consumo energético podem ser fortemente afetados. Cabe ao engenheiro escolher a melhor solução buscando o melhor custo benefício para o seu cliente. 20 REFERÊNCIAS MAYEKAWA DO BRASIL. Unidade Compressor Alternativo. Disponível em: http://mayekawa.com.br/wp/wp-content/uploads/2016/02/compressor-alternativo-serie-w- mayekawa.pdf. Acesso em: 27/06/2016. MEBRAFE INST. E EQUIP. FRIGORÍFICOS LTDA, Condensadores Evaporativos. Disponível em: http://www.mebrafe.com.br/uploads/docs/5412f84a9fadb.pdf. Acesso em: 27/06/2016.
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