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TIPOS DE FUNDAÇÕES

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TIPOS DE FUNDAÇÕES
Leonardo Servare dos Santos
Práticas Construtivas 
Grupo: MAIO/17 Turma: EACTEDI0A - Curso Técnico: Edificações  Unidade / Polo: EAD / Cariacica 
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TIPOS DE FUNDAÇÕES
A fundação é a estrutura responsável por absorver todas as cargas emitidas pela edificação e distribuí-las ao solo.
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Para que qualquer obra permaneça no lugar, sem rupturas e sem sofrer instabilidade é preciso de um alicerce. E esse é basicamente, o papel das fundações: estruturas responsáveis por transmitir as cargas das construções ao solo e, por isso, devem ter resistência adequada para suportar todas as tensões. E para que essa estrutura realmente seja eficaz, o solo precisa ter resistência e rigidez adequadas para não sofrer rupturas ou deformações que comprometam a construção.
Assim, para escolher o tipo de fundação é preciso saber quais serão os esforços sobre a edificação, as características do solo e dos elementos que formam as fundações. Basicamente há dois tipos: fundações superficiais (rasas ou diretas) e fundações profundas, definidas pela ABNT NBR 6122/2010.
TIPOS DE FUNDAÇÕES
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FUNDAÇÕES
SUPERFICIAIS
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As fundações rasas ou fundações diretas são aquelas em que a carga é transmitida ao solo por meio de elementos superficiais, sem a necessidade de equipamentos de grande porte para a cravação ou escavação de seus componentes. Por isso, recebe também o nome de fundações superficiais. Em grande parte das vezes, esse tipo de fundação é realizado de forma manual.
As fundações diretas são executadas nas primeiras camadas do solo, geralmente a uma profundidade de até duas vezes a sua menor dimensão em planta ou no máximo 3 metros de altura.
 Incluem-se neste tipo de fundação: sapatas, bloco, radier e viga de fundação. 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
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FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata: elemento de concreto armado, geralmente quadrada, retangular ou trapezoidal, dimensionado de modo que as tensões nele produzidas sejam resistidas pela armadura, não pelo concreto. 
Quando tratamos de sapatas, há quatro tipos: Sapata Corrida, Sapata Isolada, Sapata Associada e Sapata alavanca/viga de equilíbrio. 
Sapatas
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A sapata corrida é utilizada para suportar cargas oriundas de elementos contínuos que possuem cargas distribuídas linearmente como muros, paredes e outro elementos alongados. Por ser uma fundação rasa sua escavação geralmente é feita à mão sem a necessidade do uso de máquinas ou equipamentos especiais. Normalmente é executado com concreto ciclópico (concreto e pedras de mão). 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata Corrida
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A sapata isolada é um dos tipos de fundação superficiais mais simples e comuns na construção civil. Ela é dimensionada para suportar a carga de apenas um pilar ou coluna. Podem ser de formato quadrado, retangular, circular, etc. 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata Isolada
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A sapata associada ou radier parcial é uma sapata comum a vários pilares que não possuem o mesmo alinhamento quando vistos em planta. São normalmente empregadas quando a posição de duas sapatas isoladas ficarem muito próximas por falta de espaço ou opção estrutural. Neste caso, as bases das sapatas poderiam ficar sobrepostas ou influenciar na outra estruturalmente fazendo com que o uso uma única sapata associada pudesse receber as cargas de dois ou mais pilares próximos. 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata Associada
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A sapata alavancada ou com viga de equilíbrio é utilizada quando a base da sapata não coincide com o centro de gravidade do pilar por estar próximo a alguma divisa ou outro obstáculo. Deste modo, é criado uma viga entre duas sapatas de maneira a suportar o momento fletor gerado pela excentricidade. 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Sapata Alavancada
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FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição de carga para o terreno ser aproximadamente pontual, ou seja, onde houver pilar existirá um  bloco de fundação distribuindo a carga do pilar para o solo. Os blocos podem ser construídos de pedra, tijolos maciços, concreto simples ou armado. Quando um bloco é construído de concreto armado ele recebe o nome de sapata de fundação. 
Bloco
Conforme a NBR 6118/03, item 22.5: “Blocos são estruturas de volume usadas para transmitir às estacas as cargas de fundação, e podem ser consideradas rígidos ou flexíveis por critério análogo ao definido para as sapatas.”
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FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Radier: Utilizado principalmente na construção de casas térreas e sobrados, o radier é um tipo de fundação superficial ou direta que distribui toda a carga da edificação de maneira uniforme no terreno. Se assemelha com uma placa que abrange toda a área da construção. É uma laje contínua e maciça de concreto que se apresenta como alternativa vantajosa, em muitos casos, às fundações profundas.
Radier
Dependendo das características e da escala do projeto, os radiers podem ser executados em concreto armado, em concreto reforçado com fibras ou em concreto protendido. 
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Quando a fundação rasa é comprida (para apoiar várias casas, por exemplo), pode ser mais barato executar um radier protendido, têm sido empregados também em edificações mais altas, às vezes com até 14 pavimentos. 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
Radier Protendido
Quando a fundação rasa é comprida (para apoiar várias casas, por exemplo), pode ser mais barato executar um radier protendido, têm sido empregados também em edificações mais altas, às vezes com até 14 pavimentos. 
Radier Armado
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FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
O mesmo que baldrame. É um tipo comum de fundação para pequenas edificações, considerada um tipo de fundação rasa. Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado, construída diretamente no solo, que pode ter estrutura transversal tipo bloco, sem armadura transversal, dentro de uma pequena vala para receber pilares alinhados. 
Vigas de Fundação
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FUNDAÇÕES
PROFUNDAS
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Fundações indiretas ou profundas são aquelas em que a carga proveniente da superestrutura é transmitida para a fundação por meio da resistência de ponta (base), pela resistência de fuste (lateral) ou por ambas. Este tipo de fundação deve ser assentada em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e no mínimo 3 metros, salvo justificativa.
O tipo de fundação a ser utilizada em uma edificação ou obra especial é definido através do estudo do solo por meio de uma sondagem do terreno.
As fundações profundas se dividem em estacas, tubulões e caixões.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
As estacas são elementos de fundação profunda executadas por equipamentos e ferramentas, podendo serem cravadas ou perfuradas, caracterizadas por grandes comprimentos e seções transversais pequenas. As estacas podem ser feitas de madeira, aço, concreto pré moldado, concreto moldado in situ ou mistos. 
Estacas
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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
	Atualmente é grande a variedade de estacas empregadas como elementos de fundação nas obras civis correntes, diferindo-se entre si basicamente pelo método executivo e materiais de que são constituídas.
	Vários são os critérios para a classificação das estacas, dentre os quais se destacam:
Efeito produzido no solo:
 Grande deslocamento;
 Pequeno deslocamento;
 Sem deslocamento;
Classificação das Estacas
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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Classificação das Estacas
Processo de execução:
 Estacas moldadas in loco:
		� Estacas tipo Franki;
		� Estacas sem lama bentonítica: estacas tipo Strauss, 		estacas escavadas mecanicamente com trado helicoidal, 		estacas tipo broca, etc;
		� Estacas tipo hélice contínua;
		� Estacas escavadas com lama bentonítica;
		� Estacas injetadas: microestacas e as estacas-raiz;
 Estacas pré-moldadas:
		� Estacas de concreto;
		� Estacas de madeira;
		� Estacas metálicas, etc.
Forma de funcionamento:
 Estacas de
ponta: trabalham basicamente pela resistência de ponta;
 Estacas de atrito ou flutuante: trabalham somente por atrito lateral desenvolvido no fuste;
 Estaca mista; Forma de carregamento: o Estacas de compressão; o Estacas de tração; o Estacas de flexão; 
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As estacas de deslocamento são aquelas introduzidas no terreno por meio de algum processo que não provoca a retirada de material. São do tipo moldada “in loco” e se caracteriza pelo deslocamento lateral do solo que é compactado na parede do furo até atingir a profundidade do projeto. Neste caso, concretagem ocorre juntamente com a retirada do equipamento utilizado para o furo e a armadura pode ser inserida após o bombeamento do concreto. Podem ser estacas pré-moldadas de concreto, metálicas, de madeira ou do tipo Franki.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estaca de deslocamento
Estacas de deslocamento
Estaca pré moldadas de concreto
As estacas pré-moldadas de concreto podem ser de concreto armado ou protendido e concretadas em formas horizontais ou verticais. São cravadas por percussão, prensagem ou vibração e a escolha de um destes tipos deve ser feita de acordo com a dimensão da estaca, características do solo e do projeto e condições da vizinhança.
Estacas pré moldadas de concreto
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De acordo com a NBR 6122/2010, as estacas metálicas podem ser por perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular, quadrada ou retangular), tubo sem costura e trilhos. As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se estiverem inteiramente enterradas em terreno natural. Quando da realização de obras especiais como marítimas, metro, etc, as estacas devem receber tratamento especial para a sua proteção.
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a relação do peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 0,5 e nem o martelo tenha peso inferior a 10 KN.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estacas metálicas
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As estacas de madeira são geralmente constituídas de troncos de árvore cravadas por um bate-estacas. São utilizadas em sua maior parte para obras provisórias, mas se forem utilizadas para obras permanentes devem receber tratamentos contra ataques de fungos, bactérias e outros organismos.
A ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 15 cm e deve ser protegida com ponteira de aço caso a estaca necessitar penetrar ou atravessar camadas resistentes de solo.
O topo da estaca deve ter diâmetro maior do que 25 cm  e devem ser protegidos para minimizar danos durante a cravação.
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a relação do peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 1,0, devendo ser a maior possível.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estacas de madeira
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A estaca Franki é um tipo de fundação profunda que apresenta grande capacidade de carga e pode alcançar grandes profundidades. São executadas enchendo-se de concreto as perfurações executadas por meio da cravação de um tubo de ponta fechada com o auxílio de um bate-estacas. A armadura e o concreto são inseridos na estaca à medida que o tubo vai sendo retirado do solo. 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estacas Franki
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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estacas escavadas
As estacas escavadas são aquelas em que ocorre a retirada de material em sua perfuração no solo. São do tipo moldada “in loco” e podem ser realizadas com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante. Podem ser estacas do tipo Strauss, trado rotativo, hélice contínua e estacas raiz. 
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As estacas Strauss são estacas escavadas pois para serem inseridas no terreno é necessária remoção prévia do solo. A estaca tipo Strauss se caracteriza por ser moldada in loco e são executadas enchendo-se de concreto as perfurações que foram escavadas. 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estaca tipo Strauss
Estaca tipo trado rotativo
As estacas trado rotativo são executadas por meio de um torque. O solo é retirado quando o trado se enche e quando a cota de assentamento é atingida. A concretagem da estaca se inicia após a limpeza do furo e o apiloamento da base com brita e realizada preferencialmente com concreto autoadensável. 
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As estacas hélice contínua são executadas por meio do uso de uma haste tubular que possui uma hélice que é introduzida no terreno pela aplicação de um torque. Permite uma monitoração eletrônica de suas etapas de execução como a profundidade atingida, velocidade de rotação e descida do trado.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Estaca tipo hélice contínua
Estaca tipo raiz
As estacas raiz são escavadas com equipamento de rotação com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido. Tem forma circular e diâmetro de até 410 mm. A armadura neste tipo de fundação profunda é inserida após a conclusão da perfuração com revestimento total do furo. Posteriormente, o furo é preenchido com argamassa com o uso de um tubo de injeção geralmente de PVC, de baixo para cima. 
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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Os tubulões são elementos de fundação profunda que tem formato cilíndrico em que há a necessidade de descida de operário para a execução de sua base. Os tubulões podem ter ou não base alargada e serem executados com ou sem revestimento que podem ser de aço ou de concreto.
Os tubulões se dividem em tubulões a céu aberto e a ar comprimido.
Tubulões
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Os tubulões a céu aberto são elementos estruturais de fundação constituídos concretando-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada. O tubulão a céu aberto trata-se de uma fundação profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base. 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Tubulão a céu aberto
Tubulão a ar comprimido
Os tubulões a ar comprimido são fundações profundas, escavadas de forma manual ou mecanizada, quando se pretende executar tubulões abaixo do nível de água. Se caracteriza pelo uso de revestimento de aço ou de concreto para auxiliar na escavação do fuste. 
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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
São elementos de fundação profunda de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna. Podem ter ou não base alargada e serem executados com ou sem ar comprimido. 
Caixões
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Referencias
Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação. Disponível em: <http://www.lmsp.ufc.br/arquivos/graduacao/fundacao/apostila/04.pdf>. 
 Escola Engenharia. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-profundas/>
Drone-solo.Net. Disponível em:
<http://www.solonet.eng.br/profunda.htm>
Mapa da Obra. Disponível em:
<http://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/conheca-os-tipos-de-fundacoes-de-uma-construcao/>
Rede Federal Disponível em:
<http://redefederal.mec.gov.br/images/pdf/setec_orientacoes_sobre_escolha_de_fundacoes.pdf>
Portal Téchne Pini. Disponível em: 
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/83/artigo286274-1.aspx>

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