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MANEJO DA ATOPIA EM CÃES

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Manejo da Atopia em Cães 
Richard G. Harvey - BVSc, PhD., DVD, DipECVD, CBiol, MIBiol, MRCVS Godiva Referrals, Coventry, Inglaterra, Reino Unido
Peter Markwell - BSc., BvetMed., MRCVS Waltham Centre for Pet Nutrition, Waltham, Inglaterra, Reino Unido
CIÊNCIA PARA CÃES
O Dr. Harvey se qualificou na Universidade de Bristol em 
1978 e é sócio de uma pequena clínica veterinária locali-
zada em Coventry, no sul da Inglaterra (Reino Unido). Ele 
possui diplomas de doutorado em Dermatologia Veteriná-
ria, tanto britânico como europeu. Já publicou trinta ar-
tigos científicos, principalmente nos campos de infecções 
estafilocócicas caninas e nas aplicações clínicas de ácidos 
graxos poli-insaturados. Recebeu um diploma de doutora-
do da Universidade de Bristol no começo deste ano.
Peter Markwell obteve seu primeiro diploma em anatomia, 
pela Universidade de Londres e, subseqüentemente, diplo-
mou-se com honras pela Universidade Real, em 1981. Tra-
balhou com animais de companhia durante algum tempo, 
antes de ingressar no corpo docente da Universidade Real 
de Veterinária, como palestrante sobre criação de animais 
de companhia na Faculdade de Saúde Animal. Ingressou 
no Centro de Nutrição de Mascotes de WALTHAM no final 
de 1985 na função de Conselheiro Veterinário, tornando-se 
subseqüentemente Nutricionista Principal. Atualmente, 
ocupa o cargo de Nutricionista Clínico Principal, respon-
sável pelas pesquisas e desenvolvimento das Dietas Vete-
rinárias WALTHAM.
PONTOS CHAVE
• Em geral, não é possível evitar contato com o alergênico 
ou alergênicos associados à atopia. Os sintomas clínicos 
devem ser suprimidos por medicação.
• A doença pode ser levada à remissão com o uso de 
imunoterapia, embora isto vá requerer a identificação 
do alergênico ou alergênicos envolvidos, seja por teste de 
imunoavaliação ligada a enzimas (ELISA), seja por teste in-
tradérmico. 
• Cerca de 40% dos cães responderão à imunoterapia e não 
precisarão de terapia adjuntiva ou irão precisar de muito 
pouca.
• Cerca de 50% dos cães atópicos irá requerer algum grau 
de terapia por esteróides — tópica, sistêmica ou ambas. 
• A maior parte dos cães atópicos se beneficiará de varia-
dos tratamentos adjuntivos, a fim de otimizar o micro-am-
biente cutâneo e minimizar a dosagem de glicocorticóides 
necessários para manter a remissão. 
INTRODUÇÃO
A atopia é uma doença comum em cães e é responsável 
por uma considerável proporção das consultas realizadas 
em clínicas veterinárias de pequeno porte. O Dr. Nagata 
revisa a etiologia detalhada, diagnóstico diferencial e as 
sutilezas do diagnóstico definitivo da atopia neste número 
de Focus.
A imunoterapia, baseada na identificação dos alergê-
nicos relevantes, é o tratamento preferencial e pode-se 
esperar que apresente um bom efeito entre 40% e 50% 
dos casos — particularmente em cães que apresentem 
pruridos perenes. Todavia, isto implica que mais ou me-
nos 50% dos cães atópicos irá requerer alguma outra for-
ma de terapia sintomática e, para a vasta maioria, isto irá 
consistir em glicocorticóides de uma forma ou de outra. 
A administração da atopia no cão pode ser considerada 
segundo duas perspectivas:
• Tratamento adjuntivo [agregado, auxiliar], que benefi-
ciará todos os cães atópicos;
• Terapia anti-prurídica, que deverá ser prescrita de acor-
do com o indivíduo.
TRATAMENTO ADJUNTIVO
Todos os animais apresentam 
um limiar prurídico. Quando 
o prurido é percebido como 
estando acima de seu limiar, o 
animal se torna prurídico e irá 
coçar-se. Além disso, um pru-
rido é aditivo [cumulativo] (veja 
Figura 1). Assim, a atopia asso-
ciada ao pioderma secundário, 
mais otite externa produz um 
desconforto observável. Se, no 
entretanto, a otite for contro-
lada, então a soma da coceira 
é menor e o cão se sente mais 
confortável. Se o prurido recair 
abaixo do limitar prurídico, ou 
se a atenção do cão for distraída de algum modo, ele irá parar 
de se coçar. O tratamento adjuntivo é utilizado para manter 
o prurido tão próximo ao limiar prurídico quanto for possível, 
de tal modo que a dosagem de glicocorticóides, em particu-
lar, seja minimizada.
DIETA
O tratamento pós-diag-
nóstico de um cão atópico 
deve incluir uma experi-
ência de exclusão dietária 
rigorosa com a duração de, 
no mínimo, seis semanas, 
que seja especificamente 
projetada para verificação 
da sensibilidade dietária. 
Figura 2
Cão atópico apresentando pioderma 
superficial.
Figura 1
Má função de barreira associada a 
um couro cronicamente inflamado.
Manejo da Atopia em Cães 
CIÊNCIA PARA CÃES
 2008DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Todos os cães atópicos devem ser alimentados com uma 
dieta nutricionalmente equilibrada e de preparação indus-
trial, a fim de garantir um ótimo metabolismo cutâneo. 
O metabolismo normal da pele requer cerca de 30% da 
ingestão dietária de proteínas, além dos ácidos graxos, 
aminoácidos, vitaminas e minerais essenciais [Lloyd, Mar-
sh, WALTHAM Focus 1999 9(2), Otimização das condi-
ções do couro e da pelagem dos cães]. Existem algumas 
evidências de que a modificação da dieta possa afetar a 
dosagem de glicocorticóides necessários para controlar os 
pruridos. Isto será discutido em maiores detalhes abaixo. 
MODIFICAÇÃO DO AMBIENTE CUTÂNEO
O couro cronicamente inflamado é edematoso, exibe infil-
trado inflamatório, apresenta má função como barreira (Fi-
gura 2) e perda de água transepidérmica aumentada, além 
de menor hidratação da superfície (1). Também é prurídi-
co. Tanto terapia tópica como sistêmica podem ser de valor 
na otimização das condições da superfície do couro.
XAMPU E OUTRAS TERAPIAS TÓPICAS
Os xampus de limpeza removem o suor e a sujeira acumu-
lada e podem mesmo aliviar o prurido durante algumas 
horas. Terapia tópica com umectantes e oclusivos pode 
ajudar a manter a hidratação epidérmica, ligando as mo-
léculas de água ao estrato córneo (função umedecedora) 
ou recobrindo a superfície e, deste modo, inibindo a per-
da percutânea de água (função oclusiva). Umectantes e 
umedecedores podem também demonstrar-se benéficos 
após a xamputerapia, particularmente se um xampu de 
secagem for empregado, por exemplo, o peróxido benzói-
co (2). O uso regular de xampus antimicrobianos ajudará 
a impedir a instalação de pioderma secundário e derma-
tite malassezial. 
TERAPIA DIETÁRIA
Por muitos anos se argumentou que os cães com doen-
ças dérmicas freqüentemente se beneficiam da adição de 
“gorduras” em sua dieta. Campbell demonstrou que a 
adição de óleo de girassol (em dosagens de l,5 mg/kg diá-
rias) à dieta dos cães com doenças do couro resultava em 
uma redução da concentração de mediadores inflamató-
rios na epiderme (3). O óleo de girassol e os ácidos graxos 
poli-insaturados (PUFA) podem exercer seu efeito anti-
inflamatório em uma ou mais de três formas diferentes (4, 
5). 1. Otimizando a camada intercelular de lipídios den-
tro do estrato córneo, portanto minimizando o fluxo de 
água percutâneo e aumentando a hidratação superficial. 
2. Aumentando a fluidez das membranas celulares, que 
otimiza a função dos mediadores e receptores celulares. 
3. Agindo como precursor dos mediadores anti-inflama-
tórios e antagonizando os mediadores inflamatórios. Esta 
última função é mais particularmente atribuída aos PUFA, 
tais como os ácidos linoleico e di-homogamalinoleico e 
a certos óleos de peixe, que serão discutidos abaixo. To-
davia, se um cão atópico não conseguir mostrar resposta 
positiva a uma suplementação específica de PUFA, pode 
ainda valer a pena acrescentar óleo de girassol à sua die-
ta, particularmente quando é alimentado com uma dieta 
completa de ração seca e baixa concentração de lipídios. 
Um outro benefício pode derivar de suplementos de áci-
dos graxos. Os ácidos graxos dietários se incorporam aos 
lipídios epidérmicosou sebáceos e se isto conduzir a um 
aumento da concentração superficial destes lipídios, pode 
auxiliar na prevenção do pioderma estafilocócico. Os es-
tafilococos positivos à coagulase são mais sensíveis aos áci-
dos graxos EFA do que os membros negativos à coagulase 
da flora cutânea normal. 
CONTROLE DE ECTOPARASITAS
Ectoparasitas, particularmente pulgas, devem ser rigorosa-
mente controlados. Os cães atópicos são predispostos ao 
desenvolvimento de hipersensibilidade a mordidas de pul-
gas. Além disso, a hipersensibilidade a mordidas de pulgas 
é uma das causas de prurido e soma-se à carga geral pru-
rídica dos cães atópicos. Um controle rigoroso das pulgas 
é obrigatório. Qualquer infestação com um ectoparasita 
(sarna, em particular) provavelmente provocará uma res-
posta mais prurídica em um cão atópico do que em um 
indivíduo normal, porque aqueles já vivem próximo a seus 
limiares prurídicos. Não é necessário um grande estímulo 
para impulsionar o prurido além do limiar.
CONTROLE DE INFECÇÕES 
BACTERIANAS SECUNDÁRIAS
Mudanças nos lipídios superficiais e alterações no grau 
de acidez da superfície favorecem o aumento da carga de 
estafilococos na pele lesionada atópica (6). Um aumento 
na permeabilidade epidérmica facilita a passagem percu-
tânea de toxinas bacterianas, que aumentam ainda mais 
as inflamações cutâneas. [Mason, WALTHAM Focus 1997 
7(4), Pioderma superficial canino]. Embora cães mantidos 
em dosagens baixas administradas em dias alternados de 
prednisolona, prednisona ou metilprednisolona (PPMP) 
não transportem no couro mais estafilococos do que cães 
normais (7), podem sofrer mesmo assim de pioderma. Sem 
dúvida, o pioderma secundário é a razão mais comum para 
um atópico estável exibir um aumento de prurido (Figura 
3). Isto pode ser difícil de diagnosticar, uma vez que os gli-
cocorticóides sistêmicos suprimem a inflamação associada 
com o pioderma e as papilas eritomatosas podem ser difí-
ceis de detectar. Uma infecção bacteriana declarada deve 
ser tratada com agentes antibacterianos sistêmicos e xam-
pus antibacterianos. Regimes regulares de xampus man-
têm o couro limpo e reduzem a quantidade de nutrientes 
bacterianos existentes na superfície do couro. Os cães 
tratados a longo prazo e em dias alternados com PPMP 
podem desenvolver cistite oculta (8). Os sinais clássicos de 
cistite bacteriana (tensão, micções freqüentes) podem não 
ser observados porque os glicocorticóides reduzem a infla-
mação dentro da bexiga. Foi recomendado que cães trata-
dos com PPMP a longo prazo sejam sujeitos a cistocênteses 
de rotina (8) e que a amostra seja subseqüentemente sub-
metida a testes de cultura bacteriana e sensibilidade.
CONTROLE DE PAQUIDERMATITE DE MALASSEZIA
Alguns cães transportam 
quantidades aumentadas 
de leveduras no couro 
[Bond, WALTHAM Focus 
1997 7(2), Paquidermatite 
de Malassezia e doenças 
do couro canino] e alguns 
cães atópicos transpor-
tam quantidades maiores 
de leveduras no couro em 
comparação com os cães 
normais, embora o relacio-
namento entre leveduras 
e atopia não esteja ainda 
claro. A dermatite paqui-
dermática de Malassezia 
(Figura 4) se encontra associada a um prurido intenso, que 
pode não responder bem a glicocorticóides sistêmicos. 
Xampus anti-malassezianos (por exemplo, miconazol ou 
ketoconazol) são, em geral, curativos. Todavia alguns, se 
bem que nem todos os cães, podem requerer a aplicação 
regular de xampus anti-malassezianos como parte de seu 
programa adjuntivo regular.
OTITE EXTERNA E ATOPIA
A Otite Externa crônica, inicialmente ceruminosa, encon-
tra-se comumente associada à atopia (Figura 5). Uma pe-
quena proporção (freqüentemente citada como sendo de 
5%) dos cães portadores de atopia exibe somente otite ex-
terna unilateral ou bilateral. Muitos cães também exibem 
lesões hiperplásticas nos aspectos côncavos das pinas (Fi-
gura 6). A otite externa crônica pode ser associada com a 
otite mediana — sem dúvida, acredita-se ser sua principal 
causa subjacente. Uma otite externa não resolvida pode 
aumentar consideravelmente a carga prurídica de um cão 
atópico e deve ser controlada com medicamentos anti-
otíticos tópicos apropriados. O reconhecimento de que 
a atopia é a causa subjacente de um caso de otite crônica 
é importante, uma vez que uma simples ressecção da pa-
rede lateral provavelmente não será eficaz para resolver o 
problema (Figura 7). Uma ablação do canal vertical tem 
melhores probabilidades de indicação. Uma alergia sub-
jacente não reconhecida (em geral, atopia) é uma das cau-
sas mais comuns para o fracasso da ressecção da parede 
lateral, presumindo-se que o seu objetivo seja o de aliviar 
a otite externa.
TERAPIA ANTI-PRURÍDICA
IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA
A imunoterapia é o 
tratamento preferen-
cial para os cães pe-
renemente afetados. 
Pode-se antecipar que 
de 40% a 50% dos cães 
atópicos ou mesmo 
mais deles respondam 
bem a imunoterapia 
(9, 10). Os protocolos 
para administração 
da imunoterapia e a 
natureza do coadju-
vante e da escala de 
aplicação de injeções 
ainda são assunto para discussão porque, por enquanto, 
não foram realizados estudos cegos comparativos. Além 
disso, não existe uma clara concordância com referência 
àquilo que torna um paciente em “bom respondente” e 
isto faz com que a comparação das várias publicações 
se torne difícil. Todavia, se os bons respondentes forem 
definidos somente como aqueles animais que não reque-
rem suplementação com glicocorticóides, então a taxa 
de resposta provavelmente cai para 30% ou 40% no má-
ximo. Não obstante, a maioria dos proprietários aceitará 
a imunoterapia com base de uma possibilidade de 40% 
de eliminação da necessidade de futura terapia por gli-
cocorticóides. A imunoterapia é, em grande parte, livre 
de efeitos colaterais, é econômica, custo-efetiva (parti-
cularmente para cães de grande porte) e logisticamente 
exige pouco do cliente. Idealmente, os cães serão julga-
dos como respondentes se, depois de seis a oito meses 
de terapia, atingirem a remissão (isto é, não é requerida a 
aplicação de glicocorticóides sistêmicos). Alguns clínicos 
CIÊNCIA PARA CÃES
Manejo da Atopia em Cães 
Figura 3
Cão atópico portador de dermatite 
paquidermática de Malassezia.
Figura 4
Vista otoscópica de mudanças hiperplásticas 
iniciais dentro do canal auditivo externo.
se dão por satisfeitos em aceitar somente uma resposta 
parcial à imunoterapia, julgando que uma redução signifi-
cativa dos requisitos de administração de glicocorticóides 
seja melhor do que nenhuma redução. Todavia, pode ser 
difícil persuadir disto os clientes e a questão permanece 
de avaliação subjetiva. Um pré-requisito da imunoterapia 
é a identificação dos alergênicos, o que requer testes in-
tradérmicos do couro ou a mensuração de titulação [aná-
lise volumétrica] do lgE circulante por processos in vitro 
e a correlação destes com a história clínica. Deste modo, 
poder-se-ia esperar que uma história de prurido regular 
e sazonal no verão se correlacionasse com titulações de-
monstráveis de lgE ou sensibilidade intradérmica ao pó-
len das festucas [gramíneas], por exemplo. A indução da 
imunoterapia é atingida pela administração de uma série 
de injeções, em geral a intervalos mensais, que pode levar 
de seis a oito meses. Durante o período de indução, pode-
se tornar necessário administrar dosagens baixas de PPMP 
a dias alternados, a fim de controlar os piores efeitos do 
prurido. Se a remissão não tiver sido atingida após nove 
meses de terapia, provavelmente não ocorrerá mais tarde 
e se tornará necessário um controle sintomático. Se a in-
dução da remissão efetivamente ocorre, deve ser mantida 
por meio de injeções regulares de imunoterápico, tipica-
mente a intervalos de quatro a oito semanas. Em muitos 
casos, os clientespodem realizar as injeções de manuten-
ção em seus lares, uma vez que o volume de cada injeção 
é constante.
CONTROLE SINTOMÁTICO DO PRURIDO
O controle sintomático do prurido com PPMP, anti-histamíni-
cos ou PUFA pode ser indicado em duas situações clínicas:
• Controle de prurido dependente da indução de remissão 
dentro da imunoterapia;
• Controle de prurido nos 60% dos cães que não conse-
guem obter remissão com imunoterapia ou nos casos em 
que a imunoterapia não foi escolhida.
GLICOCORTICÓIDES
A maioria dos cães atópicos responderá a baixas dosagens 
de PPMP administradas em dias alternados e a longo pra-
zo, mediante doses de 0,2 a 0,5 miligramas por quilograma 
de peso. Em alguns indivíduos, será possível controlar o 
prurido com administração oral de PPMP duas vezes por 
semana durante as estações mais frescas do ano. Inicial-
mente, os cães podem ser tratados com 0,2 a 0,5 mg/kg 
duas vezes por dia durante três a sete dias, a fim de su-
primir o prurido. A dosagem é então reduzida para uma 
aplicação diária, por um novo período de três a dez dias e 
depois reduzida novamente para um regime de dias alter-
nados, Em muitos casos, pode ser possível acelerar a pas-
sagem para a dosagem menor e o regime de medicação a 
dias alternados pode ser atingido de sete a dez dias nos 
referidos animais. Uma falha na resposta adequada deve 
indicar reavaliação do diagnóstico — haverá presença de 
pioderma ou de dermatite paquidermática de Malassezia? 
Os princípios de diagnóstico diferencial para o prurido 
esteróide-refratário encontram-se listados na Tabela 1. A 
maioria dos cães que recebem PPMP oral em baixas dosa-
gens e dias alternados a longo prazo irá sofrer de poucos 
efeitos colaterais, além de poliúria transitória (durante a 
indução) e algum acréscimo de peso, tipicamente de 5% a 
10% em cães de tamanho médio (segundo as observações 
dos autores). A maioria dos proprietários se demonstra 
capaz de ajustar a dosagem (e muitos o fazem de forma 
regular) a fim de tomar em consideração os fatores climá-
ticos e de administração que permitem uma redução na 
dosagem — por exemplo, os cães mais ativos raramente 
demonstram evidências de pruridos. Inversamente, se os 
cães estão sujeitos a períodos de inatividade e o clima é 
quente e úmido, terão uma probabilidade maior de de-
monstrar reações a pruridos. Esta resposta subjetiva ao 
prurido é uma razão por que muitos proprietários relatam 
uma redução marcada no prurido quando levam seus cães 
em férias, porque o aumento da atividade mental e física 
resulta em uma percepção reduzida da coceira. A admi-
nistração de PPMP em dosagens de 0,2 a 0,5 miligramas 
por quilograma de peso em dias alternados não é imunos-
supressora e os cães responderão tanto à vacinação anual 
como à imunoterapia. Foi recomendado (11, 12) que o 
protocolo de dias alternados, em conjunção com a meia-
vida curta dos efeitos (menos de 24 horas) resulte em um 
estabelecimento menos severo e menos rápido de hipera-
drenocorticismo iatrogênico. Todavia, trabalhos recentes 
demonstraram que a administração de prednisolona em 
dias alternados (a dosagens de um miligrama por quilo-
grama de peso) tem efeito real sobre o eixo pituitário-
adrenal e mudanças na resposta ao hormônio adrenocor-
ticotrópico [ACHT] administrado exogenamente foram 
demonstradas (12). Todavia, as concentrações endógenas 
do ACHT no plasma não foram significativamente diferen-
tes das apresentadas pelos controles não-tratados. Deste 
modo, um tratamento a dias alternados com PPMP não é 
isento de riscos, mas a severidade da supressão adrenal é 
menor e a taxa de estabelecimento muito mais lenta do 
Manejo da Atopia em Cães 
CIÊNCIA PARA CÃES
 2008DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
CIÊNCIA PARA CÃES
Manejo da Atopia em Cães 
que quando o tratamento é administrado em base diária. 
Alguns animais são extremamente sensíveis até mesmo às 
menores doses de glicocorticóides exógenos, enquanto 
outros parecem quase refratários a efeitos colaterais. Cada 
caso, portanto, deve ser tratado em base individual. Os 
proprietários devem ser informados de que mesmo dosa-
gens muito baixas de PPMP podem resultar em hiperadre-
nocorticismo iatrogênico. Testes bi-anuais de estimulação 
do ACTH têm sido recomendados. 
Se um cão atópico é submetido a um bom controle e 
mesmo assim se demonstra perceptivelmente mais pru-
rídico, a razão mais provável para isso será uma infecção 
microbiana secundária ou uma infestação ectoparasitária. 
Portanto, as dosagens de glicocorticóides não deverão ser 
aumentadas. Em vez disso, deve-se examinar o animal em 
busca de parasitas e prescrever um xampu antimicrobiano 
com agentes antibacterianos sistêmicos. 
 
Anti-histamínicos — Classificação parcial, 
exemplos e sumário de recomendações
Classe de 
medicamento
Exemplo Dosagem Sinergia com 
PUFA?
Etanolaminas Clemastina 0,05-0,15 
mg/kg bid [bis 
in diem], duas 
vezes ao dia
Sim
Piperazinas Hidroxizina 2,2 mg/kg tid 
[tre in diem], 
três vezes 
ao dia
Sim
Alquilaminas Clorfenid-
ramina
4 a 8 mg/kg tid Sim
Fenotiazinas Trimeprazina 0,5-2 mg/kg 
bid
Sim
Key-PUFA / Ácidos graxos poli-insaturados — bid q [quartus], 
quartil a cada 12 horas; Tid: q a cada 8 horas
PUFAS
Os PUFAS [ácidos graxos 
poli-insaturados ou não-sa-
turados] podem ser usadas 
com sucesso no controle de 
prurido em cães atópicos em 
uma certa proporção de ca-
sos. Estudos clínicos e estu-
dos duplo-cegos com óleo de 
semente de borragem, óleo 
de prímula amarela e diversos 
óleos de peixes consistente-
mente demonstraram os efeitos benéficos destes agentes 
(13, 14, 15). A terapia com PUFA parece ser responsiva à 
dosagem. Não obstante, deve ser observado que os es-
tudos que relataram boas respostas à terapia com PUFA 
foram justamente os estudos em que as dosagens mais 
elevadas de PUFA foram administradas (16). 
Não é fácil predizer quais animais irão responder, embora 
seja mais fácil prever que aqueles apresentando infecções se-
cundárias ou inflamações cutâneas severas são o irão. Deste 
modo, todos os esforços devem ser empregados para supri-
mir as infecções e fornecer “um campo de ação limpo”, antes 
que venham a ser empregados. Para isto, pode-se necessitar 
de algumas semanas de aplicação de PPMP, caso o couro 
se demonstre cronicamente inflamado. Freqüentemente, 
há um período de espera antes que os EFAS [ácidos graxos 
esteróides] possam exercer seu máximo efeito. Embora a 
duração deste período seja variável, é prudente estimar um 
período de, pelo menos, dois meses antes de se julgar que 
não houve resposta ao suplemento. Deste modo, proprietá-
rios e clínicos devem ser advertidos a não esperar resultados 
dramáticos. O uso concorrente de um ou de vários anti-his-
tamínicos pode revelar efeitos sinergísticos em alguns cães 
(17), como será descrito abaixo. De forma semelhante, o 
emprego de EFAS em conjunção com PPMP pode permitir 
uma redução na dosagem de glicocorticóides necessária 
para controlar o prurido. 
ANTI-HISTAMÍNICOS
O uso de anti-histaminas para controlar a atopia em cães 
está sendo continuamente reavaliado. Indubitavelmente, 
uma das razões principais para sua má reputação é o fato 
de que existem oito diferentes grupos de anti-histamínicos 
químicos. O fracasso de um não implica necessariamente 
que nenhum venha a ser efetivo e o clínico é aconselhado 
a tentar vários — pelo menos um de cada uma das oito 
classes. A clemastina, a clorfeniramina e a hidroxizina são 
provavelmente os mais úteis (17, 18). Além disso, alguns 
anti-histamínicos parecem apresentar efeitos sinergísticos 
com os PUFAS e glicocorticóides (19), conforme é mos-
trado na Tabela 2. Deste modo, com a devida paciência, 
pode ser possível identificar um regime medicamentoso 
que combine PUFAS com anti-histamínicos e que seja 
capazde efetivamente suprimir o prurido, aliviando os 
requisitos de PPMP. 
ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR 
A DOSAGEM DE GLICOCORTICÓIDES
A maioria dos cães portadores de atopia expressa prurido 
entre modesto e importante, variando de dia para dia. En-
Figura 5 
Lesões hiperplásticas no aspecto côn-
cavo da pina e na região distal do canal 
auditivo externo.
tretanto, o prurido, em geral, 
não interfere com suas ativi-
dades normais. Assim, eles 
não ficam se coçando a noite 
inteira, raramente se coçam 
enquanto se exercitam e nun-
ca se coçam nos consultórios. 
As variações individuais de-
vem ser observadas e este 
é o motivo por que a admi-
nistração deve ser adaptada 
ao indivíduo. Esta variação 
na apresentação do prurido 
é uma das razões por que o 
PPMP em base de dias alter-
nados apresenta tanto suces-
so. Permite aos proprietários 
reagirem rapidamente a fato-
res que possam facultar uma 
redução nas dosagens ou, 
conversamente, lhes permite 
de EFA ou de anti-histamínico irá permitir maior redução. 
Em alguns caso, uma diminuição significativa da dosagem 
necessária de PPMP poderá ser obtida, mesmo em casos 
nos quais o controle com EFA ou anti-histamina individu-
almente ou em combinação não tenha se demonstrado 
adequado.
Em adição à suplementação com PUFA, outros fatores 
dietários podem ser adjuntos importantes à terapia, po-
tencialmente reduzindo os requisitos de corticosteróides. 
Isto foi ilustrado por um estudo clínico conduzido com 
cães atópicos e usando uma dieta enlatada comercial 
cujas fontes de proteína eram limitadas a carne de frango 
e arroz (20). Doze cães atópicos perenemente afetados e 
mantidos em remissão clínica mediante terapia de predni-
solona oral, em baixas dosagens e a dias alternados foram 
inscritos em um estudo aberto e cruzado de seis meses 
de duração (20). A dosagem de prednisolona tinha sido 
mantida em grande parte estável e os cães alimentados 
com uma certa variedade de dietas comerciais durante os 
dois meses anteriores ao período abrangido pelo estudo. 
Nenhum dos cães havia demonstrado qualquer melhora 
durante uma experiência de três semanas com uma dieta 
preparada em casa e restrita a frango, arroz e água. Os 
cães foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos e 
alimentados ou com Dieta de Proteínas Selecionadas PE-
DIGREE (frango e arroz) ou com uma dieta de Controle, 
que consistia em alimentos enlatados com base princi-
palmente em peixe, farinha de milho e trigo. Cada dieta 
foi administrada durante três meses antes de ser cruzada, 
ocasião em que as dietas foram revertidas. Os cães foram 
avaliados a cada quatro semanas com relação à dosagem 
de prednisolona necessária para controlar seus sinto-
mas clínicos e também para uma classificação clínica de 
prurido, eritema, edemas interdigitais, alopecia, traumas 
auto-induzidos e condições da pelagem. A dosagem de 
prednisolona e as classificações clínicas totais foram sig-
nificativamente reduzidas (p < 0.05) quando a Dieta de 
Proteínas Selecionadas PEDIGREE foi administrada aos 
cães, em comparação com aqueles que receberam a die-
ta de controle (Figura 8). O nutriente ou nutrientes, ou 
matérias-primas responsáveis por estas diferenças não 
puderam ser identificados neste estudo, o que significa 
que novos estudos são necessários. Não obstante, estes 
dados indicam que a dieta — particularmente de uma 
fonte limitada de proteínas e de uma dieta relativamente 
alta em gorduras — pode apresentar impacto significativo 
sobre a administração da atopia canina, conforme medido 
pelas mudanças na dosagem de drogas anti-inflamatórias 
requeridas para manter a remissão dos sinais clínicos. Por-
tanto, a mudança para uma dieta deste tipo deve ser con-
siderada como uma nova forma de terapia adjuntiva.
0 4 8 12 16 20 24
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
Mudanças Dietárias
Número de semanas
Pr
ed
[p
re
di
ca
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s]
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se
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a
Grupo 1: PEDIGREE Dieta de proteínas selecionada para 12 semanas,
seguida por dieta controlada.
Grupo 2: CONTROLE Dieta de controle por 12 semanas, seguida
por PEDIGREE. Dieta de proteínas selecionada.
aumentar a dose durante períodos curtos, a fim de evitar 
recaídas sérias. Assim que o prurido se encontra mais ou 
menos sob controle e a dosagem de PPMP se tornou mais 
ou menos constante, é possível avaliar se um suplemento 
Figura 6
Fracasso da ressecção da parede lateral. 
O cão apresenta atopia e a inflamação 
crônica das paredes medianas não-
resseccionadas do canal auditivo 
externo não permitiu a resolução da 
otite externa.
Manejo da Atopia em Cães 
CIÊNCIA PARA CÃES
 2008DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Figura 6
O efeito dietário sobre a dosagem de glicocorticóides necessários para o controle da 
atopia. Dosagem média semanal de prednisolona em 12 cães atópicos alimentados 
com um de duas dietas.
CIÊNCIA PARA CÃES
Manejo da Atopia em Cães 
SUMÁRIO
Há boas evidências para sugerir que os cães atópicos apre-
sentam melhores condições, requerem a administração 
de menos esteróides e sofrem de menos complicações 
quando se encontram sob os cuidados de um dermatolo-
gista (9). Isto se deve em parte porque os dermatologistas 
lidam com os casos que lhes são encaminhados quando 
a motivação do proprietário é boa e, em parte, porque 
entendem as complexidades da doença e de suas com-
plicações secundárias. Não há razão por que clínicos de 
cuidados gerais não possam obter resultados igualmente 
bons (medidos pela prescrição de doses mínimas de glico-
corticóides), desde que disponham de boa motivação de 
seus clientes, boa comunicação com eles e uma visão clara 
do que pode ser obtido.
Fonte: WALTHAM Centre for Pet Nutrition
 Leicestershire - Inglaterra
 2008DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Em todas as espécies de mamíferos, há evidências que 
indicam que o envelhecimento está associado com um 
declínio do gasto total de energia. O Dispêndio Total de 
Energia {TEE ou DTE) inclui a taxa de metabolismo basal 
(BMR ou TMB), a termogênese induzida pela dieta (DIT 
ou TID) e o gasto de energia durante as atividades físicas; 
deste modo, uma redução de qualquer um destes elemen-
tos pode contribuir para uma redução do dispêndio total 
de energia. Em humanos de mais idade, o dispêndio total 
de energia pode ser reduzido de até 20%, com mais de 
metade deste decréscimo sendo causado pela redução da 
atividade física. O gasto de energia em repouso (REE ou 
GER) pode diminuir de até 36%. Embora não exista um 
relacionamento aparente entre a idade e a termogênese 
induzida pela dieta, foi estimado que a taxa de metabolis-
mo basal nos humanos decresce aproximadamente de 1% 
a 2% por década de existência entre a segunda e a sétima 
décadas da vida, um fenômeno que pode ser grandemen-
te explicado por reduções da massa corporal magra [espe-
cialmente muscular ou óssea]. 
De forma semelhante, o envelhecimento dos cães parece 
estar associado a um declínio do dispêndio total de ener-
gia da ordem de aproximadamente 20%, o que se deve 
tanto a uma diminuição do exercício quando a decrésci-
mos relacionados com a idade da proporção entre a massa 
corporal gorda e magra. Guias de alimentação para cães 
mais velhos em geral recomendam uma redução do con-
sumo de energia e, até recentemente, foi presumido que 
os gatos mais velhos poderiam também apresentar uma 
diminuição em seus requisitos de energia. Todavia, há 
evidências crescentes que vem sugerindo que o caso não 
é este, uma vez que, diferentemente dos cães e dos huma-
nos, os gatos parecem ser relativamente inativos durante 
toda a sua vida adulta, mantendo, portanto, uma taxa de 
metabolismo basal e uma proporção entre a massa corpo-
ral gorda e magra constantes.Recentes pesquisas realiza-
das em WALTHAM investigaram o gasto de energia em re-
pouso em gatos jovens e velhos, empregando calorimetria 
indireta do corpo inteiro. Doze gatas adultas castradas 
(seis com menos de cinco anos e seis com mais de onze 
anos) foram alimentadas com ração felina padronizada 
durante as vinte semanas anteriores e durante a experiên-
cia. Para cada fêmea, o consumo de oxigênio e a produ-
ção de dióxido de carbono foram monitorados durante o 
período de pós-absorção durante um período de 15 horas 
em um calorímetro e, a partir dos resultados, calculou-se 
seu gasto de energia em repouso. Dois estudos foram re-
alizados com cada gata e o gasto de energia em repouso 
médio foi calculado. A composição corporal, inclusive a 
massa de gordura livre (FFM ou MGL) foi avaliada através 
do emprego de Absorciometria Dual de Energia por meio 
de Raios X (DXA). As gatas jovens e velhas não demons-
traram diferenças significativas em seu consumo diário de 
alimentos. Não se detectaram diferenças significativas na 
massa de gordura livre entre as gatas jovens e idosas, nem 
em seu peso absoluto, nem como percentagem da massa 
corporal total (Tabela 1). O gasto de energia em repouso 
(expressado por quilogramas da massa de gordura livre, a 
fim de comparar as gatas em uma massa metabólica de te-
cidos equivalentes) não mostrou diferenças significativas 
entre as gatas jovens e as idosas (Tabela 1)
Estes resultados sugerem que o gato tem uma constituição 
peculiar em comparação com outras espécies de mamífe-
ros, no sentido de que o gasto de energia em repouso não 
parece declinar com a idade e de que isto se encontra liga-
do a uma massa corporal magra relativamente constante 
através das idades. A prática de alimentar gatos mais ve-
lhos com uma quantidade reduzida de alimento pode ser 
portanto mal orientada, salvo quando o gato está obeso; 
o conselho a ser dado aos proprietários de felinos deveria 
ser o de alimentar os gatos idosos no mesmo nível de ener-
gia que os gatos adultos jovens. Todas as evidências até o 
presente apóiam o ponto de vista de que a atividade cons-
tante dos gatos através de sua vida adulta seja um fator 
significativo na manutenção da composição de seu corpo 
e do seu gasto de energia em repouso.
O Envelhecimento e o Dispêndio de Energia Pelos Gatos.
Waltham Centre For Pet Nutrition 
CIÊNCIA PARA GATOS

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