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Resumo de endodontia

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Endodontia Marcela Nunes 
1 
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 
 
Abertura coronária: brocas esféricas de 2 a 6 
Desgaste compensatório: 
· Brocas endo Z: não apresentam extremidades cortantes 
· Brocas de Batt: sem atividade de corte 
Entrada dos canais radiculares: 
· Broca de largo: parte ativa bastante longa 
· Broca de Gates: amplia um espaço já aberto, comprimento total de 28 a 32 mm. 
· Le Axxess: permite acesso direto ao canal radicular e não forma degraus. 
Preparo dos canais radiculares: 
· Extirpa-nervos: não é mais utilizado, pois remove o coto pulpar 
· Limas endodônticas: alisamento, retificação dos canais, abrir espaço em profundidade e 
alargamento. 
• Tipo K: cateterismo e oscilação 
• Tipo K file: pouco corte e flexibilidade 
• Tipo K flexofile: mais flexibilidade e corte, ponta inativa, canais retos e curvos. 
• Tipo Hedstroen: ponta ativa, cones sobrepostos, grande flexibilidade e corte, sem 
oscilação. 
 
 
· Limas Nitiflex: níquel-titânio, grande flexibilidade, sem ponta ativa e menor poder de corte. 
· Limas de Níquel-titânio: grande flexibilidade. 
· Lentulo: 4 diferentes diâmetros, comprimento: 17 mm, 21 mm e 25 mm, para levar 
medicação no interior do canal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comprimento: 31 mm, 25 mm e 21 mm. Parte ativa SEMPRE tem 16 mm. 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
2 
ABERTURA CORONÁRIA 
Remoção do teto da câmara pulpar por desgastes compensatórios adquirindo forma de 
conveniência. 
 
Desgaste compensatório: remoção das interferências dentinárias que impedem o acesso direto aos 
canais. 
Forma de conveniência: efetuar o contorno final da abertura. 
Princípios fundamentais: 
· A abertura deve oferecer por meio de linha reta um acesso direto ao canal. 
· O limite deve incluir todos os cornos pulpares saliências e retenções do teto da câmara. 
· O assoalho da câmara ao deve ser deformado. 
 
Erros na abertura coronária: 
· Degrau nas paredes da câmara 
· Perfurações nas paredes V e proximais 
· Remoção excessiva de estrutura dental 
· Abertura pequena 
· Persistência de cornos pulpares 
· Abertura pela face oclusal 
· Deformação e perfuração do assoalho da câmara. 
 
 
Abertura coronária ILS – raiz única, canal único (inclinação para P e D no terço apical) 
Zona de eleição Face P, 2 mm acima do cíngulo 
Tipo de broca Esférica diamantada 1011, 1012 
Direção de trepanação Perpendicular a face P / longo eixo do dente 
Forma de contorno Triangular com base voltada para I, 2082, 3080 
Forma de conveniência Remoção ombro lingual, Batt 12, 14 
 
Abertura coronária CS – raiz única longa, canal único com ápice afilado, possui 
embolsamento (curvatura no terço médio formando um ombro palatino) 
Zona de eleição Face P, 2 mm acima do cíngulo 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013, 1014 
Abertura coronária ICS – raiz única, canal único (inclinação para P e D no terço apical) 
Zona de eleição Face P, 2 mm acima do cíngulo 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013 
Direção de trepanação Perpendicular a face P / longo eixo do dente 
Forma de contorno Triangular com base voltada para I, 2082, 3080, 3081 
Forma de conveniência Remoção ombro lingual, Batt 12, 14 
 
Endodontia Marcela Nunes 
3 
Direção de trepanação Perpendicular a face P / longo eixo do dente 
Forma de contorno Ovalada, podendo ser losangular, 3080, 3081 
Forma de conveniência Remoção ombro lingual, Batt 12, 14 
 
Abertura coronária ICI – raiz única, canal único reto (possível inclinação discreta no 
1/3 apical para V ou D) 
Zona de eleição Face L, 2 mm acima do cíngulo 
Tipo de broca Esférica diamantada 1011 
Direção de trepanação Perpendicular a face P / longo eixo do dente 
Forma de contorno Triangular com base voltada para I, 2082, 3080 
Forma de conveniência Remoção ombro lingual, Batt 12, 14 
 
Abertura coronária ILI – raiz única, canal único (incidência maior de bifurcação) 
Zona de eleição Face L, 2 mm acima do cíngulo 
Tipo de broca Esférica diamantada 1011 
Direção de trepanação Perpendicular a face L / longo eixo do dente 
Forma de contorno Triangular com base voltada para I, 2082, 3080 
Forma de conveniência Remoção ombro lingual, Batt 12, 14 
 
Abertura coronária CI – raiz única (presença de bifurcações), canal único 
Zona de eleição Face L, 2 mm acima do cíngulo 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013, 1014 (HL) 
Direção de trepanação Perpendicular a face P / longo eixo do dente 
Forma de contorno Losangular, chama de vela, triangular com base para I, 3080, 
3081, 4082 
Forma de conveniência Remoção ombro lingual, Batt 12, 14 
 
Abertura coronária 1º PMS – raiz bifurcada: V e L, canal: 2, V e L 
Entra com a fresa inclinada para P, depois volta para V procurando o outro canal 
Possui reentrâncias que tem que ser retiradas, se não a lima entra torta 
Zona de eleição Face O, dentro do sulco mesio distal 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013, 1014 
 
Endodontia Marcela Nunes 
4 
Direção de trepanação Longo eixo do dente, geralmente inclinado para palatina 
Forma de contorno Ovalada, paredes proximais levemente expulsivas, 3080, 
3081, 4082 
Forma de conveniência Preparo cervical, limas, brocas de Gates, 1, 2, 3, 4, e/ou Batt 
12, 14 
 
Abertura coronária 2º PMS – raiz fusionada, freqüência de bifurcação menor, canal: 2, 
achatamento maior M-D 
Entra com a fresa inclinada para P, depois volta para V procurando o outro canal 
Possui reentrâncias que tem que ser retiradas, se não a lima entra torta 
Zona de eleição Face O, dentro do sulco mesio distal 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013, 1014 
Direção de trepanação Longo eixo do dente, geralmente inclinado para palatina 
Forma de contorno Ovalada, paredes proximais levemente expulsivas, 3080, 
3081, 4082 
Forma de conveniência Preparo cervical, limas, brocas de Gates, 1, 2, 3, 4 e/ou Batt 
12, 14 
 
Abertura coronária 1º PMI – raiz única, canal: 2, normalmente bifurca no 1/3 medio (V 
e L), pode ocorrer trifurcação 
Entra com a fresa inclinada para L, depois volta para V procurando o outro canal 
Zona de eleição Face O, dentro do sulco mesio-distal 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013, 1014 
Direção de trepanação Longo eixo do dente, geralmente inclinado para palatina 
Forma de contorno Ovalada, paredes proximais levemente expulsivas, 3080, 
3081, 4082 
Forma de conveniência Preparo cervical, limas, brocas de Gates, 1, 2, 3, e/ou Batt 
12, 14 
 
Abertura coronária 2º PMI – raiz única, canal único, raramente ocorre bifurcação, 
câmara pulpar maior que 1º PMI 
Entra com a fresa inclinada para L, depois volta para V procurando o outro canal 
 
Endodontia Marcela Nunes 
5 
Zona de eleição Face O, dentro do sulco mesio-distal 
Tipo de broca Esférica diamantada 1012, 1013, 1014 
Direção de trepanação Longo eixo do dente, geralmente inclinado para palatina 
Forma de contorno Ovalada, paredes proximais levemente expulsivas, 3080, 
3081, 4082 
Forma de conveniência Preparo cervical, limas, brocas de Gates, 1, 2, 3, e/ou Batt 
12, 14 
 
Abertura coronária 1º MS – raiz: 3, 2 V e 1 L 100% separadas, canal: 4. 
Abertura triangular mais próxima a face mesial, com base para V ou retangular. 
Raiz M-V Forma de vírgula, achatamento no sentido 
mésio-distal, ocasionando o 4º canal. 
Raiz D-V 1 canal 
Raiz palatina 1 canal com achatamento no sentido 
vetíbulo-lingual e amplo no sentido 
mésio-distal, com curvatura para 
vestibular na maioria das vezes. 
Abertura coronária 2º MS – raiz: 3, 2 V e 1 L geralmente fusionadas, canal: 3. 
Câmara pulpar semelhante ao 1º MS. 
 
Abertura coronária 1º MI – raiz: 2, 1 M e 1 D, pode ocorrer raiz suplementar, canal: 3.Abertura com forma quadrangular. 
 
Abertura coronária 2º MI – raiz: 2, 1 V e 1 L, canal: 3, pode ocorrer fusionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
6 
ETAPAS OPERATÓRIAS DO TRATAMENTO DO SISTEMA DE CANAIS 
RADICULARES 
 
Biopulpectomias: dentes que possuem vitalidade pulpar. 
· Com estrutura, resistente ao corte, hemorragia suave, sangue de coloração vermelha 
rutilante, sangue grosso. 
· Indicações: 
• Pulpites irreversíveis 
• Exposições acidentais ou patológicas da polpa 
• Fraturas coronárias com exposição pulpar 
• Reabsorções internas 
• Tratamentos endodônticos com finalidade protética. 
 
Necrose pulpar: morte da polpa, perda de sua estrutura e de suas defesas naturais. 
· Necro I: sem lesão periapical visível radiograficamente. 
• Abscessos dentoalveolares agudos levados a cronicidade 
• Gangrenas pulpares 
• Periodontites apicais agudas de origem bacteriana que requerem tratamento endodôntico 
radical. 
· Necro II: com lesão periapical visível radiograficamente. 
• Abscessos dentoalveolares crônicos 
• Granulomas periapicais 
• Retratamento de canais com lesão periapical crônica 
• Cistos apicais 
• Abscessos fênix (agudização de um abscesso crônico), levados a cronicidade. 
 
Exploração do canal radicular: 
· Comprimento aparente do dente CAD menos 3 mm 
· Instrumentos de pequeno calibre e que permitam uma pré-curvatura da sua extremidade. 
· Polpa viva: 
• Poucos microorganismos 
• Descolamento da polpa das paredes dentinárias 
• Após instrumentação o canal estará estéril. 
• Utilizar irrigadores com suave ação bactericida e não causar injurias aos tecidos, 
recomenda-se hipoclorito de sódio a 0,5% e solução de Milton tamponada a 1%. 
• Preservar o coto pulpar! Selamento só acontece quando ele esta presente. 
· Polpa morta: 
• Mais difícil ter reparo, pois existem muitos microorganismos 
• Deve-se neutralizar os produtos tóxicos, combater os microorganismos tanto no canal 
quantos nas ramificações, erosões apicais e no biofilme bacteriano apical 
• Tanomaru filho: hipoclorito de sódio a 5,15% e clorexidina a 2% junto com curativo de 
demora de hidróxido de cálcio por 21 dias. 
• Técnica: 
- Com base no CAD subtrair 3 mm, descontar o comprimento da coroa e dividir o 
restante em 3 terços, apical, médio e cervical 
- A lima deve ser fina e trabalhar contra as paredes em movimentos oscilatórios, deve 
favorecer o contato da solução com o conteúdo do terço cervical por 5 minutos 
- Repetir nos terços médio e gengival, os 3 mm restantes serão instrumentados após a 
odontometria. 
 
Endodontia Marcela Nunes 
7 
PREPARO CERVICAL E MÉDIO DOS CANAIS RADICULARES 
 
· Irrigação, exploração lima #10 e lima inicial #15 
· Vai até a lima #40 sempre com irrigação e intercalando com a lima inicial 
· Gattes 1 para alargar o canal, 
· Gattes 2, volta a lima #15 e irriga 
· Largo 1 
 
Odontometria: determinar o comprimento real do dente. 
· Técnica de Ingle: 
• Pela radiografia de diagnóstico medimos o comprimento do dente, obtendo o 
comprimento aparente do dente (CAD) 
• Introduz a lima 3 mm aquém do CAD e tira raio-x 
• Ajusta a lima entrando mais no canal se estiver aquém ou tirando se estiver além 
• Tira uma nova radiografia e obtêm-se o comprimento real do dente (CRD) com base na 
distancia que a lima penetrou 
• O comprimento real de trabalho (CRT) é o CRD menos 1 mm. 
 
As radiografias são sugestivas e não devem ser consideradas a prova final para o diagnóstico. 
· Possuem limitações como: 
• Variações morfológicas 
• Forame X ápice 
• Erros de interpretação 
• Tempo para tomada 
• Exposição a radiação 
 
Odontometria eletrônica: determina o comprimento dos canais radiculares e detecta perfurações 
ou rasgos radiculares. 
· Contra indicações: 
• Portadores de marca-passo 
• Reabsorção radicular 
• Dentes com rizogênese incompleta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
8 
PREPARO BIOMECÂNICO DOS CANAIS RADICULARES 
 
Propriedades das substâncias químicas: 
· Solvente tecidual 
· Baixa toxicidade 
· Atividade bactericida 
· Remoção ou dissolução do magma dentinário 
· Limpeza dos canais radiculares 
· Lubrificante 
· Baixa tensão superficial 
 
Objetivos da irrigação: 
· Descontaminação 
· Dissolução dos tecidos orgânicos 
· Lubrificação 
· Baixa citotoxicidade 
· Remoção da smear layer 
· Fatores que influenciam: 
• Anatomia do canal radicular 
• Calibre as agulhas 
• Volume da solução usada 
• Renovação constante da solução 
 
 
 
 
 
Hipoclorito de sódio (NaOCl): 
· Antimicrobiano 
· Saponificador de gordura 
· Desodorizante 
· pH alcalino (11 a 11,5) 
· Solvente de tecidos orgânicos 
· Baixa tensão superficial 
· Concentração: 
• 0,5 % (Líquido de Darkin) 
• 1% (Solução de Milton) 
• 2,5% (Licor de Labarraque) 
• 4 a 6% (Soda clorada) 
 
EDTA: 
· Remover íons de cálcio da dentina 
· Remove smear layer 
· Utilizado somente no final do tratamento 
 
Digluconato de clorexidina: 
· Ação antimicrobiana (altera equilíbrio osmótico da bactéria) 
· Não dissolve tecido orgânico 
Deve-se remover a smear layer, pois ela tampa os túbulos dentinários, permite 
remanescente de tecido pulpar e bactérias, interfere na adesão do cimento 
obturador e se degradada por bactérias produz falhas na obturação. 
 
Endodontia Marcela Nunes 
9 
· Não é desodorizante e clarificante 
 
Clorexidina X NaOCl 
· Vantagens da clorexidina: 
• Maior espectro de ação antimicrobiana 
• Substantividade 
• Biocompatibilidade 
· Desvantagens: 
• Não dissolve matéria orgânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
10 
MEDICAÇÃO INTRACANAL 
 
Indicações: 
· Alivio da dor em emergências 
· Falta de tempo para executar o preparo do canal 
· Neutralizar produtos tóxicos 
 
Otosporin: 
· Bastante usado em biopulpectomias 
· Hidrocortisona 
 
Formocresol: 
· Usado em necropulpectomias 
· Germicida potente 
· Altamente citotóxico 
· Afeta neutralidade e fixação de células 
 
Formaldeído e Cresol: 
· Usado em necropulpectomias 
· Irritante aos tecidos vivos 
· Citotóxico, mutagênico e carcinogênico 
· Neutraliza produtos tóxicos 
 
Polpa viva: 
· Preservar a vitalidade do coto pulpar 
· Moderar a inflamação e a dor 
· Favorecer reparação 
· Combater microorganismos 
· Hidróxido de cálcio: 
• Alcalinidade 
• Bactericida 
• Antiexsudativo 
• Indutor de calcificação 
• Inibidor de reabsorção 
• Veículos: aquoso (age mais rápido), viscoso e oleoso 
• Modo de inserção: lentulo (3 mm aquém do CRT) e limas (entrar no CRT) 
• Callen: indicada para necropulpectomia II 
 
 
 
 
Polpa mortificada: 
· Manter saneamento 
· Combater microorganismos 
· Favorecer reparação 
· P-monoclorofenal canforado: 
• Bactericida 
• Extremamente citotóxico 
Quando utilizado hidróxido de cálcio deve-se irrigar posteriormente 
com clorexidina 2% 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
11 
• Baixa tensão superficial e elevada penetrabilidade nos túbulos dentinários 
• Não neutraliza produtos tóxicos 
• Grande odor e sabor 
• Não atual no LPS bacteriano 
· Clorexidina: 
• Associado a um veiculo de liberação controlada pode ser utilizada por até 7 dias dentro 
do canal 
• Ação antimicrobiana imediata 
• Amplo espectro antimicrobiano sobre bactérias gram positivas e negativas, anaeróbias 
facultativas, aeróbias, leveduras e fungos 
• Ausência de toxicidade 
• Capacidade de absorção pela dentina e lenta liberação de substancia ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endodontia MarcelaNunes 
12 
PREPARO QUÍMICO E MECÂNICO 
 
Técnica híbrida: 
Promover acesso ao forame pelo preparo da câmara coronária, da entrada dos canais e pela remoção 
gradativa das interferências do seguimento coronário. 
· 1ª fase: preparo médio e cervical 
• O limite de trabalho deve ser equivalente ao comprimento de 2/3 do dente, em canais 
curvos limitar a parte retilínea 
• 2/3 do CAD = CPT (comprimento provisório de trabalho) 
• Exploração e cateterismo com a técnica Step Down (coroa-ápice), lima K #10 ou #15 
(lima de patência) 
• Fazer preparo médio e cervical (técnica seriada) até a lima #40, recapitulando com a 
inicial #15, gattes 1 e 2 e largo 1 
• Manter a desobstrução do canal entre os limites do terço médio e apical com a lima de 
patência (lima inicial). 
· 2ª fase: preparo apical 
• Reservar 4 a 6 mm apicais para instrumentação manual 
• Instrumentação e cateterismo com lima K #10 ou #15, até o CAD (1 a 2 mm aquém do 
ápice radiográfico) 
• Odontometria 
• Utilizar sempre ampla irrigação para evitar o acúmulo de raspas de dentina 
• Recapitulação com a lima de patência até o CRT para manter a desobstrução do canal 
• Sempre fazer movimento de alargamento com rotação horária de ¼ a ½ volta e tração 
com pressão lateral contra as paredes 
• Preparo do ombro apical 
• Fazer técnica de recuo ou Step-Back 
• Finalizar com EDTA 
 
Técnica Step-Back: 
· Lima inicial no CRT 
· Avança 3 limas (recapitulando com a inicial), a tarceira é a lima memória (no CRT), 
· Avança 3 limas, porém em cada lima diminui 1 mm com relação ao CRT 
· A última lima deve estar a -3mm em relação ao CRT 
· Sempre recapitular com a memória. 
 
Crown-Down: 
· Preparo da câmara 
· Pré-odontometria 
· Debridamento (entrar 1 mm alem do CRT, favorece drenagem via forame, limpeza do 
forame e pós operatório confortável) 
· Limas #40, #35, #30, #25 todas até inicio de travamento 
· Gates 2, 3 e 4 no sentido horário 
· Odontometria 
· Lima que atingir o CRT e prender é a inicial 
· 3 limas acima = memória 
· Escalonamento 
· Irrigação e aspiração (EDTA) 
· Secagem e curativo de demora 
 
Endodontia Marcela Nunes 
13 
OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 
 
A obturação é o preenchimento de todo o espaço anteriormente ocupado pela polpa. Tendo um 
selamento hermético, não interferindo e, de preferência, estimulando o processo de reparo apical e 
periapical. 
 
Objetivos: 
· Finalidade seladora antimicrobiana 
· Finalidade seladora com o objetivo de evitar o espaço vazio 
· Finalidade biológica 
 
Todos os procedimentos operatórios devem ter como limite a união CDC 
 
Biopulpectomias: 
· CRT de 1 a 2 mm aquém do ápice radiográfico 
· Deve-se preservar a vitalidade do coto pulpar, para que ocorra processo de reparação apical 
após o tratamento. 
 
Necropulpectomias: 
· Necropulpectomia I: CRT de 1 a 2 mm aquém do ápice radiográfico 
· Necropulpectomia II: CRT de 1 mm aquém do ápice radiográfico 
· Em dentes que não há vitalidade pulpar com ou sem reação periapical, os procedimentos 
devem ser levados ate as proximidades do limite CDC após a realização do debridamento 
foraminal. 
 
Momento da obturação: 
· Preparo químico e mecânico completo 
· Ausência de exudação persistente 
· Ausência de sintomatologia 
· Ausência de odor 
· Obtenção de culturas negativas 
 
Classificações dos materiais obturadores: 
· Sólidos: guta percha e cones de resina 
· Pastas reabsorvíveis: hidróxido de cálcio, resina plástica, silicone, ionômero de vidro e 
óxido de zinco e eugenol. 
· Cimentos 
 
Requisitos de um material obturador ideal: 
· Propriedades biológicas: 
• Boa tolerância tecidual 
• Reabsorvido no ápice em casos de extravasamento acidental 
• Estimular ou permitir a deposição de tecido fibroso de reparação 
• Estimular ou permitir a deposição de tecido mineralizado a nível foraminal 
• Ter ação antimicrobiana 
• Não desencadear resposta imune nos tecidos apicais e periapicais 
• Não ser mutagênico ou carcinogênico 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
14 
· Propriedades físico-químicas: 
• Facilidade de inserção 
• Ser plástico no período de inserção tonando-se sólido posteriormente 
• Propiciar bom tempo de trabalho 
• Permitir o selamento mais hermeticamente possível 
• Não sofrer contrações 
• Não ser permeável 
• Possuir bom escoamento 
• Possuir boa viscosidade e aderência 
• Não ser solubilizado no interior do canal radicular 
• Ser radiopaco não manchar estruturas dentais 
• Ser possível de esterelização 
• Ser de fácil remoção 
 
· Propriedades ideais de um cimento endodôntico: 
• Homogêneo 
• Selamento adequado 
• Radiopaco 
• Partículas finas de pó 
• Não manchar a estrutura dental 
• Bactericida ou bacteriostático 
• Tomar presa lentamente 
• Insolúvel aos fluidos bucais 
• Bem tolerado pelos tecidos periapicais 
• Solúvel aos solventes comuns 
 
Condensação lateral: 
· Inserção de um cone principal compatível com o instrumento memória utilizado durante a 
instrumentação e posteriormente adição de cones acessórios até total selamento do canal 
radicular. 
· Técnica de tagger 
• Combinação da compactação a frio, seguida da termoplastificação da guta percha. 
• Vantagens: 
- Dispensa equipamentos especiais 
- Possibilita a correção da oburação quantas vezes necessário 
- Rápida execução, reduzido consumo de material e satisfatório selamento apical. 
• Seqüência técnica: 
- Prova do cone principal 
- Aplicação do cimento obturador e do cone principal envolto de cimento 
- Condensação lateral do segmento apical utilizando 2 a 3 cones acessórios 
Introdução do espaçador, seguido do compactador ate que se sinta resistência 
Recuo de 1 mm e acionamento do compactador no sentido horário. 
Após 1 segundo, o compactador é conduzido no sentido apical 1 a 2 mm, seguido de sua lenta 
remoção do canal radicular, com suave pressão lateral, 
Compactação da guta percha com calcadores, 
Remoção dos remanescentes de guta na câmara coronária 
Radiografia final. 
 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
15 
Proservação 
· Avaliação da terapia endodôntica de 6 em 6 meses. 
· Em biopulpectomia observar durante 1 ano 
· Em necropulpectomia deve-se avaliar por no mínimo 2 anos depois da conclusão do 
tratamento. 
· Proservação: sucesso radiográfico: 
• Ausência de lesão perirradicular 
· Proservação: sucesso clínico: 
• Ausência de dor e tumefação, 
• Ausência de sensibilidade a palpação e percussão 
• Ausência de fistula 
• Mobilidade dentária normal 
• Função dentária normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
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RETRATAMENTO ENDODÔNTICO 
 
Indicação: 
· Falhas durante a fase de obturação 
· Presença de uma obturação com espaços vazios 
· Existência de lesão periapical 
· Dente com tratamento realizado sintomático 
· Obturações expostas ao meio bucal 
 
Desobturação imediata: 
· Feita logo após a obturação 
· Simples pelo fato do cimento não ter completado sua presa 
 
Desobturação tardia: 
· Realizada quando o tratamento não atingiu os objetivos 
· Técnica varia conforme as condições do material obturador dentro do canal 
 
 
 
Endodontia preventiva: 
· Polpa alterada vital: 
• Reversível: 
- Dor provocada 
- Somente durante os testes 
- Sangramento vermelho vivo 
- Sangramento abundante e rutilante 
- Resistente ao corte 
• Irreversível: 
- Dor espontânea 
- Prolongada após os testes 
- Sangramento muito escuro ou muito claro 
- Sangramento intenso ou muito pouco 
- Pastosa ao corte 
· Tratamentos: 
• Capeamento pulpar indireto 
• Capeamento pulpar direto 
• Curetagem pulpar 
 
· Pulpotomia 
• Técnica de tratamento que consiste na remoção de tecido pulpar coronário inflamado, 
com manutençãoda integridade da polpa radicular. 
• Indicações: 
- Exposição pulpar por cárie 
- Pulpites irreversíveis em dentes com rizogênese incompleta 
- Polpa exposta por mais de 24 horas devido a trauma 
- Ampla destruição coronária sem necessidade de pinos intracanal. 
• Pode ser imediata (corticóide por 5 a 10 minutos) ou imediata (corticóde/antibiótico por 
72 horas) 
Canais obturados com cone único ou mal adaptados usam-se solventes 
 
 
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• Avaliação pós operatória: 
- Ausência de sinais e sintomas 
- Integridade da lamina dura 
- Presença de barreira dentinária 
- Ausência de lesão periapical 
 
· MTA: 
• Tratamento de perfurações 
• Cirurgias parendodonticas 
• Perfurações de furca 
• Plug coronário para clareamento interno 
• Indutor de apicificação 
• Reparo de fraturas radiculares 
• Material obturador 
• Tratamentos conservadores da polpa 
• Não apresenta potencial mutagênico 
• Baixa citotoxidade 
• Atividade osteogênica e cementogênica 
• Capacidade estimuladora de tecido mineralizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endodontia Marcela Nunes 
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA INDICAÇÃO DE TERAPIA PULPAR 
A polpa reage ao agressor patogênico quando o mesmo ultrapassar o seu limiar de tolerância 
fisiológica. 
 
Mecanismos de defesa da polpa: 
· Esclerose dentinária 
· Dentina terciara 
· Inflamação pulpar 
 
Etiologia da inflamação e dor pulpar: 
· Microbianos: carie dentária (ação da microbiota especifica + dieta cariogênica) 
· Físicos: mecânicos e/ou térmicos ( realização de preparo cavitário sem refrigeração) 
· Químicos: agentes do sistema adesivo (materiais de cimentação, ataque ácido, adesivos) 
· Fisiológicos: alterações dimensionais 
· Envelhecimento: alterações estruturais 
 
Dentro do grupo dos injuriantes apresentados deve ficar claro a agressão ACUMULATIVA. 
 
Perguntas importantes para fazer ao paciente: 
· Quando apareceu a dor? 
· Onde se localiza? 
· O que estimula ou diminui a dor? 
· Qual a freqüência da dor? 
· Qual a intensidade da dor? 
 
Características clinicas da polpa normal: 
· Dor provocada por frio ou calor. 
· Ausência de carie, periodontopatias ou trauma oclusal 
 
 Irreversível: dor espontânea prolongada após os testes. 
 
Pulpite aguda reversível: 
· Dor provocada por frio ou calor somente durante os testes 
· Cárie; 
· Periodontopatia; 
· Trauma oclusal; 
· Dor provocada por ingestão de açúcar; 
· Quando acessada possui sangramento ao toque, sangramento abundante e vermelho, 
resistente ao corte, com consistência. 
· Tratamento: proteção pulpar direta e indireta, ou pulpotomia. 
 
Pulpite aguda irreversível: 
· Dor espontânea, ininterrupta, prolongada após os testes 
· Dor exacerbada ou diminuída por frio ou calor 
· Dor exacerbada ao decúbio. 
· Quando acessada possui sangramento intenso ou ausente, sangramento escuro ou muito 
claro, com consistência pastosa ou liquefeita. 
 
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· Tratamento: biopulpectomia. 
 
Pulpite crônica ulcerada: 
· Superfície exposta da polpa ulcerada; 
· Positiva ao teste de sensibilidade; 
· Dor exagerada durante a mastigação; 
· Sangramento ao toque; 
· Tratamento: biopulpectomia; 
 
Pulpite crônica hiperplásica: 
· Positiva ao teste de sensibilidade; 
· Pólipo pulpar; 
· Sangramento ao toque; 
· Dor durante a mastigação; 
· Polpa resistente ao corte; 
· Tratamento: biopulpectomia. 
 
Reabsorção radicular interna: 
· Alteração celular da polpa, através de uma atividade elástica que pode determinar uma 
reabsorção dos tecidos duros adjacentes, avançando do centro para a periferia. 
· Polpa com vitalidade e assintomática 
· Tratamento: biopulpectomia. 
 
Necrose pulpar: 
· Assintomática; 
· Alteração de cor da coroa dental; 
· Aumento do espaço do ligamento periodontal apical; 
· Teste de cavidade; 
· Tratamento: necropulpectomia. 
 
Gangrena pulpar: 
· Morte pulpar seguida pela invasão bascteriana 
· Odores fétidos após a abertura 
· Tratamento: necropulpectomia 
 
Periodontite apical ou periapicopatias: 
· Abscessos dento alveolares e periodontite apical aguda 
· Inflamação aguda que implica no envolvimento inflamatório inicial das estruturas 
imediatamente adjacentes ao cemento da região apical. 
· Dor espontânea não muito intensa 
· Dor localizada/pulsátil 
· Extrusão dental 
· Teste de vitalidade pulpar incerto 
· Exame radiográfico de pequena valia 
· Traumática: 
• Aumento do espaço periodontal apical 
• Vitalidade pulpar 
 
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• Contato prematuro. 
• Tratamento: remoção do agente traumática 
• Analgésicos: dipiriona/paraetamol. 
· Química: 
• Tratamento: remoção da MID, irrigação abundante com soro fisiológico e nova 
medicação. 
• Analgésicos/ antiinflamatórios: dipirona/ paracetamol 
· Bacteriana: 
• Dor surda, localizada e pulsátil 
• Ligeira extrusão dental, sensível ao toque 
• Teste de vitalidade negativa 
• Radiograficamente apresenta aumento de espaço periodontal apical 
• Tratamento: debridamento e formocresol. 
• Analgésicos/ antiinflamatórios: dipirona/ paracetamol 
 
Abscesso dento alveolar agudo: 
· Fase inicial: 
• Dor espontânea, localizada e intensa 
• Extrusão dental, sensível ao toque 
• Ausência de vitalidade pulpar 
• Ausência de edema evidente 
• Exame radiográfico de pequena valia 
· Fase em evolução: 
• Dor espontânea, difusa, intensa continua e pulsátil 
• Extrusão dental, sensível ao toque, mobilidade 
• Ausência de vitalidade pulpar 
• Na palpação sente mucosa hiperemiada 
• Exame radiográfico de pequena valia 
• Prostração, cefaléia, febre e halitose 
· Fase evoluída: 
• Dor pouco intensa 
• Extrusão dental, sensível ao toque, mobilidade 
• Ausência de vitalidade pulpar 
• Edema com ponto de flutuação 
• Exame radiográfico de pequena valia 
• Prostração, cefaléia, febre 
· Tratamento sistêmico: 
• Medicação pós-operatória: dipirona/paracetamol 
• Emprego de antibióticos quando apresentar sinais de disseminação da infecção ou sinais e 
sintomas de ordem sistêmica. A dose de ataque (dobro da dose usual) deve ser ministrada 
de 30 a 45 minutos antes de intervenção.

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