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WEB AULA 1 
Unidade 1 – A infância historicamente e os principais pensadores 
Olá Pessoal. 
Estamos aqui para mais um espaço de aprendizagem. Esperamos, enquanto equipe, que vocês estejam 
gostando desse novo formato das aulas. Afinal, o que não é possível falar em nossas aulas, temos falado aqui, 
na web aula. 
Antes de iniciar a leitura, sugerimos o link abaixo para você buscar mais informações sobre a 
Educação Infantil: 
http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/ 
Tudo tem uma origem, uma história. A violência contra a criança possui também a sua história. Quando 
pesquisamos sobre a História da Infância e da Família, livro escrito por Ariès (1975), a sociedade medieval não 
considerava a infância em suas peculiaridades, tratava a criança como adulto em miniatura. 
Para fundamentar seus estudos, Ariès realiza uma pesquisa em documentos, imagens, álbuns de famílias. 
Rizzo(2010), afirma que a criança era vista como fruto do pecado, logo que nascia deveria ser batizada para 
expulsar o mau que nascera com ela. Para se tornar boa para a sociedade, a criança deveria ser castigada e 
punida. Vem daí os termos “pestinha”, “endiabrado”. Freitas (2009), faz um apanhado sobre a Historia Social 
da Infância no Brasil, um dos autores mostra que a roda dos rejeitados (aquela instituição que acolhia a 
criança abandonada pelos pais), perdurou no Brasil até 1950! É muito recente. 
A prática da disciplina pelo castigo físico ainda prevalece como paradigma em muitas famílias. 
Reflita: 
Essa introdução histórica é somente para deixar aqui um pouco do que será nossa discussão na primeira aula. 
Será que hoje nós temos tratado a criança como adulto, exigindo delas atitudes e responsabilidades que não 
são própria da infância? 
Organizando um espaço educativo na Educação Infantil 
Toda criança chega à instituição de ensino formal constituído de conhecimentos adquiridos em seu 
contexto social, este contexto envolve as relações familiares, grupos sociais de apoio, cultura 
regional, de bairro, condições de brincadeiras propostas pelos ambientes que freqüenta, enfim, um rico 
repertório para ser explorado inicialmente pelo professor que fará a mediação da aprendizagem da 
linguagem formal a partir do que a criança traz consigo. O processo deve avançar para a compreensão 
de diversos gêneros textuais e a aquisição de conhecimento sobre outros contextos para além daquele 
habitual. Assim, a mediação a partir de uma ação intencional do professor leva a criança ao 
conhecimento científico que parte de sua realidade. 
O professor deve propor atividades experimentais pois contribui para a superação de obstáculos, proposição 
de hipóteses favorecendo a descoberta na aprendizagem de conceitos, incentiva a interpretações, discussão e 
exposição da ideia do aluno e manipulação dos materiais alternativos. A intervenção e mediação nesse 
processo experimental será essencial pois possibilitam ao professor gerar dúvidas e problematizar o 
conteúdo que pretende ensinar. 
Vamos acompanhar um dia de uma educadora que planeja sua aula para crianças de cinco anos: 
A atividade do dia, na Educação Infantil, programada com antecedência, contempla uma sugestão do próprio 
calendário: O dia da Vovó. 
 
As crianças começam a chegar e encontram uma cadeira diferente na sala de aula e, para a surpresa geral, 
uma vovozinha sentada fazendo tricô. Algumas sugerem: - É você professora? Outras acreditam que 
realmente é a professora e outras ainda pensam ser uma vovó que está visitando a escola. Na janela, uma 
cortina diferente; na mesa, ingredientes para uma culinária e toalha xadrez, um óculos, um xale e livros de 
histórias clássicas; uma música e a conversa começa... As crianças vão chegando aos poucos e aproximando-
se daquele aconchegante momento. A vovó, que é a educadora, num mundo de faz-de-conta, fala de sua 
história, de seus netinhos, pergunta sobre os avós das crianças, ensina a fazer sua receita favorita, ensina 
músicas, conta histórias e inculca nos pequenos a necessidade de se valorizar e respeitar os avós. Num dado 
momento, volta a ser a professora e pergunta às crianças o que aconteceu. No final da tarde, os avós chegam 
para uma pintura com seus netos ao ar livre e experimentarem, juntos, a receita que os pequenos aprenderam. 
A tarde foi inesquecível. 
Leia mais sobre o dia dos avós na escola no link abaixo: 
http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-vovo.htm 
 
Planejamento: é a prática de pensar e registrar com antecedência cada aspecto que envolve as atividades 
que serão realizadas dentro da proposta pedagógica da instituição; contemplar, nessas atividades, os eixos 
temáticos propostos pelo Referencial Curricular para a Educação Infantil, providenciando os recursos materiais 
com antecedência, partindo do objetivo que se deseja alcançar e das habilidades que se deseja desenvolver 
nas crianças. Segue abaixo uma sugestão em oito itens para nortear o planejamento pedagógico: 
1) Rotina: ao relacionar as atividades da rotina o educador deverá planejar ações que torne essas atividades 
um momento de aprendizagem para a criança, lembrando-se que cuidar e educar são práticas indissociáveis. 
Na hora do lanche é fundamental falar sobre a importância dos alimentos para a saúde; na hora da higiene, 
ensinar a economizar água e manter o ambiente organizado; na hora do parque, organizar as brincadeiras, 
brincar com a criança e trabalhar a socialização. Faz parte da rotina ser criativo e trazer personagens 
diferentes, como fantoches, para anunciar os momentos seguintes. Este procedimento motiva a criança 
ajudando-a a compreender e organizar-se em relação ao tempo cronológico. 
2) Assunto: todas as atividades do dia devem estar relacionadas ao tema. Este deve ser pré-definido no 
planejamento anual, ou mesmo, dentro da flexibilidade do planejamento da educação infantil, sugerido pelos 
alunos nos momentos de interação. Planejar os temas anualmente, bimestralmente e semanalmente, permite 
um controle do professor em trabalhar e organizar, durante o ano, todos os assuntos e eixos temáticos 
necessários para a faixa etária em que está atuando, sem deixar lacunas. 
3) Motivação: a roda da conversa, atividade que deve estar relacionada na rotina, é uma excelente 
oportunidade para o educador introduzir o assunto do dia. Trazer um objeto diferente ou uma curiosidade, de 
preferência concreta, faz com que as crianças se interessem pelo assunto. Quando a turma está motivada a 
aprendizagem torna-se mais significativa. 
4) Objetivos: a partir da necessidade de desenvolver na criança as habilidades cognitivas, motoras, 
linguísticas e sócioafetivas, o educador deverá traçar os objetivos que deseja alcançar no dia. É fundamental 
que primeiramente seja definido o objetivo para então criar a oportunidade de aquisição das habilidades e 
competências através da atividade. 
5) Metodologia: registrar, detalhadamente, a maneira como se desenvolverá cada atividade do dia, permite 
ao educador imaginá-las acontecendo. Assim, torna-se mais fácil visualizar o que pode, ou não, dar certo. Com 
este procedimento é bem provável que o educador tenha seja poupado de frustrações ao aplicar o que 
planejou. 
6) Avaliação: a avaliação é contínua. Avaliar e registrar cada descoberta das crianças proporciona uma ação 
educativa completa. O registro traz aperfeiçoamento da prática e permite as intervenções necessárias para que 
a criança supere algumas dificuldades no processo de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) Recursos: listar os recursos necessários para que não aconteça a frustração de ter que adiar uma 
atividade, porque - “esqueci o chapéu de palha” -por exemplo. Improvisar, quando a instituição não dispõe dos 
recursos para uma determinada atividade, é uma arte. As crianças aprendem da mesma forma, quando o 
educadorutiliza sucata para a confecção de material didático. 
8) Relatório: ao término da aula o educador precisa fazer uma auto-avaliação de seu trabalho pedagógico e 
atuação profissional. Como foi o trabalho? O que é necessário melhorar? Por que tal atividade apresentou 
falhas? O que as crianças mais gostaram? Que momento foi mais significativo? Esta é a melhor maneira de 
refletir sobre sua ação pedagógica. Relatar também as reações das crianças nos momentos de brincadeira 
espontânea ou dirigida. 
O processo de aprendizagem se desencadeia a partir da necessidade, do conflito, da inquietação, ou para 
usarmos a terminologia de Piaget, a partir de situações de desequilíbrio. (SANNY, 1994, p. 52). 
Dentro desse contexto, podemos citar o Referencial Pedagógico-Curricular para a Formação de Professores da 
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental do MEC, que, em sua versão preliminar, diz que a 
formação do professor deve estar relacionada ao saber, ao saber fazer e ao saber explicar o fazer (ROSSETI-
FERREIRA, 2006, p. 26). 
 
Planejamento 
Nesse sentido, o planejamento do professor não deve ser elaborado dentro de uma visão intuitiva a respeito do 
que pode ou não dar certo ou por experiências repetidas em outro contexto específico. Entretanto é preciso 
que sua prática educativa esteja fundamentada numa articulação entre a teoria e a prática, tomando como 
objetivo a reflexão de seu fazer pedagógico enquanto educador que constrói seu conhecimento e o 
conhecimento de seus alunos. Para isso, temos inúmeras contribuições de pensadores e educadores que 
ousaram divulgar seus ideais e investiram seu tempo revolucionando a educação ao longo dos anos. Observe 
o quadro abaixo onde relacionamos as principais contribuições e a prática desses conceitos no contexto atual: 
Jean Jacques Rousseau 
(1712 - 1778) 
 
“O verdadeiro conhecimento das coisas pode ser bom,mas o dos homens e 
de seus juízos ainda vale mais;porque, na sociedade humana, o mais 
importante instrumento do homem é o homem,e o mais sábio é aquele que 
melhor se sabe servir desse instrumento” 
Defendia a idéia de que a criança tem suas singularidades e necessidades, 
contrapondo-se ao que era praticado pela sociedade que, dentro de uma 
visão autoritária e restrita, concebia a criança como um adulto em 
miniatura. 
A natureza quer que as crianças sejam crianças antes de serem homens. 
Se queremos perturbar essa ordem, produziremos frutos precoces, sem 
maturidade nem sabor e que tardarão a apodrecer; teremos jovens 
doutores e velhas crianças. A infância tem maneiras de ver, de pensar, de 
sentir que lhe são próprias; nada há de mais insensato que querer 
substituí-las pelas nossas[...] (ROUSSEAU apud ELIAS, 2000, p. 54). 
O educador deve oferecer os meios que favoreçam a ação da criança 
sobre o objeto do conhecimento, com o fim de que essa criança se 
expresse e construa naturalmente sua aprendizagem, educando-se a si 
mesma. 
Como nós vemos a criança hoje? Podemos afirmar que o conceito de 
“adulto em miniatura” está totalmente eliminado na sociedade, 
quando nos referimos ao consumismo excessivo, vestimentas 
inadequadas para a idade e agendas lotadas de atividades? De que 
maneira podemos trabalhar esse aspecto no planejamento das aulas? 
Johann Heinrich Pestalozzi 
(1746 - 1827) 
 
“ A arte da educação deve ser, essencialmente e em todas as partes, 
elevada a uma ciência constituída pelo mais profundo conhecimento da 
natureza humana” 
Valorizou e revolucionou a relação professor/aluno ao tratar com 
problemas disciplinares sem utilizar punições, sugerindo que as relações 
entre discípulos e mestres devem ser amorosas. 
Tomando o lar como fonte de suas pesquisas, acreditava ser a família a 
melhor instituição onde se ensina e se aprende a política, a religião, a 
educação e a moral. Acreditou na educação do povo para a mudança das 
condições de vida na sociedade. 
Para Pestalozzi, o desenvolvimento é orgânico, sendo que a criança se 
desenvolve por leis definidas; os poderes infantis brotam de dentro para 
fora; os poderes inatos, uma vez despertados lutam para se desenvolver 
até a maturidade; a gradação deve ser respeitada; o método deve seguir a 
natureza; o professor é comparado ao jardineiro que providencia as 
condições para a planta crescer. (NICOLAU, 1985, p. 29). 
Como trabalhamos com o aspecto disciplinar? O quanto envolvemos 
a família nas atividades propostas? A família tem sido 
instrumentalizada quanto ao seu papel social? 
FriedrichFroebel "A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição 
humana autoconsciente,com todos os seus poderes funcionando completa 
(1782 - 1852) 
 
e harmoniosamente, em relação à natureza e à sociedade. " 
Foi fundador de jardins de infância, formando professores e elaborando 
métodos e equipamentos para essas instituições. Concebeu a criança 
como uma plantinha que precisa de cuidados para crescer e o professor, o 
jardineiro. 
Foi o primeiro educador a atribuir a devida importância ao brinquedo, à 
atividade lúdica e ao desenho, utilizando materiais como blocos de 
construção, argila, papelão e serragem. Observador, contemplava o brincar 
da criança em que se manifestava o jogo simbólico. 
Toda criança tem direito ao brincar, a ser observada e contemplada pelo 
educador, com o fim de receber intervenção pedagógica e assistência 
referente aos cuidados essenciais. 
OvideoDecroly 
(1871 - 1932) 
 
"A educação deve estar para a vida e mediante a vida. A resposta à 
imobilidade que condena a uma escola passiva é o ensino ativo,que 
permite ao aluno ou à aluna atuar como o inventor ou o artista,ou seja, 
fazendo tentativas - ensaios e erros." 
Valorizou a fase infantil ao afirmar que a infância não é uma preparação 
para a vida adulta mas deve ser vivida intensamente com suas 
especificidades e características peculiares. A criança deve ser criança e 
não um adulto em potencial. 
Criador dos centros de interesse,desafiou a educação de sua época, 
rompendo com a rigidez que se observava nos programas de ensino. Na 
sala de aula valorizava o trabalho em grupo, pois para ele a escola deveria 
preparar o aluno para o convívio em sociedade. 
Em sua proposta, a criança vivenciava três momentos nas atividades 
intituladas centros de interesse: observação, associação e expressão. 
 
Estamos atribuindo à criança mais responsabilidades do que sua 
maturidade permite compreender? Estamos trabalhando a cidadania ao 
propor atividades em grupo? Como temos organizado os cantos de 
atividades? 
Maria Montessori 
(1870 - 1952) 
 
“O silêncio deve ser entendido de um modo positivo,como um „estado 
superior‟ à ordem normal das coisas,como uma inibição instantânea que 
exige um esforço,uma tensão da vontade, que elimina os ruídos da vida 
cotidiana,como que isolando a alma das vozes exteriores.” 
Fundou a primeira escola para crianças menores de seis anos na Itália, em 
1907 – Casa Dei Bambini. 
Seu método oferece à criança a liberdade de escolher espontaneamente a 
atividade que deseja realizar, o que favorece a concentração, satisfação na 
realização da tarefa, independência e autodisciplina. 
Duas contribuições que merecem destaques são a modificação dos 
mobiliários da educação infantil, adequando-os ao tamanho da criança, e 
também acessórios para a casinha de bonecas, onde a criança simula e 
dramatiza a vida do lar. 
Idealizou um grupo de materiais didáticos que se constituem em peças de 
madeira com cores fortes que se diferenciam pela forma, tamanho, 
espessura, som e textura entre os quais podemos citar o material dourado, 
utilizado na matemática com o objetivo de desenvolver a concentração, a 
imaginação criadora, o estabelecimento de relações de graduação e de 
proporções, a contagem e o cálculo. 
Os jogos pedagógicos de madeira devemser disponibilizados às crianças 
para exploração, identificação, seriação, classificação. Valoriza-se hoje 
muitos jogoseletrônicos em detrimento da utilização de um material que, 
embora simples, como os blocos de madeira, possuem uma multiplicidade 
de funções, quando utilizados com o devido conhecimento dos seus 
objetivos. 
WEB AULA 2 
Unidade 1 – Práticas Educativas com crianças de 0 a 3 anos 
Em nossa segunda tele-aula, vimos que o bebê precisa de estímulos pois nessa primeira fase da vida a 
criança está descobrindo o mundo, construindo, a partir do objeto, esquemas motores e estruturas mentais. 
Para que nossa aula seja bem prática, inicio sugerindo um link para você acessar várias dicas de 
atividades para estimular os bebês. Esse é o link: 
http://bebe.abril.com.br/materia/brincadeiras-para-fazer-com-o-seu-bebe 
 
Se você já trabalha com crianças nessa faixa etária não perca tempo! 
 Veja outras sugestões: 
 
Gosto de enfatizar que nós, educadores da infância, podemos confeccionar nosso material didático 
voltado à necessidade de nossas crianças. Que tal tentar construir um brinquedo? Use sua 
imaginação. Você vai precisar de papelão, papel ou tecido colorido, tesoura, cola branca ou cola 
quente, tinta, entre outros. 
Desde o nascimento, o bebê precisa de estímulos externos para o seu desenvolvimento. A música, o 
movimento, a linguagem, são aspectos fundamentais a serem trabalhados nessa faixa etária. Veremos 
cada item, começando pela música: 
A musicalização é um trabalho fantástico. Deve ser trabalhado principalmente por especialistas em música, 
no entanto, quando o Centro de Educação Infantil não oferece essa condição você poderá realizar algumas 
atividades muito boas. Observe no vídeo como os bebês percebem a música de maneira espontânea e 
prazerosa: 
No início dessa aula, você leu vários itens para estimulação dos bebês, um deles sugere “Cantar canções 
de ninar”. Hoje temos inúmeros CDs próprios para acriança e é interessante utilizá-los, no entanto isso 
não é suficiente. A criança sente muito prazer em ouvir a nossa voz quando cantamos para ela, mesmo que 
você se considere desafinado(a). 
1.1A música e as crianças 
Crianças em torno de um ano e meio, embora ainda não falem, se expressam através de movimentos, 
sons e ritmos. Esses pequeninos adoram ouvir música e demonstram grande satisfação com o canto 
dos pássaros, das cigarras, dos grilos... 
Sabemos que, para eles, a convivência com diferentes sons e ruídos é muito importante, pois traz 
novas descobertas e, com elas, o conhecimento e a exploração do diferente, do novo. 
A Primeira descoberta dos sons e do ritmo se dá através do próprio corpo e do ambiente ao redor. Como o 
ser humano é um ser criativo, ele vai rompendo continuamente os esquemas repetidos das experiências 
anteriores e vai explorando novos caminhos. 
Texto extraídodo Livro Os Fazeres na Educação Infantil – Rossetti-Ferreira, A música na Creche. 
Com elementos e situações já vivenciadas por elas, podemos colocá-las em contato com todos os tipos de 
sons e mostrar a elas como o mundo seria esquisito se não tivesse o despertador e o telefone tocando, a 
música para cantar e até a fala que não teria razão de ser. 
Fazer as crianças imitar com a boca, os sons dos objetos e do que está ao seu redor, faz com que ela tenha 
maior observação sobre o mundo em que vive e a desenvolver desde cedo a sensibilidade para a música. 
Para saber mais: 
http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/a_musica_e_as_criancas.htm 
Ouça amostras das músicas do CD “Pro Nenê Naná 1 - Músicas para Relaxar e Adormecer seu Bebê” -
Michel Freidenson - Azul Music 
 
http://yahoo.imusica.com.br/album.aspx?id=1406 
É possível fazer, você mesmo, seu material de musicalização utilizando garrafinhas pet, caixinhas de 
remédio, sementes ou grãos para fazer o timbre do chocalho. 
 
2. Movimento: 
 
Trabalhar a coordenação motora é uma importante contribuição para o desenvolvimento da criança. Essas 
atividades devem estar incluídas na rotina da creche. 
Desde o momento de seu nascimento, o bebê entra em contato com um mundo novo, diferente e repleto de 
coisas novas a serem exploradas. Ele aprende a se relacionar com tudo que está a sua volta e, para facilitar 
essa primeira etapa do conhecimento e aprendizado, existem brinquedos e brincadeiras educativas e 
específicas. 
 
Para entender a criança, basta imaginar o que ela deve estar pensando quando se depara com objetos 
inusitados: "Será que essas figuras se encaixam de alguma forma? Que tipo de som vai fazer quando eu 
jogar a bola dentro da caixa? Se eu colocar os blocos grandes embaixo, talvez minha torre de blocos não 
cairá! Quando eu tiro essa pecinha, o meu balde fica mais leve". Os sentidos, quando bem estimulados, 
fazem com que o seu bebê seja um grande explorador dos objetos que se relacionam e ocupam espaço. 
Aqui estão alguns brinquedos que estimulam o aprendizado das crianças: 
 Blocos de empilhar. 
 
 Caixas com itens para encher e esvaziar. 
 
 Brinquedos de encaixar. 
 
 Cones de empilhar. 
 
 Brinquedos que pulam, fáceis de ativar. 
Não só a estimulação é importante, todo bebê necessita do toque carinhoso dos que assumem os seus 
cuidados. A massagem, quando possível, é uma excelente maneira de acalmar os bebês e demonstrar 
carinho e afeto. Veja a reportagem: 
 
Shantala 
A Shantala é uma massagem milenar indiana. Não se tem registro de quando exatamente surgiu. Ela foi 
primeiro ensinada em Kerala, no Sul da Índia, e desde então é uma tradição passada de mãe para filha. 
Sua “descoberta” no ocidente aconteceu quando o médico francês Frédéric Leboyer, de passagem pela 
Índia, se deparou com a cena de uma mulher a massagear seu bebê. Seu nome era Shantala, ela era 
paralítica e estava numa associação de caridade em Pilkhana, uma favela de Calcutá. 
O ambiente que Leboyer percorrera até então era completamente hostil, mas a cena da massagem fez com 
que a beleza e harmonia dos movimentos de Shantala transformasse tudo a sua volta. 
Leboyer pediu para fotografá-la. Ela, admirada pelo interesse em uma prática tão simples e corriqueira, 
aceitou. 
Durante dias ele acompanhou a massagem de Shantala em seu bebê, captando atentamente cada 
movimento. Após alguns dias de observação, finalmente foi fotografá-la. Leboyer fez o possível para que as 
fotografias exprimissem a profundidade e o amor envolvidos. 
Assista o vídeo que mostra mais detalhes dessa massagem: 
3. Linguagem: 
Desde sua vida intra-uterina, o bebê exercita e aguça sua capacidade de escutar os sons do ambiente 
interno e externo ao útero materno. Após o nascimento, sua exploração de mundo e estímulos favorecem a 
construção de conceitos, esquemas motores e cognitivos capacitando-o à aquisição da fala. Antes, porém, 
de se expressar através da fala, o bebê compreende muito do que lhe é dito, respondendo com atitudes, 
gestos, sorrisos, choros. 
Nessa fase do desenvolvimento da criança, a linguagem pode ser estimulada através da valorização de seu 
balbucio. Nas diversas atividades e momentos do dia é aconselhável conversar com o bebê. A hora do 
banho e troca de fraldas pode ser mais significativa e cheia de aprendizagem se houver músicas, 
brincadeiras e interatividade por parte do adulto. Imitar os sons dos animais, falar os nomes dos objetos e 
partes do corpo, contar histórias, cantar também se constituem atitudes que estimulam o desenvolvimento 
da linguagem. 
Com a aquisição da fala, exercício dos esquemas motores e definição da coordenação motora fina, a 
criança interessa-se pelo mundo da leitura e escrita iniciando sua construção a partir das garatujas, 
rabiscos, movimentos circulares até a tentativa de registro das palavras. 
 
4., Referências bibliográficas 
CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER, Gladis Elise P.da Silva. Educação Infantil: pra que te quero. Porto 
Alegre: Artmed, 2001. 
ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emílio a Emília – a trajetória da alfabetização. São Paulo: Scipione, 2000. 
HOFFMAN, J. M. L. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto 
Alegre, Mediação, 2000. 
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: 
Mediação, 1996. (cadernos de educação infantil, v.3). 
KRAMER, S. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação infantil. 1º ed . São 
Paulo: ABDR, 1992. 
Lleixà Arribas, Teresa. Educação Infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. Porto Alegre: 
Artmed, 2004 
LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget: sugestões aos educadores. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. 
NICOLAU, M. L. M. A educação pré-escolar: fundamentos e didática. São Paulo: Ática, 2000. 
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. 
RIZZO, Gilda. Educação pré-escolar. Rio de Janeiro: F. Alves, 1985. 
ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde. Os fazeres na educação infantil. 8ªed. São Paulo: Cortez, 2006. 
SANNY, S. da Rosa. Construtivismo e mudança. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. 
SEBER, Maria da Glória. Piaget: o diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio. São Paulo: 
Scipione,1997.

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