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Neoplasia de vesícula biliar (cap 67) Adenocarcinoma: o mais frequente => 3% dos ca de aparelho digestivo (5° lugar) Mais comum em mulheres (3-6:1) Incidencia de 0,2-27/100.000 => ocidente > oriente, Chile => aumenta entre 50-60 anos em h e m Achado acidental em colecistectomias sintomáticas (1-2%) Fatores de risco: predisposição para litíase biliar (coexistência em 70-95%) Colelitíase (>8,3 RR. Se > 3 cm, > 10 RR) Sexo feminino > 60 anos (> 40 anos) Obesidade Infecção de vias biliares: Salmonella, Helicobacter Vesícula em porcelana Pólipos de vesícula biliar > ou = 1cm Metaplasia intestinal e pilórica do epitélio da vesícula biliar => displasia => neoplasia maligna (em 15 anos) Doença cística congênita da via biliar Alteração anatômica da junção biliopancreática Medicações: metildopa, ACO, isoniazida Exposição a carcinógenos industriais: óleo, papel, celulose Facilitadores: tabagismo, alcoolismo, pós-menopausa 20-22% tem vesícula em porcelana => calcificação da parede por colecistite crônica 80% dos adenocarcinomas infiltrativos tem também in situ em áreas adjacentes Pólipos: lesões neoplásicas benignas => pré-malignas => colecistectomia se > 1 cm ou crescimento progressivo => 88% de malignidade se > 1 cm Alteração em p53 (gene supressor tumoral) e k-ras (oncogene) => presentes desde o início Fístula colecistoentérica Dilatações congênitas de vias biliares => doença de Caroli, cistos colédocos Colite ulcerativa Alterações anatômicas da via biliar: implantação alta do ducto pancreático pelo refluxo do suco pancreático para dentro da vesícula Patologia: 82% são adenocarcinomas infiltrativos e 7% são indiferenciados Adenocarcinoma papilífero, mucinoso, misto, células escamosas => raros, melhor prognóstico Linfoma, linfossarcoma, rabdomiossarcoma, fibrossarcoma, melanoma, tumor carcinoide Mais comum no fundo da vesícula. Também ocorre no ducto cístico e no infundíbulo Crescimento lento, infiltra parede, leito, tecido hepático => contiguidade Fígado: invasão por contiguidade, ductos biliares, linfáticos, veias Risco de crescimento para a luz da vesícula = obstrução => junto com ducto cístico => principalmente os papilíferos (menos agressivos que os infiltrativos) 50-75% tem comprometimento de linfonodos regionais (ducto cístico) Invasão hepática em 50% dos casos Metástase a distância por via hematogênica e rara => doença tardia e avançada Quadro clínico: atípico, sinais e sintomas de colecistite calculosa Emagrecimento, anorexia, astenia Dor em hipocôndrio direito e epigástrio, N/V => sinais iniciais, em 66% dos casos, podem durar por > 3m Perda de > 10% dos PC (59%) => maligno 51% tem icterícia obstrutiva, com ou sem acolia => DD: Sd de Mirizzi (benigno, compressão ou invasão da via biliar extra-hepática por cálculo da vesícula => inflamação intensa => simula neoplasia => baixa perda de peso) Ascite, hepatomegalia, vesícula palpável: 40% Pouca dor Suspeita de malignidade no pré-operatório Achados de malignidade no transoperatório de cirurgia por doença benigna Achado incidental de malignidade em espécime cirúrgico de colecistectomia Diagnóstico: raro no pré-operatório Marcadores de pouca acurácia: CEA e CA 19-9 (> em 90%, aumentado em ca de vias biliares, pancreáticas) Exames de imagem de pouca acurácia, fortalecem o diagnóstico em 80% dos casos, diagnóstico correto em 10% Eco abdominal: 1° na suspeita => S50-68%, E90% => espessamento da parede, pólipo > 1cm, massa preenchendo luz ou invadindo leito hepático Eco é usada para seguimento de pólipos em vesícula biliar Eco endoscópica: mais S para lesões menores Doppler + eco: lesões polipoides com alto fluxo na base TC e RNM: estadiamento da doença (RNM tem mais definição) => invasões, planejamento cirúrgico Angiotomografia: avaliação de comprometimento vascular no estadiamento (hilo hepático) Colangiografia endoscópica retrógrada (CER) => se icterícia obstrutiva => determina local, extensão, tto paliativo (stent), retirada de cálculo TC por emissão de pósitrons (PET): confirmação, detecção de doença residual no leito hepático após colecistectomia, metástases PAAF: para diagnóstico histológico no pré-operatório => risco de disseminação neoplásica => usado se doença avançada, se não por feito nenhuma cirurgia Estadiamento: Sistema Nevin TNM: informa invasão de parede, comprometimento linfonodal, metástases => o mais usado, baseia o tto Tratamento: quanto mais avançado, menos opções de tto Sobrevida em 5 anos: 3-13% => média de 3-11 meses 88% morrem no 1° ano do diagnóstico QT e RT são pouco eficazes se doença residual => não melhora prognóstico 10-30% são encaminhados para ressecção => se em estágio inicial (invasão até a camada muscular sem comprometimento de linfonodos), sobrevida de 100% em 5 anos Cirurgia: único tto curativo Sempre fazer laparotomia, e não laparoscopia, se suspeita pré-operatória de neoplasia. Considerar conversão para aberta sempre que necessário no transoperatório Tto cirúrgicos: colecistectomia simples, colecistectomia ampliada/estendida, colecistectomia radical Colecistectomia ampliada/estendida: remoção da vesícula biliar com margem de 2cm de profundidade do parênquima hepático + linfadenectomia dos linfonodos do ligamento hepatoduodenal, segunda parte do duodeno e cabeça de pâncreas Colecistectomia radical: remoção da vesícula biliar + linfadenectomia dos linfonodos do ligamento hepatoduodenal, segunda parte do duodeno e cabeça de pâncreas + linfadenectomia de linfonodos do tronco celíaco/interaortocava + ressecção hepática segmentar (+ ressecção da via biliar) (+ duodenopancreatectomia) => objetivo R0 = não deixar doença residual => extensão da ressecção conforme paciente Tratamento cirúrgico para tumores T1: Colecistectomia simples: cura em 73-100% se estágio I. Pode haver indicação de colecistectomia ampliada (T1B => 15% de chance de metástase linfonodal) (sobrevida de 50% se colecistectomia simples?) Tratamento cirúrgico para tumores T2: Colecistectomia radical => aumenta sobrevida em até 80% em 5 anos Ressecção hepática de toda área afetada, vascularização portal, artéria ipsilateral Risco de necessidade de hepatectomia direita (normalmente só se retira IVb e V) Risco de necessidade de retirada da via biliar Linfadenectomia: linfonodos peritumorais e do ligamento hepatoduodenal Se comprometimento de linfonodos do tronco celíaco/artéria mesentérica S => pior prognóstico => avaliar intensidade da cirurgia e qualidade de vida Tratamento cirúrgico para tumores T3: Ressecção hepática + linfadenectomia Ressecção em bloco de estruturas acometidas por continuidade (duodeno, estômago, cólon) Sobrevida de 30-50% Tratamento cirúrgico para tumores T4: Avançado, comprometimento vascular, metástase a distância, implante peritoneal, ascite => cirurgia CI Laparoscopia diagnóstica se PAAF - QT (+ RT) pode melhorar qualidade de vida Cirurgia, endoscopia ou percutâneo paliativo não tem resultados Desobstrução gastroduodenal/biliar melhora qualidade de vida Sobrevida: 2-6 m Doença localmente avançada, envolvendo a veia porta => ressecção e reconstrução, pode aumentar sobrevida Neoplasia acidental descoberta após colecistectomia laparoscópica => nova cirurgia para ressecção do leito hepático e trajeto dos portais na parede abdominal => recorrência de 17% Tumor no infundíbulo, metástase em linfonodo cístico => amputação de via biliar Comprometimento de linfonodos peritumorais => manobra de Kocher + pesquisa de linfonodos interaortocava Conduta na neoplasia maligna de vesícula biliar (estadiamento segundo classificação de Nevin):Carcinoma de vesícula biliar + Endoscópica, trans-hepática, cirúrgica Icterícia IV Observar Observar I Ressecção ampliada Concluir a cirurgia II, III, IV I Colecistectomia laparotômica + congelação Paliação cirúrgica Diagnóstico histológico Avançado Limitado a vesícula Laparoscopia diagnóstica Paliação Punção - Avançado Sugestivo de carcinoma avançado TC abdome Suspeita diagnóstica transoperatóriaSuspeita diagnóstica pré-operatória Suspeita diagnóstica pós-operatória
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