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 Plano de Aula: A questão da legitimidade: um estudo da obra AntÃgona FILOSOFIA GERAL E JURÃ�DICA TÃtulo A questão da legitimidade: um estudo da obra AntÃgona Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 15 Tema A questão da legitimidade: um estudo da obra AntÃgona Objetivos Reconhecer a relação entre Direito e Moral; Identificar o núcleo mÃtico: maldição dos Labdácidas ( o crime praticado por um membro da famÃlia se estende em forma de maldição a todos os demais até ser totalmente expiado); Analisar os conceitos: nomos arcaico versus nomos da pólis; Reconhecer a questão central: é o conteúdo moral de uma lei que lhe empresta legitimidade, ou é o fato dela emanar do poder competente, da autoridade que legisla? Estrutura do Conteúdo Unidade 3 – Filosofia do Direito Sugere-se o debate após a leitura do clássico AntÃgona de Sófocles que nos revela o drama polÃtico, religioso e ético da famÃlia de Édipo. Busca-se, portanto, compreender o aspecto jurÃdico a partir do contexto criado pela obra. Importa destacar que o fenômeno jurÃdico é complexo e extrapola o universo da técnica e da dogmáica jurÃdica e uma das interfaces é a relação do Direito com a Literatura. Pontos da Aula: A relação entre Direito e Moral; Núcleo mÃtico: maldição dos Labdácidas ( o crime praticado por um membro da famÃlia se estende em forma de maldição a todos os demais até ser totalmente expiado); Conceitos: nomos arcaico versus nomos da pólis; Questão central: é o conteúdo moral de uma lei que lhe empresta legitimidade, ou é o fato dela emanar do poder competente, da autoridade que legisla? A obra encontra-se disponÃvel na internet. SÓFOCLES. AntÃgona. DisponÃvel em: < http://www.lpm.com.br/livros/Imagens/antigona2010.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2013. Aplicação Prática Teórica O aluno deverá consultar seu material didático a fim de responder ao seguinte caso concreto: Caso 1 – A filosofia jurÃdica e a busca pelo fundamento de legitimação da norma jurÃdica A belÃssima versão clássica do mito sobre a AntÃgona é descrita na obra “AntÃgonaâ€� do dramaturgo grego Sófocles, sendo até hoje considerada um dos mais importantes textos da literatura ocidental. Nela, Sófocles retrata em toda a sua verticalidade alguns dos mais caros valores humanos como amor, lealdade e dignidade. Além disso, essa obra é um verdadeiro marco para a filosofia do direito ao enfocar, já no Séc. V a.C. alguns de seus problemas mais fundamentais: o conflito entre tradição e lei, entre lei natural lei dos homens, além de tratar das relações entre o poder e o direito, o poder e a famÃlia, o direito positivo e as leis positivas. A peça inicia com AntÃgona discutindo com a irmã, Ismênia, o édito baixado pelo tio Creonte, rei de Tebas. No referido diploma legal proibia-se a celebração fúnebre em honra de Polinicies. Isto porque este e o outro irmão de AntÃgona, Etéocles, haviam morrido em combate. Etéocles na defesa de Tebas, e Polinicies, por Argos, contra Tebas. Creonte, tio de AntÃgona, que, com a morte dos irmãos assume o poder em Tebas, promulga uma lei impedindo que os mortos que atentaram contra a lei da cidade (entre eles, Polinicies) fossem enterrados. Tal decisão acabava por caracterizar uma grande ofensa para o morto e sua famÃlia, pois se entendia que nestas circunstâncias a alma do morto não poderia fazer a transição adequada ao mundo dos mortos. Fiel aos laços de famÃlia, AntÃgona que acompanhara o pai, Édipo, até a morte, infringe o decreto de Creonte apresentando como alegação o fato de haver uma lei divina, universal, que transcende o poder de um soberano. Por isto, oferece ela ao irmão morto as cerimônias fúnebres tradicionais com impressionante destemor. A peça segue seu curso mostrando relações familiares passionais. A casa de AntÃgona ascende aos primórdios mÃticos da formação da Ã�tica. Como conseqüência ao ato de desrespeito à ordem do déspota Creonte, AntÃgona é presa e conduzida a uma caverna, que lhe servirá também de túmulo ainda em vida. Sem conseguir dissuadir o pai, Hêmon, namorado de AntÃgona e filho de Creonte, acaba por se matar, quando o rei já estava disposto a abrir mão da lei editada para salvar a vida de AntÃgona. Diante da sÃntese acima apresentada, responda as perguntas abaixo: 1. Podemos considerar que o caso concreto apresenta a célebre discussão acerca da legitimidade das normas? Justifique. 2. Por que o acaso narrado revela uma das preocupações da filosofia JurÃdica?
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