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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
O Estoicismo e o direito natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Caso concreto da aula:
Caso 1 – A justiça e o direito natural
1. Por que os filósofos do estoicismo buscaram fundamento na natureza para ordenar a vida humana?
2. No texto acima é possível identificar o sentido dos direitos naturais na sua versão greco-latina?
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
O Estoicismo e o direito natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Caso concreto da aula:
Caso 2 – Republicanismo no estoicismo
 
1. É possível identificar na fala de Cícero a tese republicana? Justifique sua resposta.
2. Destaque no texto acima a passagem que exemplifica seus argumentos na questão anterior.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
O Estoicismo e o direito natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Vamos conhecer como os estoicos conceberam a teoria do Direito natural?
 E mais. 
Vamos investigar como Cícero, representante do estoicismo romano, formulou os fundamentos do republicanismo clássico?
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NOME DA DISCIPLINA
 Breve observação histórica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
António Truyol y Serra (1982, p. 145-6) observa que a partir das conquistas de Alexandre Magno, a cultura grega vivenciou um momento de fusão com o pensamento oriental.
E neste encontro, sob o ponto de visa político, a cidade-estado (pólis) se enfraquece diante do império alexandrino e, depois, pela ordem romana.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
 Breve observação histórica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
E a Filosofia?
Truyol y Serra (1982) acrescenta que a filosofia assume um caráter prático, diante desta nova situação política, o homem grego perdeu seu modelo político, substituído por um poder distante.
Assim, a Filosofia assume três grandes áreas: a Lógica, a Física e a Ética. Neste caso, a Ética passa a se ocupar da ação humana como ação individual.
Pode-se observar que a Filosofia nos revela, nesse momento, a tentativa de restaurar em nível individual o que se desintegrou na esfera coletiva. Por isso alguns autores apontam para uma fuga no domínio da interioridade.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
 Breve observação histórica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Roberto Bolzani Filho ( 2008, p. 166), comenta que:
Perdida a liberdade política, extinto o clássico modelo da pólis como cidade-estado autônoma, a especulação filosófica ter-se-ia voltado exclusivamente para ação individual; e o efeito disso seria a criação da ética entendida exclusivamente como um reflexão sobre indivíduo enquanto tal e não mais como membro de uma cidade, como cidadão.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Resumindo o período helenístico...
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Helenismo – modus vivendi do grego imposto por Alexandre da Macedônia que marcou a quebra da comunidade político-religiosa da pólis;
O termo helenismo foi cunhado por J.G. Droysen (1836);
Na ocasião a cidade de Alexandria era o centro cultural do mundo antigo. Lugar de grande ecletismo;
A biblioteca de Alexandria contava com pelo menos 500 mil escritos antigos e funcionou durante 600 anos;
Nesta fase, a filosofia perdeu o seu caráter crítico e dialético e a ética se tornou o tema central;
Aparece o pensamento de escola: epicurismo, estoicismo e ceticismo.
(MARCONDES, 1997.)
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NOME DA DISCIPLINA
A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Estoicismo: 
Fundado pelo fenício Zenão de Cítio (332-262 a.C.) em 300 a.C. O termo deriva de stoá poikilé, pórtico pintado, local das reuniões. Se dividiu em três fases: o estoicismo antigo, médio e novo.
(MARCONDES, 1997.)
O pórtico das pinturas: local em que Zenão ensinava. De suas obras restaram apenas fragmentos. O representante mais destacado foi Crisipo que desenvolveu grande atividade literária.
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AULA 1
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A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O pensamento de Zenão marcou o que se denomina de estoicismo antigo e a sua ética foi resumida em duas fórmulas:
“Vive de acordo contigo mesmo” e “ Vive de acordo com a Natureza”
O que significam?
Viver de acordo consigo mesmo significa viver de acordo com a razão, pois a virtude se afigura no império da razão sobre os sentidos, eliminando-se as paixões, consideradas doenças da alma. 
Os estoicos caracterizaram a natureza humana pela racionalidade, o logos, que constitui o elemento divino em nosso ser (TRUYOL Y SERRA, 1982, p.149).
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Qual a relação que os estoicos estabeleceram entre o ser humano e a natureza?
Os estoicos relacionaram a cidade, lugar da existência humana, ao universo. Neste modo de ver, observaram que o universo seria uma civitas habitada por homens e deuses e, dessa forma, contribuíram para o surgimento de uma visão cosmopolita.
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AULA 1
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A Escola Estoica
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Qual a relação que os estoicos estabeleceram entre o ser humano e a natureza? (Continuação)
É interessante perceber que para essa corrente de pensamento o universo é vivificado por uma Divindade através de um fogo que configura os objetos singulares, com fins próprios ( concepção teleológica do universo). Então, todos s integrantes deste universo experimentam uma conexão, o que nos revela a concepção de um destino inexorável para cada ser. “O sábio aceita com resignação o curso inelutável dos fatos, submete-se ao destino” (TRUYOL Y SERRA, 1982, p. 149).
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A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Qual a implicação desta relação entre homens e logos divino?
Dessa percepção cosmopolita, podemos inferir o sentido de igualdade que se desvela no pensamento estoico e a repulsa à escravidão. Todos os homens são livres e, por consequência, a escravidão é fruto da convenção (TRUYOL Y SERRA, 1982, p. 149).
“À comunidade universal do gênero humano corresponde um direito universal (p. 150).”
Do princípio da igualdade, fundado no patrimônio comum, resultará uma teoria do direito natural no sentido de um conjunto de princípios éticos que decorrem da natureza, considerada uma razão que rege o universo e que governa todos os seres humanos.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
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E como fica o ser humano?
O ser humano se reconhece como membro desse sistema e promove a ligação da ética com a natureza. Por quê? Porque a ética focaliza a conduta humana nesse sistema. E, ao perceber o seu lugar na natureza, deve buscar a melhor conduta. Essa é a postura do sábio que se reconhece e se associa a esse mecanismo.
O universo é um sistema e este é governado por uma razão (inteligência) que rege os acontecimentos. Então o mundo é um logos, um ser vivo animado e racional. Há uma racionalidade presente nos acontecimentos naturais (TRUYOL Y SERRA, 1982, p. 170).
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A Escola Estoica
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Por que esta corrente de pensamento contribui para a ideia de gênero humano?
Segundo Del Vecchio (1963, p. 15), tal ideia se afigura na concepção de uma lei natural que domina o mundo e se reflete na consciência individual: o ser humano é partícipe por sua natureza de uma lei que vale universalmente. Um direito universal para o gênero humano. Há entre os homens uma profunda igualdade e todos realizam a ordem cósmica.
O homem é o micro (pequena parte) da própria natureza (cosmo). (...) Uma relação forte entre razão e virtude. A vida em comunidade é a forma natural de viver” (TRUYOL Y SERRA, 1982, p. 171-5).
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A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Segundo Billier e Maryoli (2006, p. 89-90), o universo estoico é pleno,
harmonioso que liga todos os seres e a doutrina estoica do direito natural, um laço universal entre os seres. O ser humano é um cidadão cosmopolita, portador de direitos naturais. A lei natural é a razão do mundo, é imutável, está em todos os lugares.
Deste modo, qualquer homem é visto como um igual por qualquer outro. (...) ele é como eu e não de um outro gênero diferente do meu ( p. 90).
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A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
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Segundo preleciona Luc Ferry (2007, p. 41-42),
Para os estoicos, de fato, a estrutura do mundo, ou, se você preferir, a ordem cósmica, não é apenas uma organização magnífica, mas também uma ordem análoga à de um ser vivo. (...) É essa ordem, esse cosmos como tal, essa estrutura ordenada do universo todo que os gregos chamam de “divino” (theion), e não, como para os judeus ou os cristãos, um Ser exterior ao Universo, que existiria antes dele e que o teria criado.(...) Pode-se portanto dizer que a estrutura do universo não é apenas “divina”, perfeita, mas também “racional”, de acordo com o que os gregos chamam de logos (termo que dará a palavra lógica) e que designa justamente essa ordenação admirável das coisas.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Assim, o famoso imperativo segundo o qual é preciso imitá-la em tudo vai poder se aplicar não apenas ao plano estético, da arte, mas também ao da moral e o da política. (...) Marco Aurélio pensa que a natureza, pelo menos em seu funcionamento normal, excetuando-se os acidentes ou catástrofes que às vezes nos submergem, faz justiça a cada um, tendo em vista que ela nos dota, quanto ao essencial, daquilo de que precisamos (...). De modo que, nessa grande partilha cósmica, cada um recebe o que lhe é devido.
Essa teoria do justo anuncia uma fórmula que servirá de princípio a todo o direito romano: “dar a cada um o que é seu”, colocar cada um no seu lugar.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Esclarece Kauffmann e Hassemer ( 2002) que o estoicismo operou a transição filosófica do direito natural da Antiguidade para o direito natural medieval-cristão. (...) a lei única e divina que os estoicos designavam, por nomos, existe, por natureza, para todos os homens, em contraste com a norma humana, que não pertence à natureza e só é válida para um campo de aplicação limitado. Cícero (106-43 a.C.) terá conferido a esta ideia estoica, totalmente abrangente, do direito natural a sua expressão mais eloquente: “A verdadeira lei representa-se, pois, na recta razão, que está em harmonia com a natureza, que é comum a todos os homens”.
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NOME DA DISCIPLINA
A Escola Estoica
CURSO DE DIREITO
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O que isso significa?
Foi por meio do estoicismo que se iniciou o contato entre as filosofias grega e romana;
A lei natural seria inata ao homem;
O espírito do estoicismo se desvela na expressão de Ulpiano: Honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribure;
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
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E Cícero? Qual a sua contribuição 
para a teoria do Direito natural?
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Cícero e o Direito Natural
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Marco Túlio Cícero ( 106-43 a.C.):
Senador romano e recebeu influencia do estoicismo médio;
Viveu na época clássica do direito romano (150 a.C. a 284 a.C.)
Na ocasião a principal fonte deste direito era a jurisprudência, os éditos dos magistrados, o costume e a legislação;
Foi um pensador eclético, tornou o latim língua filosófica e organizou diversas teorias filosóficas;
Elaborou um estudo profundo sobre a lei, sua natureza e as leis naturais.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Marco Túlio Cícero ( 106-43 a.C.): ( cont.)
Recebeu influência socrática, sofística, platônica, aristotélica e estoica;
Para ele, o direito é um decorrência natural para a organização justa e reta dos homens;
O parâmetro da conduta humana deverá ser a observância da lei natural que é anterior ao homem:
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Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
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Segundo Truyol Y Serra (1982, p. 158), não se pode incluir Cícero em qualquer escola em particular, pois que nele se notam vestígios de quase todas as do período pós-aristotélico. No entanto, o maior de todos é o influxo estoico, principalmente recebido através de Possidônio, de quem foi discípulo.
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Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
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Acrescente-se que a sua ciência do direito não surgiu dos éditos ou da Lei das Doze Tábuas, mas é resultado de uma filosofia. Foram as concepções filosóficas que observaram a existência de uma razão comum a todos os homens e que é lei em si. Por isso, “todos aqueles a quem a Natureza concedeu razão, foi recta razão que lhes concedeu, e com ela a lei, que não é senão a recta razão enquanto ordena ou proíbe” (TRUYOL Y SERRA, 1982, p. 159). 
“A lei é a razão suprema da Natureza”
Uma lei primogênita, que nasce para todos!
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
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Truyol Y Serra (1982, p. 159) observa que decorre desta lei primeira e anterior a toda lei escrita, um Direito que nos leva ao justo da Natureza. E neste ponto, as leis humanas devem participar desta Natureza. Apoiando-se na tese estoica leva às últimas consequências a separação entre lei da natureza e lei positiva, bem como a tese da igualdade social, não de um modo absoluto, mas a partir da ideia de razão presente em todos os seres. Daí resulta sua generosa confiança na natureza humana.
A realização da justiça, vida humana ordenada, é o fim de qualquer sociedade política.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Marco Túlio Cícero ( 106-43 a.C.): (cont.)
Formulou uma teoria da lei natural que afirmou a tese segundo a qual a Ciência do Direito decorre da Filosofia;
A Filosofia nos ensina, diz Cícero, que há nos homens uma razão comum que é lei em si mesma;
No âmbito político: reafirmou a natureza social e política do homem e compreendeu a justiça como convivência humana ordenada;
Res publica: sociedade humana unida a partir da noção do justo – uma sociedade política.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
A felicidade depende do grau evolutivo de organização da República; esta organização depende da ética.
O direito é fundamental enquanto estiver de acordo com a natureza. É uma decorrência natural para a organização justa e reta dos homens em sociedade.
A justiça significa não fazer o mal injusto a outrem, nem utilizar-se do que é comum sem que seja para a finalidade comum. Respeito aos direitos privados: dar a cada um o que é seu.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Como compreendeu o princípio do bem comum?
Neste ponto Cícero buscou apoio no pensamento aristotélico, pois o bem comum se traduz no exercício do poder segundo o Direito. Assim, a lei é o princípio informador da vida política, por isso a sociedade tem como sua fonte o povo, embora de modos diversos. Então, o governo tem por finalidade o bem do povo em geral. E neste ponto, Cícero, defende a forma mista de governo.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O que Cícero quis dizer?
“Se Roma existe, é por seus homens e seus hábitos. A brevidade e a verdade desse verso fazem com que seja, para mim, um verdadeiro oráculo. Com efeito: sem nossas instituições antigas, sem nossas tradições venerandas, sem nossos singulares heróis, teria sido impossível aos mais ilustres cidadãos fundar e manter,
durante tão longo tempo, o império de nossa República. (...) Em suma, não há felicidade sem uma boa constituição política; não há paz, não há felicidade possível, sem uma sábia e bem organizada República.” (CÍCERO, 1988, p.175-176.)
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O Republicanismo encontra raízes na Grécia, mas apresenta aspectos neorromanos. Seus pontos importantes são:
A liberdade
A participação do cidadão ( envolvimento com a esfera pública) 
Características:
Desenvolvimento das virtudes cívicas;
Fortalecimento da res publica.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O ponto comum que identifica uma tese republicana é: a preocupação com a sobrevivência das instituições políticas. Preocupação com a salvação da República.
Temos duas variantes da tradição Republicana: 1. democrática (governo popular ilimitado); 2. aristocrática ( teme as decisões de uma maioria plebeia – facilmente manipulável e corruptível, por vezes incapaz de reconhecer o bem comum).
Lema: uma República precisa de leis eficazes e cidadãos virtuosos (virtudes cívicas – marca do pensamento político antigo).
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Que tipo de virtudes?
Solidariedade;
Respeito às leis;
Tolerância religiosa;
Respeito às diferenças;
Moderação;
Justiça;
Patriotismo;
Sacrifício do interesse individual pelo bem comum;
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O que está na base do surgimento de teorias como a do republicanismo é: 
“De que tipo de conhecimento precisam os governantes e governados para que a paz e a estabilidade sejam mantidas.”
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Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Cícero, na obra Sobre a República, enaltece a vida prática quando afirma a tese segundo a qual o homem existe para servir o outro e se aperfeiçoar na virtude. Assim, afirma:
 A coisa pública é o que pertence ao povo;
Mas o povo não é todo o conjunto de homens
Reunidos de qualquer maneira, mas sim 
o conjunto de uma multidão associada por 
um mesmo direito, que serve a todos por igual (§ 25/39).
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Por que Roma e não Grécia?
Na Grécia, predominava a idéia de unicidade como o lugar da perfeição;
Em Roma, devido ao Império, o diferente, a integração, configurou a aceitação do diverso, do heterogêneo; teremos o consulado, o senado e o tribunado (plebe);
Síntese histórica: na transformação da antiga Roma de cidade-estado em Império, com a expulsão do último rei romano Tarquínio, o soberbo ( 509 a.C.), a república é fundada com a substituição do Monarca pelo Magistério. O governo se tornou res publica e não mais questão régia.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Na República clássica a característica central é a convicção de que a liberdade individual não pode ser dissociada da liberdade do Estado, de modo que a participação ativa dos cidadãos nos afazeres cívicos se torna um exigência, assim como a organização de um espaço em que o poder será exercido pelos membros da comunidade política.
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NOME DA DISCIPLINA
Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Enfim, Cícero foi a fonte mais importante para os Padres da Igreja Ocidental (de Lactâncio a Santo Agostinho), patrística e escolástica. O seu estilo foi profundamente admirado no renascimento, o que perdurou até o século XIX. E como acrescenta Truyol Y Serra (1982, p. 165), “Assim, o direito romano se tornou, ao lado da filosofia grega e da religião cristã, pedra angular da construção do mundo ocidental”.
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AULA 1
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Cícero e o Direito Natural
CURSO DE DIREITO
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Qual a mensagem que podemos extrair do estoicismo e de Cícero?
“Em vez de exigir que os eventos do mundo ocorram segundo nossos desígnios, e sofrer uma frustração paralisante sempre que os fatos não correspondam aos nossos desejos, convém aceitá-los do modo como se apresentam e desejar, positivamente, que operem conforme o exigem seus processos naturais; a paz de espírito e uma serena felicidade podem ser obtidas mediante a aceitação do mundo como ele é” (MORRISON, 2006, p. 61).
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Referências
CURSO DE DIREITO
AULA 6
ARANHA, M. l. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3.ed.,São Paulo: Moderna, 2003.
BOLZANI FILHO, R. Estoicismo e ceticismo. In: MACEDO JR. (Coord.). Curso de filosofia política. São Paulo: Atlas, 2008.
CÍCERO, M. T. Da República. In: Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1988. 
DEL VECCHIO, G. Lezioni di filosofia del diritto. Milano: Dott A. Giuffré, 1963.
FERRY, Luc. Aprender a viver. Filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Referências
CURSO DE DIREITO
AULA 6
KAUFMANN, A.; HASSEMER, W. Introdução à filosofia do direito e à teoria do direito contemporâneo. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002.
MARCONDES, D. Iniciação á história da Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
MORRISON, W. Filosofia do direito: dos gregos ao pós-modernismo. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
TRUYOL Y SERRA, A. História da filosofia do direito e do estado. Lisboa: Instituto de Novas profissões, 1982.
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