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efeitos biologicos provocados pela radiação ionizante em seres humanos

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1 
 
EFEITOS BIOLÓGICOS PROVOCADOS PELA RADIAÇÃO IONIZANTE EM 
SERES HUMANOS 
 
EDVAN ANTONIO DOGIVAL 
Discente do Curso de Radiologia das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS 
 
KLEITON TEODORO DOS SANTOS 
Discente do Curso de Radiologia das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS 
 
DANIELA SILVIA DE OLIVEIRA CANUTO 
Docente Drª. do Curso de Radiologia das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS 
 
 PAULO ROBERTO BUZO JUNIOR 
Docente Esp. do Curso de Radiologia das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS 
 
 GLAUBER ROCHA 
Docente MSc. do Curso de Radiologia das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS 
 
 
RESUMO 
Apesar da radiação ionizante não poder ser vista, ouvida ou sentida, tem, em seus efeitos, um caráter 
nocivo às células vivas. O dano causado pela radiação pode ser acumulativo, isto é, embora grande parte dos 
danos produzidos seja restaurada com o passar do tempo, ainda pode existir uma pequena fração desses danos 
que não se restaura. 
 
PALAVRAS CHAVES: Radiação Ionizantes, efeitos, células, acumulativo, fração. 
 
INTRODUÇÃO 
Quando um organismo recebe repetidas doses de radiação, a parte que não foi regenerada pode ter os 
seus danos aumentados, sendo que o mais importante ocorre no DNA. Essas lesões são reparadas pela própria 
células, sem deixar sequelas. Desse modo, a quantidade final de danos acumulados pode ser maior do que a de 
uma dose individual. Assim, quando o dano não é reparado corretamente, pode ocorrer a morte da célula, a 
incapacidade de reproduzir ou a sua transformação em uma célula viável, porém, com suas característica 
modificadas. 
 
1- RADIAÇÃO E RADIOATIVIDADE 
Radiação é a propagação espacial de energia através de partículas ou ondas. A radiação eletromagnética 
e uma forma de energia que se propaga com a combinação dos campos elétricos e magnéticos. 
A radioatividade, por sua vez, é a propriedade de certos elementos químicos de altos peso atômicos 
(urânio, tório, rádio, césio etc...) de emitir espontaneamente energia e partículas subatômicas. 
A radiação pode ser classificada, basicamente, em: 
 
1.1- RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA 
 
2 
 
É o transporte de energia através do espaço por uma combinação (oxilação) de um campo elétrico com 
outro magnético. Exemplos: raio X, raios gamas, raios ultravioletas, raios infravermelhos etc. 
 
1.2- RADIAÇÃO CORPUSCULAR 
É o movimento de partículas da matérias, ou seja, um feixe de partículas subatômicas em alta velocidade. 
É um tipo de radiação muito ionizante e pouco penetrante. Exemplos: raios alfa, raios betas, etc. 
 
 
1.3- RADIAÇÃO IONIZANTE 
Segundo Cardozo Santos (2008) trata-se da radiação capaz de ionizar, ou seja, extrair elétrons, direta ou 
indiretamente, dos átomos do meio material pelo qual passa. Todo e qualquer tipo de radiação ionizante apresenta 
algumas propriedades físicas, onde uma delas possui ações lesivas ao organismo humano, podendo causar a 
morte de um número elevado de células e provocando colapso do tecido, que deixa de exercer suas funções no 
organismo. 
 
2- FATORES QUE INFLUENCIAM A MAGNITUDE DOS EFEITOS BIOLÓGICOS 
Os grandes responsáveis pelo agravamento dos efeitos causados pela radiação em nosso organismo são: 
TAXA DE EXPOSIÇÃO: quanto maior for a radiação administrada, maior será seu efeito. Quando a dose 
é dividida em pequenas frações administradas por um longo período, a tendência é diminuir um gama dos efeitos 
produzidos por essa radiação. 
ÁREA EXPOSTA: quanto maior a área exposta, maior será seu efeito. Isso significa que quando uma 
parte do corpo é bloqueada contra a radiação diminuem-se os danos causados. 
VARIAÇÃO DE SENSIBILIDADE CELULAR: As células jovens que se dividem rapidamente e que ainda 
não tenham especializado suas funções são mais sensíveis a radiação do que aquelas que não se reproduziram e 
que já têm funções altamente especializadas. Os diversos tipos de células do corpo podem ser classificados de 
acordo com sua sensibilidade à radiação. 
 
3- SINTOMAS DA EXPOSIÇÕES A RADIAÇÃO IONIZANTE 
Essa doença pode ser definida como uma intoxicação local e geral do organismo, produzida pela energia 
ionizante e caracterizada pelos seguintes fatos: 
Sintomas Gerais: cefaleia, vertigem, debilidade, alterações do tato e do olfato etc. 
Sintomas Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos, diarreia etc. 
Sintomas Cardiovasculares: taquicardia, arritmia, queda de pressão sanguínea etc. 
Alterações do Quadro Sanguíneo: leucopenia, trombocitopenia, aumento do índice de sedimentação 
etc. 
Perturbação Psíquicas: irritabilidades, fobias, insônia etc. 
Baixas Defesas Orgânicas: forte propensão de infecções, estomatites, gengivites, faringites, amidalites, 
gastrites, abscessos pulmonares, broncopneumonias etc. 
 
3 
 
 
(Dermatite causada pela radiação ionizante) 
 
4- EFEITOS DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
Segundo Dimenstein (2001) a exposição da radiação ionizante pode induzir a efeitos biológicos em órgãos 
ou tecidos pela produção de íons e disposição da energia, que podem danificar moléculas importante como o 
DNA. 
Nessas situações pode ocorrer a produção de radicais livres, que são moléculas quimicamente reativas 
com elétrons desemparelhados, produzidos pela interação da radiação ionizante com os tecidos, induzindo a 
quebras cromossômicas e aberrações de diversos tipos. 
A quantidade do dano biológico produzido depende da energia total depositada, ou seja, da dose de 
radiação. 
 
4.1- EFEITOS DETERMINISTICO 
Trata-se daqueles para os quais existem um limiar de dose necessária para ocorrência e cuja gravidade 
aumenta com a dose. Por exemplo: a morte de um número elevado de células podem levar ao colapso do tecido, 
deixando este de exercer suas funções no organismo. 
 
4.2- EFEITOS ESTOCÁSTICO 
São aqueles para os quais não existe um limiar de doses para suas ocorrência, cuja probabilidade é uma 
função da dose. A gravidade desses efeitos é independente da dose. Por exemplo: uma única célula modificadas 
pode se reproduzir, gerando um clone de células modificadas que pode, eventualmente, resultar em um câncer 
(efeito somático), uma única célula modificada nas gônadas podem transmitir aos descendentes informações 
hereditárias incorretas (efeito hereditário). 
 
4.2.1- EFEITOS SOMÁTICOS 
Os efeitos somáticos afetam somente a pessoa irradiada e podem ser classificados em duas categorias: 
efeitos em curto prazo (agudos) e efeitos a longo prazo (tardios). 
Efeitos Agudos: são observados em horas, dias ou semanas, após a irradiação. Eles podem ser 
produzidos apenas com uma grande quantidade de radiação, absorvida em uma grande área do corpo e em curto 
período. O indivíduo irradiado pode sentir náuseas, vômitos, hemorragias, infecções fortes, diarreia, perda de 
cabelo etc. 
4 
 
Efeitos tardios: são observados depois de anos, podem ser causados por grandes exposições em curto 
espaços de tempo ou por pequenas exposições em longo período. São eles: aumento na incidência de câncer, 
indução de cataratas, certa anormalidades durante o desenvolvimento do embrião e redução da vida média. 
 
4.2.2- EFEITOS GENÉTICOS (HEREDITÁRIO) 
Os efeitos genéticos são aqueles que podem surgir quando os órgãos genitais (reprodutores) são 
expostos as radiações ionizantes, afetando as futuras gerações do indivíduo irradiado, isto é, as radiações são 
absorvidas pelas células dos testículos (espermatozoides) ou dos ovários (óvulo), podendo ocorrer uma alteração 
da informação genética codificada, tendo como consequência alguma mutação genética. Se os espermatozoide 
ou óvulo que sofreua mutação for, mais tarde, utilizado na concepção, o dano será incorporado ao embrião, e 
quando suas células se multiplicarem, esse dano fatalmente será reproduzido. Como resultado, todas as células 
recém-nascido contêm as informações genéticas danificadas, incluindo aquelas que anos mais tarde irão se tornar 
células reprodutivas. Quando a criança amadurece e se reproduz, a transferência dessa informação genética 
alterada será inevitável, podendo continuar por muitas gerações. Algumas dessas mutações chegam a ser letais 
antes do nascimento do organismo, enquanto outras podem produzir defeitos físicos nas crianças ou 
simplesmente aumentar a suscetibilidade a determinadas doenças crônicas e anormalidades bioquímica que não 
podem ser facilmente observadas. É importante salientar que, durante a gravidez, quaisquer dessas 
consequências vão depender do estágio da gestação quando ocorrer a exposição e da quantidade de radiação 
recebida. 
5 
 
 
 
(Essas imagens apresenta criança com defeitos congênitos causados pela radiação ionizante) 
 
5- PROTEÇÃO RADIOLOGICA 
 
5.1- PRINCIPIOS BÁSICOS PROTEÇÃO RADIOLÓGICAS 
 
5.1.1- PRINCIPIOS DA JUSTIFICAÇÃO 
Segundo Dimenstein (2001) o princípio da justificativa implica que, em qualquer atividade em que exista 
uma exposição à radiação ionizante, esta deve ser justificada tendo-se em conta os benefícios advindos. 
 
5.1.2- PRINCÍPIOS DA OTIMIZAÇÃO 
Segundo Dimenstein (2001) o princípios da otimização implica que as exposições devem manter o nível 
de radiação o mais baixo possível. 
 
5.1.3- PRINCÍPIOS DA LIMITAÇÕES DE DOSE 
6 
 
Segundo Dimenstein (2001) as doses de radiação não devem ser superiores aos limites estabelecidos 
pelas normas de radioproteção de cada país. Esses princípios não se aplica para limitações de dose ao paciente, 
mas sim para trabalhadores ocupacionalmente expostos à radiação ionizante e para o público em geral. 
 
5.2- FORMAS DE RADIOPROTEÇÃO 
Segundo Dimenstein (2001) a proteção radiológica dos trabalhadores ocupacionalmente expostos a 
radiação ionizante (raio X diagnóstico, medicina nuclear, radioterapia e odontológica) é essencial para minimizar o 
surgimento dos efeitos deletérios das radiações. As formas de reduzir a possível exposições dos trabalhadores 
são distância, blindagem e tempo. 
 
CONCLUSÃO 
Após todas as considerações, parece ser adequado concluir que é falso o conceito de que pequenas 
doses de radiações de baixa intensidade energética, sejam totalmente inofensivas. Ao contrário, a verdade reside 
na afirmativa de que toda e qualquer radiação, em qualquer nível ou grau, causam alterações na matéria, 
induzindo efeitos e danos. Podemos dizer que se todos os parâmetros para máximo benefício com mínimo de 
riscos forem seguidos, podemos afirmar que os raios x diagnósticos são seguros, constituindo na mais vantajosa 
troca, quando o conceito risco\benefício é enfocado. Fica clara a necessidade de pesquisas aprofundadas sobre o 
assunto, ainda que a longo prazo, para não corrermos o risco de subestimar os efeitos deletérios da radiação 
ionizante em baixas doses. 
 
REFERÊNCIAS 
 
DIMENSTEIN, RENATO. Manual de Proteção Radiológica aplicada ao Radiognóstico. Edição 03,2008. 
 
http://cac-php.unioeste.br 
 
 
http://www.fsc.ufsc.br/ 
http://www.saude.pr.gov.br 
 
https://www.google.com.br/search?q=imagens+doen%C3%A7as+da+radia%C3%A7%C3%A3o&source=lnms&tbm
=isch&sa=X&ei=YhaiUpGhLsjRsATqooDYDw&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1366&bih=666 
 
SANTOS, GELVIS CARDOZO. Manual de Radiologia: Fundamentos e Técnicas. Edição 01,2010.

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