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TUTORIA - SISTEMA RESPIRATÓRIO (Problema 3 Módulo I 2º semestre)

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TUTORIA II
MÓDULO I PROBLEMA 03 
1 – Compreender a regulação do sistema respiratório. 
Centro Respiratório
O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral. Esse centro respiratório se divide em três agrupamentos principais de neurônios:
 (1) o grupo respiratório dorsal, situado na porção dorsal do bulbo, responsável principalmente pela inspiração;
 (2) o grupo respiratório ventral, localizado na parte ventrolateral do bulbo, encarregado basicamente da expiração; 
 (3) o centro pneumotáxico, encontrado na porção dorsal superior da ponte, incumbido essencialmente do controle da frequência e da amplitude respiratória. 
O grupo respiratório dorsal de neurônios desempenha o papel mais importante no controle da respiração e, em grande parte, se situa no interior do núcleo do trato solitário (NTS), embora outros neurônios, na substância reticular adjacente do bulbo, também desempenhem papéis relevantes no controle respiratório. O NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório a partir de (1) quimiorreceptores periféricos, (2) barorreceptores e (3) vários tipos de receptores nos pulmões. 
Mesmo quando todos os nervos periféricos que entram no bulbo foram seccionados e o tronco cerebral foi transeccionado tanto acima como abaixo do bulbo, esse grupo de neurônios ainda gera surtos repetitivos de potenciais de ação neuronais inspiratórios. No entanto, não se conhece a causa básica dessas descargas neuronais repetitivas.
Os neurônios do grupo respiratório ventral permanecem quase que totalmente inativos durante a respiração normal e tranquila. Eles parecem não participar da oscilação rítmica básica responsável pelo controle da respiração. 
Quando o impulso respiratório tende para que o aumento na ventilação pulmonar fique acima da normal, os sinais respiratórios se propagam para os neurônios respiratórios ventrais, do mecanismo oscilatório básico da área respiratória dorsal. Como consequência, a área respiratória ventral também contribui para o controle respiratório extra.
A estimulação elétrica de alguns dos neurônios no grupo ventral provoca inspiração, enquanto a estimulação de outros leva à expiração. Portanto, esses neurônios contribuem tanto com a inspiração quanto com a expiração.
De maior relevância existem receptores de estiramento, situados nas porções musculares das paredes dos brônquios e dos bronquíolos, em todo o parênquima pulmonar, responsáveis pela transmissão de sinais pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal de neurônios, quando os pulmões são excessivamente distendidos. Quando os pulmões são excessivamente insuflados, os receptores de estiramento ativam resposta de feedback apropriada que “desativa” a rampa inspiratória e, consequentemente, interrompe a inspiração.
O centro pneumotáxico A função do centro pneumotáxico é basicamente a de limitar a inspiração. Essa ação apresenta o efeito secundário de aumento na frequência respiratória, já que a limitação da inspiração também reduz a expiração e o ciclo total de cada movimento respiratório. Sinal pneumotáxico intenso pode aumentar a frequência respiratória para 30 a 40 movimentos respiratórios por minuto, enquanto um sinal pneumotáxico débil pode reduzir a frequência para apenas três a cinco movimentos respiratórios por minuto.
Controle químico
O excesso de dióxido de carbono ou de íons hidrogênio no sangue atua basicamente de forma direta sobre o centro respiratório, gerando grande aumento da intensidade dos sinais motores inspiratórios e expiratórios para os músculos respiratórios. O oxigênio, por sua vez, não apresenta efeito direto significativo sobre o centro respiratório no controle da respiração. Ao contrário, esse elemento atua quase que exclusivamente sobre os quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e aórticos. Tais estruturas, por sua vez, transmitem sinais neurais adequados ao centro respiratório, para o controle da respiração.
Embora o dióxido de carbono apresente pequeno efeito direto sobre a estimulação dos neurônios na área quimiossensível(mais sensível ao H+), ele tem efeito indireto potente. Tal função ocorre mediante reação com a água dos tecidos, de modo a formar o ácido carbônico que se dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato; os íons hidrogênio, então, exercem intenso efeito estimulatório direto sobre a respiração.
Além do controle da atividade respiratória pelo centro respiratório, ainda existe outro mecanismo disponível para o controle da respiração, representado pelo sistema quimiorreceptor periférico. Em diversas áreas externas do cérebro, existem receptores químicos neurais específicos que recebem o nome de quimiorreceptores. Tais receptores são especialmente relevantes para a detecção de variações sanguíneas do oxigênio, embora também respondam em menor grau às alterações das concentrações do dióxido de carbono e dos íons hidrogênio. Os quimiorreceptores transmitem sinais neurais para o centro respiratório encefálico, para ajudar a regular a atividade respiratória.
Outros Fatores que Influenciam a Respiração
 Controle Voluntário da Respiração. Até aqui, discutimos o sistema involuntário de controle da respiração. No entanto, reconhecemos a possibilidade de controle voluntário da respiração, por curtos períodos e, ainda, as possíveis atividades de hiperventilação ou hipoventilação, capazes de provocar sérios distúrbios da Pco2, do pH e da Po2 no sangue. 
Efeito de Receptores Irritativos as Vias Aéreas. Os epitélios traqueal, brônquico e bronquiolar são inervados por terminações nervosas sensoriais que recebem o nome de receptores irritativos pulmonares e são estimuladas por muitos eventos. Esses agentes irritativos provocam tosse e espirro. Além disso, podem causar constrição brônquica, em doenças como a asma e o enfisema.
 Função dos "Receptores J” Pulmonares. Foi descrita a presença de algumas terminações nervosas sensoriais nas paredes alveolares, em justaposição aos capilares pulmonares — daí o nome “receptores J”. Tais receptores são estimulados especialmente em casos de congestão dos capilares pulmonares ou de ocorrência de edema pulmonar, sob condições como a insuficiência cardíaca congestiva. Embora o papel funcional dos receptores J não esteja esclarecido, sua excitação pode gerar a sensação de dispnéia. 
Edema Cerebral Deprime o Centro Respiratório. A atividade do centro respiratório pode ser deprimida ou até mesmo inativada por edema cerebral agudo resultante de concussão cerebral. Por exemplo, a cabeça pode se chocar contra determinado objeto maciço e, após tal evento, os tecidos cerebrais lesados ficam tumefatos, o que comprime as artérias cerebrais contra a abóbada craniana e, consequentemente, provoca o bloqueio parcial da irrigação sanguínea cerebral. Ocasionalmente, a depressão respiratória decorrente de edema cerebral, pode ser aliviada de forma temporária por meio da injeção intravenosa de soluções hipertônicas, como solução de manitol muito concentrada. Essas soluções promovem a remoção osmótica de certa quantidade de líquido cerebral, aliviando a pressão intracraniana e restabelecendo, algumas vezes, a respiração dentro de alguns minutos.
 Anestesia. Talvez a causa mais prevalente de depressão e parada respiratórias seja a superdosagem de agentes anestésicos ou narcóticos. Por exemplo, o pentobarbital sódico causa depressão consideravelmente maior do centro respiratório em comparação a outros anestésicos, como o halotano. A morfina era utilizada como anestésico mas atualmente é usada apenas como um fármaco adjunto dos agentes anestésicos, devido à sua intensa depressão do centro respiratório, embora tenha menor capacidade de indução da anestesia do córtex cerebral.
Respiração Periódica. Anormalidade respiratória denominada respiração periódica ocorre em diversas condições patológicas. A pessoa tem respiração profunda por um curto intervalo de tempo e, em seguida,apresenta respiração superficial ou ausente por intervalo adicional, com repetição frequente desse ciclo. O tipo de respiração periódica, a respiração de Cheyne-Stokes, se caracteriza por movimento respiratório lento crescente e decrescente, que ocorre a cada 40 a 60 segundos.
2 – Discutir a mecânica da respiração. 
Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. Depois, durante a expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar.
O segundo método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica. Isso expande os pulmões porque, na posição de repouso natural, as costelas se inclinam para baixo, possibilitando, desta forma, que o esterno recue em direção à coluna vertebral. Quando a caixa torácica é elevada, no entanto, as costelas se projetam quase diretamente para frente, fazendo com que o esterno também se mova anteriormente para longe da coluna, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax por cerca de 20% durante a inspiração máxima, em comparação com a expiração.
Todos os músculos que elevam a caixa torácica são classificados como músculos da inspiração, e os que deprimem a caixa torácica são classificados como músculos da expiração. Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos, mas outros que auxiliam são (1) músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; (2) serráteis anteriores, que elevam muitas costelas; e (3) escalenos, que elevam as duas primeiras costelas.
Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o (1) reto abdominal, que exerce o efeito poderoso de puxar para baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma e (2) os intercostais internos.
Músculos inspiratórios: ao se contraírem, produzem aumento do volume da caixa torácica.
a) Diafragma: traciona a superfície inferior dos pulmões para baixo, aumentando o volume da caixa torácica no sentido vertical (crânio-caudal).
b) Intercostais externos e músculos do pescoço (Esternocleidomastóideo e escalenos): tracionam as costelas e o osso esterno para cima e para diante, aumentando o volume da caixa torácica no sentido horizontal(ântero-posterior). Esses são mais cobrados na respiração forçada.
Músculos expiratórios: ao se contraírem, produzem diminuição do volume da caixa torácica.
a) Músculos abdominais (Transverso, oblíquo externo e oblíquo interno): elevam a superfície inferior dos
pulmões, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido vertical (crânio-caudal).
b) Músculos intercostais internos: tracionam as costelas e o esterno para baixo, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido horizontal (ântero-posterior).
Pressão Pleural - Pressão pleural é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal.
Pressão Alveolar - Quando a glote está aberta a pressão alveolar se iguala à pressão atmosférica mas para que aja o influxo de ar para os alvéolos durante a inspiração a pressão alveolar precisa estar um pouco menor que a atmosférica.
Pressão Transpulmonar - é a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural.
Complacência pulmonar é o grau de extensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão transpulmonar.
A elasticidade é uma propriedade da matéria que permite ao corpo retornar à sua forma original após ter sido deformado por uma força sobre ele aplicada. Os tecidos dos pulmões e do tórax são constituídos por fibras elásticas, cartilagens, células, glândulas, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos que apresentam propriedades elásticas.
Quanto maior a Complacência, mais distensível será o tecido; quanto menor, mais rígido ele será. Nota-se que a complacência do sistema respiratório é constante na faixa de volumes pulmonares compreendidos entre 25 e 75% da capacidade vital.
Existem dois fatores responsáveis pelo comportamento elástico do pulmão. Um deles é representado pelos componentes elásticos do tecido pulmonar (fibras elásticas e colágenas, por exemplo). As forças elásticas do tecido pulmonar são determinadas, em grande parte, pelas fibras de elastina e de colágeno, entrelaçadas no parênquima pulmonar. Nos pulmões vazios, essas fibras estão no estado elasticamente contraído e dobrado; então, quando os pulmões se expandem, as fibras são estiradas e desdobradas e, assim, se alongam e exercem até mesmo força elástica maior.
Além das propriedades elásticas dos tecidos pulmonares, os pulmões ainda apresentam um importante fator que contribui para suas características elásticas: a tensão superficial do líquido que recobre a zona de trocas, denominado surfactante. 
SURFACTANTE - surfactante pulmonar é um líquido produzido pelo organismo cuja função é formar uma camada de filme que facilita a troca dos gases respiratórios nos pulmões e reduz de forma significativa a tensão superficial da água dentro do alvéolo pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração. . Sua ação permite que os alvéolos pulmonares, que são pequenos sacos responsáveis pelas trocas gasosas, fiquem abertos durante a respiração, através de uma tensão, o que facilita a entrada de oxigênio na circulação de sangue. O surfactante é mistura complexa de vários fosfolipídios, proteínas e íons.
Considerando-se dois alvéolos de diferentes tamanhos conectados através de uma via aérea comum, e com tensão superficial semelhante em ambos, pode-se depreender, com base na lei de Laplace, que a pressão nos alvéolos menores seria maior do que a dos alvéolos maiores. Conseqüentemente, os alvéolos menores se esvaziariam nos maiores, acarretando alvéolos colapsados e outros hiperinsuflados. Contudo, tal fato não ocorre nos pulmões normais, pois a tensão superficial do surfactante alveolar é consideravelmente menor do que a da solução salina que recobre as mucosas pulmonares. A tensão superficial do surfactante alveolar diminui acentuadamente com a aproximação entre as suas moléculas, o que acontece provavelmente durante a expiração, quando os alvéolos se tornam menores. Ademais, a tensão superficial cresce com o afastamento de suas moléculas, ou seja, é grande em alvéolos maiores. Observou-se que o surfactante pulmonar, agindo sinergicamente com os elementos elásticos dos tecidos, é suficiente para assegurar a estabilidade e prevenir o colapso dos pequenos alvéolos durante a expiração.
O surfactante pulmonar é secretado por células epiteliais alveolares especializadas chamadas de pneumócitos granulares ou tipo II. Tais células se localizam nos alvéolos, armazenam surfactante em corpos lamelares osmofílicos e secretam seu conteúdo na luz alveolar através de um processo de exocitose.
A perda de surfactante leva à redução da complacência pulmonar.
A hipóxia, ou hipoxemia, pode acarretar redução da produção de surfactante ou aumento de sua destruição.
A complacência pulmonar aumenta com a idade e no enfisema. Em ambas as condições, a alteração do tecido elástico pulmonar é a responsável pela elevação da complacência.
Nariz ou Fossas Nasais
O ar ao chegar ao nariz é aquecido, umedecido e filtrado.
Faringe
Ao atingir a faringe, órgão atuante nos sistemas digestivo e respiratório, existe uma cartilagemdenominada epiglote que trabalha como uma válvula impedindo que alimentos atinjam as vias respiratórias, e assim o ar é conduzido até a laringe.
Laringe
A laringe além de conduzir o ar que se dirige aos pulmões, é o local onde se localizam as cordas vocais fundamentais para a fala.
Traquéia
A traquéia, um tubo elástico de aproximadamente 12 cm, constituído por anéis de cartilagem, conduz o ar que esta dentro do tórax até se dividirem formando os brônquios.
Brônquios
Os brônquios são formados por 2 ramificações da traquéia que chegam até os pulmões. Entram nos pulmões onde sofrem várias bifurcações sendo transformados em bronquíolos.Alvéolos pulmonares
Formadas por células epiteliais com características achatadas os alvéolos pulmonares são pequenos sacos localizados no final dos menores bronquíolos. São rodeados de vasos sanguíneos, onde ocorre a hematose (trocas gasosas).
Pulmões
Os pulmões são órgãos esponjosos, envolvidos por uma camada de tecido denominado pleura. São constituídos pelos bronquíolos, alvéolos e vasos sanguíneos.
 
3 – Discorrer o processo da hematose. Existem cerca de 300 milhões de alvéolos nos dois pulmões, e cada alvéolo tem diâmetro médio em torno de 0,2 milímetro. As paredes alveolares são extremamente finas e, entre os alvéolos, existe malha quase sólida de capilares interconectados, mostrados na Figura 39-8. Na verdade, devido à extensão do plexo capilar, o fluxo de sangue na parede alveolar é descrito como “lâmina” de fluxo sanguíneo. Assim, é óbvio que os gases alveolares estão bastante próximos do sangue dos capilares pulmonares. Ademais, a troca gasosa entre o ar alveolar e o sangue pulmonar se dá através das membranas de todas as porções terminais dos pulmões, e não apenas nos próprios alvéolos. Todas essas membranas são conhecidas coletivamente como a membrana respiratória, também denominada membrana pulmonar.
Fatores que Afetam a Intensidade da Difusão Gasosa através da Membrana Respiratória Voltando à discussão anterior da difusão de gases na água, é possível aplicarmos os mesmos princípios e fórmulas matemáticas à difusão dos gases, através da membrana respiratória. Assim, os fatores que determinam a rapidez com que um gás atravessará a membrana são (1) a espessura da membrana, (2) a área superficial da membrana, (3) o coeficiente de difusão do gás na substância da membrana e (4) a diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana.
A área da superfície da membrana respiratória pode ser bastante reduzida em decorrência de diversas condições. Por exemplo, a remoção total de um pulmão diminui a área da superfície total à metade do normal. Além disso, no enfisema, muitos dos alvéolos coalescem, com dissolução de muitas paredes alveolares; portanto, as novas câmaras alveolares são muito maiores do que os alvéolos originais, mas a área da superfície total da membrana respiratória em geral diminui por até cinco vezes devido à perda das paredes alveolares.
Difusão de Gases entre a Fase Gasosa nos Alvéolos e a Fase Dissolvida no Sangue Pulmonar. A pressão parcial de cada gás na mistura dos gases respiratórios alveolares tende a forçar as moléculas do gás para a solução no sangue dos capilares alveolares. Por outro lado, as moléculas do mesmo gás que já estão dissolvidas no sangue se movem aleatoriamente no líquido do sangue, e algumas dessas moléculas em movimento escapam de volta aos alvéolos. A intensidade em que elas escapam é diretamente proporcional à sua pressão parcial no sangue. Mas em qual direção ocorrerá a difusão efetiva do gás? A resposta é que a difusão efetiva é determinada pela diferença entre as duas pressões parciais. Se a pressão parcial for maior na fase gasosa nos alvéolos, como normalmente é verdadeiro no caso do oxigênio, então mais moléculas se difundirão para o sangue do que na outra direção. Por outro lado, se a pressão parcial do gás for maior no estado dissolvido no sangue, o que normalmente é verdadeiro no caso do dióxido de carbono, então a difusão efetiva ocorrerá para a fase gasosa nos alvéolos.
Difusão de Gases através dos Líquidos —A Diferença de Pressão Causa a Difusão Efetiva Agora voltaremos ao problema da difusão. A partir da discussão precedente, fica claro que, quando a pressão parcial do gás é maior em área do que em outra, haverá difusão efetiva da área de alta pressão para a área de baixa pressão. Por exemplo, voltando à Figura 39-1, é possível ver prontamente que as moléculas da área de alta pressão, por serem mais numerosas, têm a probabilidade estatisticamente maior de se moverem aleatoriamente para a área de baixa pressão do que as moléculas que tentam ir na direção oposta. Entretanto, algumas moléculas se agitam aleatoriamente da área de baixa pressão para a área de alta pressão. Portanto, a difusão efetiva do gás da área de alta pressão para a área de baixa pressão é igual ao número de moléculas que se move nessa direção menos o número de moléculas que se move na direção oposta; isso é proporcional à diferença da pressão parcial do gás entre as duas áreas, denominada, simplesmente, diferença de pressão que causa difusão.
O OXIGÊNIO CONSEGUE ENTRA PORQUE A PRESSÃO PARCIAL DE OXIGÊNIO NA ATMOSFERA ESTÁ MAIOR DO QUE A PRESSÃO NOS ALVEOLOS, ASSIM ENTRANDO POR DIFERENÇA DE PRESSÃO.
A PRESSÃO PARCIAL DO GÁS CARBONICO DENTRO DOS ALVEOLOS É BEM MAIOR DO QUE FORA, POR ISSO ELE É LIBERADO.
TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE 
Oxigênio 
° oxigênio é transportado no sangue sob duas formas: dissolvido no plasma e no fluido intracelular eritrocitário e combinado quimicamente de forma reversível com a hemoglobina. 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue, quase todo ele vai penetrar nas hemácias, onde se combina à hemoglobina. Somente uma pequena porção permanece no plasma e no fluido intracelular eritrocitário e é transportada para os tecidos em solução simples.
4 – Entender o funcionamento da espirometria e da gasometria arterial.
ESPIROMETRIA
 
Os movimentos básicos de entrada e saída de gás dos pulmões constituem a ventilação. Esses movimentos cíclicos de inspiração-expiração ocorrem, no repouso, com uma frequência de 12 a 18 ciclos por minuto. Denomina-se volume a quantidade de gás mobilizada a cada ciclo respiratório. O volume de gás ventilado por minuto é o volume minuto ou ventilação global por minuto. Corresponde ao produto do volume corrente pela frequência respiratória. Diversos fatores modificam a ventilação, seja por alterações na frequência, no volume corrente ou no ritmo. As emoções, a dor, o sono, o choro, a fonação, a tosse, as necessidades metabólicas, bem como várias entidades mórbidas, podem modificar o padrão ventilatório. Naturalmente, essas modificações recebem denominações especiais: EUPNÉIA. É a respiração normal, sem qualquer sensação subjetiva de desconforto. TAQUIPNÉIA. Aumento da frequência respiratória. BRADIPNÉIA. Diminuição da frequência respiratória. HIPERPNÉIA. Aumento do volume corrente. HIPOPNÉIA. Diminuição do volume corrente. HIPERVENTILAÇÃO. Aumento da ventilação global. Mais acertadamente, aumento da ventilação alveolar além das necessidades metabólicas. HIPOVENTILAÇÃO. Diminuição da ventilação global. Com maior precisão, diminuição da ventilação dos alvéolos aquém das necessidades metabólicas. APNÉIA. Parada dos movimentos respiratórios ao final de uma expiração basal. APNEUSE. Interrupção dos movimentos respiratórios ao final da inspiração. DISPNÉIA. Respiração laboriosa, sensação subjetiva de dificuldade respiratória. 
ESPIRÓGRAFO 
O volume corrente pode ser facilmente medido por meio de um aparelho chamado espirógrafo.
Este é mais comumente constituído por uma campânula cilíndrica, contendo ar. A parede da campânula fica parcialmente submersa entre as duas paredes de um recipiente também cilíndrico, entre as quais existe água. Assim, o gás no interior do espirógrafo fica, portanto, isolado do ar ambiente.
A ventilação pulmonar pode ser estudada por meio do registro do movimento do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões, o método chamado espirometria. Consiste em cilindro invertido sobre uma câmara de água, com o cilindro contrabalançado por peso. O interior do cilindro está cheio com gás respiratório, geralmente, ar ou oxigênio; tubo conecta a boca com a câmara de gás. Quando se respira para dentro e para fora da câmara, o cilindro sobe e desce, e o registro apropriado é feito em forma de papel que se move.
Para facilitar a descrição dos eventos da ventilação pulmonar, o ar nos pulmões foi subdividido, neste diagrama, em quatro volumes e quatro capacidades, que são as médias para um homem adulto jovem.
1. O volume corrente é o volumede ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal; é de cerca de 500 mililitros no homem adulto. 
2. O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com força total; geralmente, é de cerca de 3.000 mililitros. 
3. O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de expiração corrente normal; normalmente é de cerca de 1.100 mililitros. 
4. O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração mais forçada; esse volume é de cerca de 1.200 mililitros.
As capacidades pulmonares importantes que podem ser descritas como se segue:
 1. A capacidade inspiratória é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório. É a quantidade de ar (cerca de 3.500 mililitros) que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os pulmões até seu máximo.
 2. A capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual. É a quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final de expiração normal (cerca de 2.300 mililitros). 
3. A capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. É a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após primeiro enchê-los à sua extensão máxima e então expirar, também à sua extensão máxima (cerca de 4.600 mililitros). 
4. A capacidade pulmonar total é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (cerca de 5.800 mililitros); é igual à capacidade vital mais o volume residual.
 Todos os volumes e capacidades pulmonares, nas mulheres, são cerca de 20% a 25% menores do que nos homens, e são maiores em pessoas atléticas e com massas corporais maiores do que em pessoas menores e astênicas.
5 – Relacionar o processo ventilação-perfusão.
É a razão existente entre a quantidade de ventilação e a quantidade de sangue que chega a esse pulmão, tendo como valores normais por volta de 0,8 a < 1”
“Mede a funcionalidade do sistema respiratório.
O equilíbrio entre a ventilação V e o fluxo sanguíneo Q nas várias regiões do pulmão é essencial para troca gasosa adequada.
A ventilação é maior na base pulmonar e vai decrescendo em direção ao ápice.
ÍNDICE V/Q ALTO – VENTILAÇÃO É ALTA E FLUXO SANGUÍNEO BAIXO. PRODUZ AUMENTO DE ESPAÇO MORTO, PRODUZINDO HIPOXEMIA E HIPERCAPNIA.
ÍNDICE V/Q BAIXO – VENTILAÇÃO BAIXA E O FLUXO SANGUÍNEO ALTO. PODE PRODUZIR UMA HIPOXEMIA COM OU SEM HIPERCAPNIA.
ÍNDICE V/Q NULA – NÃO HÁ NEM VENTILAÇÃO E NEM PERFUSÃO SANGUÍNEA
O DESEQUILÍBRIO V/Q É A MAIS COMUM CAUSA DE HIPOXEMIA POR CONTA DA TRANSFERÊNCIA DE GASES ESTAR COMPROMETIDA.
Tanto a ventilação quanto a perfusão são grandes na base do pulmão e decrescem em direção ao ápice.
Em resumo, a base é mais ventilada e perfundida do que o ápice, mas a relação ventilação-perfusão é maior no ápice.
SHUNT – BOA PERFUSÃO, PORÉM VENTILAÇÃO ESTÁ PREJUDICADA. A RELAÇÃO V/Q FICA MENOR DO QUE 1 E, PORTANTO, PODE LEVAR A UMA HIPOXEMIA.
ESPAÇO MORTO – BOA VENTILAÇÃO, PORÉM PERFUSÃO PREJUDICADA (PODENDO SER POR OBSTRUÇÃO DE CAPILARES) E TAMBÉM PODE LEVAR A UMA HIPOXEMIA.

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