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FACEAR – FACULDADE EDUCACIONAL DE ARAUCÁRIA
EDILSON DOS SANTOS
KETLIN DAYANE ANDRADE MACEDO
DA COMISSÃO
CÓDIGO CIVIL – ARTIGOS 693 à 709
	
ARAUCÁRIA
2017
EDILSON DOS SANTOS
KETLIN DAYANE ANDRADE MACEDO
DA COMISSÃO
CÓDIGO CIVIL – ARTIGOS 693 à 709
	
Trabalho acadêmico sobre contratos de comissão, apresentado pelos alunos do 2° período, turma C, à disciplina de Direito Civil III, para obtenção de nota bimestral do curso de Graduação em Direito.
Professor: Luiz Fernando Ribeiro Lipinski
ARAUCÁRIA
2017
INTRODUÇÃO
O contrato de comissão é um contrato típico, disciplinado pelo Código Civil do artigo 693 à 709, e tem por objetivo a aquisição ou venda de bens pelo comissário em seu próprio nome à conta do comitente, em troca de certa remuneração, obrigando-se para com terceiros com que contrata.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar as características, deveres e obrigações das partes envolvidas e a extinção do contrato de comissão.
CONCEITO
Disciplinado nos artigos 693 à 709 do Código Civil, o contrato de comissão é aquele que disciplina as obrigações e os contratos civis e mercantis. Nesta modalidade de contrato, um dos contraentes, adquire ou vende bens, em seu próprio nome e responsabilidade, por conta e ordem de outrem, em troca de remuneração, obrigando-se para com terceiros com quem contrata. 
Não se confunde o contrato de comissão com corretagem, prestação de serviços e com o mandato, exatamente pelo fato de um dos contraentes agir em nome próprio e não como representante da outra parte. 
PARTES
As partes se denominam comissário e comitente. O comissário age em seu próprio nome, por conta do comitente.
O comissário adquire bens ou vende bens para o comitente, tudo em seu próprio nome ou no de sua empresa, ou seja, ele pode ser pessoa física ou jurídica, vinculando-se a obrigação para com os terceiros, respondendo por todas as obrigações assumidas, desta forma os terceiros também tem a obrigação em contraprestação à prestação do comissário, não podendo estes acionar o comitente, a não ser que o comissário tenha cedido seus direitos a qualquer das partes, ou seja, ao comitente ou aqueles com quem firmou o negócio. Caso esta situação venha ocorrer, o comitente sub-ro-gar-se-à nos direitos do comissário, conforme o artigo. 694 do Código Civil.
NATUREZA
A comissão surgiu da impossibilidade de comerciantes praticar pessoalmente suas operações em outros lugares. Sua utilização dinamizou-se a partir do século XVI com o comércio entre nações distantes. A tarefa de negociação era transferida a terceiros, que se encarregavam de contratar os adquirentes de mercadorias.
No Código Comercial nos artigo 165 à 190, cuidava dos contratos de comissão mercantil, mas nada impedia que esse contrato tivesse conteúdo civil, como reconhece o atual Código Civil, embora neste esteja restrita sua compreensão apenas à compra e venda, portanto, o negócio pode ter natureza civil ou mercantil, questão que modernamente se torne irrelevante. 
O termo comissão possui várias acepções na linguagem. Deriva do latim committere, que também admitia vários significados, no sentido estudado, significa ato de cometer, encomendar, atribuir uma tarefa a alguém. Sob prisma negocial a palavra é utilizada para designar o próprio negócio de comissão, bem como a remuneração devida ao comissário e o próprio contrato. 
O contrato de comissão foi muito utilizado em nosso país, no passado, no mercado de café. Os comissários atuavam nas operações de exportação, armazenagem e venda interna de café, acumulando as funções de banqueiros e concluindo contratos de diversas naturezas. Sua atividade foi sendo reduzida com o surgimento das cooperativas agrícolas e o sistema de crédito rural implantado pelo Banco do Brasil, ficando restrita praticamente à atividades de exportação, ligada a empresas multinacionais.
CARACTERES
A comissão tem como características, ser um contrato:
Consensual: por se formar pelo simples consenso entre as partes; 
Oneroso: pois requer contraprestação pelos serviços prestados pelo comissário (CC, art. 701), qual deverá ser convencionada pelas partes, em porcentagem sobre os valores de venda ou de outros negócios, se as partes forem omissas a esse respeito, não tendo sido convencionada expressamente a comissão, esta será regulada pelo uso comercial do lugar onde se tiver executado o contrato. Se o comissário executar o negócio que lhe foi cometido, terá direito de receber a comissão integral. Levar-se-á em conta sempre o resultado útil em favor do comitente; 
Intitui personae: por ter caráter pessoal, pois o comissário terá poderes para atender aos interesses do comitente, devido à confiança que este lhe tem; 
Bilateral: não apenas na sua formação, mas também quanto aos seus efeitos, pois impõe direitos e obrigações para ambas as partes;
Comutativo: prestações certas e determinadas;
REQUISITOS DE VALIDADE
Subjetivos: as partes devem possuir capacidade genérica para vida civil.
Objetivos: O objeto deve ser possível, tanto do ponto de vista material, quanto do ponto de vista jurídico. Assim, não pode ser objeto do contrato a aquisição de produtos inexistentes ou a venda de entorpecentes.
Formais: como já visto, quanto à forma, a comissão é consensual, bastando acordo de vontades para que se considere celebrada.
COMISSÃO “DEL CREDERE”
O artigo 697 do Código Civil, determina como regra geral, que no contrato de comissão, o comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, mas traz ressalva a essa regra, apresentando duas exceções, em caso de culpa ou quando estiver estipulado no contrato cláusula “del credere”. 
Essa cláusula tem o objetivo de tornar o comissário responsável, perante o comitente, pelo cumprimento das obrigações das pessoas por ele contratadas, por conta do comitente. O comissário assume os riscos, juntamente com o comitente, dos negócios que concluir com terceiros.
A comissão “del credere” constitui o: comissário garante solidário ao comitente. Essa cláusula deverá ser feita por escrito para que não haja dúvida da solidariedade entre terceiros e comissário perante ao comitente. Constitui em uma modalidade de seguro e de fiança, sujeitando-se a taxas especiais. Se o comissário falir, o comitente “del credere” terá direito privilegiado sobre a massa falida. O comissário garante solidário, recebera uma remuneração mais elevada como compensação do risco pela solvabilidade de terceiro. 
COMISSÃO x MANDATO
O mandato é o qual mais se aproxima da comissão, mas não se confundindo, pois, como regra geral o mandatário age em nome do mandante, o que não ocorre na comissão. Os contratos de mandato e de comissão, possuem conteúdos diversos, sendo por demais simplista definir a comissão como forma de mandato sem representação, como faz parte da doutrina tradicional. Na comissão, há outorga de poderes sem representação, sem haver mandato. Embora aproximado do mandato, o contrato de comissão possui características próprias. A comissão poderá converter-se em mandato pela ratificação do comitente, que assume o contrato realizado pelo comissário, passando a ter ação direta contra o terceiro que contratou com o comissário. 
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO COMISSÁRIO
O comissário deve agir com todo o zelo e dedicação de que foz capaz. Fará jus à remuneração ajustada, bem como a indenização por todos os prejuízos que sofrer no desempenho da comissão.
“O comissário vincula-se obrigacionalmente com o terceiro, responde por todas as obrigações assumidas, figurando no contrato como parte, sendo assim as pessoas que o comissário contratar, não pode acionar o comitente e também o comitente não poderá acioná-las.” (art. 694 CC)
O Comissário assume todas as obrigações.
“Mesmo havendo autonomia do comissário ele é OBRIGADO a seguir ordens e instruções do comitente, se não á houver, o comissário deve agir com os costumesdo lugar da celebração do contrato.” (art. 695 CC).
Os atos do comissário devem ser vantajosos ao comitente ou pelo menos, de acordo com os usos, quando averiguar impossibilidade de resultado útil ao comitente. (art. 695, parágrafo único)
Comissário deve seguir um padrão estabelecido pelos Comitentes.
“O comissário é obrigado agir com cuidado e diligência, não apenas para evitar os prejuízos, mas também para lhe proporcionar o lucro esperado.” (art. 696 CC)
Uma vez que comissário assume toda as responsabilidade do Comitente, o mesmo só será afastado da culpa se for caso fortuito ou de força maior. Como já mencionado no presente trabalho.
“Se do contrato de Comissão constar DEL CREDERE, responderá o comissário solidariamente com as pessoas a quem houver tratado, neste caso o comissário tem o direito de comissão mais elevado, para compensar o ônus assumido.” (art. 698 CC)
Conforme especificado, nesse caso o comissário tem seu direito previsto, pelo fato de insolvência por parte ou de todos os devedores ele responde solidariamente ao Comitente, sem lhe causar prejuízos. 
 	Se houver instruções do comitente proibindo prorrogação de prazos para pagamento, ou se esta não for conforme os usos locais, poderá o comitente exigir que o comissário pague incontinenti ou responda pelas consequências da dilação concedida, procedendo-se de igual modo se o comissário não der ciência ao comitente dos prazos concedidos e de quem é seu beneficiário.
No caso de um acordo de pagamento estipulado ao comissário por parte do comitente e, esse não for cumprido, poderá o comitente exigir que o comissário pague a dívida.
DIREITOS E DEVERE DO COMITENTE
Se vários são os comitentes, serão solidariamente responsáveis perante o comissário. Este poderá acionar a um, alguns ou todos, exigindo a remuneração ou indenização. 
O comitente pode, quando lhe for conveniente, alterar as instruções dadas ao comissário.
O comitente é obrigado a pagar a remuneração devida, qual seja, a comissão, de forma integral ou proporcional aos trabalhos realizados pelo comissário. 
O comitente deve adiantar ao comissário os valores necessários para o cumprimento da atividade contratada, bem como ressarci-lo das despesas dela decorrentes.
“Não estipulada a remuneração devida ao comissário, será ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar.” (art. 701 CC)
Não sendo fechado um acordo, o comissário receberá de como de costume local.
O comitente é obrigado a pagar indenização pelos prejuízos o sofridos pelo comissário, advindo do cumprimento do contrato. Ele também é responsável pelos riscos da devolução de seus lucro, recebidos pelo comissário, desde que suas instruções seja seguidas.
“Ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o comissário direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os prejuízos sofridos.” (art. 703 CC)
Mesmo que tenha sido dispensado a obrigação de Comissário á Comitente, deverá ser remunerado pelos serviços prestados até o momento da dispensa, e terá o direito de exigir despesas desembolsadas pelo próprio comissário.
Comissário e Comitente são obrigados a pagar juros um ao outro; o primeiro pelo que o comissário houver adiantado para o cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora na entrega dos fundos que pertencem ao comitente.
 EXTINÇÃO DO CONTRATO
As causas de extinção dos contratos de comissão são comuns a todo o tipo de contrato. Entretanto, são necessárias algumas observações:
Em caso de morte do comissário, extingue-se o contrato, sem prejuízo da remuneração proporcional pelos trabalhos já prestados, que deverá ser paga os seus herdeiros em conjunto.
A Revogação do contrato só pode dar desse que se comprove culpa do comissário. Caso contrário, o comitente deve indeniza-lo pelos prejuízos causados pelo ato imotivado.
Se no contrato não determinar o prazo de vigência (prazo indeterminado), deve a parte interessada no desfazimento notificar a outra de sua intenção em tempo razoável, a fim de não se sujeitar à indenização.
 CONCLUSÃO
Conclui-se que o contrato de comissão caiu em desuso, porem era muito utilizado no nosso país, sua atividade foi sendo reduzida com o surgimento das cooperativas agrícolas e o sistema de crédito rural implantado pelo Banco do Brasil.
O presente trabalho buscou apresentar as regras gerais dos contratos de comissão, destacando seus principais pontos e características.
REFERENCIAS 
DINIZ, Maria Helena. CURSO DE DIREITO CIVIL BRASILEIRO, Teoria Geral das Obrigações Contratuais e Extracontratuais, 31ª edição, 2015 São Paulo, Editora Saraiva
VENOSA, Sílvio de Salvo. DIREITO CIVIL, Contratos em Espécie, Volume 3, 8ª Edição, 2008 São Paulo, Editora Atlas S/A.
FIUZA, César. DIREITO CIVIL: CURSO COMPLETO, Fontes das Obrigações: Contratos Tipificados no Código Civil, 3ª Edição, Editora Del Rey.
https://www.cpt.com.br/codigo-civil/tipos-de-contrato-comissao
https://www.jurisway.org.br/v2/curso_estrutura.asp?id_curso=515
http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Contratos/6/aula/9
http://www.direitobrasil.adv.br/arquivospdf/revista/revistav11/aulas/comi.pdf

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