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Teoria do Ordenamento Jurídico

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AULA+AULA+
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Prof. Edna Raquel HogemannProf. Edna Raquel Hogemann
Aula 6: Aula 6: TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO 
pág 87 a 100 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
CONTEÚDO DESTA AULA
TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO 
1. Ordenamento jurídico e seus elementos constitutivos.
2.A validade do ordenamento jurídico.
3.Hierarquia e constitucionalidade das leis.
4.Sistema e ordenamento jurídico à luz da Constituição 
Brasileira.
5.Regras da Completude no Brasil.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
ORDENAMENTO JURÍDICO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Em geral, um sistema é um conjunto com estrutura e 
organização determinados, com características básicas, tais 
como:
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
O ordenamento jurídico é formado por diversas 
normas, que vigoram em um mesmo Estado, havendo 
entre elas uma interdependência, servindo uma de 
fundamento de validade para a outra
SISTEMA JURÍDICO = ORDENAMENTO 
JURÍDICO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
MODELO DO SISTEMA JURÍDICO NA ATUALIDADE
Dentro da ótica culturalista que predomina no 
pensamento jurídico contemporâneo, pode- se dizer 
que a visão sistemática do ordenamento jurídico se 
apresenta com uma estrutura predominante dinâmica, 
no que tange à hierarquização normativa e à 
interdependência entre as normas, com traços 
estáticos, uma vez que hoje se reconhece a 
importância dos valores para a dogmática do direito, 
que concretamente se expressam no interior do 
ordenamento na forma de princípios de direito dotados 
de normatividade, extraídos da Constituição e das 
demais normas do ordenamento jurídico
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
7
O ORDENAMENTO JURÍDICO À LUZ DA 
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.
AULA 1
Paulo Nader, afirma que o ordenamento jurídico compreende 
“o sistema de legalidade do Estado, formado pela totalidade 
das normas vigentes, que se localizam em diversas fontes”.
Para Miguel Reale, é “o sistema de normas jurídicas in acto, 
compreendendo as fontes de direito e todos os seus 
conteúdos e projeções: é, pois, os sistemas das normas em 
sua concreta realização, abrangendo tanto as regras 
explícitas como as elaboradas para suprir as lacunas do 
sistema, bem como as que cobrem os claros deixados ao 
poder discricionário dos indivíduos (normas negociais)”.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
A VALIDADE DO ORDENAMENTO 
JURÍDICO
8
Os elementos do ordenamento 
jurídico brasileiro estão 
estruturados na forma de 
atenderem à obediência aos 
ditames da Constituição Federal. 
Todo o nosso direito positivo para 
ter validade deriva-se dos 
princípios constitucionais. 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
RELAÇÃO DE PRODUÇÃO E EXECUÇÃO 
ENTRE AS NORMAS
A Teoria do Ordenamento Jurídico como um todo se 
organiza em torno de uma premissa de autoridade 
política estatal, que terá uma projeção formal na 
correlação hierarquizada entre as normas jurídicas, 
havendo normas de maior peso, situadas 
topograficamente nos estratos mais elevados da 
alegoria piramidal de Hans Kelsen, e outras a elas 
subordinadas, que se encontram mais próximas da 
base.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Em uma estrutura hierárquica, como o ordenamento 
jurídico, os termos execução e produção são relativos, 
porque a mesma norma pode ser considerada, ao 
mesmo tempo, executiva e produtiva.
As leis ordinárias são executórias em relação à 
Constituição e produzem os regulamentos.
Todas as normas de um ordenamento são, a uma só 
vez, produtivas e executivas, à exceção daquela no 
grau mais alto (Norma Fundamental).
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
13
 Estrutura escalonada de Kelsen: 
O primeiro doutrinador a lecionar que o 
sistema jurídico era composto por normas 
superiores e inferiores interligadas e 
estruturadas entre si foi Merkel. Porém, a 
estrutura hierárquica das normas jurídicas 
ganhou ênfase através de Hans Kelsen.
VALIDADE DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Assim, já vimos que, segundo Kelsen, normas não 
estão todas num mesmo plano de análise. Existem 
normas superiores e inferiores. As inferiores são 
subordinadas às normas superiores, e este 
escalonamento garante unidade ao sistema. 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
PIRÂMIDE DE KELSEN.
Aprendemos que no sistema jurídico existe a chamada 
hierarquia de normas. Assim, as normas de direito 
encontram sempre seu fundamento em outras normas 
jurídicas. As normas inferiores encontram seu fundamento 
de validade em outras normas de escalão superior. Desde a 
norma mais simples até à própria Constituição ocorre o 
fenômeno da "pirâmide jurídica". Representa-se esta 
estrutura hierárquica de um ordenamento através de uma 
pirâmide. O vértice é ocupado pela norma fundamental e a 
base pelos atos executivos.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
PIRAMIDE DE KELSEN
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
• Eis uma das mais citadas concepções de hierarquia das 
normas do ordenamento jurídico brasileiro:
1 . Normas constitucionais: ocupam o grau mais elevado 
da hierarquia das normas jurídicas.  Todas as demais devem 
subordinar-se às normas presentes na Constituição Federal, 
isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais. 
 Quando contrariam, costuma-se dizer que a norma inferior 
é inconstitucional.
2. Normas complementares: são as leis que 
complementam o texto constitucional.  A lei complementar 
deve estar devidamente prevista na Constituição.  Isso quer 
dizer que a Constituição declara, expressamente, que tal 
ou qual matéria será regulada por lei complementar.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
3. Normas ordinárias: são as normas elaboradas pelo Poder 
Legislativo em sua função típica de legislar.  Exemplo: 
Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc.
4. Normas regulamentares: são os regulamentos 
estabelecidos pelas autoridades administrativas em 
desenvolvimento da lei.
Exemplo:   decretos e portarias.
5.  Normas individuais: são as normas que representam a 
aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta 
social das pessoas.  Exemplo: sentenças, contratos etc.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
• Quando a Constituição atribui a um órgão inferior um poder 
normativo não o faz de forma ilimitada, estabelecendo os limites 
dentro dos quais ele poderá ser exercido.
LIMITES DO PODER NORMATIVO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
NORMA FUNDAMENTAL E PODER CONSTITUINTE
Ambos são pressupostos para a própria existência do 
ordenamento jurídico, sendo o primeiro normalmente 
analisado sob o prisma de seu papel no funcionamento 
da estrutura hierarquizada da ordem jurídica eo 
segundo dentro da preocupação com as relações reais 
de poder na sociedade, que têm o seu retrato no texto 
da Constituição.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
SISTEMA E ORDENAMENTO JURÍDICO À LUZ DA 
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
A VISÃO SISTEMÁTICA DO DIREITO
A visão sistemática do ordenamento tem relevantes 
repercussões de ordem prática, que se expressam por 
meio de diferentes processos técnicos de aplicação. No 
estabelecimento de uma correlação lógica entre as 
normas jurídicas e na preservação da integridade do 
ordenamento faz-se necessária a utilização de alguns 
critérios técnicos de base doutrinária e previstos 
expressamente em lei, no direito brasileiro
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
22
Para Canotilho o sistema jurídico é um sistema normativo aberto 
de regras e princípios:
(1) é um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de 
normas;
(2) é um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica 
traduzida na disponibilidade e ‘capacidade de aprendizagem’ das 
normas constitucionais para captarem a mudança da realidade e 
estarem abertas às concepções cambiantes da ‘verdade’ e da 
‘justiça’;
(3) é um sistema normativo, porque a estruturação das 
expectativas referentes a valores, programas, funções e pessoas, 
é feita através de normas;
(4) é um sistema de regras e de princípios, pois as normas do 
sistema tanto podem revelar-se sob a forma de princípios como 
sob a sua forma de regras. 
 NORMAS, REGRAS E PRINCÍPIOS. CONCEITOS E DISTINÇÕES
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
23ULA 1
Por sua vez, Ronald Dworkin mostra que, 
nos chamados casos-limites ou hard cases, 
quando os juristas debatem e decidem em 
termos de direitos e obrigações jurídicas, 
eles utilizam standards que não funcionam 
como regras, mas, trabalham com 
princípios, política e outros gêneros de 
standards. 
Princípios (principles) são, segundo este 
autor, exigências de justiça, de equidade ou 
de qualquer outra dimensão da moral, e que 
junto com as regras compõem o sistema 
jurídico. 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
24AULA 1
Duas espécies de distintas do gênero norma, habitam o 
sistema jurídico: REGRAS e PRINCÍPIOS
As regras disciplinam uma determinada situação; quando 
ocorre essa situação, a norma tem incidência; quando não 
ocorre, não tem incidência. Para as regras vale a lógica do 
tudo ou nada (Dworkin). 
Quando duas regras colidem, fala-se em "conflito"; ao caso 
concreto uma só será aplicável (uma afasta a aplicação da 
outra). 
O conflito entre regras deve ser resolvido pelos meios 
clássicos de interpretação: a lei especial derroga a lei 
geral, a lei posterior afasta a anterior etc.
 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
25
Princípios são as diretrizes gerais de 
um ordenamento jurídico (ou de parte 
dele). Seu espectro de incidência é 
muito mais amplo que o das regras. 
Entre eles pode haver "colisão", não 
conflito. Quando colidem, não se 
excluem. Como "mandados de 
otimização" que são (segundo Robert 
Alexy), sempre podem ter incidência 
em casos concretos (às vezes, 
concomitantemente dois ou mais 
deles). 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
A diferença marcante entre as regras e os princípios, 
portanto, reside no seguinte:
A regra cuida de casos concretos. Ex.: o inquérito policial 
destina-se a apurar a infração penal e sua autoria – CPP, 
art. 4º. 
Os princípios norteiam uma multiplicidade de situações. O 
princípio da presunção de inocência, por exemplo, cuida da 
forma de tratamento do acusado bem como de uma série 
de regras probatórias (o ônus da prova cabe a quem faz a 
alegação, a responsabilidade do acusado só pode ser 
comprovada constitucional, legal e judicialmente etc.).
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
27AULA 1
- por força da função fundamentadora dos princípios, 
outras normas jurídicas neles encontram o seu fundamento 
de validade. Ex.: O artigo 261 do CPP (que assegura a 
necessidade de defensor ao acusado) tem por fundamento 
os princípios constitucionais da ampla defesa, do 
contraditório, da igualdade etc.
OS PRINCÍPIOS DESEMPENHAM FUNÇÕES ESTRATÉGICAS, A 
SABER: FUNDAMENTADORA, INTERPRETATIVA E SUPLETIVA 
OU INTEGRADORA.
- Os princípios, não só orientam a interpretação de todo o 
ordenamento jurídico, mas também cumprem o papel de 
suprir eventual lacuna do sistema (função supletiva ou 
integradora). No momento da decisão o juiz pode valer-se 
da interpretação extensiva, da aplicação analógica bem 
como do suplemento dos princípios gerais de direito (CPP, 
art. 3º).
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
No caso do conflito entre princípios (ou colisão entre 
princípios, nos termos de Alexy), diversamente das 
regras, este se dá no plano do seu "peso" valorativo 
que entre eles – os princípios colidentes - deverá ser 
ponderado e não no plano da validade, como no caso 
do conflito entre regras.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
29
Moral
PRINCÍPIO DA PLENITUDE DO 
ORDENAMENTO JURÍDICO
O ordenamento jurídico não 
pode deixar a descoberto, sem 
dar solução, qualquer litígio ou 
conflito capaz de abalar o 
equilíbrio, a ordem e a 
segurança da sociedade. Por 
isso, ele contém, a possibilidade 
de solução para todas as 
questões que surgirem na vida 
de relação social, suprindo as 
lacunas deixadas pelas fontes do 
direito
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
REGRAS DA COMPLETUDE NO 
BRASIL
A completude do ordenamento 
jurídico é muito mais do que 
uma mera premissa 
metodológica ou doutrinária, 
sendo um elemento 
fundamental para a garantia 
do monopólio da criação do 
direito por parte do Estado.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
No direito brasileiro, vigoram normas que fornecem ao 
juiz o instrumental necessário para que ele decida o 
caso concreto, mesmo nas situações em que não haja 
legislação tratando do tema.
Não poderia ser de outra forma, porque no sistema 
pátrio o magistrado não pode se recusar a julgar o 
caso, sob o argumento de lacuna ou obscuridade da lei 
e para o julgamento. O julgador deverá se valer das 
chamadas fontes secundárias ou subsidiárias de 
direito, que nada mais são do que instrumentos 
técnicos de aplicação, voltados à garantia da 
completude do ordenamento jurídico.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
As regras de completude do direito são exatamente 
aquelas contidas nos artigos 126 e 127 do Código de 
Processo Civil::
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
• O CASO DA UNIÃO HOMOAFETIVA
• Diz o art. 226, § 3° , da Constituição da República: "Para efeito da 
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a 
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão 
em casamento". O art. 1.723 do Código Civil, por sua vez, estabelece: 
"É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem 
e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e 
estabelecida com o objetivo de constituição de família". No julgamento 
sobre a matéria pelo STF (ADI 4277, Rel. Min. Ayres Britto), estabeleceu 
o STF interpretaçãoconforme a Constituição do art. 1.723 do Código 
Civil, vetando o preconceito e a discriminação e excluindo da exegese 
desse dispositivo qualquer significado que impeça o reconhecimento da 
união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo 
como família, idêntica à união estável heteroafetiva.
• Analise essa decisão do STF tendo em conta uma visão 
sistêmica do ordenamento jurídico brasileiro.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
• Sugestão de gabarito: Segundo o STF, o direito à 
liberdade de orientação sexual é direta emanação 
do princípio da dignidade da pessoa humana, 
inclusive no sentido de se tratar de direito à auto-
estima e à busca da felicidade. 
• Deu ênfase, o STF, ao § 2° do art. 5° da 
Constituição, reconhecendo direitos fundamentais 
não expressamente enunciados no texto, 
emergentes do regime e dos princípios adotados 
pela Carta.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Julgue os itens a seguir, relativos ao poder constituinte.
 I Historicamente, o poder constituinte originário representa a 
ocorrência de fato anormal no funcionamento das instituições 
estatais, geralmente associado a um processo violento, de 
natureza revolucionária, ou a um golpe de estado. 
II O poder constituinte originário é inicial, autônomo e 
incondicionado. 
III O poder constituinte originário retira o seu fundamento de 
validade de um diploma jurídico que lhe é superior e prévio. 
IV O poder de reforma é criado pelo poder constituinte 
originário, que lhe estabelece o procedimento a ser seguido e 
as limitações a serem observadas. 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
V Quem tenta romper a ordem constitucional para instaurar 
outra e não obtém adesão ou sucesso na empreitada não 
exerce poder constituinte originário e pode vir a se submeter 
a processo criminal pela prática de crime.
 A quantidade de itens certos é igual a 
 a) 1.
 b) 2.
 c) 3.
 d) 4.
 e) 5.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Julgue os itens a seguir, relativos ao poder constituinte.
 I Historicamente, o poder constituinte originário representa a 
ocorrência de fato anormal no funcionamento das instituições 
estatais, geralmente associado a um processo violento, de 
natureza revolucionária, ou a um golpe de estado. 
II O poder constituinte originário é inicial, autônomo e 
incondicionado. 
III O poder constituinte originário retira o seu fundamento de 
validade de um diploma jurídico que lhe é superior e prévio. 
IV O poder de reforma é criado pelo poder constituinte 
originário, que lhe estabelece o procedimento a ser seguido e 
as limitações a serem observadas. 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
V Quem tenta romper a ordem constitucional para instaurar 
outra e não obtém adesão ou sucesso na empreitada não 
exerce poder constituinte originário e pode vir a se submeter 
a processo criminal pela prática de crime.
 A quantidade de itens certos é igual a 
 a) 1.
 b) 2.
 c) 3.
 d) 4. A quantidade de itens certos é igual a 4 (itens I, II, IV e V).
 e) 5.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Em sua Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen concebe o Direito 
como uma "técnica social específica". Segundo o filósofo, na 
obra O que é justiça?, "esta técnica é caracterizada pelo fato 
de que a ordem social designada como 'Direito' tenta 
ocasionar certa conduta dos homens, considerada pelo 
legislador como desejável, provendo atos coercitivos como 
sanções no caso da conduta oposta". 
Tal concepção corresponde à definição kelseniana do 
Direito como
  a) uma ordem estatal facultativa.
 b) uma ordem axiológica que vincula a interioridade.
 c) um veículo de transformação social.
 d) uma ordem coercitiva.
 e) uma positivação da justiça natural.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Em sua Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen concebe o Direito 
como uma "técnica social específica". Segundo o filósofo, na obra 
O que é justiça?, "esta técnica é caracterizada pelo fato de que a 
ordem social designada como 'Direito' tenta ocasionar certa 
conduta dos homens, considerada pelo legislador como 
desejável, provendo atos coercitivos como sanções no caso da 
conduta oposta". 
Tal concepção corresponde à definição kelseniana do Direito 
como
  a) uma ordem estatal facultativa.
 b) uma ordem axiológica que vincula a interioridade.
 c) um veículo de transformação social.
 d) uma ordem coercitiva.
 e) uma positivação da justiça natural.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
• SUGESTÃO DE GABARITO DOS 
EXERCÍCIOS DO LIVRO
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
1. A completude do ordenamento jurídico tem como 
premissa a:
(A) autossuficiência normativa da ordem jurídica.
(B) eventual existência de antinomias jurídicas.
(C) a permeabilidade do direito estatal a outras fontes 
de normatividade.
(D) o caráter assistemático da ordem jurídica.
(E) a não recepção pelo direito interno de normas 
internacionais.
 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
1. A completude do ordenamento jurídico tem como 
premissa a:
(A) autossuficiência normativa da ordem jurídica.
(B) eventual existência de antinomias jurídicas.
(C) a permeabilidade do direito estatal a outras fontes 
de normatividade.
(D) o caráter assistemático da ordem jurídica.
(E) a não recepção pelo direito interno de normas 
internacionais.
 
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
2. Sobre o ordenamento jurídico como um sistema 
normativo, é possível afirmar que:
(A) pode ser formado por apenas uma norma.
(B) as normas se apresentam integradas.
(C) inexiste uma hierarquia normativa.
(D) admite-se a existência de lacunas normativas.
(E) há somente limites materiais ao poder normativo.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
2. Sobre o ordenamento jurídico como um sistema 
normativo, é possível afirmar que:
(A) pode ser formado por apenas uma norma.
(B) as normas se apresentam integradas.
(C) inexiste uma hierarquia normativa.
(D) admite-se a existência de lacunas normativas.
(E) há somente limites materiais ao poder normativo.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
QUESTÃODISCURSIVA
No direito brasileiro, vigoram normas que fornecem 
ao juiz o instrumental necessário para que ele decida 
o caso concreto, mesmo nas situações em que não haja 
legislação tratando do tema. Com base no estudo 
efetuado nessa unidade, discorra sobre a completude 
do ordenamento jurídico e os instrumentos técnicos de 
aplicação, voltados à sua garantia.
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
A completude do ordenamento jurídico é muito mais 
do que uma mera premissa metodológica ou 
doutrinária, sendo um elemento fundamental para a 
garantia do monopólio da criação do direito por parte 
do Estado. Somente se pode restringir o direito às 
prescrições normativas criadas pelo Estado quando se 
cria algum mecanismo gerador de normas naquelas 
situações não antevistas pelo legislador.
As regras de completude do direito são exatamente 
aquelas contidas nos artigos 126 e 127 do Código de 
Processo Civil e no art. 4º da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro (LINDB).
Aula: 06Aula: 06 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUÇÃOAO ESTUDO DO DIREITO
GALERA, POR HOJE É SÓ!
Façam a leitura da próxima aula , os 
exercícios do livro 
 e da webaula
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