Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ca´lculo Diferencial e Integral II Se´quencias Nume´ricas I Data: 21.03.2014 0.1 Conceitos Ba´sicos Definic¸a˜o 0.1. (Sequeˆncia) Uma sequeˆncia de nu´meros reais (xn) e´ uma func¸a˜o que associa a cada natural (distinto de zero) um nu´mero real:e (χ) : N −→ R n → xn Dizemos que xn e´ o termo geral da Sequeˆncia. Notac¸o˜es: • (x1, x2, x3, . . . , xn, . . .); • (xn)n∈N; • xn. O conjunto de termos da sequeˆncia e´ {x1, x2, . . . , xn, . . .}. Um exemplo cla´ssico de sequeˆncia e´ Sequencia de Fibonacci, (fn) definida recursi- vamente por f(0) = f(1) = 0 e fn = fn−1 + fn−2 1 Engenharia de Produc¸a˜o e Matema´tica-Prof. Geizane Lima 2 Onde cada termo e´ a soma dos dois termos procedentes. Os primeiros termos sa˜o {1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, . . .} Esta sequeˆncia surgiu quando o italiano conhecido por Fibonacci, resolveu um prob- lema envolvendo a produc¸a˜o de coelhos. EXEMPLOS 1: (i) xn = a, define explicitamente a sequeˆncia constante a, (a, a, . . .); (ii) xn = 3n+ 1, define explicitamente a sequeˆncia (4, 7, 10, . . .); (iii) xn = 1 n , definida explicitamente por (1, 1 2 , 1 3 . . . 1 n , . . .) (iv) xn = (−1)n+1; (1,−1, 1,−1, . . .) (sequeˆncia alternada); (v) As P.A e P.G estudadas na matema´tica fundamental sa˜o exemplos de sequeˆncias. Definic¸a˜o 0.2. (Igualdade de Sequeˆncias) Dizemos que a sequeˆncia (a1, a2, a3, . . . , an, . . .) e´ igual a sequeˆncia (b1, b2, b3, . . . , bn, . . .) se, e somente se ai = bi para todo i inteiro posi- tivo. Definic¸a˜o 0.3. ( Cota Inferior) Seja A ⊂ R o conjunto dos termos da seqeˆncia (xn), na˜o vazio. A e´ dito, um conjunto limitado inferiormente, quando existe a ∈ R tal que a ≤ x, ∀ xn ∈ A Dizemos que a e´ cota inferior do conjunto A. Definic¸a˜o 0.4. (´Infimo) Dizemos que a ∈ R e´ o ı´nfimo de A, se for a maior das cotas inferiores de A, ou seja, I1 ∀xn ∈ A, a ≤ xn; I2 Se c ∈ R e´ tal que, ∀xn ∈ A, c ≤ xn,∀ ∈ N enta˜o c ≤ a; ou ainda ∀� > 0, existe x0 ∈ A tal que a+ � > x0. Definic¸a˜o 0.5. ( Cota Superior) Seja A ⊂ R o conjunto dos termos da seqeˆncia (xn), na˜o vazio. A e´ dito, um conjunto limitado superiormente, quando existe b ∈ R tal que xn ≤ b, ∀ xn ∈ A Dizemos que b e´ cota superior do conjunto A. Definic¸a˜o 0.6. (Supremo) Dizemos que b ∈ R e´ o supremo de A, se for a menor das cotas inferiores de A, ou seja, S1 ∀xn ∈ A, xn ≤ b; Engenharia de Produc¸a˜o e Matema´tica-Prof. Geizane Lima 3 S2 Se c ∈ R e´ tal que, ∀xn ∈ A, xn ≤ c, enta˜o b ≤ c; ou ainda ∀� > 0, existex0 ∈ A tal que b− � < x0. Definic¸a˜o 0.7. (Sequeˆncia Limitada) Uma sequeˆncia xn e´ dita limitada se for limitada inferiormente e limitada superiormente ao mesmo tempo, isto e´, existem a e b ∈ R tais que a ≤ xn ≤ b, ∀ n ∈ N. De modo geral, dizemos que (xn) e´ limitada, se existe um nu´mero real c > 0 tal que |xn| ≤ c, ∀ n ∈ N EXEMPLOS 2: • an = 1n e´ uma sequeˆncia limitada; • an = (−1)nn e´ uma sequeˆncia ilimitada; • an = n e´ uma sequeˆncia limitada inferiormente; • an = −n e´ uma sequeˆncia limitada superiormente; 0.2 Sequeˆncia Convergente Definic¸a˜o 0.8. (Sequeˆncia convergente) Dizemos que uma sequeˆncia (xn) e´ conver- gente, se existir o nu´mero real L tal que dado qualquer nu´mero positivo �, existe um ı´ndice n0 = n0(�) ∈ N de modo que |xn − L| < �, ∀ n ≥ n0. Neste caso, L e´ o limite da sequeˆncia (xn) e escreve-se limxnn→∞ = L , limxn = L ou xn → L. Uma sequeˆncia que na˜o converge e´ dita divergente. Chama-se sequeˆncia nula toda sequeˆncia que converge para zero. Obs.1 Note que a condic¸a˜o de convergeˆncia de uma sequeˆncia pode ser reescrita como: Dado qualquer � > 0, existe n0 ∈ N tal que xn ∈ (L− �, L+ �) se n ≥ n0. Teorema 0.2.1. Se limx→∞ f(x) = L e f(n) = an quando n e´ inteiro, enta˜o lim n→∞ an = L Engenharia de Produc¸a˜o e Matema´tica-Prof. Geizane Lima 4 Teorema 0.2.2. Se limn→∞ |an| = 0, enta˜o lim n→∞ an = 0 EXEMPLOS 3. (i) Seja x ∈ R. Seja xn uma sequeˆncia em R tal que xn = x para todo o n ≤ n0 com n0 ∈ N. Temos limxn = x. (ii) Vejamos que lim 1 n = 0; (iii) lim n n+1 = 1; (iv) lim (−1) n n = 0; (v) lim n 2n+1 = 1/2; (vi) limn→∞ rn = 0 ∀ 0 < |r| < 1; Obs.2(Unicidade do Limite) - Se (xn) for uma sequeˆncia consergente seu limite sera´ u´nico.
Compartilhar