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Colangiocarcinoma hilar (capítulo 66) Incidencia de colangiocarcinoma: 1-2:100.000 Colangiocarcinoma pode ir desde a ampola de Vater até ductos intra-hepáticos periféricos Colangiocarcinoma hilar = tumor de Klatskin => 60-80% dos colangiocarcinomas Difícil conseguir ressecção completa porque geralmente já está avançada localmente Ocorre esporadicamente, na maioria dos casos sem fatores de risco Fatores de risco: colangite esclerosante primária, doença cística de via biliar, hepatolitíase Geralmente se apresentam junto a colelitíase, estase e infecção Quadro clínico: Se confluência dos ductos hepáticos, 90% tem icterícia, com BT > 10 Se em apenas 1 ducto hepático, pode hão haver icterícia Dor abdominal, anorexia, perda de peso, prurido Alterações de função hepática semelhante a obstrução biliar aumento da FA 30% tem bile infectada Colangite e febre não são comuns Se trato biliar previamente manipulado, bile infectada, colangite e febre são comuns 25% dos casos de obstrução biliar hilar não tem colangiocarcinoma pensar em carcinoma de vesícula biliar, colangiopatia do HIV, compressão extrínseca por nódulos hepáticos metastáticos, Sd de Mirizzi, colangite esclerosante focal Diagnóstico histológico não é recomendado atrasa ressecção de provável tumor, falsos negativos Investigação: Obstrução com icterícia + obstrução hilar US, TC = investigação inicial Confirmação HP de extensão da doença deve ser feita sempre que possível presença de metástases possibilidade de cirurgia CEA e CA 19-9 reforçam diagnóstico CEA aumentado e CA 19-9 > 100 = S 100% e E 78% para doença maligna se colangite esclerosante primária CA 19-9 em demais pacientes => S 50-60% e E 75-90%, falsos negativos e positivos Na maioria dos casos em que é feita a ressecção, se faz também hepatectomia parcial Possibilidade de ressecção: extensão do tumor na via biliar, envolvimento vascular, atrofia/hipertrofia do parênquima hepático Antes da cirurgia sempre avaliar anatomia e vascularização Colangiorressonância avalia extensão da doença Angiotomografia e angiorressonância avaliam o comprometimento vascular da doença Procedimentos invasivos para avaliação anatômica e vascularização: colangiografia transparietohepática e angiografia visceral Somente após estadiamento o tumor é classificado como ressecável ou não Critérios de irressecabilidade: Envolvimento tumoral de ductos hepáticos incluindo ramificações segmentares bilateralmente Compressão ou oclusão da veia porta proximal a sua bifurcação Atrofia de um lobo hepático com comprometimento de ramo portal contralateral Atrofia de um lobo hepático com invasão contralateral de ramificações biliares segmentares Metástases a distância Classificação de Bismuth-Corlette: * Não considere fatores locais de invasão portal * pouca relação com possibilidade de ressecção Reflete padrão de crescimento ductal Classificação de Jarnagin, que avalia no pré-operatório o estadiamento T, é mais usado extensão radial e longitudinal do tumor importante para avaliar possibilidade de ressecção T1 Tumor envolve confluência biliar com ou sem extensão unilateral para os ductos biliares segmentares T2 Tumor envolve confluência biliar com ou sem extensão unilateral para os ductos biliares segmentares e envolvimento da veia porta ipsilateral ou atrofia lobar ipsilateral T3 Tumor envolve confluência biliar com ou sem extensão unilateral para os ductos biliares segmentares ou extensão unilateral para os ductos biliares segmentares com envolvimento da veia porta contralateral ou extensão unilateral para os ductos biliares segmentares com atrofia lobar hepática contralateral ou envolvimento do tronco da veia porta Mesmo se T1 (sem atrofia lobar, sem comprometimento vascular) só 9% tem benefício com laparoscopia para estadiamento Conduta: Cura: ressecção tumoral com margens livres + hepatectomia se necessária Avaliação da condição clínica do paciente Opção terapêutica deve levar em conta o índice de Karnofsky (condição clínica do paciente), estadiamento tumoral, comprometimento biliar e vascular Cirurgia: mortalidade de 5-18% Antes da cirurgia pode-se fazer desobstrução da via biliar e embolização portal do parênquima a ser ressecado reduz chance de falência hepática reduz mortalidade perioperatória Incapaz de cuidar de si mesmo, exige cuidado institucional ou porém morte hospitalar a doença pode estar progredindo rapidamente Incapaz de trabalhar, capaz de viver em casa e realizar a maior parte das necessidades pessoais, variável necessidade de assistência Capaz de realizar atividades normais, não precisa de cuidados especiais Se icterícia > 3 sem ou BT > 20 drenar via biliar Volumetria hepática indica < 30% de parênquima remanescente embolização portal para hipertrofia contralateral Após drenagem biliar, ressecção é feita quando BT < 2,5 Aumento de sobrevida só se ressecção com margens livres Se doença avançada, com metástase, CI de cirurgia drenagem percutânea para aliviar a icterícia (prótese fica pérvia por 3m no máx) é feita se expectativa de vida < 6m Lesão irressecável mas boa condição clínica laparoscopia se doença não avançada, laparotomia para anastomose colangioentérica intra-hepática (segmento III) e drenagem biliar (evita colangites de repetição que ocorrem com o uso de prótese) (alivio mais efetivo da icterícia) melhora da qualidade de vida Pré-operatório indica ressecção laparoscopia Cirurgia curativa: ressecção da via biliar + ressecção hepática em bloco (geralmente I => lobo caudado) * se envolve ducto direito hepatectomia direita/direita estendida * lado esquerdo hepatectomia esquerda/esquerda estendida Colangiocarcinoma irressecável ou colangiocarcinoma decorrente de colangite esclerosante primária transplante hepático necessidade de QT/RT antes Colangiocarcinoma de colédoco distal e outros tumores periampolares tto é a duodenopancreatectomia Para colangiocarcinomas intra-hepáticos, único tto efetivo é a ressecção Fundamental ter margens livres Prognóstico: Se não ressecado, 12-24 sem Se ressecção, 20% tem sobrevida > 5 anos Margens livres histologicamente: aumenta expectativa de vida de 24-43% Cirurgia curativa: se pelo menos 5mm de margens livres Se não houver chance de margens livres, margens comprometidas já oferecem algum benefício Fluxograma de conduta no colangiocarcinoma hilar: TC e US com evidencia de icterícia obstrutiva hilar Boa condição clínica, sem evidência de doença avançada Metástases ou Karnofsky < 80 CEA, CA 19-9, colangiorressonância, angiotomografia Tto paliativo da icterícia (prótese por via percutânea) + diagnóstico HP Tumor ressecável pelo estadiamento pré-operatório Envolvimento tumoral de ductos biliares secundários bilateralmente ou CI da ressecção por invasão vascular tumoral Laparotomia paliativa: hepatojejunostomia (preferência para segmento III) Remoção do tumor + hepatectomia Tumor ressecável Tumor irressecável Desobstrução não cirúrgica da icterícia Doença avançada Sem doença avançada Ressecção por laparotomia Laparoscopia T1 T2
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