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Problema Cosmológico. A cosmologia estuda primeiras causas e últimos fins. Já a ciência estuda as causas segundas, isto é, os fenômenos. As primeiras respostas ao problema cosmológico foram dadas através dos mitos, com o surgimento da mitologia grega. A filosofia busca a racionalidade humana as respostas. No equilíbrio cósmico, estão os pensamentos de organização jurídica. Cosmologia científica / física x filos: - São inicialmente unificados. Com a revolução científica (séc. XVIII) e a invenção de aparelhos (como o telescópio e a bússola) acabam por se afastar. Experimentos: ciência/física. Problema Gnosiológico. Filosofia: Baseada na razão humana, tenta explicar a verdade, a justiça, as leis. Jusnaturalismo cosmológico: explicação do Direito através dos astros – nomos (direito positivo) deveria seguir pela lógica e pelo equilíbrio dos astros. - Sofistas: contra os estudos fundamentados no equilíbrio dos astros. Visavam o conhecimento retórico, adaptado de acordo com os seus interesses, ou seja, o conhecimento retórico visa o convencimento de opiniões, mesmo que sem fundamentos. Os sofistas instauram o relativismo. O verdadeiro conhecimento é o humanismo, então, instauram o humanismo antropológico. Protágoras: “o homem é a medida de todas as coisas”. Para os sofistas, a verdade pode ser explicada de tal forma: o bom e o justo fazem com que a subjetividade de cada homem acabe por ser perder. Tem-se, com isto, o justo universal. Do justo universal se deriva as leis e por fim, o direito positivo. Os sofistas não acreditam na verdade; são céticos. Há uma crise de valores, que é o caos. O sofismo é o percussor do anarquismo (ceticismo – crise – caos). - Sócrates (diálogos de Platão): Doxa: opinião fundamentada nos sentidos; visão empírica/superficial. Para Sócrates, quem vê o mundo pela visão empírica está sujeito às paixões. A paixão, entretanto, é irracional. Sócrates inicia o racionalismo. A paixão, por ser irracional, gera coisas ruins. Orientar a vida pelas paixões é orientar a vida pelo mal; a paixão é injusta e egoísta. A visão de Sócrates (racionalista) está no mundo das ideias. Método maiêutico – arte da porteira: através deste, tenta trazer a verdade aos seres humanos. Matéria – sentidos – paixões – injustiça – mau x Mundo das ideias *Note sautum: conhece-te a ti mesmo. Através da consciência, do mundo das ideias. “Eu só sei que nada sei”. Espírito – lógico/razão -> idealismo racional. Por ser racionalista e crítico, é acusado de corromper a juventude contra os deuses. - Platão: o importante é ver as coisas como elas realmente são. É humanista radical; rompe com a transcendência divina. Crê na razão aliada à ciência. Filosofia = conhecimento. *Epistemologia: conhecimento das ciências/teoria das ciências. *Gnose: conhecimento de segunda categoria que não tem base sólida (na ciência) -> não tem reconhecimento histórico. TRÊS GRANDES ESCOLAS: RACIONALISMO, EMPIRISMO E REALISMO MODERADO. Conhecimento: sujeito (razão) <-> objeto (realidade) Racionalismo: sujeito mais importante, isto é, a razão é mais importante. O sujeito forma o conhecimento. - Platão: radical. “O ser humano já nasce com todas as coisas prontas”. Espírito/corpo -> mundo das ideias -> cai na terra e se esquece - > filos -> relembra as ideias. - Sócrates (influência). - Descartes: fundador do racionalismo moderno; rompe com a idade média. - Kant: racionalismo refinado; crítica da razão pura. Imperativo categórico de Kant: age de tal forma que a tua conduta possa servir de modelo numa legislação universal - > modernidade -> liberdade. *Jusnaturalismo. Ética – ciência – sentido da vida – utilitarismo: moral, valores (bom e justo), costume, tradição -> norma. Empirismo: máxima contrária do racionalismo; ciencismo. Reflexão filosófica abandona o problema do “ser” e volta-se ao problema do “conhecer” (problema gnosiológico). *Problema do ser: essência de determinada coisa; expressa o que a determinada coisa é -> problema metafísico. - Descartes: “penso, logo existo” -> método. - Kant: naumero (metafísico) x fenômeno (ética -> razão/direito x moral) SUJEITO <- OBJETO Conhecimento proveniente do objeto; registro da experiência. Perspectiva materialista; sensorial. Ciências: botânica, química, mecânica -> experimentais. Parte de fatos concretos para tentar chegar no universal. Utilitarismo ético: bom/prazer - > ética. Realismo moderado: - Aristóteles: relação objeto e sujeito - > equilíbrio. St. Tomás de Aquino é percussor de Aristóteles. Dá os fundamentos para o cristianismo (mística, religioso), a partir dos evangelhos (verdade de Deus). *Patrística (St. Agostinho): civitas dei (céu) e civitas imporium(vida humana; pecado - > essência humana). A Igreja tem o dever de orientar os seres humanos. O Estado é fruto do pecado, pois é instruído pelos humanos. A Lex Aeterna é a lei de Deus e a Lex Positiva deve ser inspirada na Lex Aeterna. O sentido da vida é a fé, a salvação eterna. O ser humano deve se dedicar ao civitas dei. -> Escolástica (inspirada em Aristóteles): Séc. XVIII; St. Tomás de Aquino – Suma Teológica; Humanismo (Estado) antropológico (Deus); Lex Aeterna (Deus) e Lex Naturalis (razão) – o dom divino que caracteriza a natureza humana, isto é, a razão evidencia a verdade divina. O Direito deve surgir a partir disto (Lex Positiva). Problema Antropológico. O problema antropológico é um problema permanente na realidade humana (exceto no período da idade média, em que não foi preocupação da humanidade). O ser humano, desde sempre, pergunta-se sobre o que, afinal, ele é. A pessoa humana é o ser humano como pessoa – um ser dono de si mesmo, que tem consciência de si e de seus atos, de modo a construir seu próprio destino e futuro. Perspectivas filosóficas: - Cosmocêntricas = preocupação cósmica. - Teocêntrica = idade média: cristianismo produziu a necessidade de rever a filosofia à luz da revelação. Cristo é Deus revelando a si próprio por meio de um mistério divino. - Auto-transcedência: questionar-se a si mesmo e tomar consciência de que o ser humano possui ideias de superação, voltado para o seu interior. - Comunicação: ser humano se comunica e comunica aos seus sentimentos. - Superar-se a si mesmo = aperfeiçoamento do sujeito e da comunidade, podendo alcançar os deuses. SER HUMANO TOTALMENTE SOCIAL E SER HUMANO TOTALMENTE INDIVIDUAL. Facetas do ser humano: - Ser econômico: depende da satisfação de necessidades que requerem bens escassos (trabalho). A circulação, a distribuição e o consumo produzem e fomentam a riqueza, ou seja, ela não é estática, uma vez que todo o ser humano é capaz de cria-la. - Ser científico: depende da aplicação prática e técnica do conhecimento. O ser humano cria a cultura, que é a libertação da anterior dependência total da natureza. - Ser artístico: dotado de sensibilidade, ele depende da ordenação das emoções que o belo oferece, porém só ele é capaz de criar o belo. - Ser religioso: encontrar um sentido último da vida é o fim do ser humano. Se não encontrar sentido em Deus, encontrará em outra coisa – prazer, poder, algo que dê sentido à vida. - Ser ético: o ser humano tenta encontrar o bem e evitar o mal. É dependente de decisões sobre os fins que ele deve buscar, que levam a felicidade. Os caminhos podem ser as virtudes, os hábitos que conduzam-no ao bem – a harmonização vertical. - Ser político: naturalmente social, depende do convívio humano, de modo a depender da uma ordem. Depender de uma ordem é depender de uma autoridade, que visa e organiza o bem comum. Caso o contrário, instala-se o caos. - Ser jurídico: o Direito é o ajustamento entre a ética e a política. Liga um mínimo de ética e um mínimo de coerção, sem pretender substituir nem a ética nem a política. (“Somos um animal político” – Aristóteles). As leis fundamentais na justiça vão de acordo com a virtude e a moral, isto é, é a ética. O Direito é a maneira de resolver os conflitos da sociedade, uma vez que nasociedade organizada pode haver justiças e injustiças. O Direito é um meio de ligação à justiça e à política; a justiça, por sua vez, está relacionada ao Direito e faz parte da política e a política, portanto, liga-se ao Direito de maneira a ser uma negociação e reconhecimento de erros, tendo em vista que o Direito pode ser visto como um gerador de conflitos. A regulação da vida em sociedade permite a integração social – a harmonização da sociedade, tento em vista o bem comum. Com isto, o Direito tem o papel de dar a obrigatoriedade política a um mínimo de valores (ética). Há uma pauta de condutas obrigatórias na sociedade.
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