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Aula 2 Informatica Juridica

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1 
 
INFORMÁTICA JURÍDICA 
AULA 2 - Tecnologia da Informação 
1. DADOS, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO 
Um dos traços mais marcantes do convívio humano consiste no manuseio de 
dados, informações e conhecimentos como forma de entender as realidades física, 
biológica e social reduzindo continuamente os níveis de ignorância e incerteza. 
A sabedoria, posta num plano prático, empresta a perspectiva de responsabilidade 
social para a aplicação do conhecimento. 
Dados são os elementos básicos da construção do saber, representados por números, 
palavras ou fatos. 
Já informação é o resultado de uma organização, transformação ou análise de dados, 
ou seja, o tratamento de um conjunto de dados para obtenção de um significado 
específico. 
O conhecimento, por sua vez, consiste na interpretação (com argumentos e 
explicações) de um conjunto de informações. Envolve hipóteses, teorias, modelos e 
leis. 
É o que se extrai dos seguintes autores: 
"É interessante notar a diferença que a informática estabelece 
entre 'dado' e 'informação'. Refere-se à palavra dado o registro 
que podemos estabelecer com um dos atributos (nomes, 
endereços, medidas, valores monetários, datas, etc) de uma 
entidade (pessoa, objeto, empresa, etc). Um dado passa a ser 
considerado informação quando é passível de ser recuperado 
para possíveis tomadas de decisões. Conseqüentemente, 
sistemas de informação, na informática, são hardware e 
software que automatizam a recuperação rápida de dados para 
tomadas de decisões". Gouvêa, Sandra. O Direito na Era Digital. 
Crimes Praticados por meio da Informática. Pág. 41. 1997. 
MAUAD. 
 
2 
 
"Dado é o elemento identificado em sua forma bruta que por 
si só não conduz a uma compreensão de um fato ou uma 
situação./Ao obter um levantamento de informações, de nada 
nos serve, apenas como exemplo, o sexo do entrevistado; porém, 
a informação analisada em conjunto com todos os dados 
levantados nos permite saber quantos são do sexo feminino 
e quantos do sexo masculino, caracterizando a amostra. 
Podemos, ainda, separá-la por faixa etária, para uma análise 
mais profunda. Isto se chama tratamento da 
informação./Tratamento é a transformação de um insumo (dado) 
em um resultado gerenciável (informação)./Informação é o dado 
trabalhado, que permite ao executivo tomar uma decisão". 
Fedeli, Ricardo Daniel; Polloni, Enrico Giulio Franco e Peres, 
Fernando Eduardo. Introdução à Ciência da Computação. Pág. 
10. 2003. Thomson. 
 
"Consideramos sinal como sendo o resultado em função do 
tempo da coleta, medição ou detecção de qualquer grandeza 
física. (...) A informação é o conjunto de resultados ou dados 
obtidos da coleta de sinais. Caracteriza-se por sua utilidade para 
aplicações presentes ou futuras. (...) Conhecimento significa, 
aqui, a forma e a capacidade de utilização das informações para 
a obtenção de benefícios ou produção de bens para a prestação 
de serviços. (...) Finalmente, consideramos sabedoria como 
sendo a utilização dos conhecimentos de forma ponderada, justa 
e ética, em benefício de pessoas, de comunidades, do meio 
ambiente, da ecologia e de todo o universo de seres vivos e 
mesmo de coisas materiais e imateriais". Zuffo. José Antonio. A 
Tecnologia e a Infossociedade. Págs. 43 e 44. Manole. 
 
Assim, os dados, as informações e os conhecimentos precisam ser armazenados, 
recuperados e relacionados de todas as formas possíveis, principalmente com o 
objetivo de gerar ou criar conhecimentos novos a partir dos já existentes. 
 
2. PROCESSAMENTO 
Denomina-se processamento, daí processamento de dados, às várias operações 
efetuadas com dados, rumo a produção de informações e conhecimentos. 
3 
 
Esse pode assumir as mais diversas formas e manusear os mais diversos tipos de 
instrumentos ou ferramentas auxiliares. 
Assim, podemos falar em processamento: 
a) não-mecânico ou manual (utilizando sinais e gestos) 
 
b) mecânico (com a presença de engrenagens e mecanismos) e 
 
c) eletrônico (relacionado com circuitos eletrônicos compostos por elementos 
específicos, tais como transistores, resistores e capacitores) 
 
"A computação óptica completa é considerada por muitos 
pesquisadores a maior esperança de desenvolvimento futuro do 
processamento de grande porte, pois permite superar muitas das 
cada vez mais severas limitações tecnológicas do processamento 
eletrônico" (...) "Encerrando nossas considerações sobre as 
possibilidades futuras da fotônica, frisamos que, apesar da 
predominância dos circuitos eletrônicos e da nanoeletrônica 
convencional ainda por muitos anos, acreditamos que a 
nanofotônica será usada de forma crescente, podendo tornar-se 
até mesmo dominante na área de informática a partir do ano 
2020". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. 
Págs. 13 e 23. Manole. 
 
"Os transistores foram mais tarde substituídos por chips e, 
atualmente, já se pesquisa o uso de bio-chips, em que as 
informações são codificadas em moléculas de DNA. Um dos 
projetos em andamento prevê a criação de um banco de 
memória com cerca de meio quilo de DNA imerso em um litro 
de fluido. Esse banco teria capacidade de memória maior do 
que a soma das memórias de todos os computadores até 
hoje construídos". Gouvêa, Sandra. O Direito na Era Digital. 
Crimes Praticados por meio da Informática. Pág. 32. 1997. 
MAUAD. 
 
"Os dispositivos envolvidos (nanotecnologia) não são 
suficientemente grandes para estarem livres de efeitos quânticos, 
não obedecendo completamente às leis da física clássica, nem 
são suficientemente pequenos para serem completamente 
inseridos na mecânica quântica. As leis que os governam 
4 
 
pertencem à ciência ainda não muito bem dominada, chamada de 
ciência damesoescala". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a 
Infossociedade. Pág. 10. Manole. 
 
"Mas, uma vez que você desce ao nível de partículas individuais, 
diz Chuang, quase nada é absoluto. Um elétron, por exemplo, 
poderia estar girando de uma maneira ou de outra – mas ele 
também pode existir como uma espécie de mistura de giros 
(spins). De acordo com as leis da física quântica, você poderia 
dizer que o elétron tem uma probabilidade de girar de uma forma 
ou de outra. A menos que você efetivamente faça uma medição e 
força a questão, você não poderia saber qual é ela: num certo 
sentido, o elétron em si seria indeciso. E isto, por sua vez, 
significa que cada bit de informação quântica poderia ser incerta. 
Em vez de ser um-ou-outro, um "qubit" quântico poderia ser 
ambos-e: representando 0 e 1 ao mesmo tempo. Essa 
ambigüidade tem uma conseqüência poderosa que se torna mais 
aparente quando você pensa não em 1, mas em 2 qubits. Estes 
qubits poderiam existir simultaneamente como uma combinação 
de todos os números de dois bits possíveis: (00), (01), (10) e (11). 
Adicione um terceiro qubit, e você poderá ter uma combinação de 
todos os números de três bits possíveis: (000), (001), (100), (110) 
e (111). Este tipo de sistema cresce exponencialmente: n qubits 
podem representar 2n números ao mesmo tempo. Enfileire uns 
meros 40 qubits e poderá representar todos os números binários, 
de 0 a mais de 1 trilhão – simultaneamente. (...) Shor provou 
que um computador quântico poderia fatorar números 
grandes num prazo que aumenta somente algumas potências 
do tamanho do número – crescimento rápido, certamente, 
mas nem remotamente tão explosivo quanto o crescimento 
exponencial. Na verdade, um computador convencional 
precisaria rodar por bilhões de anos para fatorar um número 
de 400 dígitos. Uma máquina quântica poderia fazer o serviço 
em cerca de um ano. A implicação era que códigos 
"indecifráveis" poderiam ser agora decifrados. E com este anúncio 
a Agência de Segurança Nacional, o Pentágono e a comunidade 
de criptografia e na realidade toda a comunidade de computação 
acordarampara o fato de que a computação quântica não era 
mais um domínio exclusivo dos teóricos. Peter Shor estava 
mostrando a possibilidade de uma aplicação real e crucialmente 
importante. (...) Nada disso significa que estaremos trocando 
nosso micro por laptops quânticos em pouco tempo. A 
computação quântica está quase no estágio de prova do 
princípio, com um longo caminho até que seja desenvolvido 
mesmo o equivalente qubit de máquinas a válvulas da época da II 
Guerra Mundial como o Eniac". Waldrop, Mitchell. Computação 
Quântica. Revista InfoExame. Ano 14. Julho de 2000. 
 
5 
 
3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
 
O desenvolvimento do computador, mais precisamente do computador eletrônico, 
representou um gigantesco salto de qualidade nas atividades de processamento 
de dados. 
Seguramente, ele foi o elemento decisivo da revolução em curso e do ingresso na 
chamada Sociedade da Informação. 
Nesse sentido, a expressão tecnologia da informação (TI) é empregada para 
identificar toda e qualquer tecnologia controlada por um computador eletrônico 
(mais precisamente por um chip ou microprocessador). 
 
"INFORMATION TECHNOLOGY (IT) - tecnologia da 
informação. (1) - Tecnologia que descreve as novas 
facilidades e recursos para o processamento e distribuição 
de informações com base no desenvolvimento técnico em 
computação e nas comunicações." Camarão, Paulo César 
Bhering. Glossário de Informática. SERPRO. 1993. Pág. 259. 
 
"... as Tecnologias da Informação (Information Tecnology - IT), 
considerando seus quatro pilares fundamentais de sustentação: a 
microeletrônica, a optoeletrônica, as telecomunicações e a 
logicionaria (software) de modo geral e, dentro das 
telecomunicações, a Internet em particular. Observamos, 
também, que, no ponto vista de tecnologias de informação, o 
próprio projeto de decodificação e interpretação do DNA e do 
genoma humano enquadrando-se nessa área básica". Zuffo. José 
Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 5. Manole. 
 
 
Verificamos que a sociedade contemporânea está mergulhada em tecnologias da 
informação. 
6 
 
Afinal, temos processadores eletrônicos em relógios de pulso, aparelhos de 
telefonia móvel, agendas eletrônicas, computadores de mão e de mesa, elevadores, 
aparelhos de som e TV, máquinas de fotografia, filmadoras, fornos de microondas, 
entre tantos outros. 
 
 
4. ACELERAÇÃO HISTÓRICA DA TECNOLOGIA 
Não pode ser olvidado o fenômeno da aceleração histórica, onde a tecnologia se 
alimenta de si mesma, onde a tecnologia torna possível mais tecnologia. 
Assim, temos uma progressão geométrica do desenvolvimento tecnológico, 
seguida pela diminuição do lapso de tempo entre uma descoberta científica e sua 
exploração comercial. 
Gordon Moore, da empresa Intel, fabricante de microprocessadores eletrônicos, 
afirma que a cada dezoito meses os chips dobram sua capacidade de 
processamento enquanto mantêm o preço. 
A rigor, a chamada "Lei de Moore" não se aplicaria indefinidamente. 
Segundo as mais abalizadas manifestações científicas, quando o tamanho dos 
circuitos eletrônicos se aproximar das dimensões atômicas será muito difícil 
ampliar sua capacidade como vem sendo feito. 
 
"É fácil para a computação quântica soar como um sonho de um 
teórico fantasioso", diz o físico Neil Gershenfeld, do MIT media 
Lab. "Mas, simplesmente extrapolando a Lei de Moore, a relação 
de escala que diz os microchips encolhem por fator 2 a cada dois 
anos, mais ou menos por volta de 2020 ou 2030 atingiremos 1 bit 
por átomo. Então uma nova fábrica de semicondutores custará o 
mesmo que todos os PNBs do planeta. Portanto, se realmente 
queremos manter a velocidade crescente, não existem muitos 
caminhos a seguir. A incerteza quântica é essencialmente o único 
recurso que temos e que ainda não foi aproveitado para 
computação. É a única grande coisa que ainda resta no universo". 
7 
 
Waldrop, Mitchell. Computação Quântica. Revista InfoExame. 
Ano 14. Julho de 2000. 
 
5. TECNOLOGIA E VIDA CONTEMPORÂNEA 
Portanto, a tecnologia da informação tornou-se vital em praticamente todos os 
aspectos da vida contemporânea. 
O uso eficiente das novas técnicas com certeza significa uma das mais 
importantes medidas entre o sucesso e o fracasso, quer no campo pessoal, quer no 
campo das diversas organizações sociais. 
"Em suma, nos EUA, na segunda metade da década de 1990, 
houve um aumento substancial do investimento em equipamento 
e software de tecnologia da informação, que, em 2000, 
correspondeu a 50% do investimento total em negócios. Esse 
investimento, juntamente com a reestruturação organizacional, 
em particular com a difusão de uma interconexão baseada na 
Internet como prática empresarial generalizada, parecem ser 
fatores críticos para explicar o crescimento da produtividade do 
trabalho - que é a fonte última da criação de valor e o fundamento 
da nova economia". Castells, Manuel. A Galáxia da Internet. Pág. 
84. 2001. Jorge Zahar Editor. 
 
6. TEORIA DA INOVAÇÃO 
Na atual "economia baseada no conhecimento", uma das inúmeras denominações 
da Sociedade da Informação, a ciência e a tecnologia desempenham papéis 
centrais. 
Cresce, inclusive, a dificuldade de distinção entre ciência e tecnologia, até porque 
são, as duas, intensamente permeadas por interesses econômicos. 
8 
 
Nesse sentido, a inovação tecnológica, considerada como a transformação do 
conhecimento em bens e serviços voltados para o mercado, funciona como um 
dos mais relevantes motores do desenvolvimento econômico. 
Ressurge, assim, com força, a "teoria da inovação", formulada originalmente por 
Schumpeter para explicar a dinâmica de evolução da sociedade capitalista a partir 
de inovações representadas por novos bens de consumo, novos métodos de 
produção e novas formas de organização empresarial. 
"A Teoria da Inovação vincula-se, enquanto legado teórico, a 
Joseph Schumpeter, economista austríaco e professor da 
Universidade de Harvard, que o foi o principal formulador desta 
teoria em seus aspectos epistemológicos. Foi dele a observação 
de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no 
capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de 
inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo 
paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa 
economia. (...) Segundo Schumpeter: O impulso fundamental 
que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista 
decorre de novos bens de consumo, dos novos métodos de 
produção e transporte, dos novos mercados, das novas 
formas de organização industrial que a empresa capitalista 
cria (...) A abertura de novos mercados - estrangeiros ou 
domésticos - e o desenvolvimento organizacional, da oficina 
artesanal aos conglomerados (...) ilustram o mesmo processo de 
mutação industrial (...) que incessantemente revoluciona a 
estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente 
destruindo a velha, incessantemente criando a nova. Esse 
processo de Destruição Criativa é o fato essencial do capitalismo. 
É nisso que consiste o capitalismo e é aí que têm de viver todas 
as empresas capitalistas." Pires. Hindenburgo Francisco. 
Inovação Tecnológica e Desenvolvimento da Cibercidade: O 
advento da Cibercidade. Disponível em: 
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo13
a.htm>. Acesso em: 20 jun. 2004. 
 
"O momento crucial da mudança tecnológica refere-se à entrada 
da invenção no processo produtivo, que possui grande impacto 
para o desenvolvimento econômico. Podemos distinguir invenção 
de inovação para demarcar esse momento: a invenção, em si 
mesma, não teria dimensão econômica, referindo-se à 
descoberta de princípios que podem permanecer restritos ao 
campo do conhecimento. A inovação, por outro lado, teria 
aplicação prática, possibilitando o emprego de recursoseconômicos de uma forma ainda não efetivada. Essa distinção 
9 
 
tem o mérito de destacar o fato de que nem todo avanço no 
conhecimento tem, necessariamente, implicações na produção, 
circulação e consumo de mercadorias. No entanto, não podemos 
ver estes dois processos como sendo independentes: a 
descoberta de novos princípios cria a possibilidade de sua 
aplicação a curto ou longo prazo, assim como um novo emprego 
de recursos econômicos pode conduzir à descoberta de novos 
conhecimentos./Em sua acepção mais geral, inovação refere-se 
à 'introdução de conhecimento novo ou novas combinações 
de conhecimentos existentes'. Por sua própria definição, o 
conceito supõe e impõe uma relação estreita entre inovação e 
conhecimento. Já a inovação tecnológica, refere-se a 'novos 
produtos e/ou processos de produção e aperfeiçoamentos ou 
melhoramentos de produtos e/ou processos já 
existentes'./No entanto, um conceito mais abrangente de 
inovação foi introduzido por Chistopher Freeman no âmbito das 
discussões realizadas pela OCDE, em meados de 1970, para 
responder à necessidade sentida nos países desenvolvidos de 
ações governamentais que integrassem políticas econômicas e 
de ciência e tecnologia, P&D e indústria, sistema de pesquisa e 
sistema produtivo, visando a aumentar a competitividade 
internacional. Hoje em dia, diante da constatação de que a 
inovação tecnológica stricto sensu não garante competitividade e 
não resolve sérios problemas sociais ligados a processos de 
produção, amplia-se o alcance do conceito para incluir 
também: a organização e gestão do trabalho dentro da 
empresa; formas de atualização e qualificação profissional 
dos trabalhadores; desenvolvimento de novas formas de 
relação capital/trabalho e/ou de organização do trabalho na 
empresa; descentralização com integração (social, produtiva, 
administrativa e política); formação de recursos humanos 
qualificados em colaboração com as universidades, etc. Em 
seu sentido ampliado, a inovação objetiva não só a 
produtividade e a competitividade como também o bem-estar 
social e qualidade de vida da população". Ribeiro. Públio Vieira 
Valadares. Inovação Tecnológica e Transferência de Tecnologia. 
Disponível em: 
<http://www.mct.gov.br/publi/transferenciadetecnologia2.pdf>. 
Acesso em: 20 mai. 2004. 
 
"A inovação (em seu sentido mais amplo, tecnológico e social) 
torna-se objeto-chave - tanto para a ciência social quanto 
para as políticas e estratégias de desenvolvimento". Maciel. 
Maria Lucia. Hélices, sistemas, ambientes e modelos: os desafios 
à Sociologia da Inovação. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
45222001000200002>. Acesso em: 25 mai. 2004. 
 
"A inovação ocupa lugar central na 'economia baseada no 
conhecimento'. Um grande número de estudos sociais e 
10 
 
econômicos recentes indicou a existência de um corpo 
substancial de evidências de que a inovação é o fator 
dominante no crescimento econômico nacional e na 
dinâmica dos padrões do comércio internacional". Conde. 
Mariza Velloso Fernandez e Araújo-Jorge. Tania Cremonini de. 
Modelos e concepções de inovação: a transição de paradigmas, a 
reforma da C&T brasileira e as concepções de gestores de uma 
instituição pública de pesquisa em saúde. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/csc/v8n3/17453.pdf>. Acesso em 25 
mai. 2004. 
 
"Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo 
produto ou processo de fabricação, bem como a agregação 
de novas funcionalidades ou características ao produto ou 
processo que implique melhorias incrementais e no efetivo 
ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior 
competitividade no mercado". Art. 39, parágrafo primeiro da Lei 
n. 10.637, de 30 de dezembro de 2002. 
 
"(...) a Finep, de maneira a contribuir de forma mais abrangente 
para a indução do processo de inovação tecnológica nas 
empresas brasileiras, decidiu estruturar a Biblioteca Virtual focada 
em "Tecnologia e Inovação", de maneira a facilitar o acesso e a 
recuperação de informações relevantes sobre o tema, bem como 
possibilitar o intercâmbio e o compartilhamento de conhecimento 
entre seus clientes e parceiros". Disponível em: 
<http://www4.prossiga.br/finep/inovacao.html>. Acesso em: 25 
mai. 2004. 
 
7. PROBLEMAS DO AVANÇO TECNOLÓGICO 
Por outro lado, as modernas técnicas em questão suscitam inúmeros problemas 
novos, tais como: 
a) a utilização ética das inovações tecnológicas, 
 
b) modificações nos processos de aprendizagem, 
 
c) explosão da quantidade de informação disponível, 
 
d) radicais modificações na acessibilidade ao conhecimento, 
11 
 
 
e) profundas diferenças sociais a partir do acesso à informação (exclusão digital, divisão 
digital, apartheid digital, analfabetismo tecnológico), entre outros. 
 
 
 
"A sociedade da informação não é um modismo. Representa uma 
profunda mudança na organização da sociedade e da economia, 
havendo quem a considere um novo paradigma técnico-
econômico. É um fenômeno global, com elevado potencial 
transformador das atividades sociais e econômicas, uma vez que 
a estrutura e a dinâmica dessas atividades inevitavelmente serão, 
em alguma medida, afetadas pela infra-estrutura de informações 
disponível. (...) Tem ainda marcante dimensão social, em virtude 
do seu elevado potencial de promover a integração, ao reduzir a 
distâncias entre pessoas e aumentar o seu nível de informação. 
 
Não é livre de riscos, entretanto. Noventa por cento da 
população do planeta jamais teve acesso ao telefone. Como 
evitar, então, que as novas tecnologias aumentem ainda mais a 
disparidade social entre as pessoas, as nações e os bloco de 
países? Os países e blocos políticos, desde meados da década 
de 90, defrontam-se com as oportunidades e os riscos que 
cercam o futuro e, reconhecendo a importância estratégica da 
sociedade da informação, vêm tomando iniciativas para assegurar 
que essa nova era venha em seu benefício". Sociedade da 
Informação no Brasil. Livro Verde. Pág. 5. Setembro 2000. 
Ministério da Ciência e Tecnologia. 
 
 
"A influência das redes baseadas na Internet vai além do 
número de seus usuários: diz respeito também à qualidade 
do uso. Atividades econômicas, sociais, políticas, e culturais 
essenciais por todo o planeta estão sendo estruturadas pela 
Internet e em torno dela, como por outras redes de 
computadores. De fato, ser excluído dessas redes é sofrer 
uma das formas mais danosas de exclusão em nossa 
economia e em nossa cultura. (...) Assim, não surpreende que 
a proclamação do potencial da Internet como um meio de 
liberdade, produtividade e comunicação venha de par com a 
denúncia da 'divisão digital' gerada pela desigualdade a ela 
associada. A diferenciação entre os que têm e os que não 
têm Internet acrescenta uma divisão essencial às fontes já 
existentes de desigualdade e exclusão social, numa 
interação complexa que parece aumentar a disparidade entre 
a promessa da Era da Informação e sua sombria realidade 
12 
 
para muitos em todo o mundo." Castells, Manuel. A Galáxia da 
Internet. Págs. 8 e 203. 2001. Jorge Zahar Editor. 
 
 
"A emergência da sociedade virtual, que hoje envolve a maioria 
das nações do planeta, é irreversível e trará para aqueles que 
souberem desfrutar seus benefícios todas as benesses da 
integração econômica mundial. Os excluídos, porém, 
amargarão um subdesenvolvimento e uma ignorância 
atávicos, que os colocarão à margem de quaisquer 
benefícios tecnológicos ou científicos". Zuffo. José Antonio. A 
Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 26. Manole. 
 
 
Determinados cenários e experimentos são particularmente instigantes, a exemplo 
daqueles que envolvem o desenvolvimento da "inteligência artificial". 
 
- ACELERADOR DE PARTÍCULAS 
"Atualmente, os cientistas estão tentando construirum acelerador (de partículas) 
capaz de ajuntar os núcleos de átomos muito pesados quase à velocidade da luz. 
A idéia é produzir uma colisão que não só despedace os núcleos dos átomos em 
seus prótons e nêutrons constituintes, mas que também pulverize os próprios 
nêutrons e prótons, deixando um 'plasma', uma espécie de sopa energética 
consistindo de quarks e glúons soltos, as partículas que são os constituintes 
fundamentais da matéria e que jamais foram estudadas antes nesse estado, uma 
vez que ele só existiu por pouco tempo após o Big Bang./Essa perspectiva, porém, 
já criou um cenário de pesadelo. E se o sucesso do experimento criasse uma máquina 
do juízo final, uma espécie de monstro devorador de mundos que, com uma inexorável 
necessidade, aniquilaria a matéria comum ao seu redor, abolindo o mundo que 
conhecemos? A ironia é que esse fim do mundo, a desintegração do Universo, seria a 
derradeira prova irrefutável de que a teoria testada era verdadeira, pois toda a matéria 
seria sugada para o interior de um buraco negro e acabaria gerando um novo Universo, 
13 
 
recriando perfeitamente o cenário do Big Bang". Zizek, Slavoj. Matrix: ou os dois lados 
da perversão. Livro Matrix. Bem-vindo ao deserto do real. Pág. 264. Madras. 2003. 
 
- INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
"Estamos em uma grande encruzilhada histórica e não nos apercebemos disso. Há 
eventos de uma magnitude jamais imaginada em curso. Pela primeira vez teremos 
uma espécie (homo sapiens) criando a 'próxima espécie', a inteligência artificial 
ou, para quem gosta de ficção científica, os robôs e outros seres cibernéticos. 
Por sua vez, também estamos descortinando os mistérios do genoma, e nunca se 
investiu tanto em pesquisas a respeito do funcionamento do cérebro. (...) Para Marvin 
Minsky, um acadêmico do MIT, o famoso Massachusetts Institute os Technology, as 
máquinas conseguirão, em breve, portar uma inteligência compatível à de uma 
pessoa média. Com o tempo, serão geniais e de poderes incalculáveis, e será 
uma sorte se nos criarem como animais domésticos. (...) Para quem crê que este 
perigo soa como ficção científica, recomendo pesquisar a respeito dos vários 
projetos em andamento que têm como objetivo desenvolver um software que não 
siga um programa preestabelecido, mas que desenvolva sua própria 
programação, tendo como ponto-base um código aberto. O problema dessa 
tecnologia é que as combinações resultantes não venham a ser aleatórias, mas sim 
algo 'útil'. Isso abre inúmeras hipóteses, em especial a respeito das falhas e do que 
será advindo delas. O Golem de silício refletirá o seu criador? E o reflexo será o 
macaco assassino de poucos pêlos?". Torrigo, Marcos. Prólogo a Matrix. Livro Matrix. 
Bem-vindo ao deserto do real. Págs. 27 e 28. Madras. 2003. 
 
"(...) Tal como os vírus de computador hoje existentes, não se deve excluir a 
possibilidade de surgimento, a médio prazo, de entidades virtuais mais 
complexas pululando no interior da gigantesca rede neuronal mundial. Mais 
ainda, existe a possibilidade de que essas entidades, com o tempo, venham a adquirir 
14 
 
inteligência e consciência de si próprios, gerando uma verdadeira sociedade virtual". 
Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 41. Manole. 
 
8. ASPECTOS IMPORTANTES NO ENFOQUE DA INFORMÁTICA JURÍDICA 
Destacam-se dois aspectos importantíssimos, ligados ao enfoque da Informática 
Jurídica. 
Tratam-se: 
a) da seleção do conhecimento de qualidade em meio ao volume de informações 
existentes e em crescimento vertiginoso e ; 
b) da dificuldade de localizar esse conhecimento. 
 
 
 
VEJA ALGUNS ASPECTOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: 
BLUETOOTH 
http://www.infowester.com/bluetooth.php 
 
3G 
http://pt.wikipedia.org/wiki/3G 
 
COMPUTAÇÃO QUANTICA 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador_qu%C3%A2ntico 
 
 
15 
 
1 (0,3p). Segundo o texto, indique a seqüência, da maior para a menor 
complexidade, dos elementos de formação do saber: 
conhecimento - informação - dado 
informação - conhecimento - dado 
dado - informação - conhecimento 
 
2 (0,3p). Segundo o texto, a expressão "tecnologia da informação" está 
relacionada com o processamento de dados em formato: 
manual 
mecânico 
eletrônico 
 
3 (0,3p). Segundo o texto, indique um tipo de computação, ainda em 
desenvolvimento, que permitirá uma elevação enorme na capacidade de 
processamento de dados: 
manual 
mecânica 
quântica 
 
4 (0,3p). Segundo o texto, as profundas diferenças sociais a partir do acesso à 
informação são denominadas como: 
aceleração histórica 
inteligência artificial 
divisão digital 
 
5 (0,3p). Complete (com a palavra que falta) a assertiva seguinte conforme o 
texto. "Pela primeira vez teremos uma espécie (homo sapiens) criando a 'próxima 
16 
 
espécie', a (...) ou, para quem gosta de ficção científica, os robôs e outros seres 
cibernéticos." 
aceleração histórica 
inteligência artificial 
divisão digital

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