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Aula 6 Informatica Juridica

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AULA 6 - CONCEITOS 
1. DELIMITAÇÃO DE CONCEITOS 
Existem vários conceitos ou definições relevantes nos estudos da Informática Jurídica e 
do Direito da Informática para demarcação de campos específicos de trabalho e de 
preocupações científicas. 
Essa delimitação é fundamental para estabelecer os rumos das várias considerações e 
problemas a serem enfrentados e equacionados pelo profissional do direito. 
Veremos as principais. 
 
1.1 INFORMÁTICA 
Ciência que estuda as formas automáticas de coleta, processamento, conservação, 
recuperação e disseminação da informação. 
"INFORMATIQUE - informática. (1) Um neologismo de origem francesa formado pelas 
palavras INFORmation autoMATIQUE, portanto reportando a todo tipo de tratamento 
automático da informação." Camarão, Paulo César Bhering. Glossário de Informática. 
SERPRO. 1993. Pág. 260. 
Atualmente, o tratamento automático da informação faz-se preponderantemente por 
meio de técnicas eletrônicas (uso do computador eletrônico). 
Os conceitos "informática" e "telemática" estão presentes no art. 10 da Lei n. 9.296, de 
24 de julho de 1996: 
"Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou 
telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos 
não autorizados em lei." 
 
1.2 TELEMÁTICA 
Ciência que trata da manipulação e utilização da informação por meio do uso 
combinado de computadores (eletrônicos) e meios de telecomunicação. 
 
 
1.3 INFORMÁTICA JURÍDICA 
Disciplina que trata da utilização otimizada da informática pelos profissionais ou 
operadores do direito e nas atividades de natureza jurídica. 
"75. Contratos civiles y comerciales, cit., t. 2, p.347. Seguindo o mesmo raciocínio, o 
autor (Carlos Alberto Ghersi) distingue também 'direito informático' de 'informática 
jurídica'. Esta tem o direito como instrumento e o ordena, sistematiza, como, por 
exemplo, a informatização dos órgãos do Poder Judiciário, ao passo que o direito 
informático se refere à atividade informática como objeto do direito, por meio de sua 
regulamentação ou solução de conflitos que com este se relacionem." Barbagalo, Erica 
Brandini. Contratos Eletrônicos. Editora Saraiva. 2001. Pág. 39. 
 
1.4 DIREITO DA INFORMÁTICA 
Disciplina que estuda as implicações e problemas jurídicos surgidos com a 
utilização das modernas tecnologias da informação (Droit de L'Informatique, 
Derecho de Informatica, Diritto dell'Informatica, Computer Law, Cyber Law). 
O Direito da Informática envolve praticamente todos os ramos da ciência jurídica. 
Presenciamos problemas e discussões nos campos: 
a) da privacidade, 
b) direitos autorais, 
c) crimes, 
d) tributação, 
e) documentos, 
f) provas, 
g) contratos, 
h) processo, 
i) consumo, 
j) eleições, 
k) entre outros. 
Assim, discute-se com bastante intensidade o rumo acadêmico ou científico da matéria: 
a) constituir uma disciplina autônoma ou 
b) figurar como capítulos específicos nas várias disciplinas tradicionais. 
Nesta quadra histórica, onde a Revolução da Informação inaugura transformações 
radicais no estilo de vida da sociedade, o Direito da Informática deve ser tratado 
como corpo acadêmico autônomo, sistematizando conhecimentos das várias 
áreas do direito impactadas pelas mudanças tecnológicas, sem embargo da 
distribuição, no futuro, das preocupações científicas desenvolvidas pelas várias 
disciplinas jurídicas. 
 
 
 
1.4.1 DIREITO DA INFORMÁTICA COMO UMA CIÊNCIA AUTÔNOMA 
Entretanto, persiste o debate acerca da existência de um objeto e de uma 
metodologia próprios do Direito da Informática, consagrando uma verdadeira 
(cientificamente) disciplina jurídica autônoma. 
 
a) OBJETO DA CIÊNCIA 
Nesse sentido, o Direito da Informática teria como OBJETO o: 
- fato jurídico onde a presença, como suporte fático, de elementos da informática 
ou da telemática é fundamental. 
 
b) METODOLOGIA DA CIÊNCIA 
A METODOLOGIA específica envolveria: 
b.1) a regulamentação legal da informática reclamando uma técnica legislativa de 
cláusulas ou princípios gerais, ante a dinâmica frenética das inovações tecnológicas e 
b.2) a técnica de interpretação jurídica aplicada para definir o conteúdo, o sentido e o 
alcance das normas aplicáveis, privilegiando uma exegese de cunho evolutivo. 
 
1.4.2 NOMENCLATURA CORRETA 
Existe uma interessante discussão em torno da melhor denominação a ser adotada: 
a) Direito Eletrônico, 
b) Direito da Informática, 
c) Direito Digital, 
d) Direito Virtual, 
e) Direito da Tecnologia da Informação, 
f) Direito das Tecnologias da Informação e da Comunicação, 
g) entre outras. 
 
O debate envolve a procura de uma denominação apropriada ou ajustada ao objeto de 
considerações científicas da disciplina. 
A denominação "Direito da Informática" parece a mais adequada. 
Ela retrata o conjunto de considerações jurídicas relacionadas com o 
processamento automático dos dados e informações, independentemente do 
padrão tecnológico utilizado nessa atividade. 
Assim, trata-se de identificação adaptada aos contínuos e intensos avanços 
tecnológicos. 
A nomenclatura "Direito Eletrônico" peca justamente pelo apego a um determinado 
padrão tecnológico de processamento de dados e informações, dominante num 
determinado momento histórico. 
Seria muito estranho utilizar a expressão "Direito Eletrônico" diante da 
computação óptica, quântica ou biológica. 
As outras denominações encerram inadequações pela amplitude exagerada ou pela 
grande imprecisão envolvida. 
 
 
 
 
1.4.3 SUBDIVISÃO DA INFORMÁTICA JURÍDICA 
Propugna-se, ainda, por uma subdivisão da Informática Jurídica em: 
a) de gestão ou operacional (relacionada com a mecânica e o funcionamento dos 
espaços jurídicos e dos trabalhos e fluxos físicos); 
b) de registros ou documental (relacionada com o acesso rápido e fácil aos vários 
registros oficiais); 
c) de decisão ou metadocumental e 
d) de ajuda à decisão (relacionada com o tratamento e a recuperação da informação 
jurídica nos campos da legislação, doutrina e jurisprudência). 
 
1.4.4 INFORMÁTICA JURÍDICA DE DECISÃO/METADOCUMENTAL/ JURIMETRIA / 
DECISOMETRIA 
A informática jurídica de decisão ou metadocumental (também chamada 
de jurimetria ou decisometria), área extremamente delicada e problemática, trata dos 
estudos relacionados com a substituição ou reprodução das atividades do 
jurista, particularmente dos juízes. 
Atualmente, nessa seara, são desenvolvidos vários estudos de aplicação da 
"inteligência artificial" ao processo de decisão judicial, abrangendo compreensão 
de linguagens naturais, de sons, de imagens, capacidade de realização de inferências 
lógicas, etc. 
Entre as discussões mais relevantes nesse ponto, encontramos: 
a) possibilidade do computador substituir o juiz e 
b) se possível a substituição, se ela é desejável ou aceitável. 
 
 
1 (0,3p). Segundo o texto, a palavra "informática" significa: 
tratamento ou processamento automático de informações 
comunicação automática de informações 
tratamento ou processamento não-automático de informações 
 
2 (0,3p). Segundo o texto, a "telemática" combina computadores com: 
robôs 
meios de telecomunicação 
ensino 
 
3 (0,3p). Segundo o texto, é uma disciplina essencialmente jurídica: 
informática jurídica 
direito da informática 
jurimetria 
 
4 (0,3p). Segundo o texto, a frenética inovação tecnológica impõe uma produção 
legislativa baseada em: 
cláusulas ou princípios gerais 
cláusulas ou princípios específicos 
tratados internacionais 
 
5 (0,3p). Complete (com a palavra que falta) a assertiva seguinte conformeo 
texto. 
"... art. 10 da Lei n. 9.296, de 24 de julho de 1996: 'Constitui crime realizar (...) de 
comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da 
Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei' ". 
transcrição 
interferência 
interceptação 
dade jurídica, como conduta admissível ou não ante a ordem 
rídica posta. 
 
 
AULA 7 – PESQUISA DE LEGISLAÇÃO EM MEIOS ELETRÔNICOS 
1. SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
 
6 (1,0p). A autoridade policial, no curso de inquérito devidamente instaurado, 
pode requisitar diretamente ao provedor de acesso à internet, sem intervenção 
judicial, o número do telefone que utilizava, para determinado computador, o 
endereço lógico específico de integração à internet? Considere o termo "pode" 
como possibili
ju
 
 alienígenas, está assentado num O sistema jurídico brasileiro, ao contrário de vários
complexo ordenamento legal. 
ORDENAMENTO JURÍDICO: Ordenamento jurídico é o conjunto organizado de 
normas jurídicas, para ser eficaz o ordenamento deve ser unitário (com as fontes e 
normas obedecendo a uma hierarquia), coerente (evitando antinomias) e completo 
(evitando as lacunas). 
O ordenamento jurídico, além de uma UNIDADE, constitui também um sistema. 
Um SISTEMA é uma totalidade ordenada, logo exige-se um grau de relação e 
coerência entre as partes. 
O ordenamento jurídico é COMPLETO, ou seja, a propriedade pela qual um 
ordenamento jurídico tem uma norma para regular qualquer caso. Uma vez que a falta 
de uma norma se chama geralmente “lacuna”, assim completude significa falta de 
lacunas. 
A completude é condição necessária para os ordenamentos em que valem estas duas 
regras: o juiz é obrigado a julgar todas as controvérsias que se apresentarem a seu 
exame e deve julga-las com base em uma norma pertencente ao sistema. 
 
1.1 LEI COMPLEMENTAR 
No direito, a lei complementar é uma lei que tem como propósito complementar, 
explicar, adicionar algo à constituição. 
A lei complementar diferencia-se da lei ordinária desde o quorum para sua formação. 
A lei ordinária exige apenas maioria simples de votos para ser aceita, já a lei 
complementar exige maioria absoluta. 
Na verdade não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, o que há são 
campos de atuação diversos. Segundo jurisprudência STF não existe tal hierarquia, 
mas o STJ acha que existe justamente por causa da diferença entre os quóruns, sendo 
a lei complementar hierarquicamente superior a lei ordinária (baseia-se na regra da 
pirâmide de Kelsen, sobre a hierarquia das leis). 
No Brasil, a lei que a Constituição Federal de 1988 determinou fosse criada para 
regulamentar determinada matéria denomina-se "complementar", e exige quórum 
qualificado, em oposição à lei ordinária, que de tal prescinde. 
Nem todas as leis complementares, como se pensa erroneamente, destinam-se a 
complementar diretamente o texto constitucional, pois o constituinte, originário ou 
reformador, reserva à lei complementar matérias de especial importância ou matérias 
polêmicas, para cuja disciplina seja desejável e recomendável a obtenção de um maior 
consenso entre os parlamentares. Segundo Jurisprudência do STF nao cabe Tratado 
Internacional sobre matéria reservada à Lei Complementar. Isso porque o Tratado 
Internacional é aprovado por Decreto Legislativo, que exige quorum de maioria simples, 
e nao absoluta, requisito da Lei complementar. 
Disto decorre que: 
– Não existe entre lei complementar e lei ordinária (ou medida provisória) uma relação 
de hierarquia, pois seus campos de abrangência são diversos. Assim, a lei ordinária 
que invadir matéria de lei complementar é inconstitucional e não ilegal; 
– Lei votada com o procedimento de Lei Complementar e denominada como tal, ainda 
assim, terá efeitos jurídicos de lei ordinária, podendo ser revogada por lei ordinária 
posterior, se versar sobre matéria não reservada constitucionalmente à lei 
complementar; 
– Dispositivos esparsos de uma lei complementar que não constituírem matéria 
constitucionalmente reservada à lei Complementar possuem natureza jurídica de Lei 
Ordinária. 
Exemplos: 
• Lei complementar que cria a Região Metropolitana. 
• O Código Tributário Nacional (lei nacional complementar). 
1.1.2 LEI ORDINÁRIA 
No direito, a lei ordinária é um ato normativo primário e contém, em regra, normas 
gerais e abstratas. 
 Embora as leis sejam definidas, normalmente, pela generalidade e abstração ("lei 
material"), estas contêm, não raramente, normas singulares ("lei formal" ou "ato 
normativo de efeitos concretos"). 
São a grande maioria absoluta das leis no Brasil. 
Exemplo: Código Penal, Código Civil, Código de Processo Penal, Código de Processo 
Civil, Lei dos Crimes Hediondos, Código de Defesa do Consumidor, Estatuto da 
Criança e do Adolescente etc... 
 
1.1.3 LEIS DELEGADAS 
Lei Delegada (vide artigos 59, IV e 68 da Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988) é um ato normativo elaborado pelo chefe do poder executivo no ambito 
federal, estadual e municipal, com a autorização da sua respectiva casa legislativa, 
para casos de relevância e urgência, quando a produção de uma lei ordinária levaria 
muito tempo para dar uma resposta à situação. 
O chefe do executivo solicita a autorização, e o poder legislativo, fixa o conteúdo e os 
termos de seu exercício. 
Depois de criada a lei pelo chefe do executivo, ela é remetida ao legislativo para 
avaliação e aprovação. 
Considerando que os limites foram respeitados e que a lei é conveniente, o legislativo a 
aprova, contudo essa norma entra no sistema jurídico na qualidade de lei ordinária. 
As leis delegadas não admitem emendas. 
Algumas matérias não podem ser objeto de delegação, não podendo versar sobre atos 
de competência exclusiva do Congresso Nacional, sobre matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e 
orçamentos, entre outros. 
Atualmente temos apenas 13 leis delegadas. A última delas, por sinal, foi editada em 
1992. 
LEI DELEGADA Nº 13, DE 27 DE AGOSTO DE 1992 - Institui Gratificações de 
Atividade para os servidores civis do Poder Executivo, revê vantagens e dá 
outras providências 
LEI DELEGADA Nº 12, DE 7 DE AGOSTO DE 1992 - Dispõe sobre a instituição de 
Gratificação de Atividade Militar para os servidores militares federais das Forças 
Armadas 
LEI DELEGADA Nº 11, DE 11 DE OUTUBRO DE 1962 - Cria a Superintendência de 
Política Agrária (SUPRA) e dá outras providências 
LEI DELEGADA Nº 10, DE 11 DE OUTUBRO DE 1962 - Cria a Superintendência do 
Desenvolvimento da Pesca e dá outras providências 
LEI DELEGADA Nº 9, DE 11 DE OUTUBRO DE 1962 - Reorganiza o Ministério da 
Agricultura e dá outras providências 
LEI DELEGADA Nº 8, DE 11 DE OUTUBRO DE 1962 - Cria o Fundo Federal 
Agropecuário (FFAP), no Ministério da Agricultura e dá outras providências 
LEI DELEGADA Nº 7, DE 26 DE SETEMBRO DE 1962 - Autoriza a constituição da 
Companhia Brasileira de Armazenamento e dá outras providências 
LEI DELEGADA Nº 6, DE 26 DE SETEMBRO DE 1962 - Autoriza a constituição da 
Companhia Brasileira de Alimentos e dá outras providências 
LEI DELEGADA Nº 5, DE 26 DE SETEMBRO DE 1962 - Organiza a 
Superintendência Nacional do Abastecimento - (SUNAB) e dá outras 
providências 
LEI DELEGADA Nº 4 DE 26 DE SETEMBRO DE 1962 - Dispõe sôbre a intervenção 
no domínio econômico para assegurar a livre distribuição de produtos 
necessários ao consumo do povo 
LEI DELEGADA Nº 3, DE 26 DE SETEMBRO DE 1962 - Altera dispositivos do 
Decreto número 1.102, de 21 de novembro de 1903, e dá outras providências 
LEI DELEGADANº 2, DE 26 DE SETEMBRO DE 1962 - Altera a Lei nº 1.506, de 19 
de dezembro de 1951, dando-lhe nova redação, e adota providências 
LEI DELEGADA Nº 1, DE 25 DE SETEMBRO DE 1962 - Cria cargos de Ministros 
extraordinários e dá outras Providências 
 
1.1.4 MEDIDAS PROVISÓRIAS 
No direito constitucional brasileiro, medida provisória (MP) é um ato unipessoal do 
presidente da República, com força de lei, sem a participação do Poder Legislativo, que 
somente será chamado a discuti-la e aprová-la em momento posterior. O pressuposto 
da MP é urgência e relevância, cumulativamente. 
Segundo o jurista Bandeira de Mello, de acordo com a nova redação do artigo 62 dada 
pela Emenda Constitucional 32/2001, medidas provisórias são "providências (como o 
próprio nome diz, provisórias) que o Presidente da República poderá expedir, com 
ressalva de certas matérias nas quais não são admitidas, em caso de relevância e 
urgência, e que terão força de lei, cuja eficácia, entretanto, será eliminada desde o 
início se o Congresso Nacional, a quem serão imediatamente submetidas, não as 
converter em lei dentro do prazo - que não correrá durante o recesso parlamentar - de 
120 dias contados a partir de sua publicação".[1]
A medida provisória, assim, embora tenha força de lei, não é verdadeiramente uma lei, 
no sentido técnico estrito deste termo, visto que não existiu processo legislativo prévio 
à sua formação.. 
Somente em casos de relevância e urgência é que o chefe do Poder Executivo poderá 
adotar medidas provisórias, devendo submetê-las, posteriormente, ao Congresso 
Nacional. As medidas provisórias vigorarão por sessenta dias, prorrogáveis por mais 
60. Após este prazo, se o Congresso Nacional não aprová-la, convertendo-a em lei, a 
medida provisória perderá sua eficácia. 
A medida pode ser reeditada, porém a Constituição Federal proíbe a reedição de uma 
medida provisória, na mesma sessão legislativa, expressamente rejeitada no 
Congresso Nacional, ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo, podendo 
ser adotada novamente na sessão legislativa seguinte. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) vem entendendo a possibilidade de medida 
provisória ser veículo idôneo para a instituição de tributos. 
Proibições: 
é vedada a edição de medidas provisorias sobre matéria: 
I- relativa: 
a) nacionalidade,cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penale processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de 
seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e 
suplementares ressalvado o previsto no art. 167 parágrafo 3º. 
II- que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro 
ativo financeiro; 
III- reservada a lei complementar 
IV- já disciplinada em projeto de lei aprovada pelo Congresso Nacional e pendente de 
sanção ou veto do Presidente da República. 
1.1.5 EMENDA CONSTITUCIONAL 
Uma emenda constitucional tem por objetivo permitir modificações pontuais na 
Constituição de um país, sem a necessidade de abolir toda a Carta Magna vigente e 
construir uma Constituição inteiramente nova. 
No Brasil, as Propostas de Emenda à Constituição têm o objetivo de alterar o texto 
constitucional e estão previstas no artigo 60 da Constituição que as legitimam. 
A PEC é matéria sujeita a tramitação especial na Câmara dos Deputados e deve ser 
apresentada pelo Presidente da República, pelo Senado Federal, por um terço, no 
mínimo, do total de parlamentares ou por mais da metade das assembleias legislativas 
das unidades da Federação.[1] Seu trâmite tem início quando ela é despachada pelo 
Presidente do Legislativo para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que 
tem o prazo de cinco sessões legislativas(cinco dias úteis) para a devolução da 
proposta à Mesa da Câmara com o respectivo parecer sobre a admissibilidade da 
mesma. 
A) Requisitos formais 
 
A Constituição estabelece que as alterações do texto somente podem ocorrer se 
presentes os seguintes requisitos: 
• a emenda deve ser proposta por no mínimo 1/3 dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado ou pelo Presidente da República ou pela maioria 
absoluta das assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que 
cada uma deve manifestar-se pela maioria relativa de seus membros; 
• o texto constituicional não pode ser alterado durante a vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio 
B) Processo de votação 
A emenda constitucional (EC) é resultado de um processo legislativo especial mais 
laborioso do que ordinário, previsto para a produção das demais leis. 
O processo legislativo de aprovação de uma emenda à Constituição está estabelecido 
no artigo 60 da Constituição Federal e compreende, em síntese, as seguintes fases: 
a) apresentação de uma proposta de emenda, por iniciativa de um dos 
legitimados (art. 60 I a III); 
b)discussão e votação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, três quintos dos votos 
dos membros de cada uma delas (art. 60 parágrafo 2º); 
c) sendo aprovada, será promulgada pelas Mesas das Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60 parágrafo 3º); 
d)caso a proposta seja rejeitada ou havida por prejudicada, será arquivada, não 
podendo a matéria dela constante ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa (art. 60 parágrafo 5º). 
C) Limite material
Não pode haver proposta de emenda à Constituição tendente a abolir a forma 
federativa do Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos 
Poderes; e os direitos e garantias fundamentais. São as chamadas cláusulas pétreas. 
 
 
1.1.1 MAIORIAS 
a) Maioria Relativa / Simples 
Maioria relativa ou simples é a denominação que recebe a maioria, quando se 
prende ao número dos presentes. Não se trata de um número fixo, pois varia de acordo 
com o número de indivíduos presentes, isto é, a superioridade numérica simples de 
votos. 
Ex: 
Constituição Federal de 1988: Art. 60 - A constituição poderá ser emendada mediante 
proposta: [...] III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
 
b) Maioria Absoluta 
Maioria absoluta é definida como mais que a metade do número total de indivíduos que 
compõe o grupo. 
Também pode ser explicada como sendo a metade do número total de indivíduos que 
compõe o grupo mais um ou mais meio. 
Assim sendo, caso o grupo tenha 40 integrantes, a maioria absoluta será 21 (metade 
mais um), enquanto que se o grupo tiver 41 integrantes, a maioria absoluta também 
corresponderá a 21 (metade mais meio, já que a metade de 41 é 20,5). 
Tomando como exemplo o Senado Federal do Brasil, que atualmente é composto por 
81 senadores, votações que exigem a maioria absoluta (aprovação de uma lei 
complementar, por exemplo) dependem da aprovação de 41 senadores. 
 
c) Maioria Qualificada 
No Direito, diz-se que a maioria qualificada se refere à situação na qual o total de 
votos é maior que a metade do total de votos possível. Difere da maioria simples, pois 
esta computa o total de votos dos presentes, e não o total de votos possíveis. É 
representada por um valor numério específico (2/3, 3/5 dos membros). 
Exemplos de maioria qualificada são dois terços ou três quintos. 
Um exemplo famoso de maioria qualificada é o requisito de emenda constitucional no 
Brasil. 
Segundo a constituição federalde 1988 (atual), para aprovar uma emenda 
constitucional no Brasil é necessário 3/5 dos senadores e deputados em dois turnos de 
votação. 
Lembrando que a maioria qualificada de 2/3 no Brasil é o quorum usado para receber 
acusação do presidente, e o quorum de 3/5 também é considerado por alguns autores 
como maioria qualificada, e o exemplo dele é a não renovação da concessão ou 
permissão para o serviço de radiodifusão sonora de sons e imagens. 
 
 
1.2 IMPORTÂNCIA DA REGRA JURÍDICA 
A importância da regra jurídica assume tal magnitude que os Poderes do Estado 
são identificados segundo suas relações com a mesma. 
Assim, temos o responsável pela criação da regra de direito (Poder Legislativo), o 
incumbido de aplicar a lei para resolver conflitos de interesses (Poder Judiciário) e, 
por fim, aquele com a função de aplicar a lei de ofício (Poder Executivo). 
Dois aspectos desse sistema jurídico fundado na lei concorrem decisivamente 
para dificultar a vida do profissional do direito: 
a) Primeiro, o fato de que temos quatro níveis de ordens normativas: o nacional, o 
federal, o estadual e o municipal. A efetiva quantidade deles apresenta 
correspondência com o número de pessoas políticas existentes na Federação. 
b) Por outro lado, a produção de normas jurídicas assume proporções 
assustadoras, notadamente as tão criticadas Medidas Provisórias, mesmo depois 
das restrições impostas pela Emenda Constitucional n. 32, de 2001. 
 
1.3 ELEMENTOS ELETRÔNICOS DE CONSULTA E ACOMPANHAMENTO DA 
LEGISLAÇÃO 
Atualmente, dois são os elementos eletrônicos mais relevantes de consulta e 
acompanhamento da produção legislativa: o CD-ROM e a internet. 
No caso da legislação compilada em CD-ROMs temos as seguintes 
características ou vantagens mais importantes: 
a) ocupação de espaço físico reduzidíssimo; 
b) facilidade extrema de importação ou transferência do conteúdo (sem necessidade de 
digitação); 
c) atualização constante; 
d) indicação das revogações e modificações sofridas pelos dispositivos legais; 
e) possibilidade, extremamente útil, de pesquisa por palavra ou expressão; 
f) disponibilidade permanente para consultas. 
Exemplos de serviços de legislações informatizadas em CDs: 
 
Legislação Informatizada Saraiva 
www.saraivadata.com.br
 
 
1.3.1 INTERNET 
Em relação à internet, já contamos com significativos repositórios com ampla base de 
dados legais. 
Alguns deles já incorporam a indicação de modificações no diploma legal de interesse. 
 
 
 
- SENADO FEDERAL 
A base de dados legais do Senado Federal é de visita obrigatória quando se 
pretende a consulta de um diploma legal específico ou a busca a partir palavras 
ou expressões. 
Hoje, o banco de dados possui documentos de referências de boa parte da legislação 
brasileira de hierarquia superior. 
 
 
Legislação Senado Federal 
www.senado.gov.br
 
 
- PRESIDENCIA DA REPÚBLICA 
O site da Presidência da República apresenta entre seus pontos fortes um amplo 
conjunto de normas legais. 
Seus destaques são: 
a) Constituição Federal (com a redação atual e a redação anterior dos dispositivos 
alterados); 
b) Constituições Estaduais; 
c) Emendas Constitucionais; 
d) Códigos; 
e) Medidas Provisórias em tramitação e 
f) Legislação Federal do Brasil. 
 
 
Legislação Presidência da República 
www.planalto.gov.br
 
 
 
 
 
- LEGISLAÇÃO FEDERAL DO BRASIL 
A "LEGISLAÇÃO FEDERAL DO BRASIL", no site da Presidência da República, é uma 
base de dados referencial da legislação brasileira, de hierarquia superior, que abrange 
atos desde a proclamação da República – 1889 e ReferÊncias da legislação do 
Império desde 1808, constantemente atualizada. 
Existem links para o texto integral de boa parte da normas referidas na base de dados. 
O acesso é realizado por meio de formulário eletrônico (de busca) contendo campos de 
identificação do ato, número, ano, período, ementa e/ou assunto. 
 
Legislação Federal do Brasil 
legislacao.planalto.gov.br/ 
www.planalto.gov.br
 
 
- LEGISLAÇÃO NO SITE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 
A ferramenta "LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL", presente no site da Câmara 
dos Deputados, permite a pesquisa dos dispositivos constitucionais já regulamentados, 
das cláusulas constitucionais pendentes de regulamentação, dos artigos parcialmente 
regulamentados, das normas correlatas existentes, da legislação anterior recepcionada 
pela Carta de 1988, do tipo previsto de legislação (complementar ou ordinária), dos 
artigos constitucionais que mais receberam proposições e das proposições 
apresentadas e sua tramitação no Congresso Nacional. 
 
 
Legislação Infraconstitucional 
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/legislacao/pesquisa/avancada
www.camara.gov.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- CÓDIGOS COMENTADOS 
Você pode encontrar códigos comentados gratuitos na internet, no entanto, não são 
fontes fidedignas de consulta. 
Prefira sempre os códigos Comentados comprados em livrarias, de autores renomados 
e famosos. 
 
 
Códigos Comentados 
http://sites.google.com/site/eliasexe/codigos-comentados
http://sites.google.com/site/direitacademic/cod
 
 
- INTERLEGIS 
Existe a Interlegis. 
Trata-se de uma rede de comunicação e informação para os Parlamentares brasileiros, 
nas esferas federal, estadual e municipal. 
A Rede Interlegis permite a formação de uma comunidade virtual do Poder Legislativo 
utilizando a internet como tecnologia de suporte. 
A Rede tem dois níveis de acesso. 
Um restrito aos Parlamentares e órgãos do Legislativo e outro aberto à sociedade em 
geral. 
Uma de suas utilidades da Rede será a distribuição geral ou seletiva de documentos, 
tais como discursos, anteprojetos e projetos de lei. 
Entre as informações legislativas disponíveis, destacamos as seguintes: 
a) atos normativos - conceitos básicos (fonte: Manual de Redação Oficial da 
Presidência da República); 
b) glossário de termos legislativos (fonte: Manual de Redação da Câmara dos 
Deputados); 
c) coletâneas de legislação por assunto; 
d) legislação federal, estadual e municipal 
e) Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada. 
 
Rede Interlegis 
www.interlegis.gov.br
 
 
- LEGISLAÇÃO DE DIREITO DA INFORMÁTICA 
Destacamos, no campo da seleção de projetos de lei, o apanhado realizado pela 
Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico em torno das proposições legislativas 
relacionadas com o direito da informática em suas mais variadas vertentes. 
 
 
Projetos de Lei - Direito da Informática 
www.camara-e.net
 
 
- LEGISLAÇÃO SETORIAL 
Outro fenômeno importante, amplamente disseminado na rede mundial de 
computadores, consiste no desenvolvimento de seções ou páginas dedicadas à 
legislação setorial nos sites de órgãos ou entidades públicas e privadas. 
 
Legislação sobre a Dívida Ativa da União 
www.pgfn.fazenda.gov.br 
 
Legislação sobre consumidor 
www.mj.gov.br/DPDC/servicos/legislacao.htm 
www.mj.gov.br
 
 
- DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO 
Também é possível acompanhar pela internet o conteúdo de vários jornais oficiais, 
notadamente o Diário Oficial da União no site da Imprensa Nacional. 
 
 
Diário Oficial da União 
www.in.gov.br
 
 
 
- SITES JURÍDICOS: BOLETINS 
Merece destaque o fato de que vários sites jurídicos, alguns de forma gratuita, 
produzem e distribuem por correio eletrônico boletins de legislação de caráter geral ou 
restritos a determinadas áreas de atuação jurídica. 
 
 
Boletim gratuito da Legislação Tributária 
www.tributario.net 
 
Boletim gratuito deatualização legislativa 
www.uj.com.br
 
 
- CÓDIGOS COM ATUALIZAÇÃO PELA INTERNET 
Ainda no campo da atualização legislativa deve ser registrada a comercialização de 
códigos (civil, penal, tributário, etc) impressos com veiculação, na internet, de 
suplementos de atualização. 
 
 
Saraiva 
www.saraivajur.com.br 
 
Revista dos Tribunais 
www.rt.com.br
 
 
 
 
 
 
 
1 (0,2p). Segundo o texto, é o site mais adequado para a pesquisa de Medidas 
Provisórias em tramitação: 
Senado Federal 
Presidência da República 
Interlegis 
 
2 (0,2p). Segundo o texto, a pesquisa de legislação setorial deve ser realizada no 
site do(a): 
Senado Federal 
Presidência da República 
ente/órgão público ou privado dedicado ao trato da matéria 
 
3 (0,2p). Segundo o texto, são apanhados de legislação enviados por correio 
eletrônico: 
kits de legislação 
boletins de legislação 
CDs de legislação 
 
4 (0,2p). Segundo o texto, são conjuntos com vários elementos, notadamente 
legislativos, acerca de determinados assuntos: 
kits de legislação 
boletins de legislação 
CDs de legislação 
 
5 (0,2p). Complete (com a palavra que falta) a assertiva seguinte conforme o 
texto. 
"A ferramenta '(...)', presente no site da Câmara dos Deputados, permite a 
pesquisa dos dispositivos constitucionais já regulamentados ..." 
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL 
CÓDIGOS COMENTADOS 
LEGISLAÇÃO FEDERAL DO BRASIL 
 
6 (1,0p). Localize e copie (para o campo existente abaixo) um dispositivo da 
legislação brasileira envolvendo expressamente a internet. Entende-se "um 
dispositivo" por um artigo, somente um artigo (não é preciso todo o diploma 
legal). 
 
	A) Requisitos formais
	B) Processo de votação 
	C) Limite material

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