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Tabela com as TEORIAS DO DIREITO PENAL

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TEMPO DO CRIME
TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE 
Considera-se praticado o crime no
momento da conduta (A/O) – teoria
adotada pelo CP (art. 4°).
“Art. 4º C.P. - Considera-se pratica-
do o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o mo-
mento do resultado.”
Considera-se praticado o crime no
momento do resultado.
Considera-se praticado o crime no
momento da conduta (A/O) ou do
resultado. 
LUGAR DO CRIME
TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE 
O crime considera-se praticado no
lugar da conduta.
O crime considera-se praticado no
lugar do resultado. 
o crime considera-se praticado no 
lugar da conduta ou do resultado. 
Adotada.
“Art. 6º - Considera-se praticado o
crime no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em par-
te, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado (a
circunstância alheia à vontade do
agente que impediu o resultado
deve ocorrer no território nacio-
nal).”
CRIME
TEORIA TRIPARTITE TEORIA BIPARTITE
Crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade Crime = fato típico + ilicitude
* Culpabilidade como pressuposto para aplicação da
pena
CONDUTA
TEORIA CAUSALISTA 
(CAUSAL-NATURALISTA/
CLÁSSICA/NATURALÍSTICA/MECANICISTA)
Idealizada por Von Liszt, Beling, Radbruch.
Início do século XIX.
Marcadas pelos ideais positivistas. 
Segue o método empregado pelas ciências naturais 
Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico (conduta), Ilici-
tude e Culpabilidade
Conduta: movimento corporal voluntário que produz
uma modificação no mundo exterior, perceptível pelos
sentidos.
Experimentação
TEORIA NEOKANTISTA 
(CAUSAL-VALORATIVA/NEOCLÁSSICA/NORMATIVISTA)
Idealizada por Edmund Mezger.
Desenvolvida nas primeiras décadas do século XX.
Tem base causalista
Fundamenta-se em uma visão neoclássica, marcada
pela superação do positivismo, introduzindo a raciona-
lização do método 
Valoração 
Conduta: Comportamento humano voluntário causador
de um resultado.
TEORIA FINALISTA 
Criada por Hans Welzel.
Meados do século XX (1930 – 1960).
Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no
substrato errado (não devem integrar a culpabilidade).
Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica-
TEORIA FINALSITA
(ÔNTICO-FENOMENOLÓGICA)
mente dirigido a um fim (toda conduta é orientada por
um querer).
OBS: Para Welzel, toda consciência é intencional.
OBS: Retira do dolo seu elemento normativo (consciên-
cia da ilicitude).
OBS: Culpabilidade formada apenas por elementos nor-
mativos (potencial consciência da ilicitude, exigibilida-
de de conduta diversa, imputabilidade). 
OBS: Dolo normativo (consciência da ilicitude) passa a
ser dolo natural/valorativamente neutro (dolo sem
consciência da ilicitude).
Dica: supera-se a cegueira do causalismo com um fina-
lismo vidente.
TEORIA SOCIAL DA AÇÃO
Desenvolvida por Wessels, tendo como principal adepto
Jescheck.
A pretensão desta teoria não é substituir as teorias
clássica e finalista, mas acrescentar-lhes uma nova di-
mensão, qual seja, a relevância social do comporta-
mento.
Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica-
mente dirigido a um fim, socialmente reprovável.
ATENÇÃO: para esta teoria, o dolo e a culpa integram o
fato típico (finalismo), mas são novamente analisados
no juízo da culpabilidade (causalismo). 
 FUNCIONALISMO (TEORIAS FUNCIONALISTAS)
Ganham força e espaço na década de 1970, discutidas
com ênfase na Alemanha.
Buscam adequar a dogmática penal aos fins do Direito
Penal.
Percebem que o Direito Penal tem necessariamente
uma missão e que seus institutos devem ser compreen-
didos de acordo com essa missão – (edificam o Direito
Penal a partir da função que lhe é conferida).
Conclusão: a conduta deve ser compreendida de acor-
do com a missão conferida ao direito penal.
FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / DUALISTA / MODERA-
DO / DA POLÍTICA CRIMINAL / VALORATIVO
Roxin (Escola de Munique)
CRIME: fato típico (conduta), ilícito e reprovável (im-
putabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigi-
bilidade de conduta diversa e necessidade da pena). 
OBS: Roxin busca a reconstrução do Direito Penal com
base em critérios político-criminais.
Missão do Direito Penal: proteção de bens jurídicos.
Proteger os valores essenciais à convivência social har-
mônica.
Conduta: Comportamento humano voluntário causador
de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao
bem jurídico tutelado.
FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL
FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL
Jakobs (Escola de Bonn)
CRIME: fato típico (conduta), ilícito e culpável (imputa-
bilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibili-
dade de conduta diversa).
OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve visar primordi-
almente à reafirmação da norma violada e ao fortaleci-
mento das expectativas de seus destinatários.
Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do siste-
ma.
Está relativamente vinculada à noção de sistemas soci-
ais (Niklas Luhmann). 
Conduta: Comportamento humano voluntário causador
de um resultado violador do sistema, frustrando as ex-
pectativas normativas.
OBS: Ação é produção de resultado evitável pelo indiví-
duo (teoria da evitabilidade individual).
OBS: O agente é punido porque violou a norma e a pena
visa reafirmar a norma violada.
TEORIAS DO DOLO
TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRESENTAÇÃO TEORIA DO CONSENTIMENTO/
ASSENTIMENTO
Dolo é a vontade consciente de que-
rer praticar a infração penal.
Dolo = previsão (consciência) + que-
rer
OBS: Adotada pelo CP em relação
ao dolo direto.
Fala-se em dolo sempre que o agen-
te tiver a previsão do resultado
como possível e, ainda assim, deci-
dir prosseguir com a conduta.
Dolo = previsão ( consciência) +
prosseguir com a conduta
ATENÇÃO: Esta teoria acaba abran-
gendo no conceito de dolo a culpa
consciente.
Fala-se em dolo sempre que o agen-
te tiver a previsão do resultado
como possível e, ainda assim, decide
prosseguir com a conduta, assumin-
do o risco de produzir o evento.
Dolo = previsão (consciência) + pros-
seguir com a conduta assumindo o
risco do evento
OBS: Esta teoria, diferente da ante-
rior, não mais abrange no conceito
de dolo a culpa consciente.
OBS: Adotada pelo CP em relação ao
dolo eventual.
#Quais destas teorias foram adotadas pelo Brasil?
- Teoria da vontade: dolo direto
- Teoria do consentimento: dolo eventual
FASES DA TIPICIDADE
INDEPENDÊNCIA
(BELING)
CARÁTER INDICIÁRIO DA
ILICITUDE 
(RATIO COGNOSCENDI) 
(MAYER)
ESSÊNCIA DA ILICITUDE 
(“RATIO ESSENDI”) 
(MEZGER)
TEORIA DOS ELEMENTOS
NEGATIVOS DO TIPO 
(ILICITUDE SEM AUTONO-
MIA)
Não há ligação do fato
típico com a ilicitude e
com a culpabilidade.
Ocorrendo o fato típico há
um indício de ilicitude,
que poderá ser afastada se
ocorrer alguma de suas ex-
cludentes. 
Adotada pelo CP.
Todas as condutas típicas
são ilícitas. Tipicidade e
ilicitude não são institutos
distintos.
Todas as condutas típicas
são ilícitas. No entanto,
para essa teoria, as causas
de exclusão da ilicitude
integram a tipicidade.
RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE 
TEORIA DA AUTONOMIA
OU ABSOLUTA INDEPEN-
DÊNCIA 
TEORIA DA INDICIARIEDA-
DE OU RATIO COGNOS-
CENDI 
 TEORIA DA ABSOLUTA
DEPENDÊNCIA OU RATIO
ESSENDI 
TEORIA DOS ELEMENTOS
NEGATIVOS DO TIPO 
VON BELING (1906). 
A tipicidade não tem qual-
quer relação com a ilicitu-
de. 
CUIDADO: excluída a ilici-
tude o fato permanece
típico. 
Ex: Fulano mata Beltrano –
temos um fato típico.
Comprovado que Fulano
agiu em legítima defesa,
exclui a ilicitude, mas per-
manece o fato típico.
MAYER (1915). 
A existência de fato típicogera presunção de ilicitu-
de. 
- Relativa dependência. 
CUIDADO: excluída a ilici-
tude, o fato permanece
típico. 
Ex: Fulano mata Beltrano.
Comprova a tipicidade,
presume-se a ilicitude. Fu-
lano tem que provar que
agiu em legítima defesa.
Comprovando, desaparece
MEZGER (1930) 
A ilicitude é essência da
tipicidade, numa relação
de absoluta dependência. 
CUIDADO: excluída a ilici-
tude, exclui-se o fato típi-
co (tipo total injusto).
Chega no mesmo resultado
da 3ª teoria, mas por outro
caminho. 
De acordo com essa teoria,
o tipo penal é composto de
elementos positivos (ex-
plícitos) e elementos ne-
gativos (implícitos). 
ATENÇÃO: para que o fato
seja típico, é preciso pra-
ticar os elementos positi-
vos do tipo, e não prati-
car os elementos negati-
vos do tipo.
a ilicitude, mas o fato con-
tinua típico. 
De acordo com a maioria
da doutrina, o Brasil seguiu
a TEORIA DA INDICIARIE-
DADE, isto é, provada a ti-
picidade, presume-se rela-
tivamente a ilicitude, pro-
vocando inversão do ônus
da prova nas descriminan-
tes.
Ex: matar alguém. Elemen-
tos positivos: matar al-
guém. Elementos negati-
vos: estado
necessidade/legítima defe-
sa.
ESTADO DE NECESSIDADE
TEORIA DIFERENCIADORA
CPM arts. 39 e 45
TEORIA UNITÁRIA
CP art. 24, §2°
Estado de necessidade justificante
Exclui a ilicitude
Bem jurídico: vale + ou = (vida)
Bem sacrificado: vale – ou + (patrimônio)
Estado de necessidade justificante
Exclui a ilicitude
Bem jurídico: vale + ou = (vida)
Bem sacrificado: vale – ou + (patrimônio)
Estado de necessidade exculpante
Exclui a culpabilidade
Bem jurídico: vale - (patrimônio)
Bem sacrificado: vale + (vida)
OBS: Para a Teoria Diferenciadora o Estado de Necessi-
dade pode ser ou causa de exclusão da ilicitude ou da
culpabilidade (considera a variação de valor dos bens
em conflito). Para a Teoria Unitária o Estado de Neces-
sidade será sempre causa de exclusão da ilicitude (es-
tado de necessidade justificante).
#E no caso do bem protegido valer menos que o bem
sacrificado? Pode servir como diminuição de pena.
ERRO SOBRE OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS
TEORIA LIMITADA DA CULPABILIDA-
DE 
(prevalece no Brasil)
TEORIA EXTREMADA DA CULPABILI-
DADE
TEORIA EXTREMADA “SUI GENERIS”
DA CULPABILIDADE
O erro sobre os pressupostos fáticos
deve equiparar-se a erro de tipo. Se
inevitável, exclui dolo e culpa; se
evitável, pune a culpa. Prevista na
exposição de motivos do CP. Apesar
de previso no art. 20, §1° que o
agente fica isento de pena, a conse-
quência será a exclusão da tipicida-
de (ausência de dolo e culpa).
Equipara-se a erro de proibição. Se
inevitável, isenta o agente de pena;
se evitável, diminui a pena.
De acordo com essa teoria, o art.
20, §1°, CP, reúne as duas teorias
anteriores, seguindo a extremada,
quando o erro é inevitável, e a limi-
tada, quando o erro é evitável.
CULPABILIDADE
TEORIA PSICOLÓGICA
FRANZ VON LISZT E BELING
A culpabilidade seria constituída pelo elemento psicoló-
gico – dolo ou culpa. 
A imputabilidade não é elemento da culpabilidade. 
A imputabilidade é considerada como um pressuposto
para análise da culpabilidade e não elemento constitu-
tivo dela. 
O dolo é normativo (consciência da ilicitude).
EDMUND MEZGER, BERTOLD FREUDENTHAL, GOLDS-
CHIMITD E FRANK.
A culpabilidade seria constituída pelos elementos psico-
TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA
lógicos/subjetivos (dolo e culpa), além dos elementos
normativos: imputabilidade e exigibilidade de condu-
ta diversa. 
Para esta segunda teoria a consciência da ilicitude es-
tava embutida no dolo. 
Atualmente, o dolo é o binômio consciência e vontade,
sendo que a consciência não é da ilicitude, mas sim a
consciência de saber o que se está fazendo. 
Não rompe com o causalismo, mas é influenciada pelo
neokantismo.
 
TEORIA NORMATIVA OU TEORIA NORMATIVA PURA
HANS WELZEL
Toda conduta humana é destinada a um fim, portanto,
toda conduta humana é dolosa ou culposa, necessaria-
mente. 
Welzel retirou o dolo e a culpa da culpabilidade e os
colocou na conduta humana, elemento do fato típico.
Ao fazer isso, retira a consciência da ilicitude do dolo
(aspecto normativo), para entender que culpabilidade é
imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e a
potencial consciência da ilicitude. 
Este é o atual estágio da culpabilidade – culpabilidade
normativa.
Dolo e culpa fazem parte da conduta humana penal-
mente relevante, ao passo que a culpabilidade é consti-
tuída de elementos normativos. 
Dolo deixa de ser normativo e passa a ser natural.
TEORIAS SOBRE O MOMENTO DE INÍCIO DA EXECUÇÃO
TEORIA DA HOSTILIDADE AO BEM
JURÍDICO/CRITÉRIO MATERIAL 
TEORIA OBJETIVO-FORMAL TEORIA OBJETIVO-INDIVIDUAL 
Consideram-se atos executórios
aqueles que atacam o bem jurídico,
criando-lhe concreta situação de pe-
rigo. 
Nélson Hungria.
Entende-se como ato executório
aquele que inicia a realização do
núcleo do tipo. 
Frederico Marques.
Consideram-se atos executórios
aqueles que, de acordo com o plano
do agente, ocorrem no período ime-
diatamente anterior ao começo da
realização do núcleo. 
STJ.
Maioria da doutrina moderna. 
Zaffaroni.
PUNIÇÃO DA TENTATIVA
TEORIA OBJETIVA/REALÍSTICA TEORIA SUBJETIVA/VOLUNTARÍSTICA/MONISTA 
Observa o aspecto objetivo do delito (sob a perspectiva
dos atos praticados pelo agente). 
A punição se fundamenta no perigo de dano acarretado
ao bem jurídico, verificado na realização de parte do
processo executório. 
Conclusão: por ser objetivamente incompleta, a tenta-
tiva merece pena reduzida.
A tentativa é chamada de tipo manco.
Quanto maior a proximidade da consumação menor será
a diminuição, e vice-versa (leva-se em conta o iter cri-
minis percorrido pelo agente).
Adotado pelo CP.
Observa o aspecto subjetivo do delito (sob a perspecti-
va do dolo). 
Conclusão: sob a perspectiva subjetiva (dolo), a consu-
mação e a tentativa são idênticas, logo, a tentativa
deve ter a mesma pena da consumação, sem redução.
Regra: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a pena da consumação reduzida de 1/3 a 2/3). 
Exceção: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com a mesma pena da consumação – sem redução). São os cri-
mes de atentado ou empreendimento.
CRIME IMPOSSÍVEL / QUASE-CRIME / CRIME OCO / TENTATIVA INIDÔNEA / TENTATIVA INADEQUADA /
TENTATIVA INÚTIL 
TEORIA SINTOMÁTICA TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA 
Com a sua conduta, demonstra o
agente ser perigoso, razão pela qual
deve ser punido, ainda que o crime
se mostre impossível de ser consu-
mado. Por ter como fundamento a
periculosidade do agente, esta teo-
ria se relaciona diretamente com o
direito penal do autor. 
Sendo a conduta subjetivamente
perfeita (vontade consciente de pra-
ticar o delito), deve o agente sofrer
a mesma pena cominada à tentativa,
sendo indiferente os dados (objeti-
vos) relativos à impropriedade do
objeto ou ineficácia do meio, ainda
quando absolutas. O agente deve ser
punido porque revelou vontade de
praticar o crime. 
Crime é conduta e resultado. Este
configura dano ou perigo de dano ao
bem jurídico. A execução deve ser
idônea, ou seja, trazer a potenciali-
dade do evento. Caso inidônea, te-
mos configurado o crime impossível.
O agente não deve ser punido por-
que não causou perigo aos bens pe-
nalmente tutelados. A teoria objeti-
va subdivide-se:
1) TEORIA OBJETIVA PURA: não há
tentativa, mesmo que a inidoneida-
de seja relativa, considerando-se,
neste caso, que não houve conduta
capaz de causar lesão. 
2) TEORIA OBJETIVA TEMPERADA
OU INTERMEDIÁRIA: a ineficácia do
meio e a impropriedade do objeto
devem ser absolutas para que não
haja punição. Sendo relativas, pune-
se a tentativa. É a teoria adotada
pelo Código Penal.CONCURSO DE AGENTES
TEORIA MONISTA 
(UNITÁRIA OU IGUALITÁRIA)
TEORIA PLURALISTA
TEORIA DA CUMPLICIDADE-DELITO
DISTINTO 
TEORIA DA AUTONOMIA DA CON-
CORRÊNCIA
TEORIA DUALISTA
O crime é único para todos os con-
correntes. Regra no CP.
A pena será aplicada na medida da
culpabilidade de cada agente. O juiz
fixará a pena levando em considera-
ção circunstâncias relacionadas ao
fato, à vítima e ao agente. Segundo
Luiz Regis Prado, o CP adotou a teo-
ria monista de forma matizada ou
temperada, já que estabeleceu cer-
tos graus de participação e um ver-
dadeiro reforço do princípio consti-
tucional da individualização da
pena.
A cada um dos agentes se atribuem
conduta, razão pela qual cada um
responde por delito autônomo. Ha-
verá tantos crimes quanto sejam os
agentes que concorrem para o fato.
Cada um responde pelo seu crime.
Adotada pelo CP em casos excepcio-
nais.
Tem-se um crime para os executores
do núcleo e outro aos que não o rea-
lizam, mas concorrem de qualquer
modo. Divide a responsabilidade dos
autores e dos partícipes. Crime úni-
co para autores principais (partici-
pação primária) e outro crime único
para os autores secundários/partíci-
pes (participação secundária).
O CP adotou como regra a TEORIA MONISTA: 
“Art. 29 C.P. - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na me-
dida de sua culpabilidade.” 
Excepcionalmente, no que tange à infração penal, o CP adotou ora o DUALISMO, ora o PLURALISMO. 
Exemplo - dualismo: art. 29, §1° e §2°, CP.
Exemplos - pluralismo: no aborto, o agente provocador responde pelo art. 126, CP e a gestante pelo art. 124,
CP.
AUTORIA
TEORIA SUBJETIVA 
TEORIA UNITÁRIA
TEORIA EXTENSIVA 
(Mezger)
TEORIA OBJETIVA 
TEORIA DUALISTA
TEORIA DO DOMÍNIO DO
FATO 
não existe distinção entre
autor e partícipe. 
Conclusão: todo aquele
que de alguma forma con-
tribui para a produção do
resultado é autor.
OBS: Tem como funda-
mento a teoria da equiva-
lência dos antecedentes
causais. 
 não distingue autor do
partícipe, mas permite o
estabelecimento de graus
diversos de autoria. 
Conclusão: todos aqueles
que concorrem para o
mesmo evento são auto-
res. No entanto, a depen-
der da contribuição temos
graus diversos de autoria.
OBS: Tem como funda-
mento a teoria da equiva-
lência dos antecedentes
causais. 
Estabelece clara distinção
entre autor e partícipe.
Conceito restritivo de au-
tor. Esta teoria divide-se
em:
1. TEORIA OBJETIVO FOR-
MAL:
Autor: realiza o núcleo do
tipo.
Executa, total ou parcial-
mente, a conduta que rea-
liza o tipo.
Partícipe: concorre sem
realizar o núcleo do tipo.
Coautoria: conjuntamente
realizam o núcleo do tipo –
princípio da imputação re-
cíproca.
Concepção majoritaria-
mente adotada.
OBS: não explica as ques-
tões que envolvem a auto-
ria mediata.
2. TEORIA OBJETIVO MA-
TERIAL:
Autor: contribui de forma
mais efetiva para a con-
corrência do resultado
(sem necessariamente pra-
ticar o núcleo do tipo)
Partícipe: concorre de for-
ma menos relevante
Exposição de motivos do
Código Penal – item 25
(adotou teoria objetivo
formal)
OBS: na concepção de Ro-
xin, o domínio do fato
pode se dar de 3 formas:
- Domínio da ação (autor
imediato): o autor realiza
pessoalmente os elemen-
tos do tipo.
- Domínio da vontade (au-
tor mediato): é autor
aquele que domina a von-
tade de um terceiro que é
utilizado como instrumen-
to.
- Domínio funcional do
fato (autor funcional): em
uma atuação conjunta (di-
visão de tarefas) para a
realização de um fato, é
autor aquele que pratica
um ato relevante na exe-
cução (não na fase prepa-
ratória) do plano delitivo
global.
#Autor: é quem controla
finalisticamente o fato,
ou seja, quem decide a
sua forma de execução,
seu início, cessação e de-
mais condições. 
Ex.: “Mensalão”: José Dir-
ceu era quem controlava
os eventos, apesar de não
ter realizado os núcleos
dos tipos.
#Partícipe: será aquele
que, embora colabore do-
losamente para o alcance
do resultado, não exerce
domínio sobre a ação. 
ATENÇÃO: Podemos afir-
mar que tem o controle
final do fato: 
a) Aquele que, por sua
vontade, executa o núcleo
do tipo (autor propriamen-
te dito)
b) Aquele que planeja o
crime para ser executado
por outras pessoas (autor
intelectual)
c) Aquele que se vale de
um não culpável ou de
pessoa que age sem dolo
ou culpa para executar o
tipo (autor mediato)
OBSERVAÇÃO IMPORTAN-
TE: a teoria do domínio do
fato tem aplicação apenas
nos crimes dolosos, única
forma em que se admite o
controle finalístico sobre o
fato criminoso. Nos crimes
culposos, o autor não pos-
sui o domínio do fato, pois
não quer a produção do
resultado.
PARTÍCIPE
TEORIA DA ACESSORIEDA-
DE MÍNIMA
TEORIA DA ACESSORIEDA-
DE MÉDIA / LIMITADA 
(prevalece)
TEORIA DA ACESSORIEDA-
DE MÁXIMA (EXTREMADA)
TEORIA DA HIPERACESSO-
RIEDADE
Para punir o partícipe, bas-
ta que o fato principal seja
típico. 
Crítica: é uma teoria injus-
ta, pois se o partícipe in-
duzir alguém a matar ou-
trem em legítima defesa,
só o partícipe será punido.
Para punir o partícipe, bas-
ta que o fato principal seja
típico e ilícito, indepen-
dentemente da culpabili-
dade e da punibilidade do
agente.
Ex.: Fulano participa de
fato praticado por menor. 
ATENÇÃO: Fulano é par-
tícipe (e não autor media-
to). Não se confunde o par-
tícipe de um fato previsto
com crime praticado por
um menor com o autor me-
diato que se vale de um
menor para praticar um
fato.
Para punir o partícipe, bas-
ta que o fato principal seja
típico, ilícito e culpável. 
Ex.: Fato praticado por
menor com auxílio de um
maior imputável, este
agente não será punível.
Para punir o partícipe, o
fato principal deve ser típi-
co, ilícito, culpável e puní-
vel. 
FINALIDADES DA PENA
CORRENTE ABSOLUTISTA CORRENTE UTILITARISTA/RELATI-
VAS/PREVENTIVAS
CORRENTE ECLÉTICA 
(TEORIA MISTA)
A pena tem como objetivo retribuir
o mal causado. A pena não possui
nenhum fim socialmente útil. Kant e
Hegel.
A pena atua como instrumento de
prevenção.
A pena objetiva retribuição + pre-
venção. Adotada pelo nosso CP
(art. 59).
“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpa-
bilidade, aos antecedentes, à condu-
ta social, à personalidade do agen-
te, aos motivos, às circunstâncias e
consequências do crime, bem como
ao comportamento da vítima, esta-
belecerá, conforme seja necessário
e suficiente para reprovação e pre-
venção do crime.”
SISTEMA DA APLICAÇÃO DA PENA
SISTEMA DO CÚMU-
LO MATERIAL
SISTEMA DO CÚMU-
LO JURÍDICO
ABSORÇÃO EXASPERAÇÃO RESPONSABILIDADE
ÚNICA E DA PENA
PROGRESSIVA ÚNICA
Cada delito corres-
ponde a uma pena,
que será somada com
as demais. 
É adotado pelo CP
nos arts. 69 (concur-
so material), 70, ca-
put, 2a parte (con-
curso formal impró-
prio/imperfeito) e
na aplicação das pe-
nas de multa.
Não há cumulação de
panas. 
Aplica-se uma única
pena, mas com seve-
ridade suficiente
para atender a gravi-
dade dos crimes pra-
ticados.
A pena a ser aplicada
deve ser a do delito
mais grave.
A pena a ser aplicada
deve ser a do delito
mais grave, mas au-
mentada em certa
quantidade. 
Adotado pelo CP nos
arts. 70, caput, 1a
parte (concurso for-
mal próprio/perfei-
to) e 71 (crime con-
tinuado).
Não há cumulação de
penas, mas deve-se
aumentar a responsa-
bilidade do agente à
medida que aumenta
o número de infra-
ções.

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