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FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 1 26/08/2017 A Emenda Constitucional 45/2004 inseriu na Constituição, a partir do Artigo 92, inúmeras alterações, principalmente no que tange a chamada Reforma do Poder Judiciário. Inclusive o Art. 102 e 103, CF, que será objeto de nosso estudo. Art. 92, CF São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A - o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Art. 102, CF Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; h) (Revogada). i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 2 q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Mesa de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. § 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá- lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Art. 103, CF. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. § 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. Art. 103-A, CF. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º A súmula terápor objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 3 § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 103-B, CF. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) § 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 4 proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VII elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúnciasde qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Emenda constitucional é uma alteração feita em determinado texto específico presente na Constituição de um Estado, alterando as bases da lei em determinada matéria. Para que haja uma emenda constitucional, é necessário o desenvolvimento de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e sua aprovação por, no mínimo, um terço do total de parlamentares, além de ter que ser aprovada pela Câmara dos Deputados, Senado Federal e pela Presidência da República (no caso do Brasil). Todos os requisitos para que a Constituição Federal Brasileira de 1988 possa ser emendada estão predefinidos no artigo 60 da própria Constituição. No entanto, vale destacar que as emendas constitucionais não podem alterar as chamadas “cláusulas pétreas” da Constituição, que consistem em dispositivos que não podem ser modificados por nenhum motivo. No Brasil, por exemplo, o direito ao voto direto, secreto, universal e periódico é classificado como uma cláusula pétrea na Constituição Federal. https://www.significados.com.br/emenda-constitucional/ Art. 60, CF A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 5 II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. SÚMULAS VINCULANTES Estas Súmulas deu ao Poder Judiciário o status de legislador. Os seus efeitos não só atingirá o Poder Judiciário como também todos os Órgãos da Administração Pública. Hoje nós temos 55 Súmulas publicadas, a Súmula de número 56 está em fase de votação. A partir da Súmula Nº 622 é que surge a Constituição de 1988. Uma vez editada uma Súmula ela vai recair para todos. Ou seja, o que um juiz de 1º Grau tem que fazer agora? Observar a Súmula, porque sobre determinada matéria ele vai ter que julgar de acordo com aquela Súmula. Um juiz pode julgar contra a Súmula? O juiz tem o chamado poder de convencimento, ele pode julgar, mas as pessoas que estão litigando, vão apelar sobre aquela matéria. Existem dois tipos de Súmulas: Súmula Vinculante que tem força de lei; Súmula Comum. STF tem 11 Ministros (somente 3 são magistrados de carreira). 1. ALGEMAS Súmula Vinculante Nº 11 Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. Quem terá que escrever por escrito a necessidade de algemas? A autoridade que está efetuando a prisão. Fala em autoridade judiciária? Não. No Brasil as atribuições de polícia judiciária são da competência das Polícias Civis das 27 unidades da federação (Polícias Civis dos Estados e do Distrito Federal) e da Polícia Federal, de acordo com os parágrafos 4º e 1º, do artigo 144, da Constituição Brasileira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_judici%C3%A1ria Art. 144, CF. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 6 I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina- se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina- se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem públicae da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) A Polícia Militar pode fazer o uso de algemas? Sim. A Súmula fala em autoridade da segurança pública? Não A Guarda Municipal pode fazer o uso de algemas? Sim A algema poderá ser usada, mas, quem o fizer, terá que fundamentar, dizendo que utilizou daquelas algemas para resguardar a segurança de todos. Sob pena, se ela for utilizada de forma arbitrária, ser responsabilizado civil, penal e administrativamente sem afastar a responsabilidade civil do Estado. Quando um agente público comete um ato arbitrário, uma vez movida uma ação, a responsabilidade civil do Estado é acionada. O Estado irá mover uma ação contra seu servidor. 2. ATOS ADMINISTRATIVOS Súmula Nº 346 A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Quando falamos em nulidade, referimo-nos e um vício de legalidade. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 7 Essa súmula precisa ser estabelecida por um juiz de 1º Grau? Ele pode respeitar? Pode, mas ele pode contrariá-la? Pode. A súmula, inclusive, é motivo para afastar recurso. O Poder Judiciário também pode anular os atos da Administração Pública. Art. 5º, CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXV - A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Somente a Administração Pública pode revogar seus atos. Súmula Nº 473 A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Art. 6º, Lei 8.666/93 Regulamenta o Art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas; XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente; Art. 37, CF A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) Estes dois incisos tratam de dois termos: Administração Pública e Administração. As Súmulas nº 346 e nº 473 tratam de Administração Pública e Administração que não são a mesma coisa. Quando é citado Administração (sem a palavra Pública), refere-se a Órgãos (Entes despersonalizados). A Discricionariedade (Conveniência ou Oportunidade) respeita o Direito adquirido (Art. 5º, XXXVI, CF). Lei 9784/99 Art. 5º, XXXVI, CF A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Art. 53, Lei 9.784/99 Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Entes Despersonalizados É sabido que os órgãos públicos, como instituições integrantes da estrutura da Administração Direta, são entes despersonalizados, ou sejam, sem personalidade jurídica própria. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 8 Mencionada característica impede que os órgãos públicos sejam sujeitos processuais, posto que destituídos da capacidade de ser parte. Assim, sendo a capacidade de ser parte um pressuposto processual, ausente aquela, não poderá o órgão público operar em um dos polos de uma demanda. Nesse sentido, as ações dos órgãos públicos são imputadas às pessoas jurídicas às quais pertencem, cabendo a elas, portanto, postular e defender direitos concernentes aos órgãos públicos que fazem parte de sua estrutura. https://danieleadv.jusbrasil.com.br/artigos/123321217/possibilidade-dos-orgaos-publicos-adquirirem-capacidade-de-ser-parte Discricionariedade É a qualidade do poder discricionário. Traduz-se em apresentar o poder que é conferido à Administração Pública para agir livremente, ou seja, sem estar vinculada à determinada conduta, desde que aja dentro dos limites legais e em defesa da ordem pública. Tal poder assegura a posição de supremacia da Administração Pública sobre o particular. http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/895/Discricionariedade 3. BENS PÚBLICOS Consideramos como bens públicos somente aqueles pertencentes às entidades de direito público, em face das características de impenhorabilidade, de inalienabilidade, de não-onerabilidade e de imprescritibilidade, que informam essa categoria de bens. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/conceito-de-bens-publicos-na-visao-de.html Art. 98, CC São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99, CC São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Leituras: Art. 40 e seguintes, CC Art. 79 e seguintes, CC Classificação básica de Bens: Móveis Imóveis Art. 79, CC São bens imóveis o solo e tudo quanto se lheincorporar natural ou artificialmente. Art. 82, CC São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 9 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS QUANTO A TITULARIDADE: Os bens públicos, quanto à natureza da pessoa titular, podem ser federais, estaduais ou municipais, conforme pertençam, respectivamente, à União, aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios, ou as suas autarquias ou fundações de direito público. QUANTO A DESTINAÇÃO: Bens de uso comum do povo. Bens de uso comum do povo São aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, que podem ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público. Exemplos de bens públicos de uso comum do povo: As ruas, as praças, os logradouros públicos, as estradas, os mares, as praias, os rios navegáveis, etc. Em regra são colocados à disposição da população gratuitamente, porém nada impede que venha a ser exigida uma contraprestação, bem como uma remuneração, por parte da Administração Pública, como por exemplo, ao ser cobrado a tarifa de pedágio nas estradas rodoviárias. Esses bens, apesar de destinados à população em geral, estão sujeitos ao poder de polícia do Estado, consubstanciado na regulamentação, na fiscalização e na aplicação de medidas coercitivas, visando à conservação da coisa pública e à proteção do usuário. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-dos-bens-publicos-para.html Bens de uso especial Prédios públicos em geral. Bens de uso especial São todos aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. São todos aqueles utilizados pela Administração para a execução dos serviços públicos Exemplos de bens públicos de uso especial: Todos os edifícios públicos onde se situam repartições públicas (os prédios do Executivo, do Legislativo e Judiciário); as escolas; as universidades; as bibliotecas; os hospitais; os quartéis; os cemitérios públicos; os aeroportos; os museus; os mercados públicos; as terras reservadas aos indígenas; os veículos oficiais; o material de consumo da administração; os terrenos aplicados aos serviços públicos. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-dos-bens-publicos-para.html Bens dominicais Bens dominicais São os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles que não têm uma destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para fazer renda. Enfim, todos os bens que não se enquadram como de uso comum do povo ou de uso especial são bens dominicais. Exemplos de bens dominicais: As terras devolutas e todas as terras que não possuem uma destinação pública específica; os terrenos de marinha; os prédios públicos desativados; os móveis inservíveis; a dívida ativa, etc. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 10 http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-dos-bens-publicos-para.html QUANTO A DISPONIBILIDADE: Bens indisponíveis por natureza São os chamados de bens de uso comum do povo. Não podemos dispor deles para garantia. Bens indisponíveis por natureza – São aqueles que, dada a sua natureza não patrimonial, não podem ser alienados ou onerados pelas entidade a que pertencem. São bens de natureza não patrimonial, insuscetíveis de alienação peço poder público. Os bens de uso comum do povo, como regra geral, são bens absolutamente indisponíveis, como os mares, os rios, as estradas, etc. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-dos-bens-publicos-para.html Bens patrimoniais indisponíveis Aqueles que possuem uma destinação especifica. Destinação específica: Afetação Destino uma finalidade para o bem público. Desafetação Retiro a finalidade do bem público. Bens patrimoniais indisponíveis São aqueles de que o Poder Público não pode dispor, embora tenham natureza patrimonial, em razão de estarem afetados a uma destinação pública específica. Enfim, são bens que possuem valor patrimonial, mas que não podem ser alienados porque são utilizados efetivamente pelo Estado para uma específica finalidade pública. São bens patrimoniais indisponíveis: Os bens de uso especial, ou bens de uso comum susceptíveis de avaliação patrimonial, sejam móveis ou imóveis, tais como: os prédios das repartições públicos, os veículos oficiais, as escolas públicas, as universidades públicas, os hospitais públicos, etc. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-dos-bens-publicos-para.html Art. 100, CC Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Afetação: É a preposição de um bem a um dado destino categorial de uso comum ou especial, assim como desafetação é sua retirada do referido destino. Os bens dominicais são bens não afetados a qualquer destino público. Tal afetação ao uso comum tanto pode provir do destino natural do bem, como ocorre com os mares, rios, ruas, estradas, praças, quanto por lei, ou por ato administrativo que determine a aplicação de um bem dominical ou de uso especial ao uso público. Desafetação É o trespasse do bem de uso comum para o uso especial ou sua conversão em bens meramente dominicais, depende de lei ou de ato do Executivo praticado na conformidade dela. Esta desafetação depende de lei ou de ato do próprio Executivo, o que não se pode fazer sem autorização legislativa é desativar o próprio serviço instituído por lei e que nele se prestava. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/04/afetacao-e-desafetacao-dos-bens.html FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 11 Bens patrimoniais disponíveis São aqueles que podem ser alienados (Transmitir direitos, não podem vender negociar) ou onerados. São os bens dominicais ou dominiais. Como exemplo temos a terra devolutas ou da marinha. Bens patrimoniais disponíveis São todos aqueles que possuem natureza patrimonial e, por não estarem afetados a certa finalidade pública, podem ser alienados, na forma e nas condições que a leis estabelecer. São bens patrimoniais disponíveis: Os bens dominicais em geral, porque nem se destinam ao público em geral (não são de uso comum do povo), nem são utilizados para a prestação de serviços públicos (não são bens de uso especial). O atual Código Civil, claramente, afirma que “os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei” (artigo 101). http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/classificacao-dos-bens-publicos-para.html Art. 101, CC Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS Não onerosidade Recai sobre as administrações públicasdiretas e sobre as indiretas do tipo fundações e autarquias. INSS. Não recai sobre as empresas de economia mistas e empresas públicas de direito privado. Petrobrás e Deso. Não onerosidade Onerar um bem significa deixá-lo em garantia para o credor no caso de inadimplemento da obrigação. São espécies de direitos reais de garantias sobre coisa alheia o penhor, a anticrese e a hipoteca. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/principais-caracteristicas-dos-bens.html Inalienabilidade Os bens não podem ser negociados. Inalienabilidade A inalienabilidade dos bens públicos não é absoluta. Só são absolutamente inalienáveis aqueles bens que, pela própria natureza, não gozam de valor patrimonial. Seriam os bens de uso comum do povo, insuscetíveis de valoração patrimonial, como os rios, os mares, as praias, etc. por isso, são chamadas de bens indisponíveis. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/principais-caracteristicas-dos-bens.html Impenhorabilidade A penhora é um instituto de natureza jurídica que busca através do judiciário garantir direitos. Se a autarquia, a fundação ou se a administração pública estiver devendo não é possível haver penhora de seus bens. Impenhorabilidade Os bens não se sujeitam ao regime de penhora, vale dizer, são impenhoráveis. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 12 http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/principais-caracteristicas-dos-bens.html Imprescritibilidade Não admite a chamada prescrição aquisitiva (Usucapião). Por exemplo, você pode residir em um bem público a vida inteira, mas não pode fazer usucapião. Imprescritibilidade Seja qual for a natureza do bem público, ele será imprescritível, isto é, não são suscetíveis de aquisição por meio de usucapião. http://sobrebenspublicos.blogspot.com.br/2012/05/principais-caracteristicas-dos-bens.html Art. 102, CC Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Súmula Nº 477 As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores. Art. 20, CF São bens da União: II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; § 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Súmula Nº 479 As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização. Ninguém ou outro ente pode se apropriar. Se é da União o Estado não pode se apropriar. Súmula Nº 480 Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos Arts. 4º, IV e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas. Essa ideia vem da Constituição de 1946. Diz respeito as terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas. Art. 4º, CF (1967) Incluem-se entre os bens da União: IV - as terras ocupadas pelos silvícolas; Art. 186, CF (1967) É assegurada aos silvícolas a posse permanente das terras que habitam e reconhecido o seu direito ao usufruto exclusivo dos recursos naturais e de todas as utilidades nelas existentes. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 13 Súmula Nº 650 Os incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto. Art. 20, CF São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Art. 231, CF São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 4. CONCURSO PÚBLICO Súmula Vinculante Nº 43 É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Quando a empresa pública é extinta os cargos entram em extinção. Art. 37, CF A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Súmula Vinculante Nº 44 Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Essa Súmula veio para garantir que testes psicotécnicos somente por lei. Súmula Nº 15 Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. Essas situações aconteciam antes. Algumas pessoas as vezes faziam concurso com vaga “garantida”, independente de classificação eram chamada para assumir o cargo. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 14 Súmula Nº 16 Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse. Lembrando que o termo correto é Servidor. Súmula Nº 17 A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse. Súmula Nº 683 O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Art. 7º, CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; Súmula Nº 684 É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. Súmula Nº 685 É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Súmula Nº 686 Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitaçãode candidato a cargo público. 5. DESAPROPRIAÇÃO É quando o Estado tiver interesse no seu bem, vai desapropriar a sua propriedade. A desapropriação ou expropriação é a transferência compulsória da propriedade do particular ao Poder Público, mediante o pagamento justo e prévio de indenização em dinheiro. Tal ato decorre da supremacia do interesse público e é, portanto, a maior forma de expressão de poder do Público sobre o particular. https://mcristina.jusbrasil.com.br/artigos/146506504/desapropriacao Intervenção na propriedade: O Estado, por sua condição de poder de polícia pode intervir na propriedade de várias formas. Caso uma pessoa possua um excelente terreno, mesmo sendo de herança familiar, o Estado pode intervir através de várias modalidades. 1) Limitação Administrativa O Estado define que seu bem terá limitação específica. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 15 Por exemplo: O Estado determina que o imóvel do proprietário não pode ser um prédio de 10 andares. Limitação administrativa É uma determinação geral, pela qual o Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações de fazer ou de não fazer, com o fim de garantir que a propriedade atenda a sua função social. https://ffsfred.jusbrasil.com.br/artigos/256074990/diferencas-entre-limitacao-administrativa-e-ocupacao-temporaria 2) Servidão Administrativa Exemplo: A pessoa tem uma fazenda e o Estado necessita passar dutos naquela região. Entende-se por Servidão Administrativa como o “ônus real de uso, imposto pela Administração à propriedade particular, a fim de assegurar a realização e manutenção de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário”. https://mairabatista1.jusbrasil.com.br/artigos/163533585/servidao-administrativa 3) Ocupação Temporária O Estado utiliza o bem da pessoa temporariamente. Ocupação Temporária É a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos. https://ffsfred.jusbrasil.com.br/artigos/256074990/diferencas-entre-limitacao-administrativa-e-ocupacao-temporaria 4) Requisição Administrativa Caráter mais rápido e diretivo para a Administração Pública. É uma ocupação emergencial. Requisição Administrativa É o instrumento de intervenção estatal mediante o qual, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares com indenização ulterior, se houver dano. https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2143678/em-que-consiste-o-fenomeno-da-requisicao-administrativa-marcelo-alonso 5) Tombamento Garante ao dono a propriedade, porém, tem a preservação de vários aspectos (Culturais, Sociais, Históricos). A proprietário tem a obrigação da manter a estrutura do bem. Tombamento É a forma com que o Poder Público protege o patrimônio cultural com vistas à preservação da memória nacional, refletindo o aspecto histórico do país, fazendo parte da sua cultura e retratando inúmeros aspectos sociais, políticos, econômicos, artísticos, científicos, paisagísticos e turísticos. Nesta abrangência de fatores, esses bens, embora permaneçam na propriedade privada, passam a ser objeto de proteção estatal, impondo ao particular certas restrições quanto ao uso e obrigações quanto a conservação. Pode ser definido como o procedimento pelo qual o Poder Público impõe ao proprietário particular de um bem com valor comprovadamente de interesse cultural, restrições administrativas visando a sua preservação e proteção. http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8310 FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 16 Súmula Nº 23 Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada. Súmula Nº 157 É necessária prévia autorização do Presidente da República para desapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica. Súmula Nº 164 No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência. Súmula Nº 378 Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do advogado do expropriado. Súmula Nº 416 Pela demora no pagamento do preço da desapropriação não cabe indenização complementar além dos juros. Súmula Nº 476 Desapropriadas as ações de uma sociedade, o Poder desapropriante, imitido na posse, pode exercer, desde logo, todos os direitos inerentes aos respectivos títulos. Súmula Nº 561 Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização, devendo proceder-se à atualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez. Súmula Nº 617 A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação é a diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente. Súmula Nº 618 Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano. Súmula Nº 652 Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do Dl. 3.365/41 (Lei da Desapropriação por utilidade pública). FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 17 6. PODER DE POLÍCIA Súmula vinculante Nº 38 É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. Art. 30, CF Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; Súmula vinculante Nº 49 Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. Art. 170, CF A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: IV - livre concorrência; Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Súmula Nº 397 O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito. Quem tem competência para instaurar inquérito é a Polícia Civil, Federal e a Polícia Judiciária. Art. 144, CF. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituídapor lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina- se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 18 § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina- se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) Súmula Nº 419 Os Municípios têm competência para regular o horário do comércio local, desde que não infrinjam leis estaduais ou federais válidas. O Município possui competência residual. Daquilo que não foi estabelecido para a Federal nem para o Estado, residualmente o Município acaba incorporando. Súmula Nº 645 É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. Súmula Nº 646 Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. 7. PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA Súmula Nº 383 A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 19 Súmula Nº 443 A prescrição das prestações anteriores ao período previsto em lei não ocorre, quando não tiver sido negado, antes daquele prazo, o próprio direito reclamado, ou a situação jurídica de que ele resulta. 8. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Súmula Vinculante Nº 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Súmula Nº 18 Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor público. Súmula Nº 19 É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em que se fundou a primeira. Súmula Nº 20 É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de funcionário admitido por concurso. Súmula Nº 21 Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. 9. SERVIDOR PÚBLICO 9.1 APOSENTADORIA Súmula Vinculante Nº 3 Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Súmula Vinculante Nº 33 Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 20 Súmula Nº 567 A constituição, ao assegurar, no § 3º do art. 102, a contagem integral do tempo de serviço público federal, estadual ou municipal para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade não proíbe à União, aos Estados e aos Municípios mandarem contar, mediante lei, para efeito diverso, tempo de serviço prestado a outra pessoa de direito público interno. 9.2 DEMISSÃO Súmula Nº 8 Diretor de sociedade de economia mista pode ser destituído no curso do mandato. Súmula Nº 25 A nomeação a termo não impede a livre demissão pelo Presidente da República, de ocupante de cargo dirigente de autarquia. 9.3 DISPONIBILIDADE Súmula Nº 39 À falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica subordinado ao critério de conveniência da administração. 9.4 ESTÁGIO PROBATÓRIO Súmula Nº 22 O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo. 9.5 REMUNERAÇÃO Súmula Vinculante Nº 4 Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituídopor decisão judicial. Súmula Vinculante Nº 15 O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário mínimo. Súmula Vinculante Nº 16 Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 21 Súmula Vinculante Nº 20 A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA, instituída pela Lei nº 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete vírgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o artigo 1º da Medida Provisória no 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos. Súmula Vinculante Nº 34 A Gratificação de Desempenho de Atividade de Seguridade Social e do Trabalho – GDASST, instituída pela Lei 10.483/2002, deve ser estendida aos inativos no valor correspondente a 60 (sessenta) pontos, desde o advento da Medida Provisória 198/2004, convertida na Lei 10.971/2004, quando tais inativos façam jus à paridade constitucional (EC 20/1998, 41/2003 e 47/2005). Súmula Vinculante Nº 37 Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. Súmula Vinculante Nº 42 É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. Súmula Vinculante Nº 51 O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8622/1993 e 8627/1993, estende-se aos servidores civis do poder executivo, observadas as eventuais compensações decorrentes dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas legais. Súmula Nº 339 Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Súmula Nº 359 Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários. Súmula Nº 671 Os servidores públicos e os trabalhadores em geral têm direito, no que concerne à URP de abril/maio de 1988, apenas ao valor correspondente a 7/30 de 16,19% sobre os vencimentos e salários pertinentes aos meses de abril e maio de 1988, não cumulativamente, devidamente corrigido até o efetivo pagamento. FACAR – FACULDADE DE ARACAJU – CURSO DE DIREITO DIREITO CONSTITUCIONAL – BASES CONST DA ADM PÚBLICA - PROF. ALESSANDRO BUARQUE SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VOLTADAS PARA O DIREITO ADMINISTRATIVO Guaracy Cavalcante Facar | Direito | 3º Período | Turma Q |Pág 22 Súmula Nº 672 O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/93 e 8.627/93, estende-se aos servidores civis do Poder Executivo, observadas as eventuais compensações decorrentes dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas legais. Súmula Nº 680 O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos. Súmula Nº 681 É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. Súmula Nº 682 Não ofende a Constituição a correção monetária no pagamento com atraso dos vencimentos de servidores públicos. 9.6 VITALICIEDADE Súmula Nº 36 Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade. Súmula Nº 46 Desmembramento de serventia de justiça não viola o princípio de vitaliciedade do serventuário. Súmula Nº 47 Reitor de universidade não é livremente demissível pelo Presidente da República durante o prazo de sua investidura. 9.7 - NEPOTISMO Súmula Vinculante Nº 13 A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Pesquisar: Cargos de Natureza Política (Será assunto para debate em sala de aula).
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