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1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império)
Em 1823, com o apoio do Partido Português que era formado pelo alto escalão de funcionários públicos e comerciantes portugueses ricos, D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte impondo seu projeto próprio que se tornaria a Constituição de 1824, conhecida como Brasil Império. Essa Carta, com data de 25 de março de 1824 possuindo 179 artigos, apesar de aprovada por algumas Câmaras Municipais da confiança de D. Pedro I, é considerada como uma imposição imperial de D. Pedro I pelos historiadores. Uma das medidas que ganharam destaque nessa Constituição foi o fortalecimento do poder do Imperador quando este cria o poder Moderador que era maior que os poderes executivo, legislativo e judiciário. O imperador nomeia presidentes para governar as províncias e as eleições são indiretas, sendo dado o direito ao voto somente a homens livres e com propriedades e que tenham a renda mínima fixada em 100 mil réis líquidos anuais em bens de raiz, empregos, comércio ou indústria. Também, para ser eleito, era preciso que o cidadão comprova-se uma renda mínima que teria que ter proporção ao cargo que pretendia. Vale ressaltar que esta foi a Constituição que mais durou na história do Brasil com duração de 65 anos. 
2ª - Constituição de 1891 (Brasil República)
A proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889, trouxe mudanças significativas ao país em ambos os sistemas tanto econômico quanto político. Algumas dessas mudanças estavam entre o surgimento da inflação, a abolição do trabalho escravo, mudança das pessoas que viviam na área rural para a área urbana e a ampliação da indústria. Elegeu indiretamente Deodoro da Fonseca como proclamador da República e chefe do governo em caráter provisório, e Rui Barbosa, seu vice que constituíram uma comissão contendo cinco pessoas com o objetivo de expor um projeto que seria avaliado pela futura Assembleia Constituinte. Este projeto vigorou como uma Constituição Provisória da República até que se tivessem conclusões efetivas da Constituinte. Com data de 24 de fevereiro de 1891, a nova constituição trouxe mudanças como a instituição com forma federativa de Estado e republicana de governo, a fixação da independência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (excluído o poder Moderador), voto passou a ter menos restrições, porém continuou impedido o voto de mendigos e analfabetos, houve a separação da Igreja e Estado e a igreja católica perdeu o status de religião oficial e o habeas corpus foi instituído. 
3ª - Constituição de 1934 (Segunda República)
Em novembro de 1933, foi realizada no Brasil uma nova Assembleia Constituinte presidida por Getúlio Vargas. Como medidas, a nova constituição datada em 16 de julho de 1934, trousse: um aumento do poder do governo federal, voto passou a ser obrigatório e secreto a partir dos 18 anos com direito de voto às mulheres, porém mantendo a proibição do voto aos mendigos e analfabetos, foi instituída a Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral, foram criadas as leis trabalhistas com jornada de trabalho de oito horas diárias, descanso semanal e férias remuneradas e foi instituído o mandando de segurança e a ação popular. Vale ressaltar que a Constituição de 1934 sofreu três emendas em dezembro de 1935, cujo destino foi reforçar a segurança do Estado e obrigações do Executivo para evitar revoluções políticas e sociais. Foi a Constituição que vigorou por menos tempos no país com duração de três anos. 
4ª - Constituição de 1937
Na data de 10 de novembro de 1937, houve um golpe de Estado comandado por Getúlio Vargas que deixaria o governo em 1938, na tentativa de continuar no poder, assumiu poderes ditatoriais. Getúlio revogou a Constituição de 1934, desfez o Congresso e outorgou ao país sem antes consultar qualquer pessoa. A Carta Constitucional do estado Novo, datada em 10 de novembro de 1937, tinha inspiração fascista e concentrava o poder nas mãos do chefe supremo do Executivo, com a abolição dos partidos políticos. Ao ressaltar as medidas com maior destaque da Nova Constituição, podemos citar: retirada da independência dos Poderes Judiciário e Legislativo, instauração da pena de morte, abolição da liberdade de imprensa e partidária, prisão e exílio a quem se opunha ao governo, eleição indireta para presidente da República com mandato de seis anos e mandato presidencial prorrogado até a realização de um plebiscito que nunca ocorreu. Com a perda da Segunda Guerra Mundial pela Alemanha, as ditaduras de direita do mundo entraram em crise fazendo o Brasil sentir os efeitos. Getúlio tentou continuar no poder em vão, mas renunciou o posto devido a grande pressão do povo com apoio das Forças Armadas. Dois dias depois, José Linhares, então presidente do STF, assumiu o posto. Logo, em 1945, com nova eleição, o país elegeu o general Eurico Gaspar Dutra, que seguiu governado por decretos-lei, enquanto preparava-se uma nova Constituição. 
5ª - Constituição de 1946
 Datada em 18 de setembro de 1946, a Constituição de 1946 voltou com a democracia e foi promulgada legalmente pelo Congresso recém-eleito. Vale destacar algumas medidas: os direitos individuais foram retomados, abolição da pena de morte e tortura, volta da independência dos poderes executivos e legislativo e judiciário criando um equilíbrio entre ele, deu autonomia aos estados e municípios, instauração de eleição direta para presidente da República com mandato estabelecido em cinco anos, integração da Justiça do Trabalho e direito de greve e livre associação sindical. Através da emenda de 2 de setembro de 1961, foi implantado o parlamentarismo, motivada pela crise político-militar após a renúncia de Jânio Quadros. Em 1962, através de plebiscito, os brasileiros optam pela volta do presidencialismo. Em 1964, o golpe militar derrubou João Goulart, que era vice de Jânio Quadros, condenando o país a uma nova ditadura.
6ª - Constituição de 1967
O Brasil se encontrava numa época de extremo autoritarismo com política denominada segurança nacional que tinha como objetivo afastar quem se opunha contra o regime, a tão dura ditadura vivida pelo país, instaurada em 1964. Esse regime conservou o Congresso, mas passou a controlar o poder Legislativo. Assim, o poder Executivo enviou ao Congresso uma proposta de uma nova Constituição que foi aprovada e promulgada em 24 de janeiro de 1967. Por sua vez, manteve a Federação, expandiu a União e instaurou eleição indireta para presidente da República através de Colégio Eleitoral que era composto por integrantes do Congresso e alguns indicados pelas Assembleias Legislativas. Também foram suspensa todas as garantias dos magistrados do poder Judiciário. De 1964 a 1969, foram decretados 17 Atos Institucionais (regulamentados por 104 atos complementares) conhecidos como AI’s. Estes serviram para dar legitimação às ações políticas dos militares e davam a eles poderes extra constitucionais. O AI-5 foi um dos atos com maior poder sobre o país, datado em 13 de dezembro de 1968, deu poder absoluto ao regime militar. Seu primeiro ato foi o fechamento do Conmgresso Nacional por quase um ano e deu recesso aos mandatos dos senadores, deputados e vereadores que só recebiam a parte fixa de seus subsídios. Suspendeu todas as reuniões políticas, os meios de comunicação incluindo música, teatro e cinema foram censurados, suspenderam o habeas corpus para crimes políticos e deu poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados. O AI-5 foi revogado em 1978. 
7ª - Constituição de 1988 (Constituição Cidadã)
Em 27 de novembro de 1985, após o fim do regime militar, foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar uma nova Constituição. Esta trazia mudanças fundamentais ampliando a liberdade, direitos e garantias individuais dos cidadãos. Concedeu direito ao voto aos analfabetos e jovens de 16 a 17 anos, estabeleceu novos direitos trabalhistas, reduziu a jornada de trabalho de 48 para 44 horas, seguro desemprego e fériasremuneradas acrescidas de um terço do salário, eleições passaram a ser majoritárias em dois turnos, direito à greve e liberdade sindical, licença maternidade aumentou de três para quatro meses, estabeleceu licença paternidade de cinco dias, foi instaurado o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) substituindo o Tribunal Federal de Recursos, criado o mandado de injunção e habeas data e o habeas corpus foi restaurado, censura aos meios de comunicação teve fim, reforma do sistema tributário, ordem econômica e social, alterou a legislação que tratava da seguridade e assistência social e criou leis para proteger o meio ambiente. A Constituição de 1988 sofreu 91 emendas e vigora até os dias de hoje. 
CONCLUSÃO
Neste trabalho, podemos ver um resumo breve das sete Constituições que o Brasil teve até os dias de hoje. Há uma grande discussão se foram sete ou oito Constituições. A meu ver, foram sete CF. Os Atos Inconstitucionais (com destaque do AI-5 que foi outorgado em 1968) não passaram de uma emenda com grande impacto e mudança no país, por isso considerada por alguns como uma Constituição a mais na história. Vale ressaltar que tivemos cinco Constituições promulgadas (formaram-se a partir da vontade do povo, que foram as de 1891, 1934, 1946, 1967 e 1988), porém a CF de 1967 foi aprovada por um Congresso Nacional mutilado por cassações recebendo poderes do regime militar de 1964, por ser inaceitável no direito, podemos dizer que ela foi semi-outorgada. No restante, tivemos duas CF devidamente outorgadas (impostas pelo governo, que foram as de 1824 e 1937). Os Atos Inconstitucionais também foram outorgados. Sendo assim, a emenda 1 não foi uma constituição nova e sim uma releitura da cf de 1967 favoravel aos militares que comandavam na época.
As constituições de 1824, 1937, 1967* e 1968* foram outorgadas, já as de 1891, 1934, 1946 e a atual (de 1988) foram promulgadas.
 * A constituição de 1967 proclamou-se promulgada, no qual recebeu poderes constituintes do movimento militar de 1964, o que é juridicamente inaceitável, portanto podemos dizer que ela foi semi-outorgada.
Constituição 1968 que não foi constituição, foi emenda (AI-5 foi o mais duro).
Constituição Outorgada é aquela imposta pelo governo,
Constituição Promulgada forma-se a partir da vontade do povo

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