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Bens Principais e Acessórios
O próprio Código Civil em seu art.92 conceitua a coisa principal e a acessória ao prescrever: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”.
De modo que bem principal é a que existe por si, exercendo sua função e finalidade, independentemente de outra.
A qualidade de acessório é dada pela norma jurídica que, ante coisas incorporadas ou unidas para certo fim, estabelece o que é principal e o que é acessório.
Existem casos em que o acessório domina o principal. Exemplo de hipoteca que é acessório em relação a dívida, nesse caso o acessório prevalece sobre o principal.
O bem acessório como regra, segue o destino principal. Para que isso, não ocorra é preciso convencionar no contrato. Exemplo: venda de veículo que o mesmo é um bem principal, que vem junto con acessório que é o banco.
Classe Dos Bens Acessórios
Os Produtos
Em um segundo critério que o Código Civil elegeu para classificar os bens, estes são divididos em frutos e produtos, tratando-se aqui dos bens em relação aos outros e não mais em relação a si próprios. Dos produtos, são considerados acessórios do bem principal.
A principal condição que classifica um produto, assim como o diferencia do fruto, é a sua regeneração (reprodução). Ou seja, os produtos não se regeneram. Por exemplo, o barro de um barreiro ou a pedra de uma pedreira quando destacados de seu bem principal, não se regenerarão, assim como o petróleo, cujo também é considerado um produto, uma vez que não possui capacidade de regeneração após sua extração.
O art. 95 do Código Civil - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002, institui: “Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico”. Sendo assim, tanto os frutos quanto os produtos podem ser objeto de negócio jurídico, mesmo quando ainda não destacados do bem principal. Ou seja, é legalmente possível realizar um contrato de venda de uma determinada quantidade de petróleo antes mesmo de ser extraído do bem principal.
Os frutos
O principal bem tem existência própria, que existe por si só. Acessório é aquele cuja existência depende do principal. Assim, o solo é bem principal, porque existe por si, concretamente, sem qualquer dependência. A árvore é acessório, porque sua existência vem do solo onde foi plantada. 
Escrito o art. 92 do Código Civil: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”. Como regra o bem acessório segue o destino do principal. Para que não aconteça de tal forma é necessário que tenha sido feito ao contrario ou que de modo contrário estabeleça algum dispositivo legal, como no art. 1.284 do Código Civil: “Os frutos caídos de arvore do terreno vizinho pertence ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular”. 
As principais consequências da referida regra são:
A natureza do acessório é a mesma do principal (se o solo é imóvel, a arvore a ele anexada também é).
O acessório acompanha o principal em seu destino (extinta a obrigação principal, extingue-se também a acessória; mas ao contrário não é verdadeiro).
O proprietário do principal é proprietário do acessório. Escrito no artigo 237 do Código Civil: “Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço, se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação”.
Na grande classe dos bens acessórios compreendem-se os produtos e frutos (Art.95 do Código Civil: Apesar de ainda não ter separados do bem principal, os frutos produtos podem ser objeto de negócio jurídico). 
Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe para a destruição no todo ou em parte, como café, os cereais, os frutos das arvores, o leite, as crias dos animais, etc. Dividem-se, quanto à origem, em naturais, industriais e civis. Naturais são os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza, como as frutas das arvores, as crias dos animais etc. Industriais são os que aparecem pela mão do homem sobre a natureza, como a produção de uma fábrica. Civis são os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outra que não o proprietário, como juros e os alugueis. Classificam os frutos, quando ao seu estado em pendentes, enquanto unidos à coisa que os produziu; percebidos ou colhidos, depois de separados; estante, os separados e armazenados ou acondicionado para venda; percipiendos, os que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos; e consumidos, os que não existem mais porque foram utilizados. 
Pertenças
De acordo com o art. 93 do Código Civil, “são pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”. Sendo assim, pertenças, como o próprio significado do termo já diz, são adornos que, mantendo sua identidade, tem por destino manter ou auxiliar a execução das coisas principais sem que se torne parte integrante destas. Ou seja, as pertenças não completam a coisa, por esse motivo a mesma não sofre alteração se separada das pertenças e vice-versa, diferente das partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias) que, embora mantenham sua identidade, são carentes de existência material própria. Uma máquina que tem como destino auxiliar na produção de uma fábrica é um exemplo de pertença, pois não se incorpora à fábrica e mantém sua identidade. Em outras palavras, se a máquina for separada desta fábrica, ainda sim cumpriria seu objetivo normalmente. Outros exemplos de pertenças são objetos de decoração de uma residência, órgão de uma igreja, trator de uma agrícola, entre outros. 
O Código Civil ainda afirma que os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso (art. 94 – CC). Assim, salvo as exceções descritas no artigo, os negócios jurídicos que se referem ao bem principal não englobam as pertenças. Como exemplo, vamos imaginar uma fábrica que possua uma máquina como pertença. A fábrica é vendida. Salvo pelas situações citadas no art. 94 do Código Civil (contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso), a máquina continua sendo do proprietário antigo da fábrica, aquele que a vendeu. A máquina não se torna propriedade de quem comprou a fábrica. Em outras palavras, as pertenças não seguem a sorte da coisa principal.
As pertenças não encontravam tratamento no Código Civil de 1916, passando a constar no mesmo em 2002, expresso no art. 93.
Bens Fora do Comércio
No código de 1916, havia um capítulo destinado tema “as coisas que estão fora do comércio”, no o artigo 69 do referido Código, havia a definição “São coisas fora do comércio as insuscetíveis de apropriação, e as legalmente inalienáveis”. Juridicamente o termo comércio era empregado como aquilo que se pode comprar e vender, a liberdade de circulação e o poder de movimentação dos bens. Nesse sentido, coisas no comércio são aquelas que se podem comprar, vender, trocar, doar, dar, alugar, emprestar e etc. E consequentemente as fora do comércio são aqueles que não podem ser objeto em relações jurídicas, ou seja, o contrário das coisas no comércio mencionadas. Tal capítulo não foi incluído no Código de 2002, por ser considerado desprezível segundo José Carlos Moreira Alves. Embora, é possível encontrar a classificação dos bens que não podem ser objeto de relações jurídicas, ainda que não estejam declarados expressamente, como os bens naturalmente inapropriáveis, que são aqueles insuscetíveis de apropriação pelo homem, como o ar atmosférico, a luz solar, a água do mar e etc. E os legalmente inalienáveis, que são os bens públicos de uso comum e de uso especial, bens de incapazes, bens das fundações, lotes rurais dedimensões inferiores ao módulo regional, etc. 
Existem ainda os bens inalienáveis pela vontade humana: são os que lhes impõe cláusula de inalienabilidade, temporária ou vitalícia, nos casos e formas previstos em lei, por ato inter-vivos ou causa mortis (Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação é um imposto brasileiro de competência dos Estados e do Distrito Federal, que incide quando da transmissão não onerosa de bens ou direitos, tal como ocorre na herança ou na doação (inter-vivos). O fato gerador do ITD ocorre quando da transmissão ‘‘causa mortis’’ ou doação a qualquer título ou pelo domínio útil de bens imóveis e de direitos a ele relativos, como os bens móveis, títulos e créditos, inclusive direitos a eles relativos).
Aduza-se que o ar atmosférico e a agua do mar que puderem ser captados, em pequenas porções, podem ser comercializados, pois houve a apropriação.
Prescreve o artigo 1911 do CC que a clausula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade. Já dispunha, anteriormente, a súmula 49 do STF: ‘A clausula da inalienabilidade inclui a incomunicabilidade dos bens’ embora não mencionado, abrangia também, a impenhorabilidade. 
Inclui-se também na categoria de bens legalmente inalienáveis os valores e os direitos da personalidade, preservados em respeito à dignidade humana. Como a liberdade, a honra, a vida etc. (CC, art. 11), bem como os órgãos do corpo humano, cuja comercialização é expressamente vedada pela CF. 
Exemplos de bens legalmente inalienáveis. O corpo humano é um bem imprecificável. Pode ser doado, mas não pode ser vendido. Um bem público tem valor de preço, porém por força de lei, não é comercializável.

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