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AÇÃO ORDINÁRIA CHEQUE locuplamento ilicio

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Juliana da Silva Rufino
	RA: 218928
4° ano – Direito – Turma B
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE TUPÃ-SP
AXL ROSE, brasileiro, solteiro, comerciante, portador da cédula de identidade RG/SSP sob nº 00.000.000-0, inscrito no CPF/MF sob o nº 111.111.111.11, residente e domiciliado na Rua Manoel Bittencurt, nº 97, Bairro Novo, Cidade de Tupã, Estado de São Paulo, por intermédio sua advogada devidamente constituída (instrumento de mandato em anexo), com escritório profissional à Rua Nove de Julho,n° 207, Centro, cidade de Tupã, Estado de São Paulo, e-mail: tatianesouza@hotmail.com, onde recebe notificações e intimações, mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 61 da Lei nº 7.357/85, propor a presente AÇÃO DE LOCUPLETAMENTO ILÍCITO em face de DUFF MACKAGAN, brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços, portador da cédula de identidade RG/SSP sob nº 33.333.333.3, inscrito no CPF/MF sob nº 444.444.444.44, residente e domiciliado na Rua José Bonifácio nº 203, Vila Dalva, cidade de Tupã, Estado de São Paulo, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir:
DOS FATOS
O autor é credor da quantia de R$ 2.000,00, representada pela Cártula de nº XX (doc. anexo), que foi emitida em 20 de janeiro de 2016 pelo requerido, que é titular da conta corrente nº XXXX, da agencia XXXX situado no banco XXXXX.
Apresentado para o regular pagamento em 24 de janeiro de 2016, o cheque foi devolvido em razão de que o requerido não dispunha em sua conta bancária de fundos suficientes para honrar o compromisso.
Em que pese o esforço do autor, para a tentativa de um acordo com relação ao pagamento do valor devido, este não foi aceito pelo requerido, que permanece até o presente momento inerte com relação a este, razão pela qual não se tem outro meio a não ser buscar em juízo a satisfação do crédito.
DO DIREITO
O cheque foi emitido pelo requerido em 20 de janeiro de 2016, razão pela qual não se cabe mais Ação de Execução, tendo em vista que o presente título já encontra-se vencido. É o que diz o artigo 59, parágrafo único da Lei. 7.357/85 (Lei do Cheque): 
“Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador. Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado”.
Mas, pode, neste caso, o autor valer-se da Ação Cambial de Enriquecimento IIícito prevista no artigo 61 da Lei nº 7357/85 (Lei do Cheque), uma vez que esta é cabível em até 2 anos a contar do dia em que se consumar a prescrição prevista no artigo 59 do mesmo diploma legal. A saber: 
“Art. 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei “
Neste sentido:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE LOCUPLETAMENTO ILÍCITO.
A ação de execução do cheque deve ser proposta no prazo de seis meses, a contar do prazo para apresentação da cártula, sob pena de prescrição, conforme dispõe os art. 47 e 59 da Lei 7357/85. Passado este prazo, é cabível a ação de locupletamento ilícito, conforme art. 61 da referida lei, a qual prescreve em dois anos, a contar do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 do supracitado diploma legal. Assim, considerando que os cheques que embasam a presente ação foram emitidos em 18/02/2009, 03/03/2009, 30/05/2009, 30/06/2009, 15/05/2009 e 15/12/2008, e a ação foi ajuizada em 03/02/2011, correto o ajuizamento da ação de locupletamento. Tratando-se de ação de locupletamento, aplicam-se as regras cambiárias de autonomia e abstração, não podendo a apelante se eximir do pagamento do cheque que circulou com justificativa na sua relação com o credor originário. APELO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70048547020, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard, Julgado em 08/05/2013).
Nas lições de FÁBIO ULHÔA COELHO: 
“As ações cambiais do cheque são duas: a execução, que prescreve nos 6 meses seguintes ao término do prazo de apresentação; e a de enriquecimento indevido, que tem natureza cognitiva e pode ser proposta nos dois anos seguintes à prescrição da execução (...) Prescrita a execução, o portador do cheque sem fundos poderá, nos 2 anos seguintes, promover a ação de enriquecimento indevido contra o emitente, endossante e avalistas (LC, art. 61). Trata-se de modalidade de ação cambial, de natureza não executiva. O portador do cheque, através do processo de conhecimento, pede a condenação judicial de qualquer devedor cambiário no pagamento do valor do título, sob o fundamento que se operou o enriquecimento indevido. De fato, se o cheque está sem fundos, o demandado locupletou-se sem causa lícita, em prejuízo do demandante, e essa é, em princípio, a matéria de discussão."(Curso de Direito Comercial, v. 1, Saraiva, 2ª edição, 1999-g.n.). grifei.
Assim, é de ser observado o direito do autor, uma vez que o requerido emitiu cheque, que posteriormente não foi possível de ser descontado por motivo de falta de fundos em conta corrente do emissor, não havendo até o momento o pagamento da quantia devida, o que gera o locupletamento por parte do requerido, bem como por consequência o direito do autor de receber o valor devido.
Estando o presente título válido dentro do prazo descrito no artigo 61 da Lei 7.357/85 (Lei do Cheque), garantido está a possibilidade de ingresso desta ação, uma vez que para se buscar a satisfação do crédito basta comprovar o objeto pelo qual se gerou a relação, neste caso o cheque emitido pelo requerido (doc. anexo).
DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer que seja:
Citado o réu para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de suportar os efeitos da revelia previstos no artigo 344, do Código de Processo Civil.
Acolhida a desistência do autor pela realização da audiência de conciliação.
Que seja julgada PROCEDENTE a presente ação, para condenar o requerido ao pagamento da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais) referente a obrigação assumida, conforme exposições supra, corrigidos monetariamente e com juros de mora a contar do vencimento da obrigação, perfazendo o valor atualizado de R$ 2.475,27 conforme memória de cálculo anexa.
Por final, protesta pela produção de todos os meios de provas admitidas em direito.
Dá-se a causa o valor de R$ 2.475,27 (Dois mil, quatrocentos e setenta e cinco reais e vinte e sete centavos). 
Nesses termos,
Pede Deferimento.
 Tupã, 14 de agosto de 2017.
------------------------------------
Juliana da Silva Rufino
OAB/SP Nº 218.928.

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