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Crise do petróleo

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Crise do petróleo 
 
 
 
Evolução do preço do petróleo. 
A crise do petróleo aconteceu em cinco fases, todas depois da Segunda Guerra Mundial 
provocada pelo embargo dos países membros da Organização dos Países Exportadores de 
Petróleo (OPEP) e Golfo Pérsico de distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países 
da Europa. 
A região petrolífera do Golfo Pérsico foi descoberta em 1908 no Irão 
(português europeu)
 ou Irã 
(português brasileiro)
 , a partir daí, toda a região começou a ser visada estrategicamente e explorada. 
Em 1960, na cidade de Bagdá, os cinco principais produtores de petróleo (Arábia Saudita, 
Irão, Iraque, Kuwait e Venezuela) fundaram a Organização dos Países Exportadores de 
Petróleo. A criação da OPEP foi uma forma de reivindicar perante uma política de 
achatamento de preços praticada pelo cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as 
chamadas "sete irmãs" (Standard Oil, Royal Dutch Shell, Mobil, Gulf, BP e Standard Oil da 
California). 
Os três objetivos da OPEP, definidos pela organização na conferência de Caracas em 1961, 
eram: aumentar a receita dos países-membros, a fim de promover o desenvolvimento; 
assegurar um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, ocupando o espaço 
das multinacionais; e unificar as políticas de produção. A OPEP aumentou os royalties pagos 
pelas transnacionais, alterando a base de cálculo, e as onerou com um imposto. 
A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do 
processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os produtores árabes da 
OPEP, como a guerra dos Seis Dias (1967), a guerra do Yom Kipur (1973), a revolução 
islâmica no Irã (1979) e a guerra Irã-Iraque (a partir de 1980). Os preços do barril de petróleo 
atingiram valores altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17 de outubro 
de 1973 – 18 de março de 1974),[1] o que provocou prolongada recessão nos Estados Unidos e 
na Europa e desestabilizou a economia mundial. 
Fases da crise 
 
Ausência de combustíveis em 1973-74, durante a crise do petróleo. 
 A primeira fase ocorreu em 1956 depois que o presidente do Egito na época Gamal 
Nasser nacionalizou o Canal de Suez até então propriedade de uma empresa Anglo-
Francesa. O canal é uma importante passagem para exportação de produtos da região 
para países ocidentais, pelo que em virtude dessa crise, o abastecimento foi 
interrompido, com o bloqueio do Canal, levando a um aumento súbito do preço do 
petróleo. 
 A segunda fase aconteceu em 1973 em protesto pelo apoio prestado pelos Estados 
Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, tendo os países árabes organizados 
na OPEP aumentado o preço do petróleo em mais de 300%. 
 A terceira fase, ocorreu durante a crise política no Irã e a consequente deposição de 
Xá Reza Pahlevi o que desorganizou todo o setor de produção no Irã, onde os preços 
aumentaram em mais de 1000%. Na sequência da Revolução iraniana, travou-se a 
Guerra Irã-Iraque, na qual foram mortos mais de um milhão de soldados de ambos os 
países, tendo o preço disparado em face da súbita diminuição da produção de dois dos 
principais produtores mundiais. 
 A quarta fase foi a Guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque governado por 
Saddam Hussein ter invadido o país vizinho Kuwait, um dos maiores produtores de 
petróleo do mundo. Com a invasão das forças militares dos EUA e dos países aliados, 
os iraquianos foram expulsos do Kuwait. Contudo incendiaram alguns poços de 
petróleo do emirado provocando uma crise econômica e ecológica.. 
 A quinta fase deu-se no ano de 2008 quando os preços subiram mais de 100% entre 
Janeiro e Julho, em virtude de movimentos especulativos em nível global.. 
Maiores produtores 
A produção anual do mundo atinge a 24 bilhões de barris, consome-se 23 bilhões e 1 bilhão 
ficam em depósitos. As reservas existentes no mundo são calculadas em aproximadamente 1 
trilhão de barris de petróleo, 67% se encontram no Oriente Médio. Veja as estatísticas: 
Países % Percentagem 
Golfo Pérsico 21,76 
Europa 14,53 
Américas 18,52 
Ásia 3,62 
África 2,51 
Outros 39,06 
Somente os membros da OPEP produzem 27,13%. 
Referências 
↑Sarkis, Nicolas. (1º de maio de 2006). Cronologia da OPEP. Tradução: Leonardo Abreu. Le 
Monde Diplomatique Brasil.

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