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Grande depressão de 1929

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Grande Depressão 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
 
A fotografia Migrant Mother, uma das fotos estadunidenses mais famosas da década de 1930, 
mostrando Florence Owens Thompson, mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, em Nipono, 
Califórnia, março de 1936, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. 
Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano. 
A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande 
depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, 
terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior 
e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão 
econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de 
diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em 
praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.
[1]
 
O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas 
a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, 
causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando 
valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram 
drasticamente, desencadeando a Quinta-Feira Negra. Assim, milhares de acionistas perderam, 
literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que 
tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da 
recessão já existente, causando grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos, que 
por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando 
assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou na segunda-feira negra (o 
dia 28 de outubro) e terça-feira negra (o dia 29).
[2]
 
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como 
sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram 
duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Países Baixos, Austrália, 
França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco 
industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café 
que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. 
Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que tratando-se de uma economia 
socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista. 
Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933. 
Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas 
conhecidas como New Deal.
[3]
 
Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados 
Unidos e por Hjalmar Schacht
[4]
 na Alemanha foram, três anos mais tarde, racionalizadas por 
Keynes em sua obra clássica.
[5]
 
O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados 
americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos 
países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de 
então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a 
ascensão de regimes de extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na 
Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente 
da Grande Depressão nos principais países atingidos. 
Causas da Grande Depressão 
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com 
a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial. 
Os Estados Unidos por sua vez, lucraram com a exportação de alimentos e produtos 
industrializados aos países aliados no período pós-guerra. Como resultado disso, entre 1918 e 
1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica 
gerou o chamado "american way of life" (modo de vida americano). Havia emprego, os 
preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do 
crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Porém, a economia europeia 
posteriormente se restabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com 
a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem 
vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda; 
consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A 
queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou 
na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 
1929 foi uma crise de superprodução.
[6]
 
Durante décadas, essa foi a teoria mais aceita para a causa da Grande Depressão, porém, em 
contrapartida, economistas, historiadores e cientistas políticos tem criado diversas outras 
teorias para a causa, ou causas, da Grande Depressão, com surpreendente pouco consenso. A 
Grande Depressão permanece como um dos eventos mais estudados da história da economia 
mundial. Teorias primárias incluem a quebra da bolsa de valores de 1929, a decisão de 
Winston Churchill em fazer com que o Reino Unido passasse a usar novamente o padrão-ouro 
em 1925, que causou massiva deflação ao longo do Império Britânico, o colapso do comércio 
internacional, a aprovação do Ato da Tarifa Smoot-Hawley, que aumentou os impostos de 
cerca de 20 mil produtos no país,
[7]
 a política da Reserva Federal dos Estados Unidos da 
América, e outras influências. 
Segundo teorias baseadas na economia capitalista concentram-se no relacionamento entre 
produção, consumo e crédito, estudado pela macroeconomia, e em incentivos e decisões 
pessoais, estudado pela microeconomia. Estas teorias são feitas para ordenar a sequência dos 
eventos que causaram eventualmente a implosão do sistema monetário do mundo 
industrializado e suas relações de comércio. 
Outras teorias heterodoxas sobre a Grande Depressão foram criadas, e gradualmente estas 
teorias passaram a ganhar credibilidade. Estas teorias incluem a teoria da atividade de longo 
ciclo e que a Grande Depressão foi um período na intersecção da crista de diversos longos e 
concorrentes ciclos. 
Mais recentemente, uma das teorias mais aceitas entre economistas é que a Grande Depressão 
não foi causada primariamente pela quebra das bolsas de valores de 1929, alegando que 
diversos sinais na economia americana, nos meses, e mesmo anos, que precederam à Grande 
Depressão, já indicavam que esta Depressão já estava a caminho nos Estados Unidos e na 
Europa. Atualmente, a teoria mais em voga entre os economistas é de Peter Temin. Segundo 
Temin, a Grande Depressão foi causada por política monetária catastroficamente mal 
planejada pela Reserva Monetária dos Estados Unidos da América, nos anos que precederam 
a Grande Depressão. A política de reduzir as reservas monetárias foi uma tentativa de reduzir 
uma suposta inflação, o que de fato somente agravou o principal problema na economia 
americana à época, que não era a inflação e sim a deflação.
[8]
 
Um outro aspecto que vem sendo apontado como uma das possíveis causas da Grande 
Depressão nos anos 1930 é o da superprodução, causada pelos grandes ganhosde 
produtividade industrial, obtidos com os benefícios tecnológicos do taylorismo. Tanto Ford 
quanto Keynes já vinham há tempos alertando, sem serem ouvidos, que "a aceleração dos 
ganhos de produtividade provocada pela revolução taylorista levaria a uma gigantesca crise de 
superprodução se não fosse encontrada uma contrapartida em uma revolução paralela do lado 
da demanda", que permitisse a redistribuição dos ganhos de produtividade causados pelo 
taylorismo, de forma que houvesse redistribuição dessa nova renda gerada, para dirigí-la ao 
consumo. Para os que defendem esta tese a Grande Depressão dos anos 1930 foi causada por 
uma gigantesca crise de superprodução, naquilo que teria sido uma trágica confirmação 
daquelas previsões.( Lipietz,1989:30-31)
[9]
 
A Grande Depressão nos Estados Unidos da América 
 
A Grande Depressão causou pobreza geral nos Estados Unidos e em diversos países do mundo. Aqui, 
família desempregada, vivendo em condições miseráveis, em Elm Grove, Califórnia, Estados Unidos. 
Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, bancos e investidores perderam 
grandes somas em dinheiro. A situação dos bancos era agravada pelo fato que muitos destes 
bancos haviam emprestado grandes somas de dinheiro a fazendeiros. Após o início da Grande 
Depressão, porém, estes fazendeiros tornaram-se incapazes de pagar suas dívidas. Isto, por 
sua vez, causou a queda dos lucros destas instituições financeiras. Pessoas que utilizavam-se 
de bancos, temendo uma possível falência destes, removeram destes os seus fundos. Assim, 
várias instituições bancárias foram fechadas. O total de instituições bancárias fechadas 
durante a década de 1920 e de 1930 foi de 14 mil, um índice astronómico. 
Em 17 de maio de 1930, o governo dos Estados Unidos aprovou uma lei, o Ato Tarifário 
Smoot-Hawley, que aumentava as tarifas alfandegárias em cerca de 20 mil itens não-
perecíveis estrangeiros.
[7]
 O Presidente americano Herbert Hoover pedira ao Congresso uma 
diminuição nos impostos, mas o Congresso, ao invés disto, votou a favor do aumento dos 
impostos. Um abaixo-assinado, assinado por mil economistas, pediu ao presidente americano 
para rejeitar este aumento. Apesar disto, Hoover assinou o Ato em 17 de maio. O Congresso e 
o Presidente acreditavam que isto iria reduzir a competição de produtos estrangeiros no país. 
Porém, outros países reagiram através da aprovação de leis e atos semelhantes, assim 
causando uma queda súbita nas exportações americanas. As taxas de desemprego subiram de 
9% em 1930 para 16% em 1931, e 25% em 1933. Durante a década de 1930, a taxa de 
desemprego nos Estados Unidos não retornaria mais às taxas de 9% de 1930, se mantendo em 
perto da casa dos 20%. 
 
 
Uma das hoovervilles surgidas durante a Grande Depressão próxima a Portland, Oregon, Estados 
Unidos. 
Com o crescente fechamento de instituições bancárias, menos fundos estavam disponíveis no 
mercado americano, fazendo com que a produção industrial americana continuasse a cair. Em 
1929, o valor total dos produtos industrializados fabricados nos Estados Unidos foi de 104 
bilhões de dólares. Em 1933, este valor havia caído para 56 bilhões, uma queda de 
aproximadamente 45%. A produção de aço caiu em cerca de 61%, entre 1929 e 1933, e a 
produção de automóveis caiu em cerca de 70% no mesmo período. 
1933 foi o ápice da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. As taxas de 
desemprego eram de 25% (ou um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de 
30% dos trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar 
reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados tenham tido 
um aumento nos seus salários por hora. Outro problema enfrentado foi a grande deflação - 
queda do preço dos produtos e custo de vida em geral. Entre 1929 e 1933, os preços dos 
produtos industrializados não-perecíveis em geral nos Estados Unidos caíram em cerca de 
25%. Já o preço de produtos agropecuários caiu em cerca de 50%, por causa do excedente da 
produção destes produtos - primariamente trigo. A quantidade destes produtos à venda 
excedia largamente a demanda, o que causou uma queda dos preços destes produtos. Os 
baixos preços levaram ao endividamento de muitos fazendeiros. Era comum casos de suicídio 
por parte de empresários, acionistas e investidores em geral, que haviam perdido tudo o que 
possuíam; E também por parte de outros civis, que, com a crise, se haviam endividado e/ou 
não possuíam forma alguma de sustento devido ao fato de estarem desempregados. 
Combate à Grande Depressão e o fim da recessão nos EUA 
O presidente americano Herbert Hoover acreditava que o comércio, se não supervisionado 
pelo governo, iria eventualmente minimizar os efeitos da recessão econômica. Eventualmente, 
Hoover acreditava que a economia dos Estados Unidos iria recuperar-se, sem que a 
intervenção do Governo fosse necessária. Hoover rejeitou diversas leis aprovadas pelo 
Congresso, alegando que davam ao governo americano poderes demais sobre o mercado.
[10]
 
Hoover também acreditava que os governos dos estados americanos deveriam ajudar os 
necessitados. Muitos destes estados, porém, não tinham fundos suficientes para tal. Assim 
sendo, Hoover propôs a criação de um órgão governamental, o Reconstruction Finance 
Corportation (Corporação de Reconstrução Financeira), ou RFC, em 1932. Este órgão seria 
responsável por fornecer alguma ajuda financeira a empresas e instituições comerciais e 
industriais chave, como bancos, ferrovias e grandes empresas, acreditando que a falência 
destas instituições agravaria o efeito da Grande Depressão. No final de 1932, as eleições 
presidenciais foram realizadas. Os dois principais candidatos foram Hoover e Franklin Delano 
Roosevelt. Muitos da população americana acreditavam que Hoover fora o principal causador 
da recessão, e/ou que pouco fizera para solucionar esta recessão. Roosevelt saiu vencedor da 
eleição, tornando-se presidente dos Estados Unidos em 4 de março de 1933. 
Roosevelt, ao contrário de Hoover, acreditava que o governo americano era o principal 
responsável para lutar contra os efeitos da Grande Depressão. Em uma sessão legislativa 
especial, sessão conhecida como Hundred Days ("Cem Dias"), Roosevelt, juntamente com o 
congresso americano, criaram e aprovaram uma série de leis que, por insistência do próprio 
Roosevelt, foram nomeadas de New Deal ("Novo Acordo"). Estas leis forneceriam ajuda 
social às famílias e pessoas que necessitassem, forneceriam empregos através de parcerias 
entre o governo, empresas e os consumidores, e reformou o sistema econômico e 
governamental americano, de modo a evitar que uma recessão deste gênero ocorresse 
futuramente.
[3]
 
 
Fila de famílias esperando por ajuda financeira. Diversos programas de ajuda social foram criados 
pelo governo dos Estados Unidos a partir de 1933. 
Diversas agências governamentais foram criadas para administrar os programas de ajuda 
social. A mais importante delas foi a Federal Agency Relief Administration, criada em 1933, 
que seria responsável pelo fornecimento de fundos aos governos estatais, para que estes 
empregassem tais fundos em programas de ajuda social. Outros órgãos governamentais 
similares foram criados com o intuito de fundear, administrar e/ou empregar trabalhadores na 
área de construção de aeroportos, escolas, hospitais, pontes e represas. Estes projetos federais 
forneceram milhões de empregos aos necessitados, embora as taxas de desemprego 
continuassem altas durante toda a década de 1930. 
Outros órgãos foram criados com o intuito de administrar programas de recuperação, como a 
AgriculturalAdjustment Administration, criada em 1933 com o intuito de regular a produção 
de produtos agropecuários em uma dada fazenda. Outro órgão similar, o National Recovery 
Administration, criada em 1933, passou a enforçar leis antimonopólio, estabeleceu salários 
mínimos e limites na carga horária de trabalho. Esta última agência, porém, foi fechada a 
mando do Congresso, em 1935, por pouco estimular o comércio americano. 
Por fim, outros órgãos federais foram criados com o intuito de supervisionar reformas 
trabalhistas e financeiras. O Federal Deposit Insurance Corporation foi criado em 1933 com 
o intuito de promover transações e o comércio bancário. O Securities and Exchange 
Commission, criado em 1934, regulava o comércio de bolsa de valores e evitava que 
acionistas comprassem ações que o órgão considerassem "perigosas". O National Labor 
Relations Board foi criado em 1935, com o intuito de regular sindicatos, e de proteger os 
trabalhadores e seus direitos. Ainda em 1935, um ato do governo americano, o Ato da 
Segurança Civil passou a fornecer pensões mensais para aposentados, bem como ajuda 
financeira regular por um certo período de tempo, para pessoas desempregadas. 
O New Deal ajudou a minimizar os efeitos da Grande Depressão nos Estados Unidos da 
América. A economia americana gradualmente, mas lentamente, passou a recuperar-se, desde 
1933. O governo americano também diminuiu as tarifas alfandegárias em certos produtos 
estrangeiros, assim estimulando o comércio doméstico. Ao longo da década de 1930, os 
Estados Unidos gradualmente abandonaram o uso do padrão-ouro, decidindo ao invés disso, 
fortalecer a moeda nacional, o dólar, o que também ajudou na recuperação da economia 
americana. A produção de comodidades, tais como automóveis, voltaria aos patamares de 
1929, porém, somente após o fim da guerra, como a produção de automóveis, por exemplo 
1949 - a maior parte da matéria-prima na época possuía prioridade pela indústria bélica 
nacional. 
Porém, apesar dos programas governamentais criados com o intuito de reduzir o desemprego, 
cerca de 15% da força de trabalho americana continuava desempregada em 1940. Foi 
necessária a entrada do país na Segunda Guerra Mundial para que as taxas de desemprego 
caíssem aos níveis de 1930, de 9%. A entrada do país na guerra acabou com os efeitos 
negativos da Grande Depressão, e a produção industrial americana cresceu drasticamente, e as 
taxas de desemprego caíram. No final da guerra, apenas 1% da força de trabalho americana 
estava desempregada. 
Perto do final da guerra, os Estados Unidos e todos os outros 44 países Aliados assinaram o 
que é conhecido como os Acordos de Bretton Woods, com o intuito de evitar futuramente 
uma nova crise monetária e econômica da escala da Grande Depressão. 
A Grande Depressão em outros países 
A Grande Depressão causou grande recessão econômica em diversos outros países que não os 
Estados Unidos da América. Em muito destes países, a recessão provocada pela Grande 
Depressão gerou efeitos similares na economia destes países, como o fechamento de milhares 
de estabelecimentos bancários, financeiros, comerciais e industriais, e a demissão de milhares 
de trabalhadores. 
Os efeitos da Grande Depressão em vários países foram agravados pelo Ato Tarifário Smoot-
Hawley, um ato americano introduzido em 1930, que aumentava impostos a cerca de 20 mil 
produtos não-perecíveis estrangeiros, que causou a aprovação de leis e atos semelhantes em 
outros países, reduzindo drasticamente exportações e o comércio internacional.
[7]
 
Em vários dos países afetados, partidos políticos extremistas, de caráter nacionalista, 
apareceram. Outros partidos políticos, de cunho comunista, também foram criados. No Reino 
Unido, por exemplo, tanto o Partido Comunista quanto o Partido Fascista britânico receberam 
considerável suporte popular. O mesmo ocorreu com o Partido Comunista canadense. 
Outros partidos políticos menos extremistas também surgiram. A grande maioria, se não 
todos, prometiam retirar o país (ou uma dada província/estado) da recessão. O Partido do 
Crédito Social do Canadá, de cunho conservador ganhou grande suporte popular em Alberta, 
província canadense severamente afetada pela Grande Depressão. Em alguns destes países, 
partidos extremistas foram proibidos, como no Canadá. Outros partidos políticos extremistas, 
porém, conseguiram chegar ao poder, notavelmente os nazistas na Alemanha e os fascistas na 
Itália. 
Canadá 
Entre a década de 1900 e a década de 1920, o Canadá possuía a economia em mais rápido 
crescimento do mundo, tendo passado por apenas um período de recessão após a Primeira 
Guerra Mundial. Ao contrário dos Estados Unidos da América, onde o crescimento 
exuberante da economia americana era em grande parte apenas ilusório, a economia do 
Canadá prosperou verdadeiramente durante a década de 1920. Enquanto a indústria 
imobiliária dos Estados Unidos havia estagnado em volta de 1925, esta indústria continuou 
forte no Canadá até maio de 1929. O mesmo podia se dizer da indústria agropecuária, que ao 
longo da década de 1920 esteve em pleno crescimento no Canadá, enquanto nos Estados 
Unidos este setor entrara em recessão econômica. 
O principal produto de exportação do Canadá, à época, era o trigo. Este produto era então um 
dos pilares da economia do país. Em 1922, o Canadá era o maior exportador de trigo do 
mundo, e Montréal era o maior centro portuário exportador de trigo do mundo. Entre 1922 e 
1929, o Canadá foi responsável por 40% de todo o trigo comercializado no mundo. As 
exportações de trigo ajudaram a fazer do Canadá um dos líderes mundiais do comércio 
internacional, com mais de um terço de seu produto interno bruto tendo origem no comércio 
internacional. 
O sucesso do trigo canadense era baseado, porém, em problemas que afligiam outros países 
no mundo. A Primeira Guerra Mundial devastou a produção agropecuária dos países 
europeus. Mais importante foi, porém, a Revolução Russa de 1917, que manteve o trigo russo 
fora do mercado mundial. Em torno de 1925, a gradual recuperação da economia e da 
agropecuária da Europa Ocidental, bem como uma nova política econômica na Rússia, fez 
com que a produção mundial de trigo aumentasse no mundo, assim diminuindo os preços do 
produto. Esperando por um rápido retorno aos altos preços, os fazendeiros e comerciantes 
canadenses estocaram muito de seu trigo, ao invés de reduzirem sua produção. A introdução 
de maquinário, especialmente o trator, levou ao crescimento da produção de trigo tanto no 
Canadá quanto nos Estados Unidos. Todos estes fatores em conjunto desencadearam um 
colapso dos preços do trigo em junho de 1929, destruindo a economia de Alberta, 
Saskatchewan e Manitoba, e afetando severamente a economia de Ontário e Quebec. 
À parte dos Estados Unidos da América, o Canadá foi o país mais duramente atingido pela 
Grande Depressão. O Canadá, ainda oficialmente parte do Império Britânico, usava 
ativamente o padrão-ouro. Isto, aliado com os estreitos laços econômicos existentes entre o 
Canadá e os Estados Unidos (muito dos produtos fabricados no Canadá eram exportados para 
os Estados Unidos, por exemplo), fez com que o colapso da economia americana após a 
quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque rapidamente afetasse o Canadá. O colapso 
econômico canadense é considerado o segundo mais acentuado da Grande Depressão, atrás 
somente do colapso da economia dos próprios Estados Unidos da América. 
A economia do Canadá também dependia da exportação de certos produtos industrializados 
tais como automóveis. Com a Grande Depressão, as exportações canadenses aos EstadosUnidos caíram drasticamente. O colapso dos preços do trigo fizeram com que muitos 
fazendeiros canadense endividassem-se pesadamente. Os fazendeiros no Alberta e no 
Saskatchewan sofreram, além disso, com grandes períodos de seca e de constante ataque de 
pragas tais como enxames de gafanhotos. A queda na produção industrial canadense, por sua 
vez, significou a demissão de grandes quantidades de trabalhadores. 
A economia do Canadá tinha algumas vantagens sobre outros países, especialmente seu 
sistema bancário extremamente estável. Antes e ao longo da Grande Depressão, apenas um 
único estabelecimento bancário canadense faliu, em comparação aos nove mil que faliram 
somente ao longo da Grande Depressão. A economia do Canadá foi atingida duramente pela 
Grande Depressão primariamente por causa de sua dependência em relação ao trigo e 
produtos industrializados, mas também por causa da dependência da economia do canadense 
em relação às exportações de produtos canadenses para os Estados Unidos. A primeira reação 
de vários países, incluindo os Estados Unidos, quando a Grande Depressão teve início, foi de 
aumentar impostos. Isto causou mais danos à economia do Canadá do que para outros países 
no mundo. 
Richard Bedford Bennett, que atuou como Primeiro-ministro do Canadá entre 1930 e 1935, 
tentou minimizar os efeitos da Grande Depressão no país, inclusive, através da introdução de 
uma New Deal semelhante aos dos Estados Unidos, implementado em 1934. Porém, a 
economia do país continuou mal e somente passou a recuperar-se muito lentamente a partir de 
1934. 
Em 1933, 30% da força de trabalho canadense estava desempregado, deflação ocorreu, 
reduzindo salários e preços de produtos e reduziu investimentos. Em 1932, a produção 
industrial canadense havia caído para 58%, em relação à produção industrial em 1929. 
Enquanto isto, o PIB canadense havia caído em cerca de 42%, em relação ao PIB do país em 
1929. Apesar de ter passado por um período de curto e pequeno crescimento econômico entre 
1934 e 1937 - que nem de longe foi suficiente para atenuar os efeitos causados pela Depressão 
- a economia do Canadá entrou novamente em uma grande recessão em 1937. Foi somente 
com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial, em 1939, que os efeitos da Grande 
Depressão teriam fim no país. 
Reino Unido 
O Reino Unido saiu vencedor na Primeira Guerra Mundial. Porém, a guerra e a destruição 
causada pela última destruíram a economia britânica. Desde 1921, a economia do Reino 
Unido lentamente recuperou-se da guerra, e da recessão causada por esta. Mas em abril de 
1925, o chanceller britânico Winston Churchill, respondendo a um conselho do Banco da 
Inglaterra, fixou o valor da moeda nacional ao padrão-ouro, à taxa pré-guerra, de 4,86 dólares. 
Isto fez o valor da moeda britânica convertível ao seu valor em ouro, mas causou também o 
encarecimento dos produtos exportados pelo Reino Unido a outros países. A recuperação 
econômica do Reino Unido caiu drasticamente, o que causou redução de salários no país 
inteiro, debilitando a economia nacional. 
Quando a Grande Depressão teve início nos Estados Unidos, em 1929, diversos países no 
mundo inteiro criaram ou aumentaram tarifas alfandegárias, o que causou uma grande 
diminuição nas exportações de produtos britânicos. A taxa de desemprego saltou de 8% para 
20% no final de 1930. O Reino Unido cortou gastos públicos - que incluíram fundos dados 
para programas de ajuda social aos desempregados. Em 1931, mais cortes em salários e 
programas de ajuda social foram realizadas, e o imposto de renda nacional, foi aumentado. 
Estas medidas somente pioraram a situação socio-econômica do país, e em 1932, ápice da 
Grande Depressão no Reino Unido, as taxas de desemprego eram de 25%. Foi somente com o 
abandono do padrão-ouro e a instalação de tarifas alfandegárias para produtos importados de 
qualquer país que não fossem parte do Império Britânico, que a economia britânica passou a 
gradualmente recuperar-se. 
Alemanha 
A Alemanha foi derrotada pela Tríplice Entente na Primeira Guerra Mundial. A Entente 
cobrou pesadas indenizações de guerra por parte dos alemães - que em dólares americanos 
atuais seriam da ordem dos trilhões de dólares - entre outras pesadas punições impostas pelo 
Tratado de Versalhes. Começa então o período da história alemã chamado por historiadores 
como República de Weimar. Os anos da década de 1920 foram caracterizadas por massiva 
inflação em 1923 e o grande aumento da dívida externa do país entre 1925 e 1930. 
Quando a Grande Depressão teve início em 1929, o governo alemão acreditou que cortes em 
gastos públicos iriam estimular o crescimento econômico do país, assim cortando 
drasticamente gastos estatais, incluindo no setor social. O governo alemão esperava e 
acreditava que a recessão, inicialmente, iria deteriorar a Alemanha socio-economicamente, 
esperando com o tempo, porém, a melhoria da estrutura socio-econômica do país, sem 
intervenção do governo. A República de Weimar cortou completamente todos os fundos 
públicos ao programa de ajuda social para desempregados - o que resultou em maiores 
contribuições pelos trabalhadores e menores benefícios aos desempregados - entre outros 
cortes no setor social. Quando a recessão chegou ao seu auge em 1932, a República de 
Weimar perdera toda sua credibilidade junto à população alemã, fator que facilitou a ascensão 
do fuhrer Adolf Hitler no governo do país, em 1933, marcando o fim da República de Weimar 
e o início de um período de crescimento sócio-economico alemão, conhecido como III 
Reich.
[11]
 
Outros países 
Na França, a Grande Depressão atingiu o país um pouco mais tardiamente do que outros 
países, em torno de 1931. Como o Reino Unido, a França estava ainda recuperando-se da 
Primeira Guerra Mundial, tentando sem muito sucesso recuperar os pagamentos que possuía 
direito da Alemanha. Isto levou à ocupação do vale do Ruhr por forças francesas no início da 
década de 1920. A ocupação francesa do Ruhr não fez com que a Alemanha retomasse os seus 
pagamentos, levando à implementação do Plano Dawes em 1924, e do Plano Young em 1929. 
Porém, a Grande Depressão teve drásticos efeitos na economia local, e explica em parte os 
motins de 6 de fevereiro de 1934 e a formação da Frente Popular, liderada pelo socialista 
Léon Blum, que venceu as eleições de 1936. 
Por causa da Grande Depressão, o comércio internacional de produtos caiu drasticamente. A 
Austrália, que dependia da exportação de trigo e algodão, foi um dos países mais severamente 
atingidos pela Depressão no Mundo Ocidental. A taxa de desemprego alcançou um recorde de 
29% em 1932, uma das mais altas do mundo até os dias atuais. As exportações de produtos 
agrários e minérios, tais como café, trigo e cobre, de países da América Latina, caiu de 1,2 
bilhão de dólares em 1930 para 335 milhões de dólares em 1933, aumentando para 660 
milhões de dólares em 1940. Os efeitos da crise fizeram com que em alguns destes países, 
muitos agricultores passassem a investir seu capital na manufatura, causando a 
industrialização destes países, em especial, a Argentina e o Brasil. Neste segundo país, aliás, a 
industrialização se acelerou com a perda de poder político dos cafeicultores do estado de São 
Paulo, fenômeno consolidado com a vitoriosa Revolução de 1930.
[12]
 
Brasil 
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café 
brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café 
brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileirocomprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o 
preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo 
para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no 
setor industrial, desenvolvendo a indústria brasileira. 
Ásia 
A Ásia também foi afetada negativamente com a Grande Depressão, por causa da 
dependência da economia de diversos países asiáticos em relação à exportação de produtos 
agrários à Europa e à América do Norte. O comércio internacional asiático caiu 
drasticamente, na medida em que os Estados Unidos e a Europa foram cercadas pela recessão. 
Instalações comerciais e industriais asiáticas responderam através de demissões e redução nos 
salários. O PIB do Japão, com uma base industrial em crescimento, sofreu uma queda de 8% 
entre 1929 e 1930. As taxas de desemprego e de pobreza cresceram drasticamente, afetando 
desproporcionalmente as classes inferiores. Esta foi uma das causas da ascensão do 
nacionalismo japonês. O Japão recuperou-se da crise em 1932. 
A vida durante a Grande Depressão 
 
 
O desemprego fez com que milhões de pessoas, inclusive famílias inteiras, ficassem desabrigadas, 
especialmente nos Estados Unidos e no Canadá. Aqui, uma família sem-teto de sete pessoas, 
caminhando em Brawley, Condado de Imperial, Califórnia, EUA. 
A pobreza e o desemprego cresceram muito em razão da crise de 1929.
[13]
 Por isso, a maior 
parte da população dos países mais afetados pela Grande Depressão cortaram todo e qualquer 
tipo de gasto considerado supérfluo, agravando os efeitos da recessão na economia destes 
países. 
Por causa da Grande Depressão, milhões de pessoas nas cidades perderam seus empregos, nos 
países mais atingidos pela recessão. Sem fonte de renda, estas pessoas não tinham mais como 
sustentar a si próprios e suas famílias. A maioria das residências destas famílias, por sua vez, 
eram alugadas ou, ainda estavam sendo pagas através de prestações. Como consequência, 
milhares de famílias eventualmente foram expulsas de suas residências, por não terem como 
pagar os aluguéis ou as prestações de sua casa. Além disso, o desemprego fez com que a 
subnutrição tornasse-se comum entre a população dos países mais atingidos. Milhares de 
pessoas morreram por causa da subnutrição. 
Algumas pessoas e famílias sem fonte de renda mudaram-se para a residência de parentes, 
quando perdiam suas residências. A maioria destas famílias, porém, instalou-se em favelas. 
Abrigos rústicos feitos com telas de metais, madeira e papelão tornaram-se comuns em áreas 
vadias das grandes cidades dos países mais atingidos. As condições de vida nestas favelas 
eram precárias. 
A indústria agropecuária de diversos países - especialmente os Estados Unidos e o Canadá - 
foi duramente atingida pela Grande Depressão. Nos Estados Unidos, muitos fazendeiros 
endividaram-se pesadamente, e vários foram forçados a cederem suas terras para instituições 
bancárias. Na Califórnia, no centro-norte dos Estados Unidos e no centro-oeste do Canadá, 
grandes períodos de seca, invernos rigorosos e pestes agravaram a recessão econômica já 
existente nestas regiões. Muitos dos jovens das áreas rurais abandonaram suas fazendas e suas 
famílias, e buscaram a sorte nas cidades. Estas pessoas, juntamente com muitas das pessoas 
desempregadas nas cidades, viajavam de cidade a cidade, pegando carona em trens de carga, 
em busca de emprego. Esta foi uma cena muito comum nos Estados Unidos e no Canadá. 
 
 
Hooverville em Oregon, EUA. 
Os chefes de estado e outras pessoas importantes dos países atingidos passaram a ser 
frequentemente considerados diretamente culpados pelo início da Grande Depressão por 
muito da população atingida pela recessão. As favelas dos Estados Unidos foram apelidadas 
de Hoovervilles, em uma sátira da população americana ao presidente Herbert Hoover. No 
Canadá, muitos donos de automóveis apelidaram seus veículos de Bennett Buggies - Carroças 
Bennett - em uma sátira ao Primeiro-Ministro Richard Bennett. Isto porque estas pessoas não 
tinham como adquirir o combustível necessário para abastecer seus veículos, ou cortaram a 
compra de combustível por considerarem um gasto supérfluo. Estes veículos passaram a 
serem usados como carroças, puxados por cavalos ou outros equinos. 
Nem todos as pessoas sofreram igualmente com a Grande Depressão. Para pessoas que 
conseguiram manter seus empregos (mesmo nos países mais afetados pela recessão), ou que 
dispunham de uma poupança considerável, o padrão de vida não mudou muito. Apesar que 
muitos trabalhadores sofreram de cortes consideráveis em seus salários, a deflação fez com 
que os preços de produtos em geral caísse drasticamente. Ao longo da Grande Depressão, os 
preços da maioria dos produtos de consumo manteve-se muito baixo nos países mais afetados. 
Por outro lado, muitos afro-americanos nos Estados Unidos não conseguiam emprego, 
especialmente no sul americano, por causa de discriminação racial. Empregos eram dados 
primariamente aos brancos. Por isto, em todo os Estados Unidos, a taxa de desemprego entre 
a população afro-americana foi muito maior do que o da população branca. Mulheres com 
famílias para sustentar também dificilmente encontravam empregos, uma vez que a prioridade 
era dada para trabalhadores do sexo masculino, e que a discriminação contra mulheres 
trabalhadoras aumentou. 
Grupos étnicos minoritários - especialmente imigrantes - dos países mais atingidos passaram a 
ser discriminados por muitos da população dos países mais afetados. Estes grupos étnicos 
eram discriminados porque, na visão de várias pessoas dos países afetados pela Grande 
Depressão, estes grupos étnicos competiam com a "população nativa" dos países atingidos por 
empregos. Isto, aliado à forte recessão econômica da década de 1930, fez com que as taxas de 
imigração caíssem sensivelmente no Canadá e nos Estados Unidos. 
Legado 
Após o fim da Grande Depressão, muitos dos países mais severamente atingidos passaram a 
fornecer maior assistência social e econômica aos necessitados. Por exemplo, o New Deal 
dava ao governo americano maior poder para fornecer esta ajuda para estes necessitados e 
também para aposentados. 
A Grande Depressão gerou grandes mudanças na política econômica em vários dos países 
envolvidos. Anteriormente à Grande Depressão, por exemplo, o governo dos Estados Unidos 
da América pouco intervinha na economia do país. Executivos financeiros e grandes magnatas 
comerciantes eram vistos como líderes nacionais. A Grande Depressão, porém, mudou as 
atitudes de diversas pessoas em relação ao comércio. Muitos passaram a favorecer maior 
controle da economia do país por parte do governo. Outros grupos, mais extremistas, 
favoreciam a instalação de um regime comunista, nazista ou fascista de governo, como 
solução para a crise, ou seja, governos fortes e autoritários como o foram o de Getúlio Vargas 
no Brasil e Salazar em Portugal,
[14]
 os governos de forma geral procuravam corrigir as 
distorções do capitalismo, alinhavadas em suas obras, por Karl Marx, e solucionadas 
matematicamente ou econometricamente, em suas obras, por Keynes (com políticas de 
intervenção na economia, tratando-a como um todo matricial - sistêmico, sujeita a correções 
constantes, dentro de necessárias políticas de desenvolvimento integrado). 
Bibliografia 
Johnson, Paul M. A History of the American People. [S.l.]: Harper Perennial, 1999. ISBN 0-06-093034-9 
Purvis, Thomas L. A Dictionary of American History. [S.l.]: Blackwell Publishers, 1997. ISBN 1-57718-
099-2 
Referências 
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do original em 10 de janeiro de 2012. Página visitada em 10/01/2012. 
2. ↑Outubro de 1929: Crash da Bolsa de Nova Iorque (shtml) (em português). ESPECIAl: 
Quebrou!. veja.abril.com.br. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2012. Página visitada 
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3. ↑ abKASPI, André (Março de 2004). New Deal - A grande virada americana (html) (em 
português). História viva. uol.com.br. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2012. Página 
visitada em 10/01/2012. 
4. ↑Hitler Takes Power: Hitler Appointed Chancellor: Germany Recovers from the Depression. 
MacroHistory. 
5. ↑KEYNES, John Maynard. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of 
employment, interest and money). Tradutor: CRUZ, Mário Ribeiro da. São Paulo: Editora 
Atlas, 1992. ISBN 978-85-224-1457-4 
6. ↑Crise de 1929 (htm) (em português). historiadomundo.com.br. Arquivado do original em 10 
de janeiro de 2012. Página visitada em 10/01/2012. 
7. ↑ abcFortes, José (13 de setembro de 2009). Compreenda a Grande Depressão de 1929 (html) 
(em português). meionorte.com. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2012. Página 
visitada em 10/01/2012. 
8. ↑Krugman, Paul (13 de outubro de 2009). Mentalidades monetárias equivocadas (htm) (em 
português). uol.com.br. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2012. Página visitada em 
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9. ↑LIPIETZ, Alain Audácia: uma alternativa para o século XXI. São Paulo, ed. Nobel: 1991 
10. ↑Leal, Edson Pereira Bueno (26 de outubro de 2009). CRISE DE 1929 (em português). 
administradores.com.br. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2012. Página visitada em 
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11. ↑Germany – Economic (em inglês). Public Broadcasting Service (PBS). Página visitada em 10 
de janeiro de 2012. 
12. ↑Fernandes, Aníbal de Almeida (Agosto de 2006). Crise de 1929 e Revolução de 1930 (aspx) 
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13. ↑Choma, Jeferson. A crise de 1929 e a Grande Depressão (asp) (em português). pstu.org.br. 
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14. ↑Regimes Totalitários (htm) (em português). brasilescola.com. Arquivado do original em 10 
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