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CASOS CONCRETOS INTERNACIONAL

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Semana 01
CASO CONCRETO 1
 
O DIP e interdependência e cooperação entre Estados “Os Estados Unidos desistiram de apelar da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu vitória ao Brasil no processo contra as medidas antidumping aplicadas pelo governo americano na exportação de suco de laranja brasileiro. Com isso, as sobretaxas ao produto nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto novamente competitivo." Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento". 
Com base no texto acima, retirado da página da Organização Mundial do Comércio
 
(http://www.wto.org/spanish/news_s/news11_s/news11s.htm), discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
RESPOSTA:
 O caso em tela refere-se a atuação do Direito Internacional Público, que tem como premissa ser uma regra de vida social, aplicável à Sociedade Internacional, objetivando o bem comum e a manutenção da ordem social, que deve reinar no âmbito internacional. Essa fonte de direito prima por tutelar as mais variadas relações entre nações, entre elas as comerciais e politicas. No Direito Internacional, as relações ocorrem entre pessoas internacionais (Estados soberanos, Organizações Internacionais, etc.). As relações internacionais, assim como as relações internas, objetivam a harmonia entre os entes da sociedade, permitindo um justo e adequado desenvolvimento da pessoa humana.
 A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
 a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; 
 b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; 
 c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
 d) descentralizada: posto não existir organização institucional como na sociedade interna dos Estados. Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; 
 e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico. 
CASO CONCRETO 2
 
O DIPRI e a globalização. 
 
Convenção de Direito Internacional Privado de Haia Uma organização mundial... Com mais de 60 Estados membros representando todos os continentes, a Conferência de Haia de Direito Internacional Privado é uma organização intergovernamental de caráter global. Mescla de diversas tradições jurídicas, ela desenvolve e oferece instrumentos jurídicos multilaterais que correspondem às necessidades mundiais. Um crescente número de Estados não-membros está aderindo às Convenções da Haia. Assim, mais de 120 países participam hoje nos trabalhos da Conferência. Que estende pontes entre os sistemas jurídicos... As situações pessoais, familiares ou comerciais que estão relacionadas a mais de um país são habituais no mundo moderno. Estas podem ser afetadas pelas diferenças que existem entre os sistemas jurídicos vigentes nesses países (...) (Disponível na íntegra em http://www1.stf.gov.br/convencaohaia/conferenciaDireito/conferenciaDireito.asp>). 
 
Com base no texto acima, retirado do site do STF, discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
RESPOSTA:
O Direito que regula a relação jurídica acima narrada é o Direito Internacional Privado e para melhor compreender seupapel na contemporaneidadeé imprescindível reconhecer que o impacto da globalização sobre o arcabouço jurídico é muito maior do que a realidade interna de cada Estado.
Em vista dessa nova ordem internacional que vem sendo alterada pela realidade política construída desde meados do século passado, diversos internacionalistas apontam a predominância de uma visão pluralista no Direito Internacional contemporâneo. Nesse sentido, Cançado Trindade (MELLO, 1999, p. 17) afirma que os antigos paradigmas da soberania irrestrita e ilimitada sucumbiram à necessidade de uma reformulação subjetiva da Sociedade Internacional em torno da pessoa humana e a proteção de sua dignidade.
Na formação desta Nova Ordem Internacional, a Segunda Conferência de Haia, de 1907 teve crucial importância. Eram 44 os países ali presentes, dentre os quais o Brasil, representado por Ruy Barbosa. Plasmava-se, então, a semente do que viria a se tornar a Corte Internacional de Justiça. Seriam traçados ali novos e importantes rumos para essa sociedade internacional, como o controle do uso da força, a importância dos Direitos Humanos e a solução pacífica de controvérsias. “Na nova sociedade universal pode-se dizer que se está embaralhando o mapa do mundo”. Nele as principais forças produtivas “compreendendo o capital, a tecnologia, a força de trabalho e a divisão transnacional do trabalho, ultrapassam fronteiras geográficas, históricas e culturais, multiplicando-se assim as suas formas de articulação e contradição.
O Direito Internacional Privado é classicamente visto como o ramo do direito interno que regula, direta ou indiretamente, as relações privadas internacionais. Seu desafio é dar respaldo eficiente e justo a esta crescente internacionalidade das vidas privadas, das relações civis, comerciais ou de consumo, dentre outras. Para Pimenta Bueno, o Direito Internacional Privado atenderia aos interesses recíprocos de dignidade, bem estar, civilização e justiça universal, ao tempo em que preserva a independência, a jurisdição e a soberania de cada Estado.
As circunstâncias atuais da Sociedade Internacional, marcadas pelos signos da globalização econômica (velocidade, ubiquidade e liberdade) apontam para a necessidade da cooperação entre os Estados soberanos, especialmente porque o atributo da soberania deixa de ser considerado em sua forma absoluta e ilimitada, por força da consagração de outros sujeitos de Direito Internacional, como os organismos internacionais, as empresas transnacionais e, principalmente a pessoa humana, cuja dignidade constitui o eixo epistemológico do Direito Internacional Contemporâneo, consagrado pela convergência dos ramos do Direito Internacional Público, do Direito Internacional Privado e de todas as áreas correlatas ao estudo da complexidade da vida internacional. 
Conforme se pode constatar, o direito contemporâneo é marcado pelo dinamismo das instituições, incrementado pelo aumento da circulação das construções jurídicas carreadas nos variados fluxos das atividades cotidianas que extravasam as fronteiras dos Estados soberanos. Reafirma-se, nesse contexto, o Direito Internacional Privado como importante ferramenta para compreensão da realidade jurídica contemporânea em visão convergente, entre o público e o privado, em vertente inspirada em um direito cosmopolita. 
Portanto, a análise do conteúdo do Direito Internacional Privado revela-se de importância estratégica para o domínio do conhecimento jurídico nesse Terceiro Milênio cuja primeira década acaba de ser superada. Reitera-se aqui o apelo à comunidade jurídica brasileira a fim de sintonizar-se com a necessidade de abertura e recuperação do atraso na internalização de importantes tratados e convenções internacionais, bem como a atualização das normas de Direito Internacional Privado. Esperam os autores que estas páginas contribuam para a releitura da disciplina primando por uma abordagem dinâmica, pragmática e, sobretudo, pluralista.
 
QUESTÃO OBJETIVA
 
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006  1ª REGIÃO)
a) Direito internacional privado trata basicamente das relações humanas vinculadas a sistemas jurídicos autônomos e convergentes;
b) Direito uniforme espontâneo resulta de esforço comumde dois ou mais Estados no sentido de uniformizar certas instituições jurídicas;
c) O direito internacional uniformizado é fruto de entendimento entre Estados e que se concentram nas atividades econômicas de natureza internacional;
d) A uniformização de normas disciplinadoras de comércio internacional é realizada por meios de acordos bilaterais, multilaterais, tratados e convenções, até onde isto seja aceitável para os países interessados.
Semana 02
Caso Concreto 1
 
Considere o texto abaixo feito a partir da compilação de obras de importantes doutrinadores:
O eminente jurista Celso de Albuquerque Mello via no pensamento de Ignácio Ramonet a melhor descrição da sociedade internacional após a queda do muro de Berlim. Segundo esta descrição:
 
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunas do globo representam 1000 bilhões de euros, que é o equivalente à renda anual de 45% dos mais pobres da população mundial (2,5 bilhões de pessoas). As pessoas estão mais ricas que os Estados. As 15 pessoas mais ricas ultrapassam o PIB da África Subsaárica. Em 1960 os 20% da população que vivia nos países mais ricos tinham uma renda 30 vezes superior a dos 20% mais pobres. Em 1995 a renda é 80 vezes superior.
Para atender às necessidades sanitárias e nutricionais fundamentais custaria 12 bilhões de euros, isto é, o que os habitantes dos EUA e União Européia gastam por ano em perfume e menos do que gastam em sorvete. Morrem anualmente 30 milhões de pessoas por fome. Esta é uma arma política, uma arma de guerra e cria o "charité business". As fusões de empresa têm permitido diminuir o número de empregos. Cada uma das 100 principais empresas globais vende mais do que exporta cada um dos 120 países mais pobres. As 23 empresas mais importantes vendem mais que o Brasil. Elas controlam 70% do comércio mundial.(Cf. MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Renovar, 14 ed, vol I, 2002, p.57).”
 
O texto acima descreve as consequências danosas de uma inserção internacional assimétrica feita a partir de relações verticalizadas com relação aos centros mundiais de poder, representados pelos países desenvolvidos. É melancólica aquela imagem dos gastos com perfumes e sorvetes no mundo desenvolvido em comparação com as necessidades básicas de saúde, educação e alimentação no mundo periférico. Igualmente forte, o registro de que as pessoas estão mais ricas do que os Estados nacionais. Tudo isso a refletir a complexa sociedade internacional contemporânea.
A partir da leitura do texto, disserte acerca das características da sociedade internacional que são idealmente apontadas pela melhor doutrina do direito internacional e que encontram respaldo na Carta na ONU e em outros documentos internacionais. 
RESPOSTA: 
A globalização possibilitou a integração entre todos os países do globo, seusrespectivos povos e culturas, quebrou barreiras regionais, proporcionou a integração dosmercados financeiros, formação de blocos econômicos, acúmulo de riquezas por partesde diversos países, mas em contrapartida gerou distorções socioeconômicas muitograves.
A globalização tem levado o planeta à proximidade da catástrofe ambiental,convulsão social sem precedentes, desestruturação das economias de muitos países, aumentoda pobreza, da fome, dos sem terra, da migração e do deslocamento social.
Assim, visando à criação de condições de estabilidade e bem-estar necessárias para a convivência pacífica entre as nações,a Carta da ONU, em seu artigo 55, estabelece que as Nações Unidas devem promover padrões de vida mais elevados, pleno emprego e condições de progresso econômico e social.
A sociedade internacional caracteriza-se por ser:
 a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; 
b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; 
c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
d) descentralizada: posto não existir organização institucional com o na sociedade interna dos Estados. Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; 
e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico.
 Não se pode negar, no entanto, que o processo de globalização tende a reduzir o conceito de soberania estatal pela desconstrução do Estado interventor (WelfareState) em prol do fortalecimento das estruturas internacionais mediante a consolidação de organismos multilaterais de cooperação internacional, o que evidentemente conduz à revalorização da concepção de Estado Mínimo.
CASO CONCRETO 2
“...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para realizarem suas missões, nos locais aos quais são enviadas. É nesse aspecto que a França e o Reino Unido trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapa importante será vencida hoje, com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos próximos 12 meses. Mas existem também numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS (Principal Anti Air Missile System), o míssil ar-arMeteor e o avião de transporte A 400M..” (Artigo da ministra francesa da defesa,  MichèleAlliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, John Reid, publicado no jornal “Le figaro”(Paris, 6 de março de 2006). 
Analise o texto e os aspectos que destaca,  dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos de Fred Halliday para o termo “sociedade internacional” - realismo, transnacionalismo e homogeneidade.
RESPOSTA: As forças que influenciam a SIsão forças econômicas, culturais, religiosas e políticas. Sendo que as forças econômicas e políticas são as mais importantes.
Forças culturais: Manifestam-se pela realização de acordos culturais entre os Estados, na criação de organismos internacionais de fomento e desenvolvimento da cultura (UNESCO).
Forças econômicas: Definem o sistema internacional como primariamente constituído pela atividade econômica e pela disseminação das relações sociais e econômicas capitalistas em uma escala mundial. Segundo Celso Mello, elas seriam despertadas pelo materialismo histórico de Marx e ainda que o seu enfrentamento exigiria uma grande cooperação interestatal. (FMI, BIRD, OMC...).
Forças políticas: a luta pelo poder e pelo aumento do território estatal ocasionou fenômenos característicos da sociedade internacional (ditadura e imperialismo).
Forças religiosas: catolicismo, protestantismo. Hoje, o Islamismo tem marcado presença na nova forma de terrorismo, que vem, atualmente, dando novo contorno à SI.
Os três sentidos para o termo sociedade internacional, segundo Fred Hallidaysão:
Realismo - dentro do qual a sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseada em normas compartilhadas e entendimentos. Em um mundo constituído por potências soberanas e independentes, a guerra é o único meio pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus interesses vitais.
Transnacionalismo -que se refere à emergência de laços não estatais de economia, de política, de associação, de cultura e de ideologia que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou menor medida, uma sociedade que vai além destas mesmas fronteiras.
Homogeneidade -que indica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e da sociedade internacional, investigando de que maneira, como resultado das pressões internacionais, os Estados são compelidos a conformarem seus arranjos internos aos demais. É um conceito que se refere tanto ao desenvolvimento interno quanto às relaçõesinternacionais, já que o funcionamento interno dos Estados tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais.
Semana 03
Caso Concreto 1
 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento".
 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subsequentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano.
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado).
 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda:
1)      De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio?
RESPOSTA:A fonte aplicável ao litígio apresentado entre Portugal e Índia, para dar-lhe solução, segundo entendimento da Corte Internacional de Justiça é o costume regional. 
2)      Como ela é definida?
RESPOSTA: Ela é definida como costume regional, também denominado de local, que diz respeito a pedido de permissão para transposição territorial, o qual tem sido reconhecido pela jurisprudência e doutrina internacionais, a exemplo do caso em tela sobre direito de passagem entre Portugal e Índia, julgado na CIJ em 1960, no qual se reconheceu, também, a possibilidade de estabelecimento de costume em sentido contrário em razão da desobediência recíproca a costumes preestabelecidos (costumes "contra legem").
Os costumes apresentam essencialmente dois elementos. O elemento material (ou objetivo) que se constitui na repetição de atos, também chamados precedentes; e o elemento psicológico (ou subjetivo), identificado pela expressão latina opinio juris sivenecessitatis. O primeiro elemento pode ser analisado em várias dimensões (tempo de repetição do ato; número de Estado que o praticam etc). Aqui convém perceber que o ato costumeiro é praticado por dois Estados: Índia e Portugal, ainda que o primeiro tenha estado sob o jugo colonial da Grã-Bretanha. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a sustentar a existência de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso entenda-se que contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. Esterepresenta a idéia de necessidade, obrigatoriedade e consentimento entre os Estados praticantes dos precedentes. No caso citado, a prática adotada pelos Estados leva a crer que existe um costume internacional local. Entretanto o direito de passagem deve se limitar ao trânsito de mercadorias e indivíduos civis e não de forças armadas, polícia militarizada, armas e munições.
3)      Qual o elemento que a torna norma jurídica?
RESPOSTA: O costume se estabelece pela união de certos elementos: um elemento que certifica sua existência, sua prática geral e sua uniformidade através do tempo; e outro elemento que atribui ao costume seu caráter eminentemente obrigatório entre os sujeitos do mesmo direito: a opinio iuris, ou a consciência de sua obrigatoriedade. Os primeiros elementos reúnem-se sob a denominação geral de elementos materiais; o segundo é considerado o elemento psicológico do costume. São eles que tornam a norma jurídica.
 
Caso concreto 2
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay:
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais reparações e indenizações.
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos.
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais".
Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda:
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 
RESPOSTA:
 Não há um consenso entre os autores acerca do conceito de pessoa internacional no DIP. Para alguns autores, como Celso de Albuquerque Mello, a conceituação de sujeito de direito no DIP seria idêntica à conceituação de sujeito de direito no direito interno, ou seja, é sujeito de direito internacional aquele que tem direitos ou obrigações perante a ordem jurídica internacional. 
Esses autores distinguem a personalidade jurídica da capacidade de agir, que diz respeito à realização de atos válidos no plano jurídico internacional. Assim, para eles é perfeitamente possível a existência de sujeitos de direito internacional incapazes, à semelhança do que ocorre com as crianças no direito interno, que, apesar de serem sujeitos de direito, não possuem capacidade de exercê-los, devendo ser representadas por alguém capaz. Essa corrente doutrinária considera o ser humano e as empresas transnacionais como sujeitos de direito internacional público. 
A segunda corrente, cujo principal expoente brasileiro é Francisco Rezek, entende que, para que alguém possa ser qualificado como pessoa internacional, é necessário que lhe seja outorgada a capacidadede agir no plano internacional, possuindo, no mínimo, prerrogativa de reclamar nos foros internacionais a garantia de seus direitos. Para esses autores, são sujeitos de direito apenas os Estados soberanos (aos quais se equipara, por razões singulares, a Santa Sé1) e as organizações internacionais. 
Ambas as correntes concordam em um ponto: a subjetividade no DIP é evolutiva, variando conforme as transformações da sociedade internacional. Prova disso é que, até o século XIX, os Estados eram as únicas pessoas jurídicas no DI. No entanto, hoje, após a evolução da sociedade internacional, é indiscutível que as Organizações Internacionais são dotadas de personalidade jurídica internacional.
Existem outros autores ainda que enfrentam esta problemática de uma forma diferenciada, aceitando o indivíduo com um sujeito secundário de direito internacional. Por fim, existem os que aceitam o indivíduo apenas como objeto do Direito internacional, como Sereni e Quadri.
A maioria dos autores entende que o indivíduo pode ser sujeito de Direito Internacional, principalmente em decorrência da tendência ao monismo deste ramo do direito. Assim, se aceita que, em tese, o indivíduo possa ter subjetividade jurídico-internacional, apenas dependendo da forma de como as normas deste ordenamento jurídico o contemple. Ou seja, se destas normas se puder retirar os requisitos de um sujeito de direito, tais como possibilidade de atuação ou mesmo responsabilização do indivíduo, diretamente pela ordem internacional, pode ser que o indivíduo seja considerado um sujeito de Direito Internacional.
QUESTÃO OBEJTIVA
 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções internacionais,
 
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar.
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações internacionais.
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões judiciárias e a doutrina.
d. o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem.
  
Semana 06
Caso Concreto 1
O País GAMA celebra com os países BETA e DELTA tratado sobre pesquisa genética em seres humanos, com o objetivo de desenvolver novos medicamentos contra a AIDS. O tratado dispõe que as pesquisas serão realizadas na região da África subsaariana, onde há grande incidência da doença. A comunidade internacional, condenando o tratado celebrado, pugna por sua nulidade, exigindo sua revogação. Com base no conceito de norma internacional e nas teorias que discutem seus fundamentos, explique o fundamento para a nulidade da norma internacional em questão, discorrendo sobre suas características e sua relevância para o Direito Internacional Contemporâneo. Responda fundamentando na doutrina e na Convenção de Viena sobre Tratados.
RESPOSTA: O tratadopossui nulidade flagrante não podendo ser considerado como um tratado válido, pois seu conteúdo viola a carta de direitos humanos da ONU que se revela como uma normainternacional imperativa não podendo ser afastada pela vontade das partes. Assim o referido tratado viola a dignidade humana e ainda não promove progresso econômico social para as pessoas desses Estados.
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 consigna expressamente, em seu artigo 63, a impossibilidade da validade de tal Tratado, conforme segue: “Se sobreviver uma nova norma imperativa de direito internacional geral, qualquer tratado existente em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se”.
 Caso concreto 2
 
Após os atentados do 11/09 os EUA adotaram uma postura peculiar no tratamento das questões envolvendo o terrorismo mundial, culminando com a prisão de supostos envolvidos, os quais eram detidos em prisões controladas pelos EUA, dentre as quais aquela situada em Guantánamo, em Cuba. Os EUA celebram então com a Inglaterra, sua aliada na luta contra o terrorismo, tratado prevendo a cooperação entre os dois Estados para desenvolvimento de métodos não ortodoxos para obtenção de informações secretas junto aos supostos terroristas presos. Alegam os EUA que o tratado, que prevê medidas de combate ao terrorismo islâmico, seria uma forma de proteger seus cidadãos de violações aos Direitos Humanos. A França, sendo contraria a tais medidas, leva o caso à Corte Internacional de Justiça. Com relação a situação hipotética acima, responda: 
O tratado internacional é válido nos termos descritos? Explique e fundamente sua resposta.
RESPOSTA: Não, ele não é válido, pois viola norma imperativa. Os direitos humanos dos presos encontram-se consagrados em documentos internacionais que vedam a tortura, o tratamento desumano e degradante.
1ª QUESTÃO OBJETIVA
 
Com relação à chamada “norma imperativa de Direito Internacional geral”, ou jus cogens, é correto afirmar que é a norma (IV Exame Unificado da OAB/RJ, questão 17)
(A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de cada um.
(B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida.
(C) aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem reserva expressa.
(D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer Estado em situação de conflito.
Semana 7
Caso Concreto 1
 
Hungria e Checoslováquia (atual República Checa) celebraram em 1977 um tratado internacional para construção e funcionamento do sistema de esclusas Gabcikovo-Nagymaros que estava destinado a ampla utilização dos recursos do ramo Bratislava-Budapeste do Rio Danúbio, para exploração de recursos hídricos, energia, transporte, agricultura e outros setores da economia nacional das partes contratantes. No tratado, as partes comprometeram-se a garantir a preservação da qualidade da água do Rio Danúbio e do meio ambiente vinculado a construção do sistema.
Em 1989 a Hungria suspendeu e depois abandonou as obras por conta das intensas criticas que o projeto sofreu no país e, em 1991, a Checoslováquia adotou a variante C, colocando em prática uma solução provisória que consistia no desvio unilateral do curso do Danúbio em seu território e a construção de um dique. Por conta da realização dos planos da variante C a Hungria emitiu uma nota verbal através da qual rescindia o Tratado de 1977.
Com base no tema da execução, suspensão e extinção dos tratados, analise o caso acima e responda fundamentadamente:
Pode a Hungria suspender e depois descumprir o tratado pactuado? Qual seria o efeito da nota verbal de rescisão?
R: Não.A suspensão deve ser notificada ao outro Estado. No caso, a suspensão e o descumprimento do tratado por parte da Hungria é uma violação substancial, como prevê o art. 60 da CVT.
A nota verbal não surtiria nenhum efeito, pois diante da violação do Tratado pela Hungria e também pela Republica Tcheca, a nota verbal de rescisão não tem qualquer efeito.
O ato unilateral da Checoslováquia viola o tratado?
R: Conforme o art. 60 da CVT, a República Tcheca deveria ter invocado a violação como motivo para fazer cessar a vigência do tratado ou suspendê-la, mas como prevê o art. 60, parágrafo 2º, a possibilidade de invocar a violação da Hungria deixa de existir quando a República Tcheca, ela mesma, viola substancialmente o tratado.
Uma violação substancial de um tratado bilateral, por uma das Partes, autoriza a outra Parte a invocar a violação como motivo para fazer cessar a vigência do tratado ou para suspender a sua aplicação, no todo ou em parte. [Nos tratados bilaterais, o descumprimento substancial de uma parte permite que a outra parte considere extinto ou suspenso o tratado.Qual(ais) o(s) princípio(s) internacional(ais) violado(s)? Explique-o(os) e fundamente-o (os)
R: O princípio da boa-fé e dapacta sunt servanda, conforme art 36 da CVT que diz que todo o tratado em vigor vincula as Partes e deve ser por elas cumprido de boa fé.
CASO CONCRETO 2
O País Alfa não-membro da União Europeia (UE) celebra tratado com a República Tcheca, membro da referida Organização, cujo objeto, dentre outros, é o desenvolvimento econômico e social da região. No entanto, o tratado, negociado sob a condução ardilosa de Alfa, induzindo à assinatura nas mesmas circunstâncias pelo plenipotenciário Tcheco, é ratificado por seu chefe de Estado, que desconhecia o ambiente das negociações e da consequente assinatura. Quando da execução do Tratado, a República Tcheca percebe a existência de uma cláusula na qual o Estado Tcheco se submeteria à nova cooperação, abdicando de qualquer compromisso internacional anterior. O Tratado celebrado é válido? Pode Alfa ser responsabilizado pelos prejuízos causados? Explique justificadamente, fundamentando ainda sua resposta na norma jurídica pertinente.
R: O tratado não é válido, pois há vício de consentimento, uma vez que foi ardilosamente induzido à sua assinatura, a vontade não foi livre, houve dolo do país Alfa, na forma do art. 49 da CVT. Houve um prejuízo intencional, havendo assim a responsabilidade de Alfa de ressarcir os prejuízos causados.
Art. 49: Se um Estado tiver sido induzido a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de um outro Estado que participou na negociação, pode invocar o dolo como tendo viciado o seu consentimento em ficar vinculado pelo tratado.
 
CASO 3
 
Um tratado em vigor elaborado na língua portuguesa (lusitana), entre o Brasil e Portugal utilizou termos e expressões que não revelavam a intenção real com a vontade declarada pelo plenipotenciário da República Federativa do Brasil. Alegou-se, pois, que a redação de alguns dispositivos do tratado, dava sentido diverso daquele esperado pelo plenipotenciário. Os termos foram introduzidos por Portugal, através do seu plenipotenciário, que desconhecia a diferença linguística apontada como vício.  Todavia, o representante, plenipotenciário da República Federativa do Brasil tinha previamente conhecimento da questão, e mesmo assim alegou estar o tratado eivado de vício, o que gera a sua nulidade.  O Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, solicita uma análise sobre o caso supra mencionado, para que possa se posicionar perante o Presidente da República sobre o ocorrido. Com relação a situação acima responda fundamentadamente:
O tratado é Válido? 
 R: Quem alega o vício não pode ter contribuído de alguma forma para a ocorrência do vício. Embora o Brasil não possa alegá-lo, pois o plenipotenciário brasileiro percebeu o vício, mas calou-se, ele agiu de má-fé. Sendo assim, o contrato possui erro de consentimento não sendo, portanto, válido.
1ª QUESTÃO OBJETIVA
 
Julgue os itens abaixo, relativos aos tratados internacionais.
 
A) Considerando que o consentimento mútuo constitui condição de validade dos tratados internacionais, terá plena validade o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com norma imperativa de direito internacional geral, de conformidade com o que estabelece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados.ERRADO
B) Não é juridicamente possível a exclusão, do âmbito de aplicação territorial de tratado internacional, de parte do território de um ou de ambos os Estados pactuantes.ERRADO
C) Segundo a Convenção de Viena sobre Tratados de 1969 é vício de consentimento o erro de direito.ERRADO
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA
 
O direito dos tratados, até meados do século XX, sempre foi regulado, via de regra, pelo costume internacional. Porém, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, resultou na elaboração e conclusão da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, celebrada em 22 de maio de 1969, tendo entrado em vigor em 27 de janeiro de 1980. Tal instrumento internacional se justificava pelo fundamental papel que os tratados significaram e significam na história das relações internacionais, bem como pela importância, cada vez maior, dos tratados como fonte do Direito Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as Nações. Sob o prisma da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, é correto afirmar, quanto a elaboração, conclusão e entrada em vigor dos tratados internacionais, EXCETO:
(A) Nem todos os Estados têm capacidade para concluir tratados.
(B) Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se apresentar plenos poderes apropriados ou a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes.
(C) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são, dentre outros, considerados representantes do seu Estado: os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado.
(D) Um ato relativo à conclusão de um tratado praticado por uma pessoa que, nas formas ordinárias e expressas de representação estatal previstas pela da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, não pode ser considerada representante de um Estado para esse fim, não produz efeitos jurídicos, a não ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado.

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