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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS CERRO LARGO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FÍSICA - LICENCIATURA ROGER MATIAS VOGT CRIAÇÃO DE UMA HORTA ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II – EDUCAÇÃO NÃO FORMAL CERRO LARGO 2016 1 IDENTIFICAÇÃO Do Componente Curricular: GCH303 - Estágio curricular supervisionado II: educação não formal Professora Orientadora: Ms. Cleusa Inês Ziesmann Do Acadêmico: Roger Matias Vogt Licenciando em Física, 7ª fase Da Instituição: Nome da Escola: Escola Municipal de Ensino Fundamental São José Endereço: Vila Atolosa Bairro: Interior/Cerro Largo- RS CEP: 97900-000 Cidade/Estado: Cerro Largo /RS Telefone: (55)9635-0683 Site: E-mail: (escola) Representante legal no local de estágio: Vera Schmitt Follmann Supervisora de Estágio: Vera Schmitt Follmann Carga Horária: 45horas 2 Sumário CAPÍTULO 1: CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ................................................................ 4 1.1 TEMA ........................................................................................................................................... 4 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ..................................................................................................... 4 1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ....................................................................................... 4 1.4 OBJETIVOS: ............................................................................................................................... 4 1.41 Geral ....................................................................................................................................... 4 1.42 Específicos .............................................................................................................................. 4 1.5 JUSTIFICATIVA DO PROJETO E ESCOLHA DO LOCAL ............................................... 5 1.6 METODOLOGIA ....................................................................................................................... 6 1.7 CRONOGRAMA ........................................................................................................................ 6 1.81 Recursos Institucionais: ............................................................................................................ 8 1.82 Recursos Materiais e Humanos ................................................................................................ 8 CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REFERENCIAL TEÓRICO .................... 9 CAPÍTULO 3: DESCRIÇÃO E REFLEXÃO DAS ATIVIDADES DAS PRÁTICAS ................ 11 Apresentação na instituição............................................................................................................ 11 Primeiro encontro ........................................................................................................................... 11 Segundo encontro ............................................................................................................................ 12 Terceiro encontro ............................................................................................................................ 13 Quarto encontro .............................................................................................................................. 13 Quinto encontro ............................................................................................................................... 14 Sexto encontro ................................................................................................................................. 15 Sétimo encontro ............................................................................................................................... 16 Oitavo encontro ............................................................................................................................... 17 Nono encontro .................................................................................................................................. 17 Décimo encontro .............................................................................................................................. 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 20 3 INTRODUÇÃO O estágio Supervisionado II – Educação Não Formal é muito importante para que haja um novo conhecimento, uma nova área de atuação para que possamos ter novas aprendizagens e experiências de convivência em espaços diferenciados de ensino não formal. O estágio se faz necessário para nossa formação acadêmica, pois nós acadêmicos sabemos que ser professor na atualidade implica na construção de saberes, competências e habilidades que extrapolam a profissão docente. A construção da identidade de um professor é cada vez mais complexa. A busca por aperfeiçoamento é uma prática na maioria das profissões e não pode ser diferente entre os educadores. Nesta perspectiva, os professores se veem às voltas com a busca da formação continuada para melhorarem suas práticas, e nesse movimento, o destaque vai para os saberes pedagógicos que podem contribuir para a evolução do docente. (TARDIFF, 2007, p.27) A Organização Mundial da Saúde (1997) define que uma das melhores formas de promover a saúde é através da escola. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a maior parte de seu tempo. Além disso, é na escola onde os programas de educação e saúde podem ter a maior repercussão, beneficiando os alunos na infância e na adolescência. Nesse sentido, os professores e todos os demais profissionais tornam-se exemplos positivos para os alunos, suas famílias e para a comunidade na qual estão inseridos. O estágio realizou-se na escola Municipal de Ensino Fundamental São José, escola do interior de Cerro Largo RS, que possui alunos do pré-escolar ao 4º ano do ensino fundamental. Por ser uma escola do interior e possuir um amplo espaço com condições de uso, resolvemos com a parceria da comunidade escolar construir uma horta de hortaliças, legumes e temperos. Percebemos que a proposta foi receptiva pelas famílias dos alunos recebendo incentivo dos mesmos, pois os alunos irão aproveitar para a própria refeição na escola e já terão noções de cultivo e trabalho na terra e ainda, a importância de uma alimentação de verduras e temperos durante as refeições. Ao mesmo tempo temos como por objetivo, através de observações e vivencias durante a construção da horta junto com os alunos do 3º e 4º ano da escola, a leitura de referenciais auxiliara na discussão com os alunos sobre a importância e benefícios das plantas da horta. Portanto é esperado a partir desse trabalho conhecer a prática profissional em espaços diferenciados não sendo necessário ser uma escola, complementando e enriquecendo as ações desenvolvidas nos espaços escolares, trazendo a experiência do trabalho em conjunto e ainda, é o momento de vivenciar a relação teoria e prática, muito abordado no processo de formação 4 CAPÍTULO 1: CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 1.1 TEMA Construção de uma horta e o consumo de alimentos saudáveis 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Construção da horta e a problematização da importância do consumo desses alimentos com os alunos do 3º e 4º ano. 1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA A construção deuma horta será muito importante para a escola, onde os alimentos poderão ser utilizados para a merenda escolar e também como são alunos de séries inicias terão um conhecimento sobre a importância de utilizar esses alimentos cultivados. Verduras, legumes e frutas são ricos em vitaminas, minerais e fibras. Esses alimentos devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e diminuição do risco de ocorrência de várias doenças. Eles estão inseridos no grupo dos alimentos chamados de reguladores e recebem esse nome porque regulam as funções do organismo, como por exemplo, facilitam a digestão, a absorção dos demais nutrientes, protegem a pele, a visão, os cabelos, os dentes, aumentam a resistência contra infecções, melhoram o funcionamento intestinal, entre outras. 1.4 OBJETIVOS: 1.41 Geral Estimular os alunos a trabalhar na horta, contribuir para uma alimentação mais saudável e proporcionar a descoberta das técnicas de plantio, manejo do solo, cuidado com as plantas assim como técnicas de proteção da estrutura do solo. 1.42 Específicos Conscientizar da importância de estar saboreando um alimento saudável e nutritivo; 5 Criar, na escola, uma área verde produtiva pela qual, todos se sintam responsáveis; Levar os alunos para entrarem em contato direto com o meio ambiente natural; Proporcionar o trabalho em grupo, incentivando o respeito um pelo outro e diálogo; Levar os alunos a perceberem a produção sustentável e fonte de alimentação saudável; Plantar e manusear as plantas da horta; Realizar praticas educativas com os alunos; Vivenciar o processo educativo, promovendo a execução de projetos como a horta que será desenvolvida na escola, onde ocorrera contato com os educadores e educandos, capacitando-nos para uma docência mais participativa com a escola. 1.5 JUSTIFICATIVA DO PROJETO E ESCOLHA DO LOCAL Sendo a escola um espaço onde a criança dará sequência ao seu processo de aprendizagem e socialização, é fundamental o papel da educação ambiental na formação de cidadãos conscientes à alimentação saudável. Assim com as atividades extraclasse viabilizar ao aluno conhecimentos e práticas, estabelecendo a relação entre teoria e pratica e os cuidados com a alimentação. Hortas escolares são instrumentos que, dependendo do encaminhamento dado pelo educador, podem abordar diferentes conteúdos curriculares de forma significativa e contextualizada e promover vivências que resgatam valores. Valores citados no livro Boniteza de um Sonho, do professor Moacir Gadotti. Um pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra, é um microcosmos de todo o mundo natural. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de vida. A partir dele podemos reconceitualizar nosso currículo escolar. Ao construí-lo e cultivá-lo podemos aprender muitas coisas. As crianças o encaram como fonte de tantos mistérios! Ele nos ensina os valores da emocionalidade com a Terra: a vida, a morte, a sobrevivência, os valores da paciência, da perseverança, da criatividade, da adaptação, da transformação, da renovação (GADOTTI, 2003, p.62) A escolha do projeto de criação de uma horta deu-se por ser uma escola do interior, na conversa que tive com a direção da escola propus outros temas que poderiam ser trabalhados em sala de aula, mas por fim, optemos na reativação da horta que estava desativada a anos devido à falta de mão de obra para a manutenção da mesma. Escolhi esse local por ser a escola onde iniciei meus estudos e já naquela época não havia mão de obra suficiente para manter a horta e também a pedido dos pais das crianças que ali estudam, como o colégio tem poucos 6 alunos e todos alunos com menos de dez anos não tinham possibilidade de realizar o serviço da horta. 1.6 METODOLOGIA Durante o Estágio curricular supervisionado II: educação não formal tenho a oportunidade de conhecer um pouco da atuação do docente fora da sala de aula, vivenciando uma nova visão de trabalho, que futuramente poderá ser muito útil na utilização de práticas em minhas aulas onde já terei experiência em fazer um trabalho diferenciado com os alunos e também esse trabalho extra sala é fundamental para um bom funcionamento de uma escola, sempre é preciso ter professores empenhados para realizar esses trabalhos. O estágio foi realizado praticamente em 5 meses de trabalho, onde visitei a escola semanalmente, cada visita teve a duração de 4 horas de duração, sendo realizadas sempre no turno da manhã, pois é o turno dos alunos na escola e como eles irão participar nas atividades do estágio realizado das 7:45h as 11:45h, conforme constará na ficha de acompanhamento do estágio. Nesses encontros foram realizadas as atividades para a construção da horta bem como também, os alunos constituindo uma aprendizagem para a vida, conhecendo a importância desses alimentos para a saúde de cada um, tendo assim, um conhecimento no manuseio de uma horta podendo ajudar seus pais em casa e principalmente, incentivando o plantio e consumo dos produtos naturais. 1.7 CRONOGRAMA DATA ATIVIDADE PROPOSTA DESENVOLVIMENTO CARGA HORÁRIA (HORAS) 14-03 Apresentação na instituição Conversa com a direção da escola e discussão sobre o projeto que será aplicado na escola. 3h e 30min 18-03 (Re) Conhecimento do ambiente escolar e conversa com os alunos do 3º e 4º ano. Passeio nas dependências da escola, socialização com alunos e professores, onde foram decididos o local e a forma com que seria trabalhado a horta. 4h 7 22-03 Delimitação da área a ser utilizada e limpeza do local. Será feita a limpeza da área com a capinação e remoção das plantas invasoras com ajuda dos alunos do 3º e 4º ano da escola. 4h 23-03 Continuação do serviço do dia anterior. Continuar a limpeza e também a demarcação da área para a horta com a ajuda dos alunos na metade do tempo. 4h 28-03 Adubação do terreno. Recolher o esterco na minha residência, colocar em sacos e levar até a escola, será necessário realizar uma boa adubação. 4h 04-04 Espalhar o esterco na área da horta e construção dos canteiros. Com a ajuda dos alunos será espalhado o esterco e em seguida será feita a construção dos canteiros para facilitar o plantio. Ao final do trabalho pedirei aos alunos que garrafas pet para serem utilizados no controle de pragas. 4h 15-04 Finalizar a construção dos canteiros. Iremos continuar o serviço iniciado no encontro anterior dando um acabamento nos canteiros. 4h 29-04 Manusear as garrafas pet, finalizar os canteiros e fazer a remoção das plantas invasoras. Com a ajuda dos alunos iremos cortar as garrafas ao meio e deixar guardado para o dia do plantio, terminar a construção dos canteiros dando um retoque em seu acabamento e fazer a remoção das plantas invasoras que ali nasceram. 4h 03-05 Plantio das mudas de legumes e hortaliças, com visita da professora. O plantio ocorrera com a ajuda dos alunos, as mudas serão adquiridas no comercio para melhor produção das mesmas. Colocar os litrões ao redor das mudas plantadas para impedir que pragas danificam as mudas. 4h 27-05 Manuseio do local e plantio. Acompanhamento da irrigação das plantas (conforme combinado com os alunos a irrigação e manuseio caso necessário será feita diariamente), plantio do restante de hortaliças e legumes e também o plantio de temperos. 4h 10-06 Manuseio do local e palestra sobrea importância desses alimentos. Remoção das plantas invasoras, replantio das mudas morreram. Após isso haverá uma breve palestra para todos alunos da escola, sobre a importância e benefícios de consumir os produtos que foram plantados na horta (a palestra será ministrada com um profissional da área caso disponível, se não será ministrado por mim e pelos professores da escola). 4h 8 24-06 Despedida dos alunos e professores com dicas de como cuidar da horta. Se houver condições de colher algumas saladas na horta serão colhidas para fazer a salada da merenda escolar. Para finalizar meus trabalhos darei dicas para os alunos e professores continuar cuidando da horta. 4h 1.8 RECURSOS 1.81 Recursos Institucionais: A escola em que realizei o estágio, disponibilizou da área para realização do estágio, também a sala de aula para a conversa com os alunos e prestavam assistência quando surgia alguma dúvida em relação a horta. 1.82 Recursos Materiais e Humanos É disponibilizado pela escola todas ferramentas necessárias para a manutenção e construção da horta entre eles pá, enxadas, rastel, carinho de mão, mangueira para irrigação e câmera fotográfica para registrar os trabalhos. As mudas de hortaliças e sementes serão adquiridas por mim e pela escola no comercio local. Os alunos do 3º e 4º ano também ajudaram assim como a professora orientadora e diretora da escola senhora Vera Schmitt Follmann no desenvolvimento dos trabalhos e opinando na construção da horta. 9 CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REFERENCIAL TEÓRICO Segundo a definição do dicionário Aurélio (1986), agricultura pode ser definida como a “Arte de cultivar os campos” e também “cultivo da terra”; “lavoura”; “cultura”. Uma segunda definição diz que é um “conjunto de operações que transformam o solo natural para produção de vegetais úteis ao homem”. Torna-se importante ressaltar a parte que diz transformar o solo natural quando o objetivo de uma visão mais ecológica e integrada com a natureza é justamente manter o solo mais natural possível, equilibrado com o sistema que ele faz parte. Como foi especificado anteriormente no projeto de estágio, no capítulo 01, falávamos sobre a importância do aluno estagiário das licenciaturas em vivenciar o processo educativo não formal, faz-se necessário para enriquecer nossa formação de professor e que haja conhecimento, uma nova área de atuação para que possamos ter novas aprendizagens e experiências de convivência em espaços diferenciados de ensino não formal. A escola é um espaço onde os estudantes terão a oportunidade de trabalhar em grupo, se socializar, aprender a lidar com opiniões, conviver com as diferenças, bem como desenvolver habilidades no processo de aprendizagem. Sendo assim, considera-se que a construção de uma horta nesse espaço amplia as possibilidades e desenvolve condições favoráveis tanto para o ensino, quanto para a aprendizagem, na medida em que aparece como um novo espaço para troca, desenvolvimento e compartilhamento de saberes, habilidades e competências. De acordo com Rodrigues e Freixo (2009), a escola é considerada um espaço social, local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização. Através da potencialização de atividades desenvolvidas nesse ambiente, os alunos terão acesso a um novo caminho de saberes e descobertas no processo de aprendizagem. À medida que os saberes são construídos de formas variadas, concomitantemente desenvolve-se nos alunos a capacidade de transformar sua própria realidade. A escola passa a ser assim um local de importância social significativa, contribuindo para a formação de cidadãos envolvidos com a melhoria da qualidade da vida planetária. A implantação de hortas no ambiente escolar é considerada um ensino dinamizador capaz de inserir os alunos diretamente com o trabalho no solo criando uma dinâmica de trabalho. Precisamos nos tornar pessoas com consciência da importância desse trabalho isso significa entender os benefícios que uma horta nos traz para a saúde além da aprendizagem que temos. 10 A horta escolar permite principalmente o resgate dos valores éticos, sociais, culturais e ambientais, além disso, possibilita práticas sustentáveis que podem ser desenvolvidas dentro desse “laboratório vivo”. Como garantem Rodrigues e Freixo (2009), através do desenvolvimento da horta é possível iniciar um processo de mudança de valores e de comportamento individuais e coletivos que promoverão a dignidade humana e a sustentabilidade. A partir dessa iniciativa, a escola torna-se um local estratégico para o desenvolvimento da horta, tendo em vista seu papel no desenvolvimento dos jovens que futuramente ajudará na construção de sociedades sustentáveis. A criação de uma horta promove a aquisição de novos valores, boas atitudes, transforma a forma de pensar, valoriza a conservação desses ambientes na escola, o trabalho em equipe, a solidariedade, a cooperação, desenvolve a criatividade, a importância do cuidado, e a importância desses alimentos para uma vida mais saudável. De acordo com Serrano (2003), a horta escolar é um elemento capaz de desenvolver temas relacionados à Educação Ambiental e consequentemente a sustentabilidade, pois além, de relacionar conceitos teóricos e práticos, auxiliando o processo de ensino e aprendizagem, ela se constitui como uma estratégia capaz de desenvolvimento dos conteúdos interdisciplinarmente. Segundo Capra (2003, p.14), a educação para uma vida sustentável é uma pedagogia que facilita o entendimento das múltiplas relações entre atitudes humanas e seus impactos e também entre as disciplinas que compõem o currículo, pois ensina os princípios básicos da ecologia tendo como base a experiência dos sujeitos. Por meio dessas experiências, nós também tomamos consciência de que nós mesmos fazemos parte da teia da vida e, com o passar do 20 tempo, a experiência da ecologia na natureza nos proporciona um senso do lugar que pertencemos (CAPRA, 2003, p.14). E através desse projeto de criação da horta que as futuras gerações poderão continuar com esse local dando sequência no cultivo de verduras e legumes, é a partir desse ambiente que esperamos conscientizar os estudantes no uso de produtos naturais e ter uma alimentação saudável, logo as iniciativas devem ser incorporadas nesse espaço através da construção da conscientização ambiental e responsabilidade social, sendo a horta um ambiente propício para o desenvolvimento dessas competências e habilidades. 11 CAPÍTULO 3: DESCRIÇÃO E REFLEXÃO DAS ATIVIDADES DAS PRÁTICAS Apresentação na instituição Foi o dia onde tudo começou, fui na escola para ver se havia a possibilidade de trabalhar com os alunos da escola para a realização do estágio não formal. Com a confirmação da diretora da escola que era possível a realização do estágio propus meu projeto de criação de uma horta com plantio de verduras que poderiam ser utilizadas na merenda escolar, o qual discutimos muito e ficou decidido que seria esse o projeto a ser aplicado. Primeiro encontro Nesta data realizei o reconhecimento da área escolar, onde ficou decidido o local em que a horta será construída. Conversei com os professores e a merendeira da escola para perceber o que estavam esperando do meu projeto, pude perceber que estavam muito felizes com o trabalho que irá ser desenvolvido, pois como são alunos de séries inicias não tinham condições de realizar esse trabalho sozinhos. Pude também conversar com os alunos que irão trabalharcomigo, logo percebi a alegria e empolgação dos mesmos. 12 Segundo encontro Nesse dia iniciamos os trabalhos na construção da horta, com a ajuda dos alunos removemos todas as plantas invasoras (inços) e já iniciamos o trabalho para afofar a terra como esse trabalho era mais puxado realizei sozinho sem ajuda dos alunos eles somente retiraram os entulhos pedras e inços que ali estavam. Nesse dia era satisfatório ver o empenho das crianças, a curiosidade que tinham sobre o que seria cultivado e o envolvimento que tinham comigo, muitas perguntas e diálogos foram acontecendo durante os trabalhos. 13 Terceiro encontro Nesta data realizei o trabalho sozinho, pois como não tinha condições de deslocar os alunos até minha residência para coletar o esterco. Coletei e coloquei o esterco animal em sacos e levei até a escola com ajuda do meu carro, lá descarreguei e despejei todo o material na horta foram várias viagens de carro até a escola para levar todo esterco necessário. Quarto encontro Nesse dia com a ajuda dos alunos espalhamos todo esterco, já capinamos o local para misturar o esterco com o solo e eliminemos as plantas invasoras. Os alunos já não viam mais a hora de fazer o plantio era só o que falavam, mas havia muito trabalho a ser realizado. 14 Quinto encontro No quinto encontro que ocorreu o trabalho mais cansativo, construímos os canteiros da horta, onde com minha experiência no trabalho passei algumas técnicas os alunos de como realizar esse serviço e muitos já relataram que ajudam seus pais a realizar esse trabalho. Com o termino da construção os alunos ficaram encantados com a beleza que ficou o terreno que estava abandonado, cada aluno já queria adotar um canteiro para cuidar, então dividi os alunos em trios e cada trio ficou responsável para cuidar de um canteiro. 15 Sexto encontro Com a ajuda dos alunos cortamos as garrafas ao meio e deixamos guardado para o dia do plantio, finalizemos a construção dos canteiros dando um retoque em seu acabamento e também removemos as plantas invasoras que tinham tomado conta dos canteiros após duas semanas de muita chuva, foi um grande susto quando voltei os canteiros estavam tomados de inço pensei que não daria tempo suficiente para limpar já que estava previsto o plantio para a próxima semana, mas com o empenho de todos conseguimos limpar e deixar os canteiros num capricho, para o plantio das mudas. 16 Sétimo encontro Primeiramente realizamos a limpeza dos canteiros, para então fazermos o plantio das mudas. Com a presença da professora orientadora, professora Ms. Cleusa Inês Ziesmann realizemos o plantio de 120 mudas de alface, 30 mudas de repolho, 30 mudas de beterraba, 30 mudas de brócolis, 15 mudas de couve-flor e também semeamos salsinha e cebolinhas para posteriormente fazer o plantio. O plantio foi realizado da seguinte maneira, primeiramente mostrei para os alunos como plantar as mudas, em seguida meu papel foi somente distribuir as mudas para que os alunos realizassem o plantio. Os alunos estavam muitos animados com essa tarefa e alguns deles relataram que não gostam de comer verduras, mas que dessa vez iam comer para experimentar as mudas que eles plantaram. 17 Oitavo encontro Replantamos as mudas que acabaram não se desenvolvendo, plantamos cebolinhas em alguns canteiros e já removemos muitas plantas invasoras que nasceram entre as verduras, como os alunos tinham seus canteiros para cuidar cada trio cuidou do seu, eles cuidavam com muito carinho pois cada trio queria ter o canteiro mais limpo e bem cuidado. Também foi definido que durante os dias que eu não estaria na escola, cada dia um aluno ficaria responsável de fazer a irrigação da horta quando for necessário. Nono encontro Durante a realização do manuseio da horta com a irrigação, remoção de plantas invasoras e o cuidado com as plantas. Conversamos sobre a importância de consumir alimentos naturais e sobre a importância das verduras em nossas refeições. 18 Décimo encontro Realizamos os últimos acabamentos e limpeza da horta onde também repassei aos alunos algumas dicas de como continuar cuidando da horta para que aja uma boa produtividade, já que foi o nosso último encontro. Também já gostaríamos de colher algumas plantas, mas ainda estavam em fase de crescimento e não estavam prontas para ser colhida, no início do mês de julho as mudas de alface estarão prontas para serem consumidas. A horta está se desenvolvendo muito bem, é gratificante ver a felicidade dos alunos com a horta. 19 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao estudarmos teoricamente o conteúdo curricular não conseguimos compreender a dimensão de tudo o que é necessário para nossa formação de docente e para isso nos foi proporcionado o estágio não formal. A prática do estágio proporcionou uma nova visão de trabalho, ampliando nossos conhecimentos e nos familiarizando com esse tipo de trabalho. Participar e acompanhar todo o processo de implantação da horta foi uma experiência muito animadora, pois ver a animação e empolgação dos alunos em participar desse projeto foi algo muito prazeroso, ver a dedicação e comprometimento dos alunos com o meu projeto isso nos faz refletir sobre importância desse trabalho para nossa formação. Dentre alguns resultados acho importante destacar que o estímulo aumentava a cada dia que víamos nossos esforços sendo recompensados com a horta ganhando forma e a cada trabalho desenvolvido ela ficava mais bonita. Os alunos sentiam-se satisfeitos por verem seu trabalho transformar o ambiente. Não só os conhecimentos técnicos da construção da horta foram valorizados, mas sobretudo a mudança de consciência daqueles educandos, principalmente no que se refere ao trato com a natureza e na mudança de hábitos alimentares. Os resultados e objetivos traçados foram positivos, pois trabalhar com crianças permite um aproveitamento grande, pois elas se entregam ao conhecimento e busca aprender sempre mais. Percebe-se, portanto, que é notório que a horta contribui para um ensino e aprendizagem, tanto para inserção ao consumo das hortaliças como para uma consciência ambiental e sustentável. Concluo assim, com essa atividade que realizei na escola com a sensação de que o pouco que foi feito significou muito, não só para nossa formação profissional, mas, principalmente para a formação de crianças e adolescentes, visto que estes poderão multiplicar o conhecimento adquirido com este trabalho, incentivando seus pais e familiares no cultivo e consumo de verduras, ter uma vida saudável e, principalmente, respeitando a natureza e o meio ambiente. 21 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. A horta escolar dinamizando o currículo da escola. 2007 CUNHA, R. Emmanuel - Os saberes docentes ou saberes dos professores. 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de alimentação e nutrição. Brasília, 2000. Manual para Escolas: A Escola promovendo hábitos alimentares saudáveis. Elaboração Clarissa Hoffman Irala, Patrícia Martins Fernandez Coordenação Elisabetta Recine Brasília, 2001 LUZ, V.P. Técnicas Agrícolas. 9ª edição. Volume 1. Editora ática. 1998 TEIXEIRA, A.S. - Dicas de Alimentos e Plantas para a Saúde. Ed. Tecnoprint S.A. - Rio de Janeiro, 1983 TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional.4ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002 GADOTTI, 2003 Livro Boniteza de um sonho Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (1986) RODRIGUES, I. O. F.; FREIXOS, A. A. Representações e Práticas de Educação Ambiental em Uma Escola Pública do Município de Feira de Santana (BA): subsídios para a ambientalização do currículo escolar. Rev. Bras. de Ed. Ambiental, Cuiabá, v. 4, p. 99- 106, 2009. SERRANO, C. M. L. Educação Ambiental e consumerismo em Unidades de Ensino Fundamental de Viçosa-MG. 2003. 91f CAPRA, F. Alfabetização ecologia: o desafio para a educação do século 21. In: TRIGUEIRO, A. (Coord.). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: Sextante, p.14, 2003. 22 ANEXOS Carta de apresentação; Parecer da escola; Ficha de acompanhamento de estágio detalhada; Ficha de acompanhamento de estágio;
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