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61
EXERCÍCIO PUXADA POR TRÁS: UMA REVISÃO DE LITERATURA 
 
ELSOM MAX FERNANDES DA FONSECA; ALEXANDRE MOTTA; 
ELISALDO MENDES CORDEIRO. 
 
Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO / RJ - Brasil. 
professor_max@oi.com.br 
 
ABSTRACT 
O study is based on literature revision, on the accomplishment of the exercise pulled for 
backwards. Objective of this study was to revise the behavior of the involved joints in the execution 
of the movement and possible injuries for repetitive executions, e which exercise requests more the 
musculatures in the execution enters the pulled one for backwards and the pulled one for the front. 
The presented topics had been: biomechanics and anatomical considerations, predominance of 
injuries for extreme use, determinative and resultant factors. The negative consequences of this 
exercise overlap its benefits, thus concluding that if the musculature of the joints before the 
accomplishment of the pulled one for backwards must work, or the substitution of the exercise for 
pulled for front. 
 
RESUMEN 
El estudio se basa en la revisión de la literatura, en la realización del ejercicio tiró para al revés. El 
objetivo de este estudio era revisar el comportamiento de los empalmes implicados en la ejecución 
del movimiento y de lesiones posibles para las ejecuciones repetidoras, e que ejercitan las 
peticiones más los musculaturas en la ejecución introducen tirado para al revés y tirada para el 
frente. Los actuales asuntos habían sido: consideraciones biomecánica y anatómico, predominio 
de lesiones para el uso extremo, factores determinativos y resultantes. Las consecuencias 
negativas de este ejercicio traslapan sus ventajas, así concluyendo eso si el musculatura de los 
empalmes antes de que la realización de tirada para al revés deba trabajar, o la substitución del 
ejercicio para tirado para el frente. 
 
RESUMO 
O estudo é baseado em revisão de literatura sobre a realização do exercício puxada por trás, sua 
utilização e validade em comparação ao exercício da puxada pela frente no que diz respeito à 
segurança. Por intermédio desta revisão, ficam evidentes as grandes controvérsias a respeito do 
assunto. Foram estudados os comportamentos das articulações envolvidas na execução do 
movimento, possíveis lesões por execuções repetitivas e qual exercício solicita mais as 
musculaturas na execução entre a puxada por trás e a puxada pela frente. Os tópicos 
apresentados foram: considerações biomecânicas e anatômicas, predomínio de lesões por uso 
excessivo, fatores determinantes e resultantes. Partindo da premissa que os movimentos naturais 
são de maior segurança para o aparato locomotor e amparado pelas afirmações de autores 
conceituados, observa-se que não é natural tracionar uma resistência por trás da cabeça. Todavia, 
tracionar uma resistência à frente do corpo é mais natural e, por conseguinte, seguro, não 
sobrecarregando estruturas anatômicas como a cavidade glenóide, que inversamente ao 
acetábulo é muito superficial, ficando mais suscetível à lesões (CARPENTER, 2005; MAIOR, 
2004; SIGNORILE et al., 2002). As conseqüências negativas desse exercício sobrepõem seus 
benefícios, assim concluindo que se deve trabalhar a musculatura e as articulações antes da 
realização da puxada por trás ou a substituição do exercício pela puxada pela frente. 
 
 62
1. INTRODUÇÃO 
 
 Existem vários exercícios que são realizados dentro das academias que podem estar sendo 
precursores de grande risco de lesões, um desses exercícios supostamente prejudicial, é a 
puxada por trás, que atualmente é um dos exercícios questionados (MELONI, 2004). 
 O National Strength and Condicionation Research apresentou opiniões de seus membros 
em relação a melhor maneira de execução do exercício puxada por trás. Concluiu-se que 150 
profissionais apresentavam maior favorecimento à execução do exercício por trás, mas a grande 
maioria (903 membros) optou pela execução da puxada pela frente (SIGNORILE; et al., 2002). 
 Em estudo realizado por Carpenter et al. (2002) com análise descritiva (questionário) para 
avaliar a aplicabilidade destes exercícios em academias do Rio de Janeiro, ficou constatada a 
desistência deste tipo de exercício (puxada por trás) na maioria das academias citadas (80%), 
relatando a existência de risco de lesão durante sua execução. 
 É grande o número de professores que conscientizam os alunos da não-realização da 
puxada por trás na polia alta. Mas, há professores que passam esse exercício para os alunos. 
Sendo assim o maior prejudicado é o aluno que está a mercê desse exercício. (CARPENTER, 
2005) 
 O exercício de puxada por trás sofreu um tipo de rejeição em meados dos anos noventa, 
quando surgiram alguns trabalhos (CRATE, 1997; FEES; et al., 1998) comparando-o a puxada 
pela frente e analisando as vantagens desta puxada no que diz respeito à segurança de execução 
sem comprometimento da articulação do ombro (CARPENTER, 2005). 
 Estas lesões são geralmente no ombro, que nos oferece uma vasta variedade de 
movimentos. Ao contrário do quadril, onde o fêmur se encaixa perfeitamente numa cavidade 
profunda oferecendo estabilidade, a articulação do ombro trabalha numa cavidade (glenóide) 
bastante rasa e sua estabilização se dá mediante a uma ação de ligamentos e pelos músculos do 
manguito rotador (BOMPA, 2000). 
 
2. CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E BIOMECÂNICAS 
 
2.1 Biomecânica 
 
 Do ponto de vista funcional, atividades cotidianas não requerem a prática de puxar uma 
resistência por trás da cabeça. Mas pessoas devem freqüentemente puxar uma resistência para 
baixo em frente do corpo. Por isso, programas de musculação devem incluir exercícios que imitem 
o movimento de puxar pela frente e não se basear em exercícios os quais envolvam movimentos 
de puxada por trás da cabeça (MAIOR, 2004). 
Segundo Carpenter (2005), apenas na posição da cabeça e do tronco foram encontradas 
diferenças significativas 
 
Vejamos a descrição cinesiológica das puxadas: segundo Carpenter (2005). 
 
Puxada por trás Puxada pela frente 
Cotovelo (graus) Rad. Cotovelo (graus) Rad. 
160 2,79 160 2,79 
122 2,13 136 2,37 
82 1,43 86 1,50 
64 1,12 46 0,80 
38 0,66 32 0,56 
 
 63
 
 
 
 
PUXADA POR TRÁS 
Plano coronal 
Eixo Antero-
posterior 
 
Articulação Glenoumeral Escapulotorácica Umeroulnar Radiocarpal 
Movimento 
(concêntrico) 
 Adução Rotação interna Flexão Adução 
Amplitude Inicial 
Final 
variação 
150º 
20º 
-130º 
60º 
0º 
-60º 
180º 
40º 
-140º 
0º 
30º 
-30º 
Musculaturas Peitoral 
(esternocost
al) 
Latíssimos 
do dorso 
Redondo 
maior 
Rombóide 
Deltóide 
(ant/pos) 
 
 
 
Trapézio 
 
 
Bíceps 
Braquial 
Braquiorradial 
 
 
 
 
 
Passivo 
 
Alavancas 3º classe 3º classe 3º classe 
 
 
PUXADA PELA FRENTE 
Plano coronal 
 
Eixo 
 Antero-
posterior 
 
Articulação Glenoumeral Escapulotorácica Umeroulnar Radiocarpal 
Movimento 
(concêntrico) 
 Adução Rotação interna Flexão Adução 
 
Amplitude 
Inicial 
Final 
variação 
160º 
35º 
-125º 
35º 
20º 
-15º 
180º 
40º 
-140º 
0º 
30º 
-30º 
 
 
 
 
Musculaturas 
 Peitoral 
(esternocostal) 
Latíssimos 
do dorso 
Redondo 
maior 
Rombóide 
Deltóide 
(ant/pos) 
 
 
 
Trapézio 
 
 
Bíceps 
Braquial 
Braquiorradial 
 
 
 
 
 
Passivo 
 
Alavancas 3º classe 3º classe 3º classe 
 64
2.2 Anatomia Aplicada 
 
 Para entendermos o ombro, temos que conhecê-lo. O complexo do ombro consiste de três 
ossos interligados: úmero, clavícula e escápula. Para que se mantenham em comunicação e 
permitam os movimentos observados são necessárias quatro articulações: escapulotorácica(ET), 
esternoclavicular (EC), acromioclavicular (AC) e glenumeral (GU) (NORKIN e LEVANGIE, 2001). 
 Este artigo estará dando ênfase à articulação glenumeral, que talvez seja a mais 
problemática em função de suas possibilidades de movimentos e da influência que ela possui 
sobre as outras, além de ser uma das mais importantes no dia-dia (CARPENTER, 2005). 
 Essa articulação é do tipo sinovial e esferóide, com três graus de liberdade. Possui cápsula 
e vários ligamentos e bolsas associadas (NORKIN E LEVANGIE, 2001). A cavidade glenóide 
serve como superfície articular proximal nessa articulação (NORKIN E LEVANGIE, 2001). É nessa 
cavidade rasa que se articula a cabeça do úmero (MIRANDA, 2004). Sabendo que sua superfície 
é bastante rasa, tendo contato com apenas um terço do diâmetro da cabeça do úmero, ela possui 
uma superfície cartilaginosa que abrange o restante e evitando deslocamento superior a 1,5 mm, 
tornando essa articulação eminentemente de rotação, não permitindo grandes translações e 
tornando assim uma articulação perfeita (NORKIN e LEVANGIE, 2001). Porém, devido a essa 
pouca contenção óssea, a estabilidade será assegurada pelos ligamentos, cápsula e músculo 
(NORNDIN e FRANKEL, 2001). 
 Um dos músculos que estabiliza essa articulação é o manguito rotador. O manguito rotador, 
na verdade é uma união dos tendões dos músculos supraespinhoso, infraespinhoso, subescapular 
e redondo maior. Sua origem está na cápsula fibrosa inferior da articulação glenumeral e sua 
inserção nos tubérculos maior e menor do úmero (BOMPA, 2000; SOBOTTA, 1997; MIRANDA, 
2004). 
 
3- PREDOMÍNIO DE LESÕES POR USO EXCESSIVO 
 
 As luxações do ombro são as mais freqüentes de todas as luxações do corpo. Apresentam-
se quase sempre em adultos, ocorrendo raramente em criança. As luxações podem ocorrer nas 
direções anterior, posterior e inferior. A luxação anterior (ou subcoracóide) é a mais freqüente. 
Ocorre normalmente por um trauma direto muito forte, no sentido póstero-anterior sobre o ombro, 
ou por queda durante a sustentação do corpo sobre um braço estendido (MIRANDA, 2004). A 
maior parte das luxações de ombro também pode ocorrer por excesso de uso nas práticas 
esportivas. Na puxada por trás, está relacionada ao movimento de abdução, rotação externa e 
extensão do ombro, levando assim a uma falta de sinergia entre os músculos do manguito rotador. 
(HALL, 2000). 
 Colocar a extremidade superior em abdução e rotação externa aumenta a tensão no 
ligamento glenoumeral inferior, que se destaca por ser estabilizador estático primário da 
articulação glenoumeral (GREVE e AMATUZZI, 1999). Movimentos de musculação, 
freqüentemente envolvem esta posição de risco, acrescentando maior tensão ao braço de 
alavanca quando se envolvem repetições até a fadiga muscular. Juntos, estes fatores podem levar 
a lesão por uso excessivo, levando assim a síndrome do impacto (MAIOR, 2004). 
 LASMAR (2002), descreveu três fases clínicas; 
 
� Na fase I é característico um quadro de dor aguda que se segue ao esforço prolongado ou 
exacerbado, no esporte ou profissão, sendo um quadro reversível. Ocorrem edema e hemorragia 
ao nível da bolsa e tendões, ocorrendo tipicamente na faixa etária abaixo dos 25 anos. 
� Na fase II, há um processo inflamatório levando a um quadro de fibrose e espessamento da 
bolsa, além de tendinite, ocorrendo caracteristicamente entre os 25 e 40 anos. É significativa a dor 
 65
crônica após, as atividades com elevação do membro superior; dor na rotação interna, como ao 
vestir-se; e dor noturna, principalmente em decúbito lateral. 
� Por fim, na fase III é característico um quadro clínico de dor constante e perda da força de 
elevação do membro superior, pois já existe ruptura completa de um ou mais tendões, sendo mais 
freqüente em pacientes com mais de 40 anos de idade (LASMAR, 2002). 
 A seguir, correlaciona-se a lista de lesões comumente associados com a posição de risco da 
articulação glenoumeral: 
1. Sub-luxação: Defini-se, pelo deslocamento anterior/inferior parcial da cabeça do úmero, dentro 
da cavidade glenóide; devido às rupturas do lábio glenóide, ligamentos anteriores e cápsula 
articular (GANN, 2005). 
2. Luxação: É a perda da relação anatômica normal entre a cabeça do úmero e o ombro 
(cavidade glenóide). Quanto a etiologia, pode ser traumática ou atraumática. A traumática ocorre 
após um mecanismo violento em indivíduo com estrutura óssea cápsulo-ligamentar previamente 
íntegros. Nesses casos, geralmente ocorre desinserção ou ruptura desses estabilizadores da 
articulação, o que pode levar à recorrência da patologia. Na atraumática há alterações pré-
existentes que favorecem a luxação, mesmo na ausência de grande trauma. Esses indivíduos 
geralmente apresentam hipermobilidade geral em outras articulações (GANN, 2005). 
3. Impacto: Esta lesão ocorre habitualmente nos tendões do supraespinhoso e da porção longa 
do bíceps, assim como na bolsa subacromial. O arco coracoacromial (processo coracoíde, 
acrômio e ligamento coracoacromial), localiza-se em um espaço naturalmente estreito, que 
permite ao tendão de espessura específica passar através dele. Com o excesso de uso e tensão 
repetitiva, alguns tecidos vão responder com inflamação e inchaço (GANN, 2005). De acordo com 
relatos de Neer (1983), a classificação do impacto divide-se em 3 fases distintas: edema e 
hemorragia (<25 anos); tendinite e fibrose (entre 25 e 41 anos); osteófitos e ruptura (>40anos). 
4. Ruptura do manguito rotador: Estiramento ou completa ruptura de um dos tendões do 
manguito rotador supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor e subescapular (GANN, 2005). 
5. Dano ao processo espinhoso: Fratura óssea e contusão de tecidos moles adjacentes, devido à 
colisão da barra com a região cervical baixa, durante o exercício Puxado por trás (GREVE e 
AMATUZZI, 1999). 
 
4- FATORES DETERMINANTES E RESULTANTES 
 
 A maneira de sentar para uma puxada determina a postura assumida por todo o corpo. 
Flexionar o tronco e o pescoço durante a puxada deve ser evitado, por aumentar a rotação 
externa do ombro. Com o aumento dessa rotação externa, ocorre a maior probabilidade da 
permanência da flexão do tronco, quando as pernas são mantidas próximas aos braços. (MAIOR, 
2004). 
 A rotação externa do ombro é mais evidenciada na puxada por trás. Nesse exercício a 
rotação externa é maior, porém não ultrapassa os valores fisiológicos, que muito tentam comparar 
com os praticantes de beisebol, cuja rotação é superior a 120º (CARPENTER, 2005). 
Vejam os dados: 
Rotação Externa do Ombro 
Puxada p/trás Rad. P/frente Rad. 
80 1,40 80 1,40 
78 1,36 73 1,,27 
73 1,27 70 1,22 
70 1,22 64 1,12 
52 0,91 31 0,54 
 
 66
 Observando a amplitude do movimento, a articulação glenoumeral e o cotovelo movem-se 
através de maiores distâncias na pegada fechada pela frente do que na pegada aberta por trás. 
Existe um ganho de 50º de amplitude de movimento da articulação do ombro e 15º no cotovelo, 
quando a puxada por trás é substituída pela puxada pela frente (DE GRAAFF e KENT, 1995; 
LIPPER, 1994). 
 Em academias existem professores que acham que o cotovelo não deve ir para trás durante 
a puxada por trás por achar arriscado (CARPENTER, 2005). Sendo que, no exercício como 
voador, os cotovelos são projetados para trás, a tendência é os ombros rodarem internamente. E 
segundo Carpenter (2005), isso é um benefício. Por isso os cotovelos alinhados com a barra 
representam um grande risco a lesão. 
 Uma puxada por trás aumenta a possibilidade de lesão para os processos espinhosos, da 
região cervical baixa. Portanto é mais seguro utilizar a puxada pela frente, porque neste exercício 
a barra não entra em contato com a coluna cervical (MAIOR, 2004). 
 Já no movimento realizado pela frente e comportandode forma prática e funcional, a 
execução do exercício pela frente, além de apresentar maior segurança funcional, destaca-se pelo 
maior recrutamento de unidades motoras, conseqüentemente maior produção de força muscular 
(SIGNORILE et al., 2002). 
 Signorile, et al. (2002), ao analisar as diferenças da ativação eletromiográfica de cinco 
músculos que envolvem a articulação do ombro, dentre eles o deltóide posterior, latíssimo do 
dorso, peitoral (feixe esternocostal), tríceps cabeça longa e redondo maior, fez comparações entre 
quatro tipos de exercícios na roldana alta, puxada pela frente aberta, puxada por trás, puxada pela 
frente com grip supinado e puxada pela frente com grip paralelo. Os resultados constatam que o 
latíssimo do dorso e o tríceps são mais ativados no exercício de puxada pela frente aberta, tanto 
na fase descendente quanto ascendente. A puxada por trás ficou em segundo lugar na 
musculatura peitoral maior e deltóide posterior. Sendo assim, todos exercícios foram melhores que 
a puxada por trás. 
 
5- CONCLUSÕES 
 
 As conseqüências negativas sobrepõem seus benefícios, a puxada por trás coloca o 
complexo do ombro em risco. Sendo assim, é considerado um exercício pouco aceitável para a 
realização de um programa de treinamento benéfico (MAIOR, 2004). 
 Realmente não se pode afirmar qual deles é mais adequado para prescrever na rotina da 
musculação. A questão é, o quanto eles se diferenciam entre si e até que ponto executar apenas 
um destes exercícios, sabendo que, com isso, estamos contribuindo para a melhora muscular e 
poupando as articulações do executante (CARPENTER, 2005). 
 Moraes (2001), em dados não-publicados, afirma que os profissionais de educação física 
que atuam na área de treinamento de força devem usar exercícios para cintura escapular e 
exercícios para fortalecimento do manguito rotador, pois são muito importantes antes da 
realização da puxada por trás. Diminuindo assim o risco da Síndrome do impacto de ombro, 
evitando assim lesões pela puxada por trás. 
 Segundo os autores referenciados, conclui-se que especificamente a puxada por trás pode 
levar a lesão se não houver um fortalecimento dos músculos que envolvem essa articulação. Com 
o avanço tecnológico e medição de força interna é possível que tenhamos parâmetros seguros 
para uma conclusão desses raciocínios. Sugerem-se mais estudos sobre o assunto, pois é de 
extrema importância. 
 
 
 
 67
Referências Bibliográficas 
 
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE - Progression Models in Resistance Training 
for Healthy Adults. Med. Sci. Sports, 2002; 34(2): 364-380 
DE GRAAFF V., KENT M. - Human Anatomy. Wm. C. Brown, Dubuque, IA. 1995 
DELAVIER F.- Guia dos movimentos de musculação; Ed. Manole, 2ºed.,2000 
GREVE J.M.D., AMATUZZI M.M. - Medicina de reabilitação aplicada à ortopedia e 
traumatologia; Ed. Roca, 1ºed.,1999 
LIPPER L..- Clinical Kinesiology for Physical Therapy Assistants. F.A. Davis Co., Phila. PA. 
1994 
SIGNORILE J.F., ZINK A.J., SZWED S.P. - A comparative electromyographical investigation 
of muscle utilization patterns using various hand positions during the lat pull-down. J. 
Streng. Cond. Reser., 2002; 16(4): 539-546. 
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ANÁLISE DO EXERCÍCIO PUXADA POR TRÁS, Alex Souto Maior. 2004 
MELONI, Victor - GEASE - Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios, 2004. 
BOMPA, Tutor O; Cornacchia, Lorenzo. Treinamento de força consciente. Ed. Phorte, 1998. 
LASMAR, Neylor e et al. Medicina do Esporte. Rio de Janeiro:Revinter, 2002. 
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Nancy, Gann – Ortopedia Guia de Consulta Rápida para Fisioterapia - Ed. Guanabara Koogan 
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CARPENTER, Carlos S. Biomecânica– Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 
MIRANDA, Edalton. Bases de anatomia e cinesiologia. – Rio de Janeiro: 5º edição: Sprint, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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