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HISTORIA DA FOTOGRAFIA “A vida, como as imagens, não pede dinâmica familiar nem disposições genéticas. A vida se mostra como imagem antes mesmo de haver uma história de vida”. James Hillman Fisíca: formação da imagem em superfície plana por intermédio da projeção da luz. Química: capacidade de certos elementos de reagir aos efeitos da luz, mudando então de aspecto. Esses dois fenômenos são conhecidos pelo ser humano desde a antiguidade. Ex.: Aristóteles e na China a 2000 a.C. FOTOGRAFIA: Combinação de Fenômenos Distintos Héliographie Esta imagem demorou 8 horas para ser registrada Utilizando verniz de asfalto (betume da Judéia), misturado com cloreto de prata e aplicado sobre vidro, Niepce obteve a primeira fotografia conhecida: ele registrou pequenas construções vistas de sua sala de trabalho. Câmara Escura ( ou obscura ) Ela é a base para compreender o funcionamento da atual câmera fotográfica! Na Grécia Antiga, Aristóteles já se referia à câmara escura como instrumento de observação de eclipses. Foi somente por volta de 1550, que um conhecido personagem do mundo das artes, examinou o fenômeno da câmara escura e demonstrou suas possibilidades de uso para o desenho e pintura. quem foi mesmo o autor desta pintura ??? Leonardo da Vinci, pintor ,escultor e também inventor Italiano, foi quem demonstrou e colocou em prática o fenômeno físico que diz o seguinte: “A luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma câmara escura, se existir apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos.” Enfim, Fez-se a Escrita com a Luz A Câmera Escura é o princípio óptico básico da Fotografia Por volta do Séc. XVII a imagem produzida pela câmara escura era satisfatória devido á utilização de lentes e anéis (diafragma). Apesar das limitações que essa técnica oferecia, ela foi fundamental para o desenvolvimento da fotografia. Estudo dos Princípios da Câmara Escura Quanto maior o orifício mais clara a imagem, mas pouca nitidez Quanto menor o orifício mais nítida a imagem, mas muito escura Uma câmara escura compacta, que facilitava a execução de retratos . Joseph Nicéphore Nièpce Considerado o inventor da fotografia na França em torno de 1826 Héliographie Esta imagem demorou 8 horas para ser registrada Utilizando verniz de asfalto (betume da Judéia), misturado com cloreto de prata e aplicado sobre vidro, Niepce obteve a primeira fotografia conhecida: ele registrou pequenas construções vistas de sua sala de trabalho. Niepce associou-se a Louís Daguerre. Juntos passaram a trabalhar no aprimoramento do sistema. Em 1835, Daguerre expôs uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata. A revelação se deu com vapor de mercúrio. Acima, um dos primeiros daguerreótipos construídos por Daguerre. Niépce morreu antes de ver sua invenção mundialmente aclamada em 1839. Quem ficou com a glória da descoberta ? foi seu associado, Louis-Jacques Mandé Daguerre, que rebatizou a Héliographie (nome imaginado por Nièpce) para Daguerreotypie, para ter certeza de que a humanidade não o esqueceria. Foto de 1837 com mais qualidade, porém ainda muito demorada na exposição da chapa.... Daguerreotipia Daguerreotipia Em 1837, ele já havia padronizado esse processo, no qual usava chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo e revelava a imagem latente, expondo-a à ação do mercúrio aquecido. Para tornar a imagem inalterável, bastava simplesmente submergi-la em uma solução aquecida de sal de cozinha. A invenção do daguerreótipo não tardou chamar atenção da sociedade francesa. Fotos como essa, As Tulherias, apareceram numa exposição da Academia de Ciências de Paris. Primeiro Daguerreótipo em que aparece um ser humano - 1839 Utilizando mercúrio no processo, ele reduz o tempo de exposição para aproximadamente alguns minutos. Após a revelação, a placa era fixada com tiossulfato de sódio. Esse processo foi batizado por Daguerre com o nome de Daguerreotipia. Em 1839, esse processo se tornou público! E a técnica de fotografar popularizou-se, graças ao daguerriótipo. Daguerreotipia Apesar do sucesso do Daguerreótipo, a impossibilidade de se fazer várias cópias e a fragilidade do equipamento e dos acessórios fizeram com que um escritor e cientista inglês chamado William Henry Fox-Talbot (1800- 1877) buscasse solucionar e aprimorar essas limitações técnicas e pesquisasse profundamente as fórmulas de impressão química no papel. Em 1835, já havia construído uma pequena câmera de madeira carregada com papel de cloreto de prata, porém era necessário de meia à uma hora de exposição. Depois de fixada a imagem negativa em sal de cozinha e submetida a um contato com outro papel sensível, a cópia apresentava-se positiva. Em 1839, William Talbot inventa o PAPEL FOTOGRÁFICO, mas as imagens reveladas nele ainda não tem nitidez. William Talbot Talbot foi considerado o primeiro fotógrafo a registrar uma imagem pelo processo negativo/positivo e, após aperfeiçoar suas pesquisas e substituir o agente fixador por iodeto de prata. O processo, que inicialmente foi batizado de CALOTIPIA, ficou conhecido como Talbotipia, patenteado na Inglaterra em 1841. Talbot buscou incansavelmente uma técnica que atendesse a fixação da imagem, um processo eficaz que interrompesse o próprio processo de sensibilidade à luz. De fato, as imagens fotográficas, até aquele momento, careciam de tal técnica de conservação que a luz do dia enegrecia gradualmente o papel. Conseguiu então a atingir um tempo inferior a 1min. Após muitos testes, Talbot finalmente encontra sua técnica. Foto de 1844 de Fox Talbot Talbot inicialmente usou nitrato de prata no lugar de cloreto de prata, que era aplicado sobre papel. Mais tarde descobriu que misturando sal comum (cloreto de sódio) obtinha um produto de melhor sensibilização. Ele conseguia um negativo e tirava várias cópias por “contato”. Talbolt construiu também câmeras menores, chegando a construir uma de apenas 75 mm de largura. Fonte: Hercule Florence: a descoberta isolada da fotografia no Brasil – 3ª edição Por Boris Kossoy A descoberta vista por outra ótica..... Histórias e curiosidades do Brasil... Quem foi HÉRCULES FLORENCE? A História da Fotografia tem sido injusta com muita gente... França, sem dúvida, foi a MÃE da fotografia. Mas não se pode definir precisamente o pai. Hoje graças ao trabalho incansável e obstinado do jornalista e professor Boris Kossoy, um terceiro nome disputa a paternidade da fotografia: Antoine Hércules Romuald Florence, francês de nascimento, mas brasileiro de mulher (duas), filhos (vinte), netos, bisnetos e tataranetos. Kossoy investiu, de 1972 a 1976, numa das mais ardorosas pesquisas e reconstituições de métodos, técnicas e processos já realizadas no Brasil para levar uma pessoa do anonimato ao pódio da história. Florence O Francês, Antoine Hercules Romuald Florence, chegou ao Brasil em 1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos, e aplicou-se a uma série de invenções. Seguindoa meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir pela luz do sol e descobriu um processo fotográfico que chamou de Photographie, em 1832, como descreveu em seus diários da época anos antes da da descoberta por Niépce na França. Solitário no novo mundo Em 1833, Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou um papel sensibilizado para a impressão por contato. Ele já sabia que o papel escureceria no sol , por isso, lavou-o em água para diminuir a reação fotoquímica e guardou-o dentro de um livro. Segundo relatos, assim ele conservou várias imagens, que apreciava somente à noite, sob luz de vela. Mas as provas se perderam. Inclusive aquela, que seria a primeira fotografia de um ser humano produzida no planeta. Enfim, totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus, Florence obteve resultados fotográficos satisfatórios, porém, sem a devida divulgação científica do feito, acabou não sendo reconhecido mundialmente por suas descobertas. Xixi ??? Um fato curioso se deu com a descoberta do fixador que Florence utilizava. As imagens não tinham uma durabilidade muito grande. Um dia, com muita vontade de urinar e com medo de abrir a porta do seu laboratório e velar os filmes, utilizou uma banheira. Na escuridão do laboratório, Florence confundiu-se e passou o papel fotográfico pela banheira com urina. A amônia reagiu com os produtos e a fixação tornou-se mais resistente. Esse acidente, originou as pesquisas que resultaram no ’’tiossulfato de amônia’’, utilizado até hoje para fotografia, cinema, artes gráficas e radiologia. Florence ficou internacionalmente conhecido a partir da publicação do livro de Kossoy, ’’1833: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil’’ (editora Duas Cidades, 1980), nasceu em 1804, em Nice, e , com a ajuda do pai, pintor autodidata, estudou artes plásticas. Aos 20 anos, sua natureza inquieta e uma insistente falta de emprego o conduzem a um desconhecido Rio de Janeiro, onde passa um ano como modesto caixeiro de uma casa comercial e , depois, vendedor de livros. Através dos jornais, descobre a vinda do famoso naturalista russo Langsdorff e é aceito como segundo desenhista daquela que viria a ser uma das maiores e mais profícuas expedições científicas realizadas no Brasil dos séculos passados. Hercules Florence, “Diploma da Maçonaria”, Cópia Fotográfica – provavelmente 1833
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