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RESENHA sobre o texto “O colapso da resistência militar ao golpe de 64”. LIVRO DE João Quartim de Moraes

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Artigo sobre o texto:
“O colapso da resistência militar ao golpe de 64”.
Autor: João Quartim de Moraes
RIO DE JANEIRO
AGOSTO 2017
ANDERSON RODRIGUES MOREIRA.
“O colapso da resistência militar ao golpe de 1964”.
(João Quartim de Moraes) 
	Este projeto de artigo é referente ao trabalho do curso “O Golpe Militar de 1964: A Historiografia sobre o Golpe Militar”, Orientado pelo Prof. Diego Grossi.
Rio de Janeiro - RJ
2017
SUMÁRIO:
Introdução........................................................................04
Desenvolvimento.............................................................05 
Conclusão........................................................................07 
Referências Bibliográficas..............................................08
INTRODUÇÃO
Porque não houve resistência ao golpe de 1964? Ele era inevitável? O texto começa nos fazendo essas duas perguntas¸ e como todos nos sabemos, a resposta não e fácil de ser respondida, podemos colocar então os fatores econômicos e os interesses sociais como forças de pressão, na falta de melhor adjetivo para o caso do golpe de 64, e elencar alguns casos a seguir para comparações e reflexões. O autor também separa algumas ações que os derrotados tiveram e levanta a questão sobre o fatalismo.
No decorrer do texto o autor faz comparações entre outras resistências a golpes tanto na América do sul como na Europa. Exemplo como o de Salvador Allende foi mostrado como símbolo de resistência a um golpe militar e os bolsões de operários e estudantes que foram aniquilados depois dele. Mostra-nos os casos vitoriosos de resistência da Alemanha em 1920 (Putsch Kapp) onde um levante militar foi acionado pelo general de mesmo nome tentando deter o avanço socialista, mas que obteve uma greve geral no seu caminho que parou a recém criada republica de Weimar, e na Espanha (aqui o autor faz uma comparação com o golpe de 1964 no Brasil, com relação a articulação da direita e a pouca participação dos militares contrários) onde a população lutou tenazmente contra o golpe, mas o não “intervencionismo” das nações ocidentais e o apoio de Hitler e Mussolini aos militares fizeram do conflito ao golpe virar uma Guerra Civil. E a partir disso faz o questionamento de que, em qual período histórico, a derrota dos desfavoráveis se tornou uma constante. Talvez essa certeza dos golpistas na vitória em 64 estivesse na forma de uma carta da CIA ao governo americano solicitando as costas brasileiras uma parte da 5º frota do atlântico norte, ou talvez do apoio financeiro que as multinacionais deram para a desarticulação do governo de Jango.
DESENVOLVIMENTO
Outro questionamento em que o autor nos levanta e o de porque não houve resistência militar eficaz ao golpe. E esclarecendo melhor o ocorrido, sim houve, mas não no sentido de “enfrentamento militar”, mas sim no de articulações, como no caso do general Ladário Teles, Comandante do III Exercito com sede no Rio Grande do Sul, que em conversa propia com o presidente Goulart, queria organizar uma resistência militar ativa a partir do Sul, (com apoio de Brizola e outros) ou do general Euriálo Zerbini, que articulou com todos os seus superiores possíveis uma contra ofensiva, chegando ate mesmo ao Chefe da Casa Militar, mas que de nada adiantou, esperando a vinda de ajuda e apoio, mas esta nunca chegou, e acabou sendo levado ao cárcere junto com outros insurgentes. Os sinais de pronto atendimento a democracia pelos militares legalistas foi pequena em relação aos que na imparcialidade e na passividade ficaram, dentre estes, fica aqui digno de nota o caso do I Batalhão de Infantaria (Sampaio), em que seu coronel mudou de lado em pleno enfrentamento ao grupamento do general Mourão (intitulada pejorativamente de Guerra da Saliva) e o tão “temível” e “horripilante” enfrentamento entre as forças legalistas do Contra Almirante Aragão (herói da sublevação dos sargentos) e o golpista Carlos Lacerda Governador da Guanabara (notório “histérico” e costumas anticomunista), na “batalha” que iria travar-se no Palácio da Guanabara, esta que nunca chegou a acontecer, preferindo ambos os lados a aguardar na retaguarda, os desfechos em curso. Dos mais altos escalões aos oficiais mais subalternos (colocamos aqui como observação a resistência do presidente Goulart em tomar atitudes cabíveis e a do general Chefe da Casa Militar Assis Brasil em aconselhar o presidente) a debandada foi sequencial, e “um após outro”, até ao desfecho final, a aceitação e a apatia foi legalmente aceita por muitos militares, que na sua maioria, aceitaram o novo governo vigente.
Na Terceira parte do texto Quartim de Moraes nos mostra as causas Politicas que incentivaram o golpe de 1964, tais motivos que tinham como fundo os interesses em cargos políticos e financiamento econômico para as mudanças liberais-conservadoras, como foi observado e exemplificado grandemente pelos maiores especialistas do Brasil no assunto, tais como Werneck Sodré e René Dreifuss. As ações militares foram apenas o movimento vivo do que já se tramava-se e articulava-se na surdina dos gabinetes políticos dos golpistas e nos escritórios das grandes empresas. O autor nos lembra da força popular fantochemente incentivada nas marchas da “Família” e de como isso pesou (segundo tese de doutorado de Werneck Sodré) na opinião dos militares contra o apelo, mais efusivo do que quantitativo, do discurso na Central do Brasil feito por Goulart. O órgão não governamental IPES que foi como demostrado no texto “Uma vasta organização politica do patronato, dirigida por um estado-maior de plutocratas e prepostos de alto nível, formando uma cúpula do aparelho ideológico do capital no Brasil” este mesmo órgão deu de variadas maneiras as articulações e os aportes de que golpe necessitava
CONCLUSÃO:
O autor em sua conclusão aborda que não haveria outra forma de interpretar a realidade brasileira daquela época e segundo René Dreifuss, no seu “1964 – A conquista do Estado” o complexo Ipes-Ibad foram criados na perspectiva de um golpe de estado, o Ipes na data de 29 de Novembro de 1961, há apenas dois meses após a tentativa de golpe ocasionada pela renuncia de Jânio Quadros. O que nos leva a conclusão de que as precondições orgânicas para a institucionalização de um núcleo dirigente da burguesia industrial e financeira já estavam se aglutinando dois anos antes. 
Em consonância com o autor, argumentamos que o regime militar iniciou-se desse núcleo e que dali que nasceu os tentáculos para o envolvimento da população nas marchas, o envolvimento da burguesia nacional com o clero reacionário da igreja católica e a sedução para a parte militar indecisa. Essa mistura de propaganda midiática e agitação (legal e ilegal) das massas que foi o cerne para alavancar os interesses da burguesia nacional e internacional, que já desde 1961 elas já haviam notado que não poderiam mais contar com o jogo politico.
BIBLIOGRAFIA:
O colapso da resistência militar ao golpe de 1964. MORAES, João Quartim de. In: TOLEDO, Caio Navarro de (ORG). 1964 – Visões criticas do golpe, Democracia e Reformas no Populismo, Editora Unicamp, São Paulo, 1997.
RIO DE JANEIRO
AGOSTO 2017

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