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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E SOCIAIS NEGOCIAÇÃO TRABALHO EM GRUPO NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL E A GLOBALIZAÇÃO Discentes: Áureo Jaime Nhaca Luís Manuel Hugo Docente: MSc Felix Malache Maputo, Maio de 2017 i ÍNDICE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. I Justificativa da escolha do Tema ............................................................................................. III Objectivos ............................................................................................................................... IV Objectivo geral .................................................................................................................... IV Objectivo específico ............................................................................................................ IV 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS E CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................... 1 1.1. Negociação .................................................................................................................... 1 1.2. Globalização .................................................................................................................. 2 Globalização .......................................................................................................................... 3 Comercio ............................................................................................................................... 3 2. NEGOCIAÇÃO EMRPESARIAL E A GLOBALIZAÇÃO ................................................ 4 2.1. A importância da Ética na Negociação ......................................................................... 7 2.2. Questões importantes: ................................................................................................. 11 CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 12 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 13 I INTRODUÇÃO O planeamento estratégico empresarial baseado na visão sistêmica torna-se relevante em mercados de negócios globalizados. Esta actividade permite visualizar a organização interagindo com outros elementos formando um todo complexo, avaliando as iniciativas de negociação, compreendendo as metas e o desempenho corporativo, bem como estabelecendo um novo enfoque que “[...] permite estudar este processo como um todo” (MARTINELLI, 2002, p.195) obtendo máxima eficiência e redução de custos. Hoje a comunicação humana está no seu auge, através da evolução dos diversos tipos de tecnologias e mídias de comunicação. Saber negociar neste mundo globalizado passa a ser uma característica essencial, uma vez que as mudanças organizacionais vindas da globalização modificam as estruturas, os processos e a cultura das organizações. O papel do negociador é ser um profissional que pense, avalie, analise e pondere coerentemente as informações que lhe forem passadas na intenção de chegar a uma resposta apropriada em uma relação de troca. O negociador deverá saber o momento exacto de perguntar, de ouvir e de pensar. Ele deve estar preparado para o momento correcto de abordar a outra parte. Ele deve estar atento a tudo o que diz respeito a seus interesses, assim como tudo o que diz os interesses da outra parte. Com a globalização, o aumento da concorrência e a facilidade de informação, saber negociar passa a ser ainda muito mais importante. Observamos que o mundo esta se transformando muito rapidamente. Isto só é possível por causa desse fenómeno. Esse processo tem suas raízes históricas na sociedade comercial, sendo uma das suas mais marcantes características o desempenho pelos meios de informação e de comunicação. O desenvolvimento desses meios tem ocorrido de forma bastante acelerada nas últimas décadas, o que fez com que o comércio mundial mudasse e se alastrasse bastante. II A globalização e o comércio provocam mudanças na vida e no modo de viver das pessoas. Ao mesmo tempo, que cria oportunidades de crescimento, surge ao lado de crises como o desemprego, redução de salários, crescimento da pobreza e comprometimento de nível de vida das pessoas. Assim precisamos conhecer melhor esse fenómeno, porque muitos falam, mas temos o compromisso de intender, como afectam nossas vidas através do ramo empresarial. III Justificativa da escolha do Tema O presente tema mereceu a nossa especial atenção por ter constatado que, apesar de trazer muitas vantagens para as nossas actuais empresas, entusiastas empreendedores, estudantes e para o público em geral, ajudará os que pretendem de melhor forma aplicar e praticar as diversas formas de negociação existentes, atento à globalização e acções de suas empresas, mantendo-se assim estável quanto a sua lucratividade dos negócios a incorrer e a productividade, mais ainda na competitividade com as restantes dentro de seu mercado, de igual modo singrar no mundo internacional. Ainda motivou-nos pela necessidade se entender melhor como decorre o processo de negociação empresarial à luz de algumas empresas em Moçambique, tais que podem a partir destes aplicar ou selecionar o melhor método ou opção a seguir, recursos estes que me permitiriam imprimir uma nova dinâmica no que é uma negociação ganha- ganha e da economia em si. IV Objectivos Objectivo geral Fazer um estudo aprofundado da Negociação Empresarial no seio da Globalização. Objectivo específico Pretendemos com este trabalho: 1. Caracterizar o ambiente próprio das negociações e as influências sócias culturais, no seio da organização perante a globalização. 2. Mostrar as habilidades e ferramentas necessárias para uma negociação eficaz. 3. Exercitar a prática da negociação como técnica pertinente a profissão do administrador. 1 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS E CONTEXTUALIZAÇÃO Aquando do estudo da negociação empresarial e a globalização, precisamos antes de mais fazer alusão de alguns conceitos básicos como é o caso do que é negociação assim como a globalização. 1.1. Negociação A negociação esta presente diariamente e inevitavelmente na vida de todo o ser humano. Negociar não significa somente o embate, mas a harmonização de uma situação entre as partes, para que os envolvidos possam obter benefícios. MIRANDA (2000), afirma que há dois tipos de negociação “as que nunca mais se repetem e as que apontam para um relacionamento duradouro. No primeiro, pode prevalecer a competição; no segundo, porém, a cooperação é igualmente importante.” “Negociação é o processo de alcançar objetivos por meio de um acordo nas situações em que existem interesses comuns, complementares e opostos, isto é, conflitos, divergências e antagonismos de interesses, ideias e posições.” (WANDERLEY, 1998). Negociação é o processo de buscar aceitação de ideias, propósitos ou interesses visando o melhor resultado possível, de tal modo que as partes envolvidas tenham a oportunidade de apresentar toda sua argumentação e que o produto final seja maior que a soma das contribuições individuais (JUNQUEIRA, 1995: 12). Pela possibilidade da negociação vir a se repetir no futuro é importante, que o resultado dessa interação seja satisfatório para as partes envolvidas. Nesse sentido, tentar conseguir vantagens a qualquer custosem se importar com a outra parte, pode levar a uma sensação de sucesso momentâneo, que futuramente poderá implicar em novas negociações. Negociar é persuadir e neste contexto ambas as partes devem sentir-se satisfeitas com o resultado final. A negociação envolve uma série de comportamentos que inclui comunicação, marketing, psicologia, sociologia, firmeza e administração de conflitos. Além do mais significa ter clara compreensão das próprias motivações e da outra pessoa. 2 O que diferencia um vendedor de um negociador? Veremos de forma prática: VENDEDOR NEGOCIADOR Tem foco na meta, volume e dinheiro Tem foco na solução do problema, por isso pode ser mais criativo Tende a ser mais competitivo Tente a ser mais cooperativo É mais relacional É mais analítico e estratégico Acredita da intuição Acredita no planeamento É persuasivo Transmite credibilidade Concede com cautela Troca concessões 1.2. Globalização A globalização surgiu nos EUA no início da década de 1980, pode ser definida como um processo que promove a intensificação das trocas (de bens, serviços, capitais, informações e pessoas) que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração de carácter Economico, social, cultural e politico entre diferentes países. Teve início num movimento de trocas comerciais, metrópoles e coloniais que alimentou o capitalismo comercial. A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista formou – se predominante no Mundo. A consolidação do capitalismo deu iniciou a era da globalização, principalmente no ramo económico e comercial. O processo de globalização surgiu para atender o capitalismo e, principalmente, nos países desenvolvidos, do Mundo que pudessem arcar com novos mercados, tendo em vista que o consumo interno encontra – se soterrado. Embora vários estudiosos situem a origem da globalização em tempos modernos, outros traçam a sua história muito antes da era das descobertas e viagens ao novo Mundo pelos Europeus. Alguns até mesmo, traçam as origens ao terceiro milénio A.C. 3 Os sociólogos usam o termo globalização quando se referem aos processos que intensificam cada vez mais a interdependência e as relações sociais a nível Mundial, dai a razão de estudo deste fenómeno social com vastas implicações. Não deve pensar – se na globalização apenas como o desenvolvimento de redes mundiais – sistemas económicos e sociais afastados das nossas preocupações individuais. É também um fenómeno local, que afecta a vida quotidiana de todos nós. A evolução nos transportes e comunicações revolucionou o intercâmbio económico, não só aumentando o seu volume, mas também alargando o seu âmbito geográfico. Assim, expandiu – se a diversidade e quantidade, gerando canais comerciais mais complexos. Numa primeira fase, as operações comerciais eram realizadas frente – a – frente. Hoje as transações internacionais são feitas a distância, apoiando – se nas novas invenções tecnológicas. Estes intermédios vieram tornar possíveis práticas mercantis, propiciando o crescimento da economia e a expansão do comércio. Globalização é um processo de interação e integração entre as pessoas, empresas e Governos de diferentes nações. Processo esse impulsionado pelo comércio e investimentos internacionais, com o auxílio da tecnologia de informação. Este processo tem efeito sobre o ambiente, cultura, sistemas políticos, desenvolvimento económico e prosperidade. Comercio este termo deriva do conceito latim commercium e refere – se a negociação que tem lugar na hora de comprar ou vender bens e serviços. Por outras palavras, o Termo comércio é a actividade socioeconómica que consiste na compra e venda de bens e serviços, seja para usufruir dos mesmos, vende – los ou transforma – los. Trata – se da transação de algo em troca de outra coisa de igual valor (podendo ser dinheiro). 4 2. NEGOCIAÇÃO EMRPESARIAL E A GLOBALIZAÇÃO Agora, iremos estudar as negociações no contexto empresarial, abordando os seus vários estágios e os pontos essenciais para a busca de uma negociação racional. Outro ponto abordado será a emergente negociação mundial no contexto da globalização da economia. O processo de negociação nas organizações atinge várias vertentes, já que envolve sectores e áreas com interesses comuns e divergentes. Apesar da importância do processo de negociação para as organizações, os indivíduos não utilizam critérios, não separam as pessoas do problema, não se concentram nos interesses mútuos, culminando em resultados desfavoráveis para a própria empresa. Dessa forma, no decorrer dos anos, as organizações estão buscando incessantemente os cursos de negociação com o intuito de preparar seus colaboradores de forma pró-activa para os inúmeros imprevistos e situações atípicas advindas do mercado. De acordo com Serra (2006, p.38): “a negociação pode ser considerada quase como um meio de vida para os gerentes, ocupando a maior parte do seu tempo”. Ocorrem inúmeras situações em que os colaboradores divergem e discordam entre si, utilizando o processo de negociação com o intuito de buscar uma acção conjunta, que tenha o poder de atender melhor ambas as partes envolvidas. No caso das negociações em grupo, os gestores devem identificar não só as inúmeras possibilidades de distribuição, como também as necessidades e desejos dos membros dos outros grupos. De acordo com Martinelli (2006, p.39): “a negociação pode ser dividida em vários estágios”. São eles: - Orientação e procura dos fatos: estágio mais relevante, onde os colaboradores não dão a devida atenção e importância. - Resistência: pode ser considerada um estágio difícil da negociação, porém, não podemos nos desmotivar com as eventuais resistências e obstáculos encontrados. - Reformulação das estratégias: temos como ponto fundamental nesse estágio, a revisão contínua e permanente das estratégias. 5 - Barganha e tomada de decisão: esse estágio é questionado por alguns estudiosos, que afirmam que a barganha não deve ocorrer num processo de negociação, buscando-se atender aos interesses de todos os envolvidos. - Acordo: é considerado o estágio que garante a compreensão de todos quanto aos detalhes que foram negociados e que devem ser firmados e cumpridos. - Acompanhamentos: se constitui o estágio que estabelece uma próxima negociação a ser realizada. Todos esses estágios podem ser visualizados de maneira diferente, dependendo do enfoque dado pelos negociadores, e também as diferentes opiniões em relação à importância dada para o processo de negociação. Segundo Bazerman & Neale (1995, p.89): “negociar racionalmente significa tomar as melhores decisões para maximizar seus interesses, ou seja, é chegar ao melhor acordo e a não ficar satisfeito com um acordo qualquer”. Com essa afirmação, os autores desenvolveram os conceitos de: - Negociação distributiva: é quando o indivíduo ganha à custa de outros. Tem como desvantagem a aplicação de soluções e resultados não satisfatórios. - Negociação integrativa: é quando a negociação resulta em um acordo e uma solução mais adequada, ou seja, melhor. A seguir temos algumas propostas para se concluir um processo de negociação racional. São elas: - Avaliar a relevância de cada questionamento; - Analisar o que acontecerá se não for fechado um acordo com seu actual oponente; - Identificar o que seu actual oponente fará se o acordo não for fechado; - Sinalizar onde ocorrerão possíveis trocas; - Avaliar a área de barganha; - Avaliar a importância de cada ponto para o seu oponente; - Identificaras reais questões do processo de negociação. 6 De acordo com Miranda (2003, p.39): “encontrar soluções criativas que fiquem fora dos limites do conflito é uma forma muito útil de aumentar os recursos conjuntos compartilháveis pelos dois lados envolvidos no processo, aumentando as chances de se chegar a uma negociação efetiva”. Não podemos deixar de mencionar que, nos últimos anos, o processo de negociação adentrou no contexto internacional em função da globalização da economia no País. As organizações começaram a buscar novos mercados internacionais, aumentando seus investimentos no exterior e ampliando seus acordos de negócios a nível mundial. Grandes transformações estão ocorrendo no mercado, gerando inúmeras alterações a seguir: - Procura de conhecimento geral; - Formação de mentalidade internacional; - Participação efetiva de rede de fornecedores a nível internacional; - Formação de uma rede de contatos internacionais; - Preocupação em conhecer os ambientes mundiais, etc. Dessa maneira, podemos listar alguns pontos que devem ser estabelecidos pelas organizações para a busca de resultados futuros. São eles: • Incentivos constantes para o desenvolvimento da criatividade em todos os sectores organizacionais; • Personalidade e mentalidade voltada para as questões a nível internacional; • Modelos próprios de integração mundial; • Postura proactiva em relação ao ambiente organizacional, antecipando-se as ameaças e as possíveis oportunidades; • Respeito às crenças e valores organizacionais e a história corporativa; • Influência positiva e construtiva nas redes de relacionamento internacional; • Consideração aos aspectos culturais inerentes a cada País envolvido no processo. 7 Segundo Martinelli (2006, p.42): “as negociações em nível internacional, para se tornarem efetivas, devem considerar como ingredientes básicos os aspectos culturais de cada país envolvido, em virtude das inúmeras diferenças existentes e da enorme influência que esses fatores culturais têm sobre as atitudes e o comportamento das pessoas em seu dia-a-dia”. Isso ocorre tanto no contexto pessoal e social, como a nível empresarial, onde as crenças e os valores são fortemente arraigados ao processo de negociação. Com isso, os negociadores mundiais devem estar habilitados e com conhecimento apurado a respeito de uma série de fatores relevantes para sua atividade, tais como: - O número e a frequência de investimentos realizados pelas organizações a nível mundial; - As competências e habilidades internacionais que são de extrema importância para os resultados efetivos; - A quantidade e diversidade de acordos e negociações realizados internacionalmente. - A realidade econômica voltada cada vez mais para a globalização, com a consequente queda das barreiras entre os países. 2.1. A importância da Ética na Negociação Nesse ponto iremos trabalhar a importância da ética em um processo de negociação, identificando as características éticas de um bom negociador e os critérios a serem focados nas questões éticas e a utilização de ações sociais para os resultados organizacionais. Afirma Almeida Júnior (2005, p.45): “que ética é um código de princípios e valores morais que governam o comportamento de uma pessoa ou grupo, com respeito ao que é certo ou errado”. Não podemos abordar o tema negociação sem falar na ética, que é um ponto preponderante para a conduta e tomada decisão no processo de negociação. Nas organizações, normalmente em uma negociação, há discussão sobre os comportamentos considerados éticos e antiéticos, dependendo dos valores dos colaboradores envolvidos e do ambiente organizacional. 8 Podemos elencar quatro possibilidades em relação à análise dos comportamentos éticos e legais nas organizações. São elas: - Comportamentos não éticos e não legais; - Comportamentos éticos e não legais; - Comportamentos legais e não éticos; - Comportamentos éticos e legais (dependendo dos valores e crenças de determinado grupo). Alguns fatores são relevantes para identificar a ética de um negociador. São eles: - Experiência; - Valores pessoais; - Formação filosófica; - Formação religiosa etc. De acordo com Martinelli (2006, p.34): “um dos principais motivos pelos quais as pessoas se envolvem em comportamentos não éticos é a busca de vantagem, em termos de poder”. O negociador, conhecendo toda a situação e as informações, poderá manipular de maneira mais adequada o processo, garantindo vantagem sobre a outra parte. Dessa forma, a informação é o principal aspecto do comportamento ético em um processo de negociação, ou seja, é importante quantificar as informações adquiridas que influenciam de forma vital o processo. Com o passar dos anos, as organizações estão tendo a preocupação de gerir de forma ética as suas várias áreas, setores. A seguir temos alguns fatores que justificam essa situação: - Falta de conhecimento da alta cúpula sobre as características comportamentais dos colaboradores; - A rentabilidade da questão ética para as empresas através das mudanças na cultura organizacional; 9 - Maior exigência e comprometimento das empresas em relação à responsabilidade social e econômica; - Consciência de que o crescimento na produtividade e consequente lucratividade está ligada ao aumento da qualidade de vida dos colaboradores; - Desenvolvimento das vantagens competitivas relacionadas com desenvolvimento das habilidades no ambiente interno das organizações; - Divergências a respeito dos valores ambientais e aqueles valores informados pela organização, através de sua cultura, crenças e valores. No dia-a-dia das organizações, os executivos e administradores se vêem com dificuldades e dúvidas para lidar com as inúmeras questões que envolvem a ética e a moral. Alguns critérios podem servir de norte para o entendimento e a resolução dos questionamentos éticos. São eles: - Abordagem utilitária Comportamentos morais – maior bem – número maior de colaboradores. - Abordagem individualista Ações são morais – promoção do interesse particular – longo prazo. - Abordagem moral Indivíduos com direitos e liberdades – decisões morais – manutenção dos direitos dos indivíduos. - Abordagem de justiça Decisões morais – padrões de equidade, probidade e imparcialidade. A equidade é o reconhecimento imparcial do direito de cada um. O conceito de probidade se refere à integridade de caráter, e o conceito de imparcialidade está ligado à questão da justiça. 10 Segundo Miranda (2003, p.51): “as organizações, paralelamente a suas atividades econômicas, têm uma responsabilidade social perante sua comunidade, tendo a obrigação de tomar decisões e ações que irão realçar o bem-estar e os interesses tanto da sociedade quanto da organização”. Alguns critérios podem ser trabalhados pelas empresas no desenvolvimento de suas ações éticas e sociais. - Responsabilidade legal: é o que a sociedade entende e define como relevante no que diz respeito ao comportamento empresarial adequado e apropriado. - Responsabilidade econômica: se refere à responsabilidade na produção de bens e serviços necessários à sociedade e o consequente aumento na lucratividade para os acionistas e proprietários. - Responsabilidade ética: aborda os comportamentos que não são cobertos pela lei na sua totalidade e que podem não resultar em interesses econômicos ligados à organização. - Responsabilidade direcionária: enfoca a responsabilidade voluntária da organização, que tem como objetivo contribuir socialmente. Atualmente, as empresas criam seus comitês ou comissões de éticacom o intuito de fiscalizar e orientar a ética nos seus diversos enfoques, através das ações questionáveis e discutidas no processo de negociação. Algumas discussões do comportamento das empresas devem ser questionadas no processo de negociação. São elas: competição, lucro e justiça. De acordo com Martinelli (2006, p.37): “fraude e disfarce são palavras comuns em negociação, podendo assumir diferentes formas tais como: blefe, falsificação, adulteração de uma posição perante o oponente, fraude e exposição seletiva ou adulteração de elementos”. De acordo com estudos e pesquisas, o negociador é motivado para utilizar um comportamento antiético com o objetivo de adquirir poder e controle, buscando incessantemente razões para justificar esse comportamento individualista e egoísta. A consequência dessa tomada de decisão são resultados negativos e que comprometem a imagem e a confiança organizacional. Quanto mais o negociador toma a atitude de justificar suas ações antiéticas no processo de negociação, mais seus julgamentos sobre os padrões, crenças e valores éticos se tornarão tendenciosos, levando a imprecisão e as inverdades. 11 Podemos concluir com essa explanação que a verdade, a justiça, a legalidade, a moral, o bom senso, a experiência, a formação, a postura, dentre outros aspectos são de extrema importância para uma negociação ética e eficaz. 2.2. Questões importantes: O que são e para que servem as Negociações Comerciais Internacionais? As negociações comerciais internacionais são foros em que diversos países reúnem-se para discutir novas regras para o comércio de produtos e serviços. As negociações servem sobretudo para possibilitar a liberalização do comércio entre os países e para garantir um ambiente mais seguro para produtores e investidores. Por que as Negociações Internacionais são importantes para sua empresa? As negociações internacionais abrem os mercados mundiais aos produtos estrangeiros e estabelecem regras sobre a produção, a concessão de subsídios e apoio interno, os direitos de propriedade intelectual, a realização de investimentos e outros assuntos, que são obrigatórias para todos os países que delas participem. Tais negociações têm impacto direto sobre a indústria, porque criam oportunidades para a entrada de produtos importados e para maior concorrência no mercado interno e possibilitam o aumento das exportações. Nesse sentido, é de grande importância que o empresariado intervenha firmemente nesse processo, para garantir o equilíbrio entre as concessões feitas e as vantagens recebidas. Se não for possível fechar um acordo permanente, talvez um acordo provisório o seja! 12 CONCLUSÃO Concluímos com o presente trabalho que após o conhecimento do termo negociação e no âmbito de globalização e comércio, algumas variáveis e alguns estilos de negociação deve-se compreender que estas são tentativas de enquadrar os indivíduos, por meio da análise dos comportamentos que eles apresentam, tanto que este fenómeno pôs em xeque a eficiência da intervenção governamental no sistema de negociação. Á medida que a globalização avança, parece notório que as estruturas e os modelos políticos existentes não estão preparados para enfrentar um mundo cheio de riscos e desafios que transcendem as fronteiras dos países. A classificação dos negociadores não deve ser rígida, pois é possível que uma mesma pessoa apresente em diferentes momentos características que contemplem mais de um estilo. Ao negociar com um país estrangeiro não basta apenas conhecer os conceitos e estilos da negociação, é preciso ir além, ter um conhecimento sobre a história, costumes e economia, ter a postura de um negociador internacional desenvolvendo o pensamento e estratégia internacional, estando sempre pronto para as ações locais e hábitos locais Uma postura que podemos considerar como universal para negociar com qualquer país estrangeiro tendo menos chance de errar é a demonstração de respeito, competência, credibilidade e comprometimento. Muito obrigado! 13 BIBLIOGRAFIA MARTINELLI, Dante Pinheiro. Negociação Empresarial Enfoque Sistêmico e Visão Estratégica. Barueri: Manole, 2002. MARTINELLI, Dante P.; COTRIN, Valéria Belluomini. A Busca da Competitividade através de Integração da Variável Ambiental à Estratégia de Negócios. Universidade de São Paulo - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto. Texto para Discussão, Ribeirão Preto, 2003. WANDERLEY, José Augusto. Negociação Total: encontrando soluções, vencendo resistências, obtendo resultados. São Paulo: Editora Gente, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: Teoria, processo e prática. São Paulo: Makron Books,2000. Fonte:WW https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/2468/1/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20%C3 %A0%20Globaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/globaliza%C3%A7%C3%A3o https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/negociação
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