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Intemperismo Conjunto de processos que modificam as rochas aflorantes na superfície da terra, pela exposição à ação da hidrosfera, atmosfera e biosfera. Intemperismo Remoção de substâncias dissolvidas ou partículas sólidas de uma área fonte. Erosão •Fluvial •Eólica •Marinha •Por geleiras •Material original •Clima •Topografia •Biosfera •Tempo Influenciam o intemperismo: A cadeia de processos de intemperismo pode atuar sobre qualquer rocha (ígnea, metamórfica, sedimentar) exposta à superfície da Terra. O intemperismo faz com que as rochas percam a coesão, fator que facilita o papel da erosão em promover desgaste desses materiais e seu transporte. Ao serem deslocadas, as partículas recebem o nome de sedimentos. Estes são transportados e depositados em depressões do relevo ou levados até o fundo do mar. O principal agente de erosão são os rios e córregos que transformam os continentes. Para explicar como funciona o Ciclo das Rochas podemos começar pelo intemperismo, o processo de transformação ou modificação das rochas quando expostas à atmosfera e à hidrosfera. Alguns fatores determinam, ao longo do tempo, o tipo e a intensidade do intemperismo (além do material original da rocha): o clima, devido ao calor do Sol e à umidade das intempéries (que por sinal lhe emprestam o nome), o crescimento de organismos (fauna e flora), e os acidentes de relevo, devido à infiltração e drenagem da água ou sua movimentação superficial, que pode ser mais ou menos rápida, dependendo da inclinação das encostas. Obs.: Regiões Tropicais = Forte Intemperismo!!! Intemperismo O último fator essencial a ser considerado é o tempo, pois quanto mais longo o tempo que a rocha fica exposta a esses agentes, mais intensas e profundas serão as transformações. O calor, a umidade, os organismos e o relevo determinam o grau de atuação de cada um dos três processos básicos de intemperismo: físico, químico e biológico. O intemperismo físico, ou desagregação, altera o tamanho ou a forma dos minerais sem mudar radicalmente a composição mineralógica. AGENTES: pressões e temperaturas do ambiente exógeno. Ruptura por expansão/contração térmica Congelamento e degelo da água Alívio de pressão Precipitação de sais Crescimento de raízes diaclases Crescimento de raízes O intemperismo químico, ou decomposição, é toda a ação que altera a composição química da rocha, transformando os minerais primários da rocha em minerais secundários. Principal agente : Água Água da chuva por infiltração e percolação nas rochas com CO2 (+ ácidos orgânicos) torna-se ácida que em contato com solo ocorre o enriquecimento em CO2 que a torna mais ácida, o que aumenta o seu poder de ataque aos minerais. Obs.: A superfície terrestre é um ambiente com baixas pressões e temperaturas, disponibilidade de H2O e O2 >>> é um ambiente muito diferente do ambiente formador das rochas. Processos de alteração química Dissolução – reação dos minerais com a água ou com ácidos resultando na liberação de íons livres em solução. Solubilização completa. O mineral desaparece. Hidratação – combinação química de minerais com a água. A hidratação implica o aumento de volume dos minerais facilitando a desintegração da rocha. Hidrólise – substituição de cátions da estrutura de um mineral por íons H. Formação de novos minerais e desintegração dos minerais originais. Oxidação / Redução – perda ou ganho de elétrons pelos átomos ou íons da estrutura mineral. Formação de novos minerais. Hidratação Entrada de H2O na estrutura dos minerais Anidrita + água = gipsita CaSO4 + 2H2O → CaSO4.2H2O + 2H2O >>>> A caulinita é um argilo-mineral de alumínio hidratado, 1:1, formado pelo intemperismo gerado pela hidrólise parcial, em condições de drenagem menos eficientes, onde todo o potássio é totalmente eliminado pela quebra pela água, e 66% da sílica permanece no mineral, formado através da seguinte reação: 2 KAlSi3O8 + 11 H2O → Al2Si2O5(OH)4 + 4H4SiO4 + 2K + + 2OH- MATACÃO A rocha, quando passa por processos intempéricos, forma camadas de materiais desagregados onde se formam os solos, processo que recebe o nome de pedogênese. O material solto torna possível desenvolver-se a vida de plantas e pequenos animais que por sua vez contribuem para a decomposição, ao formar o húmus. A moderna preocupação com uma Terra sustentável levou as Geociências a migrar do conceito de solos como “materiais inertes e inconsolidados” utilizados na engenharia para a ideia dinâmica dos solos como a pele viva do planeta, ou pedosfera. Essa visão, mais próxima da dos ecologistas, reúne ainda os pontos de vista da fertilidade, resistência à erosão e suporte físico, tão importantes para uma agricultura sustentável. Nessa concepção focalizam-se os quatro componentes do solo: • materiais inorgânicos resultantes do intemperismo dos minerais; • gases procedentes da atmosfera e da atividade química e biológica no solo; • líquidos na forma de soluções que participam de todos os processos; • materiais orgânicos representados por seres vivos e matéria orgânica morta. Carlos Barbosa/RS
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