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Tipos de rochas Rochas Ígneas (Magmáticas) Ignis = Fogo São rochas formadas pela consolidação por resfriamento de magmas. Magma: Material fundido gerado no interior da Terra (fusão parcial de outras rochas). O magma é caracterizado por uma variação composicional (líquida, sólida e gasosa), na qual a sílica (SiO2) é sempre predominante. Altas temperaturas (700 a 1200°C). Possui as propriedades de um líquido, incluindo a habilidade de fluir. Sua parte sólida corresponde a materiais já cristalizados e a fragmentos de rocha transportados em meio à fração líquida. parte gasosa (voláteis dissolvidos na parte líquida, predominantemente H2O e CO2). Classificação do Magma Quanto à acidez o magma pode ser classificado como: Ácido - teor de SiO2 (sílica) > 65% Básico - teor de SiO2 (sílica) entre 45 a 65% Ultra básico - teor de SiO2 (sílica) < 45% Quanto à viscosidade o magma pode ser classificado como: Basáltico – Viscosidade Baixa (muito fluido) – teor de sílica: 50% Andesítico – Viscosidade Média – teor de sílica: 60% Riolítico – Viscosidade Alta (muito pastoso) – teor de sílica: 70% Classificação das rochas ígneas pela cor dos minerais: Leucocráticas: < 30% de minerais máficos. Mesocráticas: 30 - 60% de minerais máficos. Melanocráticas: > 60% de minerais máficos. Máfico é a designação dada em geologia a qualquer mineral, magma ou rocha ígnea (vulcânica ou intrusiva) que seja comparativamente rico em elementos químicos pesados, nomeadamente em compostos ferromagnesianos, e relativamente pobre em sílica. Quando a riqueza em compostos ferromagnesianos é muito grande, os materiais são referidos como ultramáficos. Máfico (magnésio + ferro + sufixo ico): Cor escura Félsico (feldspato + sílica + sufixo ico): Cor clara Minerais félsicos ou claros (sem Mg e Fe) FELDSPATOS MUSCOVITA QUARTZO Minerais máficos ou escuros (com Mg e Fe) PIROXÊNIO PIROXÊNIO ANFIBÓLIO BIOTITA Coloração avermelhadas das águas devido à presença de produtos da oxidação de rochas máficas. Classificação das Rochas Ígneas de acordo com a forma de ocorrência: Rochas Extrusivas: São aquelas resultantes do resfriamento das lavas em contato com a atmosfera. Rochas Intrusivas: São aquelas resultantes do resfriamento do magma em contato com outras rochas. Extrusiva ou Vulcânica ou Efusiva Origem das Rochas Extrusivas Derrames: A lava flui por fendas espalhando-se em grandes extensões. Cada derrame possui cinco zonas com estrutura diferente: no topo, há uma concentração de bolhas de voláteis que deixa vesículas (se vazias) ou amídalas (se preenchidas por minerais); abaixo, há uma região com fraturamento horizontal; no centro, fraturamento vertical; abaixo novamente fraturamento horizontal e, no contato com outro derrame, uma zona com tendência vítrea. Aparados da Serra/RS Torres/RS Disjunção horizontal Disjunção Vertical Disjunção horizontal Derrame Inferior Derrame Inferior Disjunção horizontal Cataratas do Iguaçu Estrada Rota do Sol/RS Basalto: Rocha básica, constituída essencialmente de plagioclásios cálcicos e piroxênios. A coloração é bem escura, chegando a ser preta. O Basalto é a rocha extrusiva correspondente do Gabro (rocha intrusiva correspondente). Tipos de basalto encontrados conforme a estrutura: Denso ou maciço: Estrutura compacta. Vesicular: Apresenta cavidades. Vesicular Amigdaloidal: Apresenta cavidades preenchidas com minerais claros. Quando há bolhas gasosas durante a formação do basalto, essa cavidade pode ser preenchida por uma camada de minerais, chama-se então de geodo, ou completamentre preenchida por minerais, chamando-se amigdalas. Os solos que ocorrerão em regiões de rocha basáltica são bons para agricultura devido a baixa acidez. geodos Origem das Rochas Extrusivas Vulcanismos: A lava flui por canais formando cones em áreas mais restritas. Origem das Rochas Extrusivas Depósitos Piroclásticos: Decorre de explosões em vulcões obstruídos que lançam materiais incandescentes pelo ar e depositam-se no seu entorno. Piro = fogo Clasto = fragmento Ignimbrita Local: Tenerife Púmice (pedra pomes) Local: Açores ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS Quando o magma não consegue romper as camadas superiores da crosta o resfriamento é gradual, passando por estágios de resfriamentos dando origem a rochas cristalinas, de constituição macroscópica (granulação fanerítica). As rochas consolidadas no interior da crosta dependem da estrutura geológica e da natureza das rochas que elas penetram. O granito é um exemplo de rocha ígnea plutônica, podemos notar o agrupamento dos minerais: plagioclásio (branco) e quartzo (transparente/vítreo). Os solos que ocorrerão em regiões de formação granítica são ácidos e precisam de muitas manobras de correção de pH. ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS Classificação Plutônicas ou abissais: Quando o magma resfria em grandes profundidades na crosta terrestre, geralmente por ascensão lenta de magma mais leve. Nessa categoria estão os Batólitos (extensão maior do que 100 Km2) e Stocks (extensão menor do que 100 Km2). Batolito de Achala – Córdoba - Argentina Batólito de Logrosán - Espanha ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS Classificação Hipoabissais: Quando o magma resfria em profundidades menores, geralmente pela infiltração de lava em descontinuidades da crosta. O resfriamento é mais rápido e nessa categoria inserem-se os diques, sills e lacólitos. Diques de riolito em meio ao gnaisse Diques de diabásio Diques de diabásio em meio ao granito - praia da Joaquina - Florianópolis/SC A rocha predominante é o granito rosa. É uma rocha composta principalmente de feldspato alcalino (que lhe dá a cor rosa) e quartzo (incolor). Este granito tem cerca de 500 milhões de anos de idade. A outra rocha, cinza-escura, é um diabásio de apenas 130 milhões de anos, composto, como todo diabásio, principalmente de plagioclásio (um outro tipo de feldspato) e piroxênio. Esses minerais ocorrem em grãos tão pequenos que não podem ser vistos a olho nu (é por isso, classificado como rocha afanítica, ao contrário do granito, que é fanerítico). Essa diferença deve-se à velocidade de resfriamento dos magmas a partir dos quais foram formados. O magma granítico resfria muito mais lentamente. Nota-se claramente também que o diabásio é muito fraturado, com fraturas paralelas entre si e perpendiculares à direção do dique. Isso é comum em diques. Essas fraturas e a composição mineralógica tornam a rocha escura menos resistente à erosão, É por isso que ela aparece rebaixada em relação ao granito. Formas de ocorrência Um xenólito (xeno=estranho; litos= rocha) é um fragmento de rocha que é envolvido por uma rocha maior durante o desenvolvimento e endurecimento desta última. Um xenólito é sempre mais antigo que a sua rocha encaixante. De forma a ser considerado um verdadeiro xenólito, a rocha incluída tem de ser diferente da rocha encaixante; um fragmento incluído de rocha similar à encaixante denomina-se autólito (auto=mesmo/próprio; litos= rocha). xenólito Estrutura das rochas ígneas Maciça (sem orientação) Fraturada - Orientada TEXTURA Refere-se às dimensões e arranjo dos minerais nas rochas. Fanerítica: grãos minerais visíveis a olho nu (por vezes, centimétricos), por cristalização vagorosa em profundidade. Pegmatítica: grãos minerais muito grandes. Afanítica: grãos muito pequenos ou não visíveis a olho nu, por cristalizaçãorápida das lavas. Porfirítica: cristais maiores (fenocristais) em matriz mais fina. Vítrea: tem aspecto ou aparência de vidro. Afanítica Fanerítica Pegmatítica Vítrea Porfirítica fenocristais de feldspato em meio a uma matriz granular fina. Classificação das Rochas Ígneas de Acordo com sua Composição Mineralógica A composição mineral das rochas ígneas depende da composição química do magma a partir do qual estes minerais serão formados. Contudo, um mesmo magma pode produzir rochas de composição mineral muito diversa. O cientista N. L. Bowen descobriu que em magmas resfriados em laboratório, certos minerais se cristalizam primeiro quando em temperaturas muito altas. Com o abaixamento sucessivo da temperatura, novos cristais vão sendo formados. Ele descobriu, também, que os cristais formados reagem com o magma restante para criar o próximo mineral. Esta sequência de cristalização é conhecida como série de cristalização magmática ou Série de Bowen. Nesta série, a olivina é o primeiro mineral a se formar. Ela reage com o magma para formar o piroxênio que, por sua vez, reage para formar o anfibólio, e este para formar a biotita. Da mesma forma, o plagioclásio cálcico é o primeiro a ser formado e de sua reação com o magma se forma o plagioclásio rico em sódio. Os últimos minerais a se formar, já em baixas temperaturas, são o feldspato potássico, a muscovita e o quartzo.
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