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Prof.: Gustavo Scatolino / @gscatolino Proibida a reprodução sem autorização 
1
PROF.:GUSTAVO SCATOLINO 
Professor de Direito Administrativo 
Procurador da Fazenda Nacional 
Ex-Assessor de Ministro do STJ e Analista Judiciário 
e-mail: gustavo.scatolino@gmail.com 
Blog: http://gustavoscatolino.blogspot.com/ 
Twitter: @gscatolino 
http://br.groups.yahoo.com/group/scatolino/ 
Exercícios: www.estudioaulas.com.br 
 
���� INDICAÇÃO DE LIVROS 
 
Consulte o blog. Fiz uma lista de livros e 
indicações: 
http://gustavoscatolino.blogspot.com.br/2011/06/livr
os-de-direito-administrativo-para_17.html 
 
 
 
GUSTAVO SCATOLINO 
JOÃO TRINDADE 
Editora juspodivm 
www.juspodivm.com.br 
 
���� CRONOGRAMA DO CURSO 
 
1. Teoria Geral do Direito Administrativo: 
- Estado, Governo e Administração Pública: conceitos, 
elementos, poderes e organização; natureza, fins e 
princípios; 
- Direito Administrativo: conceito, natureza jurídica e 
fontes; 
- Regimes jurídicos da Administração Pública; 
- Conceito de administração pública sob os aspectos 
subjetivo/formal, objetivo/material; 
- Sistemas administrativos. 
2. Princípios da Administração Pública: 
- Expressos e implícitos na CF; 
3. Organização Administrativa: 
- Formas de prestação da atividade administrativa; 
- Centralização e descentralização administrativa; 
- Estudo da Administração direta (Órgãos públicos); 
- Estudo da Administração Indireta (Autarquias; Empresas 
Públicas; Sociedades de economia mista; Fundações 
públicas; 
- Noções básicas sobre as entidades paraestatais (Terceiro 
Setor): 
4. Poderes Administrativos: 
- Poder vinculado; 
- Poder discricionário; 
- Poder hierárquico; 
- Poder disciplinar; 
- Poder regulamentar; 
- Poder de polícia; 
- Uso e abuso do poder; 
5. Responsabilidade Civil do Estado: 
- Teorias (evolução); 
- Análise da responsabilidade objetiva do Estado; 
- Responsabilidade por atos do Poder Legislativo; 
- Responsabilidade por atos do Pode Judiciário; 
- Ação Regressiva. 
6. Atos Administrativos 
7. Licitações públicas (Lei nº 8.666/93): 
8. Contratos administrativos: 
9. Serviços públicos: 
10. Controle da Administração Pública: 
11. Bens públicos. 
 
INTRODUÇÃO AO DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
 
���� ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
 Estado é a sociedade política e juridicamente 
organizada em determinado território. 
 Governo é o núcleo estratégico ocupado 
temporariamente por pessoas que definem os 
objetivos, diretrizes e metas do Estado. 
 Administração Pública é o aparelhamento 
estatal que concretiza a vontade política do governo. 
 
���� ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO 
SUBJETIVO / ORGÂNICO / FORMAL, 
 
 Expressão que indica o universo de órgãos e 
pessoas que desempenham a função administrativa. 
 
����ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO 
MATERIAL / OBJETIVO / FUNCIONAL 
 
 Exprime ideia de atividade, tarefa, função. 
Trata-se da própria função administrativa, 
constituindo-se o alvo que o governo quer alcançar. 
 
OBS! Os três poderes exercem funções 
administrativas. Por exemplo, quando fazem 
licitação, concursos, contratos. Nesses casos, o Poder 
Legislativo e o Poder Judiciário não atuam na sua 
função típica de legislar e julgar, mas sim, atuam de 
forma administrativa. Serão considerados 
Administração Pública Direta. 
 
���� CONCEITO DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO: 
 
 Conforme Hely Lopes Meirelles, é o 
conjunto harmônico de princípios jurídicos que 
regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas, 
tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente 
os fins desejados pelo estado. 
 
 
Prof.: Gustavo Scatolino / @gscatolino Proibida a reprodução sem autorização 
2
O Direito Administrativo é ramo do Direito 
Público, em que há a predominância do interesse do 
Estado; disciplina os interesses gerais. Quer dizer: é 
ramo do direito que visa a disciplinar as relações do 
Estado com a sociedade. 
 
���� FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
a) Lei: fonte primária e principal do Direito 
Administrativo, vai desde à CF (art. 37) até os 
regulamentos expedidos. 
 
b) Doutrina: são teses de doutrinadores que 
influenciam nas decisões administrativas, como no 
próprio Direito Administrativo. 
 
c) Jurisprudência: reiteração de julgamentos no 
mesmo sentido. A jurisprudência não é de 
seguimento obrigatório. Trata-se, apenas, de uma 
orientação aos demais órgãos do Poder Judiciário e 
da Administração. 
 
d) Costume: são condutas reiteradas praticadas pelos 
agentes públicos com consciência de obrigatoriedade. 
 
���� SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 
 
a) SISTEMA DO CONTENCIOSO 
ADMINISTRATIVO / SISTEMA FRANCÊS: 
 
 Veda ao Poder Judiciário conhecer dos atos 
da Administração, os quais se sujeitam unicamente à 
jurisdição especial do contencioso administrativo. 
NÃO É ADOTADO NO BRASIL. 
 
b) SISTEMA JUDICIÁRIO / SISTEMA INGLÊS 
/ SISTEMA DE CONTROLE JUDICIAL / 
JURISDIÇÃO ÚNICA: 
 
 É aquele em que todos os litígios são 
resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou 
seja, pelos juízes e Tribunais do poder 
judiciário.ADOTADO NO BRASIL 
 
 Seu fundamento constitucional é o art. 5º, 
XXXV da CF, que consagra o princípio da 
inafastabilidade da jurisdição. 
 
Exceções: 
 - Justiça desportiva (art. 217, CF). 
 - A súmula n. 2 do STJ também é uma exceção 
criada pela jurisprudência relativo ao Habeas Data. 
 - Com o advento da criação das súmulas 
vinculantes, ficou estabelecido que o instituto da 
Reclamação seria o meio adequado para assegurar a 
autoridade das decisões do STF, caso haja o 
descumprimento de uma súmula vinculante. 
Entretanto, a Lei n. 11.417/06, que regulamenta o art. 
103-A da CF, estabeleceu que contra omissão ou ato 
da administração pública o uso da reclamação só será 
admitido após esgotamento das vias 
administrativas. 
 - mandado de segurança, pois a Lei n. 12.016/09 
previu que tal remédio constitucional não é cabível 
quando “caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução” (art. 5º, 
I). 
 
 PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA 
CONSTITUIÇÃO – ART. 37 
 
a) LEGALIDADE 
 
Significa que o administrador está, em toda a 
sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da 
lei, e as exigências do bem comum e deles não se 
podendo afastar sob pena de responder na esfera 
administrativa, civil e criminal. 
 
 Deve o administrador estar sempre pautado 
com a lei. 
 
 Legalidade para o cidadão – art. 5º, II, da CF 
– no sentido de que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, salvo em razão de lei. 
 
 Legalidade administrativa – art. 37, CF – no 
sentido de que o agente público só pode fazer aquilo 
que a lei expressamente autoriza. 
 
b) IMPESSOALIDADE 
 
 A Administração deve ser impessoal sem ter 
em mira este ou aquele indivíduo de forma especial. 
 
O art. 37, § 1º, proíbe que conste nome, 
símbolos ou imagem que caracterizam promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos em 
publicidade de atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos. 
 
 A súmula vinculante n. 13 do STF decorre do 
princípio da moralidade e impessoalidade:. "A 
nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em 
linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro 
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, 
ainda, de função gratificada na administração 
pública direta e indireta, em qualquer dos poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante 
 
Prof.: Gustavo Scatolino / @gscatolino Proibida a reprodução semautorização 
3
designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal". 
 
c) MORALIDADE: 
 
 O administrador ao atuar não terá que decidir 
somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto, 
mas também entre o honesto e o desonesto. 
 
d) PUBLICIDADE: 
 
 Divulgação oficial do ato para conhecimento 
do público e para o início da produção de seus efeitos 
(eficácia), bem como o acesso às condutas 
administrativas. 
 
 A regra é a publicidade somente se admitindo 
exceções em casos de segurança nacional, interesse 
superior da administração (art. 5º, XXXIII, da CF) ou 
em casos que possam violar a intimidade ou 
privacidade. 
 
e) EFICIÊNCIA 
 
 Exige que a atividade administrativa seja 
exercida com presteza, perfeição, rendimento e 
economicidade para a Administração. 
 
 Foi acrescentado com a EC 19/98 (reforma 
administrativa). 
 
 Com a EC 45, passou a ser um direito com 
sede constitucional, pois foi inserido no art. 5º, inciso 
LXXVII que “assegura a todos, no âmbito judicial e 
administrativo a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação.”. 
 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA 
CONSTITUIÇÃO 
 
OBS! Não há hierarquia entre os princípios 
constitucionais, nem mesmo entre os expressos e 
implícitos na CF. 
 
a) RAZOABILIDADE / 
PROPORCIONALIDADE 
 
 Visa aferir a compatibilidade entre os meios 
e os fins de modo a evitar restrições desnecessárias 
ou abusivas com lesão aos direitos fundamentais. 
 
 
b) MOTIVAÇÃO 
 
 É a indicação de fatos que ensejam o ato e os 
preceitos jurídicos que autorizam sua prática. Em 
termos simples, significa justificar o ato praticado. 
Apresentando as razões que levaram à sua prática. 
 
- Teoria dos motivos determinantes 
 
 - Motivação aliunde 
 
 Atualmente, a doutrina entende que a regra é 
a motivação dos atos administrativos. Contudo, o 
artigo 50 da Lei do Processo Administrativo Federal, 
explicita os atos que obrigatoriamente exigem 
motivação: 
 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser 
motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou 
sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso 
ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de 
processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre 
a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou 
convalidação de ato administrativo. 
 § 1o A motivação deve ser explícita, clara e 
congruente, podendo consistir em declaração de 
concordância com fundamentos de anteriores 
pareceres, informações, decisões ou propostas, que, 
neste caso, serão parte integrante do 
ato.(MOTIVAÇÃO ALIUNDE) 
 § 2o Na solução de vários assuntos da mesma 
natureza, pode ser utilizado meio mecânico que 
reproduza os fundamentos das decisões, desde que 
não prejudique direito ou garantia dos interessados. 
 § 3o A motivação das decisões de órgãos 
colegiados e comissões ou de decisões orais constará 
da respectiva ata ou de termo escrito. 
 
c) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
SOBRE O INTERESSE PARTICULAR 
 
 Ao lado do princípio da legalidade, este 
princípio compõe a base do direito administrativo. 
 
 - interesse público primário e secundário 
 
 
CUIDADO! O interesse público secundário só é 
válido quanto coincide com o interesse público 
primário. 
 
 
Prof.: Gustavo Scatolino / @gscatolino Proibida a reprodução sem autorização 
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 - INDISPONIBILIDADE DO 
INTERESSE PÚBLICO 
 
d) SEGURANÇA JURÍDICA 
 
 Princípio que visa dar maior estabilidade das 
situações jurídicas, mesmo daquelas que a princípio 
apresentavam vício de ilegalidade. 
 
 Decorre desse princípio a fixação do prazo de 
5 anos, salvo comprovada má-fé, para a 
administração anular seus atos, conforme o art. 54 da 
Lei n. 9.784/99. 
 
e) AUTOTUTELA 
 
 Controle dos próprios atos, revogando os 
atos legais, inconvenientes e inoportunos, e 
anulando os ilegais. 
 
f) AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO 
 
O contraditório é a garantia que cada parte 
tem de se manifestar sobre todas os atos e provas 
produzidas no processo. 
 
A ampla defesa é a garantia que a parte tem 
de usar todos os meios legais para provar a sua 
inocência ou para defender as suas alegações. 
 
Trata-se de exigência constitucional, prevista 
no art. 5º, inciso LV, da CF : "aos litigantes, em 
processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes". 
 
Conforme a súmula vinculante nº 3, STF: 
“Nos processos perante o Tribunal de Contas da 
União asseguram-se o contraditório e a ampla 
defesa quando da decisão puder resultar anulação 
ou revogação de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a apreciação da legalidade 
do ato de concessão inicial de aposentadoria, 
reforma e pensão.” 
 
O STF vem entendendo que se o TCU ao 
registrar a aposentadoria resolve negar o registro e 
esse ato ocorre depois de tempo razoável (5 anos), o 
administrado terá direito ao contraditório e ampla 
defesa previamente. 
 
Não há prazo para o TCU fazer o registro 
inicial da aposentadoria (ato complexo). Mas na 
revisão da concessão inicial o órgão está limitado ao 
prazo de 5 anos. 
 
 Por entender que não viola o princípio da 
ampla defesa, o STF editou a súmula vinculante nº 5: 
“A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a CF”. 
 
g) TUTELA OU CONTROLE 
ADMINISTRATIVO 
 
Visa assegurar que a entidade 
descentralizada, no exercício da sua autonomia, atue 
em conformidade com os fins que resultaram na sua 
criação. 
 
h) HIERARQUIA 
 
 Estabelece que os órgãos da administração 
devem estar estruturados de forma que exista uma 
relação de coordenação e subordinação entre eles. 
 
i) CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS 
PÚBLICOS 
 
 Os serviços públicos não devem sofrer 
interrupção para não prejudicar a coletividade. 
 
 Art. 6º, parágrafo. 3º , II da Lei 8987/95, 
permite suspender a prestação: em situação de 
emergência ou após prévio aviso, quando: 
 
I - motivada por razões de ordem técnica ou de 
segurança das instalações; e, 
II - por inadimplemento do usuário, considerado o 
interesse da coletividade. 
 
 Entretanto, o STJ entende ilegítimo o corte 
no fornecimento de energia elétrica, após aviso 
prévio, quando inadimplente hospital, devido à 
prevalência do interesse público. RESP 876.723 
 
 Importante ainda ressaltar o STF entendeu 
que, enquanto não for feita a lei de greve do serviço 
público, deve ser utilizada a lei geral de greve dos 
trabalhadores. MI 712/2007: 
 
 
OBS! No art. 2º da Lei n. 9.784/99 são relacionados 
os seguintes princípios: legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência.

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