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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO À GESTAÇÃO

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Adaptações do organismo 
materno à gestação 
Profª Msc. Sandra L. Felix de Freitas 
Sandra L. Felix de Freitas 2 
Objetivos: 
 
 
Que a(o) aluna(o) ao final da conferência sinta-se 
motivado para buscar conhecimentos sobre as 
adaptações do organismo materno a gestação. 
Com a nidação do ovo é preciso 
que o organismo da grávida se 
altere, adaptando-se para 
permitir sua vivência e nutrição 
adequadas. 
Introdução 
Sandra L. Felix de Freitas 3 
Para uma adequada atenção pré-natal faz-se 
necessário conhecer as 
ADAPTAÇÕES/ALTERAÇÕES DO 
ORGANISMO MATERNO À GESTAÇÃO. 
A gravidez  série de alterações anatômicas, fisiológicas e 
bioquímicas no organismo materno, que resultam em sinais e 
sintomas próprios. 
Alguns destes sinais e sintomas despertam apenas curiosidade, 
outros podem causar sintomas desagradáveis. 
Pré-natalista: orientar, encaminhar, apoiar e tranquilizar a 
gestante para que a gravidez transcorra de maneira agradável. 
Sandra L. Felix de Freitas 4 
As exigências da prenhez atingem os limites da capacidade 
funcional de muitos órgãos maternos, podendo fazer despontar, 
ou agravar, quadros patológicos preexistentes. 
Algumas alterações são percebidas e 
referidas pela gestante durante a 
entrevista... 
...Outras são observadas durante o exame 
físico 
Sandra L. Felix de Freitas 5 
AS PRIMEIRAS ALTERAÇÕES MATERNAS 
O organismo materno sofre modificações para receber, nutrir, 
proteger e para oportuna expulsão do concepto. 
• Amenorréia secundária 
• Náuseas e vômitos (que ocorrem mais 
freqüentemente pela manhã) - acometem 1/3 
das grávidas, cessando no final da 12ª semana; 
• Tonturas, sonolência, alterações do apetite, 
perversões do apetite e constipação intestinal; 
•Polaciúria 
6 
Sandra L. Felix de Freitas 
Adaptações do aparelho reprodutor feminino 
Mamas 
• Congestão mamária (com 5 semanas) 
• Hiperpigmentação da aréola primária (8ª sem) 
• Rede de Haller – aumento da circulação venosa 
da mama (16ª sem) 
• Pré-colostro (16ª sem) 
• Tubérculos de Montgomery; 
• Sinal de Hunter –20ª sem 
Sandra L. Felix de Freitas 7 
Útero 
 
• Ocorre hipertrofia e dilatação, aumento do 
tamanho e número de vasos sanguíneos e linfáticos. 
• Alterações no tamanho, forma e posição – piriforme 
inicialmente, depois o corpo e fundo assumem uma 
configuração globular no fim do terceiro mês de 
gestação. 
• Alterações da contratilidade 
 
Do primeiro trimestre em diante, o útero sofre 
contrações irregulares, geralmente indolores – 
Braxton Hicks - esporádicas e imprevisíveis, 
geralmente arrítmicas 
Sandra L. Felix de Freitas 8 
• Sinal de Holzapfel – o útero, por volta da 8ª semana, adquire 
consistência cística, elástico-pastosa 
• Sinal de Hegar – amolecimento do 
istmo 
• Sinal de Goodel – amolecimento do colo, 
consistência cística, elástico-pastosa (8ª 
semana) 
• Sinal de Mac Donald – em virtude do amolecimento do 
istmo, o útero exagera sua anteversoflexão. 
• Sinal de Piskacek ou Braum-Fernwald – 
assimetria do corpo uterino (8ª semana) 
Sandra L. Felix de Freitas 9 
Sandra L. Felix de Freitas 9 
• Sinal de Nobile-Budin – 
preenchimento dos fundos-de-sacos 
vaginais (8ª semana) 
• Logo após a concepção, forma-se um tampão de muco muito 
espesso (rolha de Schroeder) que leva à obstrução do canal 
cervical. No início do trabalho de parto, este tampão mucoso é 
expulso. 
• A redução de consistência do muco cervical e aumento do 
conteúdo vaginal deve-se à estimulação cervical pelo estrogênio e 
progesterona. 
Sandra L. Felix de Freitas 10 
• Surgem frequentemente as ectopias ou 
ectrópios. 
ectrópio - eversão do epitélio colunar sobre a 
ectocérvice, extensa área avermelhada na 
ectocérvix ao redor do orifício cervical 
externo. 
Ovários e Trompas de Falópio - A ovulação cessa durante a 
gravidez e o recrutamento e maturação de novos folículos são 
suspensos. 
Sandra L. Felix de Freitas 11 
Vagina e Períneo 
 
 
• Sinal de Jacquemier ou de Chadwiick – coloração 
violácea da vulva (8ª semana) 
• Sinal de Osiander – percepção dos batimentos do pulso vaginal 
(8ª semana) 
• Sinal de Kluge - coloração violácea da mucosa vaginal (8ª semana) 
• Sinal de Puzos – rechaço fetal intra-uterino (impulsiona-se o feto 
com os dedos no fundo-de-saco posterior (14ª semana) ; 
•pH ácido -  produção de ácido lático a partir da ação dos 
lactobacilos no glicogenio do epitélio vaginal. 
Sandra L. Felix de Freitas 12 
Sistema Cardiovascular 
Coração: 
 
– eleva-se e roda anteriormente para a esquerda (devido o 
aumento uterino que faz com que o diafragma se desloque para 
cima); 
– hipertrofia leve, secundária ao aumento do volume sanguíneo 
circulante e ao débito cardíaco aumentado – volta ao normal após 
o parto; 
– a freqüência cardíaca aumenta de 10 a 15 bpm entre a 14ª a 20ª 
semana, persistindo elevada até o termo. Podem ocorrer 
palpitações. 
Vasos sanguíneos: 
– Redução da resistência vascular periférica. 
Sandra L. Felix de Freitas 13 
Volume sanguíneo 
 Aumenta cerca de 20% durante a gravidez. 
• A hipervolemia inicia-se no 1ºtrimestre, a partir da 6ª a 8ª 
semana, aumenta rapidamente no segundo, diminui a velocidade 
de aumento no terceiro trimestre e estabiliza em torno das 32-34 
semanas 
O aumento do volume sanguíneo resulta do aumento de: plasma 
(40 a 50%) e da massa eritrocitária (30 a 33%). 
• A hemodiluição (anemia fisiológica) ocorre porque o aumento da 
massa eritrocitária é menor que a expansão plasmática. 
• taxa de leucócitos  durante o 2º trim e atinge pico no 3º. 
• taxa de plaquetas  ligeiramente - hemodiluição e  de consumo 
Sandra L. Felix de Freitas 14 
• Aumento de vários fatores da coagulação: 
 fibrinogênio (fator I), 
 protrombina (fator II), 
 pro-convertina (fator VII), 
 fator anti-hemofílico (VIII), 
 fator de Christmas (IX), 
 fator de Stuart (X) 
 
 
diminuindo a chance de sangramento e aumentando a sua 
vulnerabilidade à trombose. 
Sandra L. Felix de Freitas 15 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Pressão arterial 
A pressão arterial sistêmica diminui ligeiramente durante a 
gravidez, logo desde as primeiras semanas. A pressão arterial 
sistólica varia pouco, mas a diastólica reduz-se 5 a 10mmHg 
entre as 12 e 26 semanas. Ao aproximar-se o termo, é habitual 
os valores de pressão arterial regressarem aos níveis observados 
antes da gravidez. 
Obs.: verificar sempre no mesmo 
braço e com a mulher na mesma 
posição pois ocorrem variações: 
- sentada – mais alta 
- DL – mais baixa 
Sandra L. Felix de Freitas 
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA - redução excessiva da pressão arterial 
ao adotar-se a posição vertical, o que provoca uma diminuição do 
fluxo sanguíneo ao cérebro podendo levar ao desmaio. 
SÍNDROME DA HIPOTENSÃO SUPINA: 
em decúbito dorsal a veia cava inferior 
e aorta abdominal são comprimidas 
pelo útero gravídico, ocorrendo  do 
retorno venoso, do débito cardíaco  
hipotensão acompanhada por tontura 
(lipotimia ou lipotímia), desfalecimeto, 
palidez, taquicardia, sudorese e 
náusea. 
Orientação – manter gestante em 
decúbito lateral, preferencialmente 
esquerdo. 
Sandra L. Felix de Freitas 17 
Pressão venosa 
 
A pressão venosa da metade 
superior do corpo não sofre 
alterações significativas 
durante a gravidez, mas, nas 
extremidades inferiores, 
aumenta significativamente, 
sobretudo na posição supina, 
ortostática e sentada. 
DC = Vm x FC 
PA = DC x RP 
Porque a pressão arterial diminui? 
Sandra L. Felix de Freitas 18 
Débito cardíaco 
é o produto dovolume de ejeção pela freqüência 
cardíaca. 
Ele aumenta cerca de 40% durante a gravidez, 
atingindo um valor máximo às 20-24 semanas e torna-
se muito sensível a alterações posturais. 
Esta sensibilidade aumenta ao longo da gravidez visto 
que o útero comprime a veia cava inferior, diminuindo 
o retorno venoso. 
Sandra L. Felix de Freitas 19 
Metabolismo do Ferro 
apesar da absorção do ferro estar elevada durante a 
gestação, a quantidade de ferro absorvido pela dieta, 
junto com a mobilização do ferro estocado, seria 
insuficiente em geral para suprir a demanda imposta pelo 
processo gravídico. 
Anemia Ferropriva em gestantes – ocorre devido ao 
aumento das necessidades do mineral decorrente da rápida 
expansão da massa celular vermelha e pelo crescimento 
acentuado dos tecidos. 
Sandra L. Felix de Freitas 20 
Consequências da anemia em gestantes: 
 > risco de morbidade e mortalidade fetal e materna; 
 > risco ao parto prematuro e baixo peso ao nascer, (infecções 
e mortalidade infantil). 
Sandra L. Felix de Freitas 21 
Sistema Respiratório 
 
 
 
Alterações anatômicas 
• No início da gravidez, ocorre dilatação capilar, levando a edema 
da nasofaringe, laringe, traquéia e brônquios  a voz modifica-
se, respiração pelo nariz torna-se mais difícil. 
• O diafragma desloca-se cerca de 4 cm para cima à medida que a 
gestação avança a respiração torácica substitui a abdominal. 
• A gestante respira mais profundamente – aumentando o 
volume corrente 
• Freqüência respiratória ligeiramente maior. 
Sandra L. Felix de Freitas 22 
Alterações no sistema urinário 
 
- morfológicas 
As mudanças na estrutura renal - por ação 
hormonal (estrogênio e progesterona), da pressão 
exercida pelo útero aumentado e do aumento do 
volume de sangue. 
Pelve renal e ureteres – dilatação a partir da 10ª 
semana – levando a estase urinária – 
aumentando a suscetibilidade à ITU. 
Polaciúria – início e final da gestação 
Sandra L. Felix de Freitas 23 
Alterações funcionais 
• O tempo de filtração glomerular e o fluxo de plasma renal 
aumentam no início da gravidez. 
• A função renal é mais eficiente na posição de decúbito lateral 
e menos da supina – o DL amplia a perfusão renal, aumenta a 
eliminação urinária e diminui edema. 
• Reabsorção tubular prejudicada – podendo ocorrer glicosúria 
– aumenta risco para ITU. 
Sandra L. Felix de Freitas 24 
Sistema Gastrointestinal 
 
• Apetite – oscila 
• Náuseas com ou sem vômitos – mais freqüentes no período 
matutino – desaparece no final do 1º trimestre. 
• Perversões do apetite 
• Boca – epúlide – gengivas hiperêmicas, esponjosas e 
edemaciadas, com tendência a sangramento (ação estrogênica) 
• Ptialismo 
Sandra L. Felix de Freitas 25 
• Pela ação da progesterona a atividade 
peristáltica e o tono diminuem, provocando 
a regurgitação esofágica, esvaziamento 
gástrico lento, podendo levar à indigestão 
ácida ou azia (pirose) e à constipação 
intestinal. 
• Desconforto abdominal: pressão ou peso 
pélvico, tensão dos ligamentos redondos, 
flatulência, distensão, cólicas intestinais ou 
contrações uterinas. 
• Aumento do fluxo sanguíneo na pelve, 
aumentando pressão venosa, contribuindo 
para o aparecimento de hemorróidas. 
Sandra L. Felix de Freitas 26 
Sistema Endócrino 
 
Hormônios da gravidez 
Gonadotrofina coriónica humana (hCG) - secretada pelo 
sinciciotrofoblasto e pode ser detectada no sangue ou urina 9 dias 
após a concepção. 
Funções: manter o corpo lúteo além da sua duração habitual, 
estimular a síntese de relaxina e inibe a secreção hipofisária de LH. 
Sandra L. Felix de Freitas 27 
Progesterona 
 
É o hormônio mais diretamente responsável pela instalação e 
manutenção do feto na cavidade uterina. 
Funções: estimular a secreção de nutrientes pela trompa de 
Falópio e glândulas endometriais por forma a manter o zigoto; 
manter a decídua uterina, inibir as contrações uterinas, 
estimular o desenvolvimento dos sacos alveolares mamários, 
inibir respostas imunológicas maternas a antígenos fetais e 
estimular o centro respiratório da grávida, aumentando a 
ventilação. 
A placenta começa a sintetizar progesterona por volta 6ª 
semana e na 12ª semana segrega quantidades suficientes para 
substituir o corpo lúteo. 
Sandra L. Felix de Freitas 28 
Estrogênios 
A produção de estrógenos (estradiol, 
estrona e estriol) aumenta na gravidez. 
Funções: estimular o crescimento contínuo 
do miométrio uterino e o desenvolvimento 
do sistema ductal mamário, do qual se 
desenvolverão os alvéolos, aumentar a 
síntese de progesterona. 
Inicialmente são sintetizados pelo corpo 
lúteo sob a ação da hCG, papel que mais 
tarde é assumido pela placenta. 
Sandra L. Felix de Freitas 29 
Lactogénio placentário humano (hPL) ou 
somatomamotrofina coriónica humana 
(hCS) é sintetizado pelo sinciciotrofoblasto 
e pode ser detectado logo na 4ª semana. 
Funções: atividade lactogênica, estimula a 
lipólise materna e antagoniza as ações da 
insulina no metabolismo glicídico. 
Prolactina 
A principal função deste hormônio na 
gestante é assegurar a lactação. 
Sandra L. Felix de Freitas 30 
Relaxina - segregada pelo corpo lúteo e 
possivelmente pela decídua uterina. 
Função: relaxante miometrial e: 
• amolecimento e apagamento do colo uterino, 
• alterações na pressão arterial, 
• alterações na mobilidade da sínfise púbica, 
• regulação da lactação e 
• remodelagem dos tecidos conjuntivos. 
Na 1ª fase funciona como calmante uterino e em 
fases mais tardias pode facilitar a passagem do feto 
pelo canal do parto. 
Outras alterações hormonais da gravidez 
- secreção de insulina aumenta até um pico no 3º trimestre. Há 
ainda uma resistência periférica à ação da insulina. 
- hipófise aumenta cerca de 135% durante a gravidez; 
- volume aumentado da tireóide: hiperplasia e vascularização. 
Hiperpigmentação da aréola, abdome e face – dá-se pela 
hiperfunção do lobo anterior da hipófise – as células basófilas 
secretam hormônio melanotrófico. 
Sandra L. Felix de Freitas 32 
Alterações metabólicas 
ocorrem em resposta ao rápido crescimento 
do feto e placenta e são numerosas e 
profundas. Deste ponto de vista, a gravidez 
pode ser dividida em 2 fases: 
• durante a 1ª metade da gravidez - a mulher 
encontra-se num estado anabólico e o 
produto de concepção não representa uma 
sobrecarga nutricional grave; 
• na 2ª metade da gravidez (especialmente no terço final) - os 
pesos fetal e placentário aumentam aceleradamente elevando as 
necessidades calóricas à custa do metabolismo materno. 
Sandra L. Felix de Freitas 33 
Aumento ponderal 
a maior parte do aumento ponderal é 
atribuível ao útero e seus conteúdos, 
mamas e aumento do volume plasmático 
e fluido intersticial. 
Em média, a grávida aumenta cerca de 
12.5K, dando-se a maior parte deste 
aumento nos dois últimos trimestres. 
Metabolismo da água 
O aumento de retenção hídrica é uma 
alteração fisiológica normal da 
gravidez. 
Sandra L. Felix de Freitas 34 
Metabolismo glicídico 
 
A gravidez é um estado potencialmente diabetogênico - a diabetes 
mellitus pode agravar neste período ou surgir neste contexto o DG. 
Na a 1ª metade da gestação, há necessidade fetal de glicose para 
crescer e se desenvolver. 
FASE HIPOGLICÊMICA 
Para preencher sua necessidade de “combustível” o feto  
consome estoque de glicose materna,  a capacidade da 
gestante de sintetizar a glicose ao sequestrar seus aminoácidos 
 levando-a a valores de glicemia baixo 
Sandra L. Felixde Freitas 35 
Na 2ª metade  placenta cresce e produz quantidades 
progressivamente maiores de hormônios (hPL, estrogênio e 
progesterona) 
 glicemia 
FASE DIABETOGÊNICA 
Hormônios placentários maior produção de cortisol pelas adrenais 
antagonismo à insulina 
a disposição do feto 
estimula pâncreas aumentar produção de 
insulina 
caso não seja capaz – DG 
Sandra L. Felix de Freitas 36 
Sistema Tegumentar 
 
A maioria das grávidas apresenta um aumento de pigmentação 
cutânea, mais evidente em determinadas regiões corporais: a 
face e pescoço (manchas hiperpigmentares que se designam por 
cloasma gravídico e que regridem, pelo menos parcialmente, 
após o parto), sinal de Hunter, linea nigra (escurecimento da 
linha alba) e vulva. 
Sandra L. Felix de Freitas 37 
A hiperpigmentação é estimulada pelo 
hormônio melanotropina da hipófise 
anterior. 
Angiomas do tipo aranhas vasculares – 
estrogênio 
Estrias - resultam de alterações do tecido 
conjuntivo, designadamente maior retenção 
hídrica, por ação estrogênica. 
Estrias ou víbices - representam soluções de continuidade 
da derme, de cor avermelhada ou arroxeada no início 
(estrias violáceas) e depois esbranquiçadas (estrias 
nacaradas). 
Sandra L. Felix de Freitas 38 
Sistema Músculo-Esquelético 
A inspeção geral inclui o aspecto 
da gestante, que no dizer de 
Briquet tem... 
...o rosto cheio, olhar vivo, 
respiração ativa, cintura alargada 
e curva dos quadris aumentada. 
Sandra L. Felix de Freitas 39 
Sistema Músculo-Esquelético 
 
- Embebição gravídica: ligamentos mais relaxados, 
particularmente os relacionados com a bacia. Tal deve-se à 
ação do hormônio relaxina. 
A diminuição da rigidez das articulações sacro-ilíacas, 
sacrococcígeas e sínfise púbica permite movimentos de 
báscula durante o parto. A sínfise púbica alarga-se 3 a 4mm. 
Sandra L. Felix de Freitas 40 
O volume uterino aumenta 
acentuando a lordose lombar. 
 
• O centro de gravidade - deslocado 
para os membros inferiores, 
• a grávida tenta compensar com 
flexão anterior do pescoço e 
inclinando anteriormente a cintura 
escapular, 
• resultando numa tração dos nervos 
cubital e mediano. 
Sandra L. Felix de Freitas 41 
A queixa mais frequente associada a 
estas alterações é a lombalgia que 
poderá ser minimizada numa grávida 
com melhor condicionamento físico. 
Shakespeare denominou esta postura 
"orgulho da gravidez". 
Diagnósticos de Enfermagem / 
Prescrição de Enfermagem 
DE: Menstruação anormal (CIPE, 2017). 
PE: 
solicitar Teste Imunológico de Gravidez; 
Orientar a cliente para colher a primeira urina da manhã; 
Agendar retorno para avaliar o resultado de exame. 
Se amenorréia há mais de 10 semanas, tentar auscultar os BCFs com Sonnar Doppler. 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 
Sandra L. Felix de Freitas 43 
DE: Conhecimento deficiente sobre a importância do pré-natal, 
evidenciada por verbalização do problema e seguimento 
inadequado de instruções, relacionado à falta de exposição, falta 
de familiaridade com os recursos de informações e interpretação 
errônea de informações. 
PE: 
1. Orientar a gestante sobre a importância das consultas regulares no 
pré-natal durante toda a gravidez; 
2. Estimular a participação do cônjuge ou outra pessoa significativa 
nas consultas do pré-natal; 
3. Incentivar a gestante a comparecer em, no mínimo, seis consultas 
de pré-natal, conforme preconiza o Ministério da Saúde (BRASIL, 
2005); 
4. Explicar para a gestante sobre os exercícios e repousos adequados 
durante a gestação - Uma boa preparação corporal e emocional 
capacita a mulher a vivenciar a gravidez com prazer, permitindo-lhe 
desfrutar plenamente seu parto (BRASIL, 2005); 
Conhecimento deficiente sobre o preparo das mamas para o 
aleitamento, caracterizada por verbalização do problema, 
relacionado à falta de exposição, falta de familiaridade com os 
recursos de informações. 
Sandra L. Felix de Freitas 44 
PE: 
1. Instruir a gestante quanto à necessidade do uso de sutiã de 
sustentação firme, com alças largas para equilibrar o peso das 
mamas (RICCI, 2008); 
2. Esclarecer que o uso de sabonete, creme ou pomadas no mamilo 
deve ser evitado (BRASIL, 2005); 
3. Estimular a cliente a enxaguar a área mamilar com água pura 
durante o banho, para mante-la limpa (RICCI, 2008); 
4. Recomendar banhos de sol nas mamas por 15 minutos, até 10 
horas da manhã ou após as 16 horas, ou banhos de luz com 
lâmpadas de 40 watts, a cerca de um palmo de distância (BRASIL, 
2005); 
 
Sandra L. Felix de Freitas 45 
DE: Náusea, evidenciada por (NANDA, 2017) 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 46 
DE: Risco para nutrição desequilibrada, mais que as necessidades corporais, 
relacionadas à gestação (NANDA, 2017). 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 47 
DE: Eliminação urinária prejudicada, evidenciada por relato de polaciúria, 
relacionada à gravidez (NANDA, 2017). 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 48 
DE: Constipação, evidenciada por relato de fezes endurecidas, relacionadas à 
gravidez (NANDA, 2017). 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 49 
DE: Mastalgia atual (CIPE, 2017) 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 50 
DE: Risco de Infecção, relacionado à barreiras primárias inadequadas 
(ectopia) (NANDA, 2017). 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 51 
DE: Risco de trauma, relacionado à possibilidade de hipotensão ortostática 
(NANDA, 2017) 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 52 
DE: Edema atual em MMII (CIPE, 2017) 
PE: 
 
 
Sandra L. Felix de Freitas 53 
DE: Dispepsia atual (CIPE, 2017) 
PE: 
 
 
 Astenia e desmaios 
 Cólicas, flatulência e constipação 
intestinal 
 Hemorróidas 
 Corrimento vaginal 
 Queixas urinárias 
 dispnéia 
 Lombalgia 
 Cefaléia 
 Epúlide (sangramento nas 
gengivas) 
 Varizes 
 Câimbras 
 Cloasma gravídico 
 Estrias 
Sandra L. Felix de Freitas 54 
OUTRAS QUEIXAS FREQUENTES NA GESTAÇÃO 
Ver apostila com diagnósticos e intervenções de enfermagem 
Sandra L. Felix de Freitas 55 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 
 
FREITAS, S.L.F de. Ocorrência das vulvovaginites em gestantes de baixo risco. 
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Centro 
de Ciências Biológicas e da Saúde. Campo Grande, MS, 2008. 
LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I.M. O cuidado em enfermagem 
materna. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
Sandra L. Felix de Freitas 56 
 “Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará 
assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário 
que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena 
ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.” 
 Albert Einstein 
Sandra L. Felix de Freitas 57

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