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Direito do Trabalho 7º período 1º bimestre

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FGTS
Fundamento legal – art. 7, III, CF: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: III – fundo de garantia do tempo de serviço” e Lei 8.036/90.
É um fundo formado por recolhimentos mensais sobre a remuneração do empregado. A contribuição do FGTS será de 8% sobre a remuneração do empregado, no caso de aprendiz, será de 2% sobre sua remuneração. A contribuição é feita mensalmente.
Multa compensatória – toda vez que o empregado é dispensado da empresa, tem direito à esta multa. A multa compensatória no caso de rescisão do contrato por iniciativa do empregador será de 40% sobre o valor depositado pela empresa. No caso de culpa recíproca, deve haver uma decisão do juiz, já no caso de força maior, não é necessário. Pedido de demissão não gera multa compensatória, porém, tem direito ao FGTS já depositado.
Movimentação – art. 20, Lei 8.036/90: “A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que:a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses;c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação;VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação;VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes condições:a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH; VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta; IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional; XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna; XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção.XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento; XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos; XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições: a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal; b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento; XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção. XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social; XIX - pagamento total ou parcial do preço de aquisição de imóveis da União inscritos em regime de ocupação ou aforamento, a que se referem o art. 4o da Lei no 13.240, de 30 de dezembro de 2015, e o art. 16-A da Lei no9.636, de 15 de maio de 1998, respectivamente, observadas as seguintes condições: a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) ou ainda por intermédio de parcelamento efetuado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), mediante a contratação da Caixa Econômica Federal como agente financeiro dos contratos de parcelamento; c) sejam observadas as demais regras e condições estabelecidas para uso do FGTS. § 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurar que a retirada a que faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos efetuados na conta vinculada durante o período de vigência do último contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização monetária, deduzidos os saques.§ 2º O Conselho Curador disciplinará o disposto no inciso V, visando beneficiar os trabalhadores de baixa renda e     preservar o equilíbrio financeiro do FGTS.§ 3º O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, só poderá ser exercido para um único imóvel.§ 4º O imóvel objeto de utilização do FGTS somente poderá ser objeto de outra transação com recursos do fundo, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador.§ 5º O pagamento da retirada após o período previsto em regulamento, implicará atualização monetária dos valores devidos.§ 6o Os recursos aplicados em cotas de fundos Mútuos de Privatização, referidos no inciso XII, serão destinados, nas condições aprovadas pelo CND, a aquisições de valores mobiliários, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização, de que trata a Lei no 9.491, de 1997, e de programas estaduais de desestatização, desde que, em ambos os casos, tais destinações sejam aprovadas pelo CND. § 7o Ressalvadas as alienações decorrentes das hipóteses de que trata o § 8o, os valores mobiliários a que se refere o parágrafo anterior só poderão ser integralmente vendidos, pelos respectivos Fundos, seis meses após a sua aquisição, podendo ser alienada em prazo inferior parcela equivalente a 10% (dez por cento) do valor adquirido, autorizada a livre aplicação do produto dessa alienação, nos termos da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976; § 8o  As aplicações em Fundos Mútuos de Privatização e no FI-FGTS são nominativas, impenhoráveis e, salvo ashipóteses previstas nos incisos I a XI e XIII a XVI do caput deste artigo, indisponíveis por seus titulares. § 9° Decorrido o prazo mínimo de doze meses, contados da efetiva transferência das quotas para os Fundos Mútuos de Privatização, os titulares poderão optar pelo retorno para sua conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. § 10. A cada período de seis meses, os titulares das aplicações em Fundos Mútuos de Privatização poderão transferi-las para outro fundo de mesma natureza. § 11. O montante das aplicações de que trata o § 6° deste artigo ficará limitado ao valor dos créditos contra o Tesouro Nacional de que seja titular o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. § 12. Desde que preservada a participação individual dos quotistas, será permitida a constituição de clubes de investimento, visando a aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização. § 13.  A garantia a que alude o § 4o do art. 13 desta Lei não compreende as aplicações a que se referem os incisos XII e XVII do caput deste artigo; § 14.  Ficam isentos do imposto de renda: I - a parcela dos ganhos nos Fundos Mútuos de Privatização até o limite da remuneração das contas vinculadas de que trata o art. 13 desta Lei, no mesmo período; e II - os ganhos do FI-FGTS e do Fundo de Investimento em Cotas - FIC, de que trata o § 19 deste artigo§ 15.  A transferência de recursos da conta do titular no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em razão da aquisição de ações, nos termos do inciso XII do caput deste artigo, ou de cotas do FI-FGTS não afetará a base de cálculo da multa rescisória de que tratam os §§ 1o e 2o do art. 18 desta Lei. § 16. Os clubes de investimento a que se refere o § 12 poderão resgatar, durante os seis primeiros meses da sua constituição, parcela equivalente a 5% (cinco por cento) das cotas adquiridas, para atendimento de seus desembolsos, autorizada a livre aplicação do produto dessa venda, nos termos da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976. § 17.  Fica vedada a movimentação da conta vinculada do FGTS nas modalidades previstas nos incisos V, VI e VII deste artigo, nas operações firmadas, a partir de 25 de junho de 1998, no caso em que o adquirente já seja proprietário ou promitente comprador de imóvel localizado no Município onde resida, bem como no caso em que o adquirente já detenha, em qualquer parte do País, pelo menos um financiamento nas condições do SFH§ 18.  É indispensável o comparecimento pessoal do titular da conta vinculada para o pagamento da retirada nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III, VIII, IX e X deste artigo, salvo em caso de grave moléstia comprovada por perícia médica, quando será paga a procurador especialmente constituído para esse fim. § 19.  A integralização das cotas previstas no inciso XVII do caput deste artigo será realizada por meio de Fundo de Investimento em Cotas - FIC, constituído pela Caixa Econômica Federal especificamente para essa finalidade.§ 20.  A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá os requisitos para a integralização das cotas referidas no § 19 deste artigo, devendo condicioná-la pelo menos ao atendimento das seguintes exigências: I - elaboração e entrega de prospecto ao trabalhador; eII - declaração por escrito, individual e específica, pelo trabalhador de sua ciência quanto aos riscos do investimento que está realizando. § 21.  As movimentações autorizadas nos incisos V e VI do caput serão estendidas aos contratos de participação de grupo de consórcio para aquisição de imóvel residencial, cujo bem já tenha sido adquirido pelo consorciado, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Curador do FGTS. § 22. Na movimentação das contas vinculadas a contrato de trabalho extinto até 31 de dezembro de 2015, ficam isentas as exigências de que trata o inciso VIII do caput deste artigo, podendo o saque, nesta hipótese, ser efetuado segundo cronograma de atendimento estabelecido pelo agente operador do FGTS.”
Afastamento – o afastamento da empresa, em regra, não gera a obrigação do depósito, salvo existência de acidente de trabalho ou serviço militar obrigatório;
Prescrição – em regra, a prescrição do FGTS será de 5 anos, devido recente decisão que tornou inconstitucional o prazo prescricional de 30 anos previsto na Lei 8.036/90.
Correção monetária – o FGTS possui correção monetária de 3% ao ano.
Ônus da prova – o ônus da prova ficou a cargo do empregador.
Prescrição – bienal: tem seu prazo de início do rompimento do contrato de trabalho, com prazo prescricional de 2 anos; quinquenal: recebe o FGTS dos últimos 5 anos da propositura da ação, quanto mais demorar para entrar com a ação, mais perde.
Doméstica – com a Emenda Constitucional 72/2017, a empregada doméstica doi inserida na CF como detentora ao direito de FGTS.
Servidor Público – conforme a Súmula 373 do TST, o servidor público sem prévia aprovação em concurso público, somente tem direito aos depósitos do FGTS já realizados.
Rompimento do contrato – unilateral: o empregado pede a conta, não pode sacar o FGTS depositado, e tão pouco receber indenização de 40%; indireta: é possível o saque do FGTS anteriormente depositado, e ainda o recebimento da multa de 40%. 
Contrato por prazo determinado – existindo rompimento do contrato, não será devido a multa de 40%. Neste caso específico, será devido uma indenização de metade da remuneração devida até o final do contrato. Art. 443, CLT: “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência.”
VALE TRANSPORTE
O vale transporte se refere a um auxílio ao trabalhador para sua locomoção, trabalho para casa e vice-versa. O pagamento deve ser realizado de forma antecipada. A previsão do vale transporte está na Lei 7.418/85 e no Decreto nº95.247/87. Referido direito não é de natureza salarial, isto é, não constitui base de cálculo para nenhuma verba trabalhista. Com base na Lei 7.418/85, o vale transporte não poderá ser realizado em dinheiro, caso contrário, referida verba poderá integrar a base de cálculo do empregado.
Requisitos – art. 7, Dec. 95.247/87: “Para o exercício do direito de receber o Vale-Transporte o empregado informará ao empregador, por escrito: I - seu endereço residencial;II - os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa.§ 1° A informação de que trata este artigo será atualizada anualmente ou sempre que ocorrer alteração das circunstâncias mencionadas nos itens I e II, sob pena de suspensão do benefício até o cumprimento dessa exigência.§ 2° O benefício firmará compromisso de utilizar o Vale-Transporte exclusivamente para seu efetivo deslocamento residência-trabalho e vice-versa.§ 3° A declaração falsa ou o uso indevido do Vale-Transporte constituem falta grave.”
Pagamento em pecúnia – art. 5, Dec. 95.247/87: “É vedado ao empregador substituir o Vale-Transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, ressalvado o disposto no parágrafo único deste artigo. Parágrafo único. No caso de falta ou insuficiência de estoque de Vale-Transporte, necessário ao atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema, o beneficiário será ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela correspondente, quando tiver efetuado, por conta própria, a despesa para seu deslocamento.” 
Estagiário – o estagiário recebe como auxílio transporte, desta forma, não poderá existir qualquer desconto em sua folha de pagamento. Art. 12, Lei 11.788/08: “O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestaçãoque venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. § 1o  A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício. § 2o  Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social.” 
Desconto – redução de 6% sobre o salário base. 
Transferência unilateral – o empregado transferido por ato unilateral do empregador para local distante de sua residência, tem direito ao suplemento salarial correspondente ao acréscimo. Súmula 29, TST: “Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.”
AVISO PRÉVIO
É a notificação de prazo a ser obrigatoriamente feito a um dos contratantes.
Cabimento – contrato por prazo determinado: os contratos por prazo determinado em regra, existindo a extinção do contrato antes do término previsto, acarreta o pagamento de uma indenização, não existindo o aviso prévio. Todavia, conforme o art. 481, CLT, presente a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipado, será pertinente o aviso prévio. ART. 481, CLT: “Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.”; contrato de experiência: torna obrigatório o aviso prévio, Súmula 163, TST: “Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT”; culpa recíproca: existindo culpa recíproca, o empregado tem direito a apenas 50% do aviso prévio, art. 484, CLT: “Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade”, Súmula 14, TST: “Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais”; cessação da atividade empresarial: gera direito ao aviso prévio, Súmula 44, TST: “A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.” 
Base legal – art. 7, XXI, CF: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei”, art. 487, CLT: Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.§ 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
Prazo – o prazo mínimo é de 30 dias para o pagamento de referido direito, art. 7, XXI, CF. 
Reciprocidade das obrigações – caso o empregador demita seu empregado, deve obrigatoriamente conceder o aviso prévio, podendo ser trabalhado, hipótese em que o empregado presta serviço normalmente durante o período do aviso, ou indenizado, caso o empregador não queira que o trabalhador permaneça na empresa, neste caso, o valor correspondente ao salário do empregado será pago juntamente com as verbas rescisórias. 
Irrenunciabilidade – Súmula 276, TST: “O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”. 
Base de cálculo – Súmula 354, TST: “As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado”. 
Jornada reduzida – 5 horas diárias ou 7 dias durante o aviso prévio para trabalhador urbano, no caso de trabalhador rural será de 1 dia na semana. 
Proporcional – cada ano cumprido na empresa mais 3 dias de aviso prévio. Limite de 90 dias. Súmula 441, TST: “O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011.”
SEGURO DESEMPREGO
É uma vantagem temporária enquanto desempregado. Trata-se de um direito pessoal e intransferível do trabalhador, no qual será concedido um período mínimo de 3 meses e no máximo 5 meses, dependendo do tempo de serviço do trabalhador. Deve ser involuntariamente desempregado. Não é salário, é um benefício previdenciário.
Requisitos – a) dispensado sem justa causa: não possui direito ao seguro desemprego o trabalhador temporário, o que pediu demissão e o demitido por justa causa; b) ter recebido salário: deve ter recebido salário de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, na 1ª solicitação por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses, imediatamente anterior a dispensa. Se nos últimos 18 meses tiver recebido por 12 meses, recebe o seguro desemprego na primeira solicitação/ na 2ª solicitação deve ter recebido salário por pelo menos 9 dos últimos 12 meses, imediatamente anterior a dispensa/ na 3ª solicitação deve ter recebido salário cada um dos 6 meses, imediatamente anterior à data de dispensa; c) não receber qualquer benefício previdenciário: não pode receber, por exemplo, auxílio doença, pois assim já está recebendo algo do Estado; d) não possuir renda: não pode possuir renda própria suficiente para sua manutenção e de sua família. 
Valores - para se alcançar o valor a ser recebido do seguro desemprego deverá inicialmente realizar media salarial dos últimos três meses. Não obstante tal valor não poderá ser inferior ao salário mínimo vigente. A medida salarial devera ser aplicada a tabela: Media salarial últimos três meses 
Valor não poderá ser inferior ao salário mínimo. (937,00)
- até R$. 1450,23 : multiplica por 0.8 (80%)
- de 1.450,24 até 2.417,29 : o que exceder a 1.450,23 multiplica-se por 0,5 e soma 1.160,18.
- acima de 2.417,29 : valor único 1.643,72
RESCISÕES CONTRATUAIS
Contrato por prazo determinado – pode ocorrer: a) normal: morte natural do contrato, acontece com o advento do termo. Advindo o termo e finalizado o contrato, não há nenhuma surpresa para as partes, logo, não há que se falar em aviso prévio e multa de 40% sobre o FGTS. Com isso, o empregado irá receber, a título de verbas rescisórias, pelo tempo trabalhado: saldo de salário, férias proporcionais +1/3 e 13º proporcional; b) anormal: ocorre quando o contrato por prazo determinado finaliza antes do advento do termo. Se for um contratocom cláusula assecuratória do direito recíproco da rescisão, nasce o direito ao aviso prévio. Caso o contrato não tenha essa cláusula, nasce o direito à indenização no caso de finalização antecipada do contrato. 
Extinção antecipada por iniciativa do empregador – se o empregador resolve extinguir o contrato de forma antecipada, deverá indenizar o empregado na forma do art. 479, CLT. Essa indenização consiste no pagamento do período faltante pela metade. O período anterior à rescisão é pago normalmente. Ao valor do tempo trabalhado, acresce-se o valor da indenização do art. 479, CLT: “Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado”.
Extinção antecipada por iniciativa do empregado – se for o empregado quem finalizar antecipadamente o contrato a termo (que não possua cláusula assecuratória do direito recíproco da rescisão antecipada), ele também deverá indenizar o empregador, mas no caso de haver prejuízos em decorrência do seu desligamento prematuro. A indenização não poderá ser superior ao que lhe seria devido no caso de finalização antecipada a pedido do empregador. Art. 480, CLT: “Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. §1º A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.”
Cláusula assecuratória do direito – com base no art. 481 os contratos por prazo determinado que possuírem em seu contrato de trabalho cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, tornam-se os efeitos da extinção do contrato determinado com os efeitos do contrato indeterminado. Art. 481, CLT: “A os contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.”
Contrato por prazo indeterminado – a) é a finalização do contrato de trabalho por ato lícito dos contratantes; b) resolução é a finalização do contrato por cometimento de ato ilícito por um dos contratantes, é a finalização decorrente do cometimento de falta grave por um dos contratantes, ex: justa causa e rescisão indireta; c) rescisão é a hipótese de finalização do pacto em decorrência de alguma nulidade do contrato de trabalho; d) distrato é a hipótese de resilição bilateral, trata-se de declaração mútua dos contratantes para a dissolução de uma relação contratual, requer duas declarações de vontade e, por isso, parte da premissa de igualdade de vontade entre os contratantes. 
Extinção por ato voluntário
Pedido de demissão – é o empregado quem pede a conta, através de uma declaração de vontade unilateral e receptícia. Quem é surpreendido com o final do contrato, nesse caso, é o empregador, sendo este quem tem direito ao aviso prévio. Ocorrendo o pedido de demissão pelo empregado, este deverá trabalhar por no mínimo 30 dias, prazo este para que o empregador possa encontrar um novo substituto para a vaga. Caso o empregado não cumpra tal prazo, o empregador poderá descontar de suas verbas rescisórias o valor do aviso prévio. Como direito deste empregado, temos as seguintes verbas trabalhistas: saldo de salário, férias vencidas ou proporcionais, 13º e o FGTS já depositado (não pode, entretanto, sacar o FGTS). Não terá direito a multa de 40% do FGTS, seguro desemprego e sacar o FGTS. Oportunamente, durante o aviso prévio, sua jornada de trabalho não poderá ser reduzida. 
Dispensa sem justa causa – o empregador dispensa o empregado. Inicialmente na ocorrência da dispensa sem justa causa, é um dever do empregador avisar previamente o empregado. Este deverá cumprir o aviso prévio (lembrando da redução da jornada). Não obstante, o empregador poderá indenizar o aviso prévio do empregado. Nesse caso, como direitos, temos as seguintes verbas trabalhistas: saldo de salário, férias proporcionais ou vencidas, 13º, aviso prévio indenizado se for o caso, multa compensatória de 40% do FGTS já depositado, saque do FGTS, e se for o caso, o recebimento de seguro desemprego. 
Dispensa do empregado por justa causa – A CLT prevê no art. 482 condutas do empregado que caracterizam dispensa por justa causa. Entretanto, antes de aplicar referido art., deverá observar os seguintes requisitos: a) reserva legal: somente é possível a aplicação da justa causa desde que exista uma positivação legal, isto é, um dispositivo legal garantindo referida dispensa; b) razoabilidade: para a existência da justa causa, deve existir uma proporcionalidade entre a conduta realizada e sua penalidade; c) imediatibilidade: para a existência da justa causa, deverá existir uma contemporaneidade entre a conduta praticada e a notificação da justa causa; d) bis in idem: não pode aplicar duas penalidades para a mesma conduta gravosa, ex: se der uma advertência, não pode demitir por justa causa posteriormente pelo mesmo ato que foi dada a advertência; e) nexo causal: relação entre a conduta praticada e a penalidade, entre a falta cometida e o fundamento legal deve existir uma relação, isto é, a conduta praticada deve estar diretamente relacionada com o dispositivo legal; f) não discriminação: não pode discriminar o empregado, ex: passar a mão na cabeça de um e não na de outro, é vedado ao empregador aplicar penas diferentes a empregador que cometem falta grave. Art. 482, CLT: “Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional”. 
Ato de improbidade – qualquer ato que você pratica utilizando patrimônio do empregador de forma direta ou indireta. Ex: utilizar o vale transporte para outros fins que não para seu transporte trabalho/casa, ex: vendê-lo. Constitui um ato de desonestidade do empregado, o empregado se tenta valer do patrimônio do empregador para conseguir proveito próprio.
Incontinência de conduta – tudo que envolve sexo, desde assistir pornografia na empresa, ligar para o disk sexo em horário de trabalho, passar email de pornografia em horário de trabalho. Neste caso, todo ato praticado pelo empregado relacionado direta ou indiretamente ao cunho sexual será pertinente a justa causa.
Mau procedimento – diversos atos/contínuos (diversas advertências), ex: guiar o carro da empresa e não ter carteira de motorista. Para a doutrina, não se enquadrando em nenhuma hipótese legal, deverá ser aplicado o mau procedimento.
Negociaçãohabitual por conta própria – concorrência desleal: ex, técnico trabalha em empresa e chamamos para formatar computador, o empregado dá o seu número pessoal para formatar em sua casa por mais barato; negociação habitual no ambiente de trabalho: ex, revista da Avon, roupas para vender no trabalho, se for autorizado pelo empregador, ok. Se ele viu e não falou nada, é autorização tácita. Mas se não houver autorização de qualquer maneira, não pode, mesmo que no intervalo dentro da empresa. 
Condenação criminal – é a condenação que se mostre incompatível com a prestação do serviço, ou seja, em razão de condenação criminal transitada em julgado. Portanto, regime aberto, e outras penalidades que não impliquem reclusão não geram essa hipótese de justa causa.
Desídia – é o ato de negligência, descaso, omissão, que tem por conseqüência a inobservância dos procedimentos do empregador. É possível que a desídia seja um ato faltoso, praticada com tamanha gravidade que, por si só, gere justa causa. 
Embriaguez habitual – gera o consumo frequente de bebidas alcoólicas. Refere-se não apenas à bebida, mas a todas as substâncias químicas inebriantes, que viciam o empregado, tornando-o um sujeito que perde a plenitude da faculdade mental, sendo uma pessoa de julgamento condenado. Ocorre fora do local de serviço, mas repercute negativamente dentro da função habitual. Não gera justa causa, é uma patologia, hipótese de suspensão do contrato para o empregado realize tratamento, entretanto, se este tornar-se negativo, poderá ocorrer a dispensa por justa causa.
Embriaguez em serviço – é hipótese pontual de embriaguez, sendo aquele empregado que comparece para trabalhar após ingestão de substância química tóxica. Essa conduta coloca em risco toda a atividade empresarial e, portanto, é situação de aplicação de justa causa. 
Violação de segredo – trata-se de justa causa pautada na quebra de confiança que rege o contrato de trabalho. Significa publicar fato de que tenha o empregado conhecimento em virtude do contrato de trabalho. 
Indisciplina e insubordinação – ambos são decorrentes da violação, pelo empregado, do dever de obediência a ordens do empregador. Pela subordinação o empregado tem o dever de observar as ordens emanadas do seu empregador, indisciplina é o descumprimento de uma ordem individual ao empregado; insubordinação: é o desatendimento às ordens gerais.

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