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Código civil

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Código civil
Art. 1 do código civil
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres
Pessoa: todo ser nascido com vida. Todo ser humano possui aptidão para adquirir direitos e deveres na ordem civil.
Exemplo: uma criança de três anos que recebe a doação de um imóvel do avô
Direito: de propriedade
Dever: obrigação de pagar IPTU
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO: Toda pessoa tem
 +
CAPACIDADE DE FATO OU EXERCÍCIO: Somente tem aqueles que podem exercer pessoalmente seus direitos e deveres
CAPACIDADE PLENA: Capacidade de direito ou de gozo+ capacidade de fato ou exercício
EXEMPLO: um maior de 18 anos que recebe a doação e um imóvel de avô.
Art. 2º do CC
A personalidade da pessoa começa no nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro.
“ a personalidade da pessoa começa no nascimento com vida”
Teoria natalista : nasceu= respirou = adquiriu personalidade
PERSONALIDADE
Art. 1º (toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil), logo é a aptidão que toda pessoa tem para adquirir direitos e deveres, pelo simples fato de existir.
“Mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”
Nascituro 
O ser que está no vente materno
Fecundação, quando o espermatozoide de fecunda o óvulo
Direitos do nascituro
Direito à vida
Direito ao pré-natal
Direito aos alimentos gravídicos
Ser contemplado em doações
Direito a integridade física
conclusão
Nascituro é o feto que se encontra no ventre da mãe
O nascituro não tem personalidade, mas têm alguns direitos assegurados desde a concepção.
Teoria natalista: respirou sozinho e tem batimento cardíaco = adquiriu personalidade
O nascituro possui algum direito que fica sob condição suspensiva?
Sim, como o nascituro não é pessoa e não possui personalidade, alguns direitos, sobretudo, os direitos patrimoniais, ficam sob condição suspensiva aguardando o seu nascimento com vida.
Ex: receber doação; herança; bens deixados em testamentos; direito a um nome etc.
Manifestação da vontade
Manifestar a vontade é quando a pessoa ao realizar contratos, negócios jurídicos de acordo com os seus interesses, desde que estejam dentro dos limites impostos pela norma.
Exemplo: se eu for comprar uma casa, eu posso escolher em qual bairro vou comprar, qual o tamanho da casa etc.
Capacidade plena
A pessoa realiza todos os atos da vida civil sem ajuda de um assistente ou de um representante.
Incapacidade absoluta
Possui capacidade de direito ou de gozo
Não possui capacidade de exercício ou de fato
Absolutamente incapaz representante
A manifestação de direito é feita por um representante
Incapacidade relativa
Possui capacidade de direito ou de gozo
Possui capacidade de exercício ou de fato limitada
Relativamente incapaz  assistente
Pode manifestar vontade, mas precisa do auxílio de um assistente.
Incapacidade absoluta art. 3º
Exemplo: uma criança que recebe doação de um imóvel do avô
Quem são os representantes?
Representam os filhos = pais (art.1634 do código civil)
Tutores = representam os menores que não possuem pais, ou filhos de pais que perderam o poder familiar (art. 1728 do código civil)
Art. 3º do código civil
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos.
PS: o art. 3º do código civil teve sua redação alterada pela lei nº 13.146 de 2015, estatuto da pessoa com deficiência.
Incapacidade relativa
Não possui idade, discernimento ou condições plenas de exercer a sua vontade.
Exemplos de atos que o relativamente incapaz pode realizar sem auxílio de assistente:
Fazer testamento
Celebrar contrato de trabalho
Ser testemunha em um processo
Votar
Outros que estejam previstos em lei
Quem são os assistentes?
Pais: assistem os filhos (art. 1634 do CC)
Tutores: assistem os menores relativamente incapazes que não possuem pais, ou de pais que perderam o poder familiar (art. 1728 do CC)
Curadores: assistem os maiores relativamente incapazes.
Art. 4º do CC
I- os maiores de 16 anos e menores de 18.
II- os ébrios habituais e os viciados em tóxicos
III- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.
Exemplo: deficiência mental, estado em coma, perda de memória etc.
Os pródigos
Exemplo: delapidam seus patrimônios, fazem dívidas de jogos.
Cessação de incapacidade
Art. 5º do CC
A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil (atinge a capacidade plena.
Cessação da incapacidade
Emancipação 
É a antecipação da capacidade civil antes de a pessoa atingir a maioridade, ou seja antes dos 18 anos completos.
Tipos de emancipação: emancipação voluntária; judicial e legal.
Emancipação voluntária
Requisitos 
Vontade dos pais;
Vontade do menor;
Realizada no cartório, por instrumento público;
Independe de homologação judicial
O menor precisa ter 16 anos completos
Emancipação judicial
Requisitos
O menor possui um tutor;
O menor precisa ter 16 anos completos;
O juiz ouvirá o tutor;
A emancipação é conferida pelo juiz, por sentença.
Emancipação legal
Requisitos
Casamento
Exercício de emprego público efetivo
Colação de grau
Desde que o menor, com 16 anos completos, tenha economia própria em função de : estabelecimento civil, comercial ou relação de emprego
Na emancipação voluntária cessará, para os menores a incapacidade:
I- Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial.
E se apenas um dos pais concordar com a emancipação?
O juiz supri o consentimento e determina se o menor antecipa ou não a emancipação. Mediante instrumento público: cartório
Emancipação judicial
I- Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos.
“ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos.
Emancipação legal
Pelo casamento: idade núbil (16 anos completos); o menor de antecipa pelo casamento válido.
A emancipação pelo casamento é irreversível, mesmo ocorrendo divórcio.
Extinção da personalidade
A existência da pessoa natural termina com a morte, presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Juridicamente, temos dois tipos de morte:
Morte real (existência de um corpo)
Morte presumida (presumir a morte por não haver corpo)
Qual a consequência da extinção da personalidade natural?
Nascimento com vida traz o início da personalidade, a morte extingue a personalidade
Extingue-se a obrigação de pagar pensão alimentícia
Extingue-se os contratos personalíssimos
Dissolve-se o vínculo conjugal
Extingue-se o usufruto
Morte presumida
Morte presumida com decretação de ausência (art. 6º)
Morte presumida sem decretação de ausência 
Com decretação de ausência (art. 6º)
Presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Exemplo: uma pessoa sai pra trabalhar e desaparecer.
Nesse caso é aberto processo judicial de ausência
E possui três fases
Curadoria
Sucessão provisória
Sucessão definitiva
Somente após aberta a sucessão definitiva vai ser presumida a morte da pessoa
Sem decretação de ausência art. 7
Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida
Se alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra
A declaração da morte presumida somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento
A medida da decretação de morte presumida é reversível
Comoriência art.8º
Também conhecida como morte simultânea
Pós moriência (morte antes)
Premoriência (morte após)
exemplo: acidente de carro, de
avião
Art. 8º do CC
se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Art. 9º do CC
Serão registrados em registro público:
I- Os nascimentos, casamentos e óbitos;
II- A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz
III- A interdição por incapacidade absoluta ou relativa
IV- A sentença declaratória de ausência e de morte presumida
Art. 10 do CC
Far-se-á averbação em registro público:
I- Das sentenças que decretem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II- Dos atos jurídicos ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação
Direito da personalidade
É o direito que a pessoa tem de se defender os direitos de sua própria existência , os direitos inerentes ao ser humano; os direitos da pessoa.
Não são direitos patrimoniais, mas sim aqueles que dizem respeito aos atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa.
Art. 11 do CC
Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Intransmissíveis 
Os direitos da personalidade pertence ao seu titular
Exemplo: direito ao nome
Irrenunciáveis
Não pode abrir mão dos direitos da personalidade 
Exemplo: direito à vida.
Ilimitados
São ilimitados porque não há como quantificar; numerar ou nominar todos os direitos da personalidade.
Absolutos 
São absolutos porque são oponíveis erga omnes, ou seja, se espera um comportamento negativo do outro, inclusive do estado, no sentido de proteção aos direitos da personalidade.
Extrapatrimoniais 
Os direitos da personalidade não estão inseridos na esfera patrimonial, não estão sujeitos a valores ou aferição econômica.
Não se pode valorar os direitos da personalidade
Exemplo: quanto vale uma vida? Quanto vale a honra de uma pessoa?
Indisponíveis 
Não posso doar me coração a um filho, pois a integridade física é indisponível.
Imprescritível 
Não se perde os direitos da personalidade por não as ter exercido
Exemplo: certidão de nascimento tardia
Vitalício
Vai desde o nascimento até a morte.
Art. 12 do CC
Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei
Medidas judiciais adotadas para proteger os direitos da personalidade:
De natureza preventiva
Exemplo: impedir a publicação de uma biografia não autorizada.
De natureza cominatória
exemplo: imposição de multa diária para cada dia em que for veiculado um vídeo na internet
De natureza repressiva
Exemplo: suspender a inscrição do nome da pessoa no Serasa
Exemplos de medidas judiciais previstas na CRFB de 1988 para proteção dos direitos da personalidade:
Habeas corpus
Habeas data
Mandado de segurança
Mandado de injunção
Os princípios constitucionais e o novo código civil
Código civil de 1916
Antes tínhamos ordenações do império português
Em 1942; DECRETO-LEI 4657 DE 1942
Lei de introdução ao código civil
CC 2002
Revoga o código civil de 1916, mas o decreto lei 4657 de 42 permanece vigente ( o decreto lei nunca introduziu o código civil de 1916, pois é um decreto-lei que trata de normas.
Decreto lei 4657/42
Conhecido como lei de introdução ao código civil (LICC) teve sua denominação alterada, pela lei nº 12.376/2010 para lei de introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB)
Tem como tema a própria norma jurídica, por este motivo é conhecida como: lei das leis
Art. 1º do decreto-lei 4657/42
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país em 45 dias depois de oficialmente publicada
Vacatios legis pode ser prevista em:
Dias
Meses
Anos
Publicação oficial
Diário oficial
Vigor
É quando a lei se torna obrigatória, exigível.
Lei municipal
Publicação no diário oficial do município
Lei estadual
Publicação no diário oficial do Estado 
Lei federal
Publicação no diário da União
ARTIGO 1º § 3º, DO DECRETO LEI Nº 4657/42
Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção. O prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
Art. 1º parágrafo 4º do decreto-lei nº4657q42
As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
conclusão
A vacatios legis no caso de correção de texto de lei, antes de sua entrada em vigor, contará da última publicação
As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
revogação
Art. 2º do decreto-lei 4657/42
Não se destinando á vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
O período da publicação da lei até entrar em vigor se chama: vacatios legis
Publicação ===========vigor
 vacatios legis
O período de vigor até a revogação se chama vigência
Vigor=========== revogação
 vigência
Revogação é quando a lei deixa de ser obrigatória e perde sua efetividade
“ não se destinando a vigência temporária”
Lei permanente (princípio de continuidade)
Lei temporária
A lei temporária pode ter três causas
Advento do termo= data certa
Exemplo: copa do mundo (venda de bebidas nos estádios)
Consecução de seus fins
Exemplo: duplicação de um entrada, ampliação de pista de aeroporto
Implemento da condição resolutiva: evento incerto
Exemplo: caso de enchente, surto de dengue
“ modifique ou revogue”
Derrogação
Revogação parcial (altera um artigo ou inciso)
Ab-rogação
Revogação total (não está mais em vigor)
Princípio do paralelismo das formas
Constituição  emenda constitucional
Lei complementar  lei complementar
Lei ordinária lei ordinária
Revogação expressa ou tácita
Art. 2º, § 1º, do decreto-lei 4657/42
A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria.
Exemplo: lei anterior de 2011, lei posterior de 2015
Art. 2.045 do Código Civil
Revogam-se a lei nº 3.071/1916, de 1º de janeiro de 1916 código civil e a parte primeira do código comercial lei nº 556, de 25 de junho de 1850
Direito da personalidade
Do nome  lei 6.015/73 (lei dos registros públicos)
das pessoas jurídicas
Pessoas jurídicas direito público: D.T , U. Federal, Estados, Municípios, Autarquia = lei
Pessoas jurídicas  direito privado: Associações, Sociedades, Fundações, Partidos Políticos, Organizações religiosas, EIRELI. Art. 980-A
Aquisição da personalidade das pessoas jurídicas
Desconsideração da personalidade. Art. 50
Fundamento legal
CRFB/Art. 5º x
Dos direitos e garantias fundamentais
(capítulo I- dos direitos e deveres individuais e coletivos)
Art. 5º são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes: de I AO LXXVII.
Art. 62 do CC (finalidade de interesse público)
A fundação privada é constituída pela dotação de bens livres em busca de uma finalidade.
Apesar de as fundações serem privadas, os seus fins são públicos e de interesse social.
O art. 129 da CRFB/88 determina que é função do ministério público defender os interesses difusos e coletivos.
Quais as finalidades?
Saúde, educação, cultura etc.
Quais os órgãos públicos devem velar, fiscalizar as atividades das fundações privadas
art. 66 do CC
Velará pelas fundações o ministério público do Estado onde situadas
Exemplo :Santa Catarina= MP de Santa Catarina
 Mato Grosso= MP do Mato Grosso
E se a fundação tiver abrangência nacional, em vários Estados?
Art. 66 do CC
§ 2º- se estenderem a atividade por mais de um estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo ministério público.
Atribuições do Ministério Público
Aprovar a escritura pública de instituição de fundação;
Aprovar se os bens destinados são suficientes para instituir a fundação;
Elaborar ou aprovar o estatuto;
Aprovar as alterações do Estatuto;
Aprovar as contas;
Fiscalizar o funcionamento por meio da análise de documento e visitas periódicas
conclusão
I- Será responsável o ministério público do estado onde a fundação privada estiver situada
II- Se a fundação privada funcionar no Distrito Federal ou em um território, será responsável o MP do Distrito Federal e territórios
III- Se a fundação privada funcionar em vários estados. Será responsável o MP de cada estado.
Art. 62 do CC
Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública, ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
“dotação especial de bens livres”
Bem livres de quaisquer ônus suficientes
Não podem ser alugadas; emprestadas; penhoradas; etc.
Art. 63 do CC
Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinadas serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a igual ou semelhante.
Exemplo: a fundação promove a educação, mas os bens livres não são o suficiente, logo, se passa para uma outra fundação que também promove a educação.
A dotação de bens livres é irreversível. 
Os bens disponibilizados podem ser transferidos para a fundação por mandado judicia
Art. 64 do CC
Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a tranferir0lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Conclusão
I- A fundação privada constitui a dotação de bens livres em busca de uma ou mais finalidades.
II- Os bens devem ser livres.
III- Se os bens forem insuficientes para constituir a fundação de finalidade idêntica ou semelhante, se ao contrário não dispuser o instituidor.
IV- A dotação de bens livres é irreversível.
Art. 65 do CC
Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Alteração do estatuto da fundação
O estatuto da fundação pode ser alterado, para se adequar a uma nova realidade, observando-se o art. 67 e 68 do CC
Exemplo: uma fundação que presta serviços em âmbito nacional, mas que cresceu demais, logo é necessário aumentar a administração dela, o número de conselhos.
Art. 67 do CC
Para que se possa alterar estatuto da fundação é mister que a reforma:
2/3 dos membros da administração devem aprovar
Não pode contrariar o fim específico da fundação
Deve ser aprovada pelo MP
A alteração no estatuto da fundição deverá ser submetida ao ministério público que poderá:
Aprovas
Denegar a aprovação
Propor modificações
O interessado poderá recorrer ao juiz em dois casos:
I- Caso o MP, no prazo de 45 dias, não se manifeste quanto às alterações;
II- Ou quando o MP denegue a aprovação das alterações do estatuto.
Art. 68
Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do MP, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser em 10 dias.
Só se usa o art. 68 quando houver uma minoria vencida, quando a decisão não for unânime
Exemplo: 90 gestores de uma fundação votaram à favor das alterações do estatuto
Exemplo: dos 90 gestores, 75 foram favoráveis, então houve uma minoria vencida de 15 gestores
conclusão
I- 2/3 Dos membros da administração deve aprovar
II- Não pode contrariar o fim específico da fundação
III-Deve ser submetida à aprovação do MP.
Extinção da fundação privada
A fundação privada é constituída pela dotação de bens livres e busca de uma finalidade.
Em quais casos uma fundação pode ser extinta?
O que ocorre com o patrimônio da fundação no caso de sua extinção?
Art. 69 do CC
Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo da sua existência, o órgão do MP ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou nos estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
A fundação poderá ser extinta por:
Ilícita a finalidade
Impossível a finalidade
Inútil a finalidade
Vencimento do prazo de existência
Ilícita a finalidade
Exemplo: pesquisa científica para clonagem de animais, pois se tornou proibida.
Impossível a finalidade
Exemplo: fundação criada para erradicar a poliomielite 
A extinção da fundação poderá ser promovida:
Pelo MP
Qualquer interessado ( gestor, administrador da fundação)
O que acontecerá com o patrimônio da fundação no caso de sua extinção?
O patrimônio da fundação não pertence ao seu instituidor e nem aos seus gestores. O patrimônio serve para alcançar a finalidade da fundação.
Logo, poderá constar do ato constitutivo, ou do estatuto, o destino dos bens para outra fundação.
O juiz designará outra fundação de finalidades iguais ou semelhantes.
Art. 53 do CC
Associados 
I- Não há, entre os associados, direito e obrigações recíprocas
II- As obrigações dos associados são perante à associação e não perante os outros associados
III- As obrigações dos associados perante à associação estão previstas no estatuto= direitos e deveres estatutários
Art. 53
81
Art. 55
Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais
Exemplos:
Presidente não pagará mensalidade
Campeão ganhará bolsa de estudos
Sócio patrimonial terá direito a voto e não patrimonial não terá etc.
Art. 56
A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Exemplo: uma associação que tem como requisito de associação ser jogador de tênis profissional
Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro salvo disposição diversa do estatuto
conclusão
Não existem obrigações recíprocas entre os associados
Os associado têm direitos iguais, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais
A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispor o contrário
Exclusão do associado
Art. 5º, XX, CRFB/88
Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado
O associado poderá ser excluído da associação contra a sua vontade?
Art. 57 do CC
A exclusão do associado é admissível havendo justa causa, assim, reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previsto no estatuto
Art. 54 do CC
Sob pena de nulidade o estatuto das associações conterá:
II- Os requisitos para a admissão, demissão e exclusão do associado
Exemplo:
Danificar o patrimônio da associação
Ofensa físicas a outro associado
Atitude preconceituosa contra outro associado
Conduta imoral na associação
Falta de pagamento das mensalidades
Assim reconhecida m procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previsto no estatuto
1- direito de defesa
2- direito de recurso
 art. 58 do CC
Direito do associado na associação privada
Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferida, a não ser nos caso e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
Exemplo: associado de um clube de natação n]ao pode ser impedido de utilizar a piscina do clube, a menos que não tenha realizado exame médico, que é exigido por lei e pelo estatuto.
Exemplo: se o estatuto lhe confere direito ao voto, o associado não pode ser impedido
de praticá-lo, a menos que as mensalidades estejam atrasadas e essa previsão esteja prevista no estatuto.
Art. 40 do CC
Pessoa jurídica de direito público
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo e de direito privado
Direito público interno e externo
Art. 41
São pessoas jurídicas de direito público interno
S união
Os estados, o distrito federal e os territórios
Os municípios
As autarquias e associações públicas
As demais entidades de caráter público criadas por lei 
I- união
A república federativa do Brasil é composta pela união dos estados, DF e municípios.
A organização político-administrativa da RFB compreende a união, estados, DF e municípios
A república federativa é representada internacionalmente pela união
A união é a pessoa jurídica de direito público que defende a soberania nacional e representa a república federativa do Brasil em suas relações internacionais
Art. 70 do CC
Domicílio
Domicílio é o local onde a pessoa é encontrada, onde ela vai responder por suas obrigações, exercer seus direitos e celebrar seus negócios jurídicos.
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo
Qual a diferença entre residência e domicílio?
Moradia/ residência: a pessoa não tem intenção de ficar.
Exemplo: hotel, casa de veraneio, casa de um amigo.
Há uma ideia de algo temporário, algo que não é fixo, pois não possui caráter efetivo
Domicílio: a pessoa possui o ânimo definitivo de se estabelecer no local
Exemplo: casa onde mora a pessoa, lugar onde habitualmente é encontrado
Verifica-se que o domicílio tem 2 elementos
Objetivo: o lugar, o local
Subjetivo: a intenção de permanecer com ânimo definitivo
E se a pessoa tiver diversas residências? 
Art. 71 do CC
Se a pessoa tiver diversas residências, onde, alternadamente viva, considerar-se-á domicílio qualquer delas
Exemplo: 15 dias em casa, 15 dias embarcado em Macaé
E se a pessoa não tiver domicílio?
ARTIGO 73 DO CC
Ter-se-á por domicílio da pessoa natural onde for encontrada.
Exemplo: integrante de circo, andarilhos, etc.
Art. 72 do CC
É também domicílio da pessoa natural, quanto à relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Domicílio legal: é o domicílio determinado pela lei (art. 76 do CC)
Incapaz: domicílio de seu representante
Servidor público: o lugar onde exerce duas funções
Marítimo: onde o navio estiver matriculado
Militar: onde servir
Preso: onde cumprir pena
ART. 78 do CC
Domicílio voluntário
Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
Domicílio de eleição
Artigo 74 do CC
Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.
Art. 75 do CC
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
Da união, o distrito federal
Dos Estados e territórios, as respectivas capitais
Do município, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos
Art. 77 do CC
O agente diplomático do Brasil que citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no distrito federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
conclusão
Domicílio é o local onde a pessoa execre seus direitos e obrigações
Podem ser considerados domicílios:
Residência
Local onde exerce a profissão
Onde for encontrado
Domicílio é onde a pessoa estabelece-se om ânimo definitivo.
Art. 79 bens imóveis
São bens imóveis o solos e tudo aquilo que lhe se incorporar natural ou artificialmente.
Exemplo: solo, vegetação, árvores
E também bens incorporados artificialmente ao solo, como imóveis por acessão industrial ou artificial
exemplo: casa, apartamento etc.
Art. 80 do CC
Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram
Os direitos reais sobre bens imóveis seguem a mesma classificação do bem, ou seja, se o bem for imóvel o direito real também o será
O art. 1225 do CC especifica alguns tipos de direitos reais tais como: propriedade, usufruto etc.
Art. 80 do CC
II- O direito a sucessão aberta
ARTIGO 81 DO CC
Não perdem o caráter de imóvel:
I- As edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, foram removidas para outro local
Exemplo: casas de madeira levadas por caminhão para outro solo.
Art. 81
II- Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem
Exemplo: telhas, janelas, portas etc.
Conclusão: são bens imóveis do art. 79, 80 e 81
O solo e tudo que se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Direito reais sobre imóveis e ações que o asseguram
As edificações que separadas do solo, mas conservando sua unidade, forem removidas para outro local
Os materiais de construção separados de uma edificação para nela serem reempregadas
Direito a sucessão aberta
Art. 82
Bens móveis
São bens móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da destinação econômico-social.
Semoventes: animais se movimentam por conta própria
Bens móveis adquirem movimento por força alheia, são aqueles bens que precisam de uma força impulsionadora para adquirir movimento. Eles não conseguem se movimentar por conta própria
Exemplo: carro, moto, caminhão, livro etc.
Art.83
Consideram-se móveis para os efeitos legais
I- As energias que tenham valor econômico
Exemplo: energia elétrica, eólica, hidráulica etc.
II- Os direitos reais sobre móveis e as ações correspondentes;
O art. 1225 do CC especifica alguns tipos de direitos reais, tais como: propriedade, usufruto etc.
III- Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Exemplos de direitos pessoais: direito de crédito, direito autoral, direito de marca etc.
ps: direito real= direito sob uma coisa
Direito pessoal= direito com valor patrimonial
Art. 84
Determina que conservam a sua qualidade móveis:
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados
Exemplo: tijolos, telhas, portas, etc.
Readquirem a qualidade de móveis
Os materiais de construção provenientes da demolição de um prédio
Exemplo: telhas, Portas, tijolo etc.
conclusão
São bens móveis nos termos do art. 82,83 e 84 do CC
Os bens suscetíveis de movimento próprio ou por força alheia
As energias de valor econômico
Os direitos reais sobre móveis e ações correspondentes
Os direitos pessoais patrimoniais
Os materiais destinados a uma construção enquanto não forem empregados
Os materiais provenientes da demolição de um prédio
Conceitos de bem
Tudo aquilo que tem utilidade para pessoa natural e jurídica
I- patrimônio( reunião dos bens)
Classificação de bens
1- bens considerados em si mesmo
2- bens reciprocamente considerados
Bens considerados em si mesmo
Classificação
Móveis-imóveis
Fungíveis-infungíveis
Consumíveis-inconsumíveis
Divisíveis-indivisíveis
Singulares-coletivos
Quanto a mobilidade
1.1- móveis (pode se movimentar por ação própria ou ação externa sem alterar sua integridade)
1.2- imóveis (não pode ser movimentado sem haver um dano, é um bem de raiz)
QUANTO A FUNGIBILIDADE
2.1- São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade
Exemplo: dinheiro, uma caneta, 1 kg de feijão
2.2- Infungíveis ( bens que não podem substituir por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade)
Exemplo: uma casa, um quadro de salvador dalí
Bens fungíveis podem se tornar infungíveis?
A fungibilidade pode ser aplicada à bens móveis excepcionalmente quando em:
Exemplo: contrato de permuta, no qual um dos contraente receberá 4 apartamentos em um edifício, sem descrevê-los
3.1- bens consumíveis (bens móveis cujo uso importa na destruição imediata da própria substância, sendo consideradas tais os destinados
à alienação)
Exemplo: comida, shampoo, combustível
3.2- bens consumíveis (bens que são reutilizados, pois o uso não importa na destruição da substância)
Exemplo: livros, carro, roupas etc.
No entanto há bens destinados à alienação (consuntibilidade jurídica)
Exemplo: um livro à venda num sebo
Quanto a visibilidade
4.1- divisíveis (são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável)
Exemplo: saca de feijão de 50 kg dividido em duas sacas de 25 kg/ crédito de 10 mil reais parcelado em 10 vezes.
4.2- indivisíveis (bens que não podem ser divididos porque a divisão acarreta alteração na substância ou diminuição do valor ou prejízo da utilidade
Exemplo: celular, carro
Art. 88
Traz que bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes
exemplo: servidão (passagem de rua pública), terreno urbano de lote menor de 400 metros, coleção de quadros (não pode dividir tem que expor ou vender todos juntos)
Quanto a singularidade
5.1- singulares (embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais)
Bens singulares simples: os componentes do bem fazem parte do bem pela própria natureza
Exemplo: cavalo, a pata do cavalo. árvore, a raiz, as folhas da árvore.
Bens singulares compostos: os componentes do bens fazem parte do bem pelo trabalho do homem
Exemplo: cimento, cal e etc. para formar um prédio
Bens coletivos
5.2- bens coletivos (constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que pertinentes a mesma pessoa, tenham destinação específica)
Exemplo: vários livros, vender cada um ou formar uma biblioteca e vendê-los, ou numa lanchonete vender algum equipamento, ou arrendá-lo por completo
Art. 91
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico
Exemplo: patrimônio
ps: universalidade de direito é determinada por lei
Bens reciprocamente considerados
Bens reciprocamente considerados (devemos classificar em relação a outro bem)
Bem principal :
exemplo: solo, colar, contrato de aluguel
Bem acessório:
Exemplo: casa, pedra preciosa, multa de aluguel
Art. 92
Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente , acessório, aquele cuja existência supõe a do principal
Acessórios
Seguem a classificação do bem principal
Exemplo: casa é imóvel, a janela também será considerada
Acessórios pertenças:
Não seguem o bem principal
Exemplo: quadros incorporados ao imóvel (embelezamento) os móveis de uma casa
Art. 94
Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação da vontade, ou das circunstâncias do caso.
Frutos e produtos
A diferença entre frutos e produtos é que os frutos se regeneram e os produtos não se regeneram
Exemplo: maça na macieira
Exemplo: pedra na pedreira
Frutos quanto a sua natureza:
Naturais se regeneram pela própria natureza
Exemplo: leite da vaca, laranja da laranjeira
Industriais  se regeneram pela força do homem.
Exemplo: um lápis, livros, computador
Civis se regeneram mediante os juros
Exemplo: juros de poupança, aluguel mensal
Frutos quanto a sua ligação com o bem principal:
Colhidos ou percebidos: laranja tirada da laranjeira
Pendentes: ainda ligados ao bem principal, como a laranja que ainda está na laranjeira
Percipiendos: estão ligados ao bem principal, mas já deveriam ter sido colhidos
Consumidos: destacados do bem principal, mas já foram consumidos
benfeitorias
São acréscimos e melhoramentos realizados nos bens móveis e imóveis.
Exemplo: benfeitoria numa casa ou carro.
Tipos de benfeitorias
Voluptuárias: de recreio, deleite, enfeite etc.
Úteis: melhoram a utilidade do bem
Necessárias: conservar, manter, evitar que se deteriore etc.
Art. 96
§ 1º- são voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor
Exemplo: coreto no jardim, pintura de paisagem numa parede, piscina.
§2º- são úteis as que aumentam ou facilitam uso do bem 
Exemplo: abertura de uma porta da garagem para a sala, ampliação de um banheiro, colocação de toldo
§3º- são necessários as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore
Exemplo: caibro quebrado, conserto de um carro.
Artigo 97 do CC
Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor e sim pela natureza.
Exemplo: aluvião ( acréscimo de terra no imóvel, dado pelo acúmulo)
Além das acessões naturais, existe as industriais
Exemplo: casa num terreno, plantação no terreno
Bens públicos
Art. 98 do CC
São públicos os bens do domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito público interno, tosas os outros são particulares, seja qual for a pessoa a quem pertencerem (duas espécies de bem quanto ao domínio particulares e bens públicos)
Pessoas jurídicas de direito interno: união, Estado, municípios, autarquias e fundações
Exemplo: escola municipal, prédio federal, escola estadual.
Se não pertencer ao Estado, munícipio e união, esse bem é privado.
Art. 99 do CC
São bens públicos:
Bem de uso comum do povo (rios, estradas, praias, praças)
Bens de uso especial (edifícios e terrenos administrativos, federais ou estaduais)
Bens dominicais ( terreno baldio sem destinação pública)
Art. 100
Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação na forma que a lei determinar
Artigo 101 do CC
Os bens públicos dominicais podem ser alienado, observando as exigências da lei
Desafetação: é necessário que desafete um bem do uso comum ou de uso especial, transformando a utilidade desse bem, sendo assim um bem dominical)
Art. 102 do CC
Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois não se constrói casa em terrenos de bens públicos
Artigo 103 do CC
O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade cuja administração pertencerem.
Exemplo: pedágios em rodovias
conclusão
Bens de uso comum do povo e bens de uso especial são inalienáveis
Bens dominicais são alienáveis
Os bens de uso público podem ser gratuitos quanto podem ser onerosos
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião.
Dos negócios jurídicos
Art. 104
A validade do negócio jurídico requer:
Agente capaz (quem)
Objeto ilícito, possível, determinado ou determinável (o que é)
Forma prescrita ou não defesa em lei (como)
Agente capaz (quem)
Capacidade de direito + capacidade de exercício + capacidade plena, ou seja + 18 com discernimento para manifestação da vontade
Só as pessoas que possuem capacidade plena podem realizar negócios jurídicos?
Não, os incapazes também podem realizar negócios jurídicos desde que estejam devidamente representados ou assistidos
Negócio jurídico válido
Pessoa natural:
A partir dos 18 anos, com capacidade plena
Pessoa absolutamente incapaz representada por seu representante
Pessoa relativamente incapaz assistida por seu assistente
Pessoa jurídica
Representada por seu representante legal ou voluntário
conclusão
Para ter validade o negócio jurídico deve ser firmado por agente capaz:
Pessoa a partir dos 18 anos, com capacidade plena
Pessoa absolutamente incapaz representada por seu representante
Pessoa relativamente capaz assistida por seu assistente
Pessoa jurídica
II objeto lícito, possível, determinado ou determinável (o que?)
Objeto lícito
De acordo com as normas jurídicas, a moral e os bons costumes.
Exemplo: contrato e venda de um terreno, contrato de locação de um veículo, contrato de prestação de serviços de marceneiros etc.
Objeto ilícito: compra e venda de maconha, contrato de prestador de serviços de matador de aluguel, contrato de pagamento de propina.
Objeto possível:
É aquele que é exequível, praticável, viável etc.
Exemplos de objeto possível: contrato de prestação de serviços para pintura de um quadro, sendo que o pintor entregou o quadro.
Compra de um apartamento na planta e o apartamento foi devidamente entregue
Exemplo de objeto impossível: contrato de prestação de serviços para pintura de um quadro em que o pintor morreu antes de prestar o serviço.
Compra de um apartamento na planta, sendo que a construtora não obteve o alvará para construção por impossibilidade ambiental
Objeto determinado
É o objeto certo que é descrito pela quantidade, gênero e qualidade
Exemplo: 100 canetas bic
Quantidade: 100
Gênero: canetas
Qualidade: esferográfica, azul, marca bic, ponta fina
Objeto determinável
É o objeto incerto que é descrito pela quantidade ou gênero. Não há qualidade ou está descrita de forma incompleta.
Exemplo: 100 canetas
Quantidade: 100
Gêneros: canetas
Qualidade: não se sabe a cor, marca,variedade
A forma do negócio jurídico
Art. 104
A validade do negócio jurídico requer:
I- agente capaz
II- objeto ilícito, possível, determinado ou determinável
III- forma prescrita ou não defesa em lei
III- forma
Prescrita em lei
Não defesa em lei
Forma prescrita em lei é
A forma descrita, escrita e determinada na lei
A forma prescrita em lei é também denominada de forma especial
Exemplo: lei do cheque- lei 7.357/1995
Independente do banco, mesma forma
Exemplo: certificado de registo e licenciamento de veículo, certidão de casamento por instrumento público.
Forma não defesa em lei
Forma não proibida, vedada por lei
Todo negócio jurídico tem uma forma prescrita ou não defesa em lei
Não, a regra no direito civil é que os negócios jurídicos tenha a forma livre
Art. 107 do cc
A validade da declaração da vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente exigir.
Logo, se a lei exigir forma especial= deve ser observada a forma especial.
Se a lei vedar uma forma o negócio jurídico não pode ser feito essa forma
conclusão
Para ter validade o negócio jurídico deve observar
I- forma prescrita em lei= forma especial descrita na lei
II- forma não defesa em lei= forma não proibida por lei
Agente incapaz
Caso o relativamente incapaz celebre um negócio jurídico sem a assistência de seu assistente, como ficará a validade do negócio jurídico?
Art. 105
A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, dor indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Ou seja, somente o relativamente incapaz ou seu assistente poderá invocar a invalidez do negócio jurídico, a outra parte não poderá
Exemplo: contrato de compra e venda de um computador: José tem 16 anos = relativamente incapaz x João tem 20 anos = capacidade plena
João não pode alegar a incapacidade relativa de José para invalidar o contrato.
conclusão
A pessoa capaz não pode alegar a incapacidade relativa da outra parte para invalidar o negócio jurídico
A invalidade do negócio jurídico em virtude da incapacidade relativa de uma das partes não aproveita aos cointeressados capazes se o objeto for divisível ou a obrigação não for comum
A invalidade do negócio jurídico em virtude da incapacidade relativa de uma das partes aproveita aos interessados capazes caso o objeto seja indivisível ou a obrigação comum
Impossibilidade relativa do objeto
Art. 106
A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes que realizada a condição a que ele estiver subordinado.
Impossibilidade absoluta= é aquela que alcança a todos e não apenas o devedor.
Impossibilidade relativa= alcança apenas o devedor
Impossibilidade absoluta:
1. venda de um bem público = praça, rua etc.
2. venda de herança de pessoa viva (art. 426)
3. pintar 100 quadros em um minuto
4. escrever um livro de 500 páginas em uma hora.
Impossibilidade relativa:
1. querer invalidar a compra de um apartamento na planta porque ele ainda não foi construído
2. venda de produção futura de uma empresa
3- contratação de um pintor para pintar uma casa em um dia, para ele pode ser impossível, mas não para outro pintor.
conclusão
A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se:
For relativa
Se cessar antes de realizada a condição a que se estiver subordinada
Forma livre ou consensual
Art. 107
A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão a lei expressamente a exigir
Forma é como se externa a manifestação de vontade:
Verbal
Instrumento público
Instrumento particular
Gestos
Etc 
Forma especial ou solene= exceção
Forma livre u consensual= regra
Exemplo de forma livre ou consensual: recibo, carnê de pagamento de loja, ingresso de cinema, contrato de compra e venda de bens móveis, contrato de locação.
Exemplos de forma especial o solene: cheque, certificado de propriedade de veículo, escritura pública de venda de móveis, certidão de casamento etc.
conclusão
A forma é o modo como se exterioriza a manifestação da vontade.
A forma adotada pelo direito brasileiro, para os negócios jurídicos, é a forma livre e consensual
Quando houver a necessidade da forma especial ou solene, em um negócio jurídico, a lei tem que ter expressamente exigir.
A intenção das partes no negócio jurídico			
Art. 112 
Nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nelas substanciadas do que no sentido literal da linguagem
Quando houver divergência em um contrato ou em alguma cláusula contratual, haverá a necessidade de fazer uma intepretação do contrato ou da cláusula.
Quando a divergência for entre a vontade (intenção) declarada e as palavras empregadas no negócio = terá preferência a vontade (intenção) das partes.
A divergência, muitas vezes, ocorre porque as partes não sabem empregar as palavras concretas em um contrato ou não sabem exprimir com perfeição a sua vontade.
Exemplo: consta em convenção coletiva que a empresa “A” pagará aos seus funcionários vale alimentação. No entanto a empresa fornece refeições e não vale alimentação.
conclusão
Art. 112. nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas substanciadas do que ao sentido literal da linguagem.
Quando houver divergência entre a vontade (intenção) declarada e o sentido literal da linguagem= terá preferência a intenção declarada.
Boa fé nos negócios jurídicos
Art. 113
Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa fé e os usos do lugar de sua celebração.
Interpretados
Boa fé
Usos do lugar
O art. 113 trata da interpretação do negócio jurídico.
Às vezes é necessário interpretar os negócios jurídicos ou alguma cláusula contratual, pois seus termos nem sempre são exatos.
Boa-fé subjetiva
A boa fé subjetiva diz respeito a uma crença interna da pessoa. A pessoa acredita está realizando um negócio nos termos da lei e não tem ciência do vício que incide sobre o negócio ( não leva a pessoa propositalmente ao prejuízo)
Exemplo: Maria casa com João que já possui outra esposa
Exemplo 2: Joaquim compra um relógio de seu conhecido Antônio sem saber que o relógio é roubado
Exemplo 3: Eduardo compra um imóvel de Caetano sem saber que Caetano não é o proprietário do imóvel
Boa fé objetiva
A boa fé objetiva é um modelo de conduta baseada na honestidade, na lealdade entre as partes contratantes. É um padrão de comportamento que se espera dos contratantes e que deve refletir no negócio jurídico. (dever de comportamento da sociedade)
A boa fé a que se refere o art. 113 é a boa fé objetiva
A boa fé se presume, a má fé se prova
Exemplo de boa fé objetiva: José cometeu suicídio e a seguradora abc se recusa a pagar a indenização do seguro de vida à família de José (presume-se que ele não premeditou o suicídio)
Exemplo 2: dona Maria completou 70 anos de idade e o plano de saúde se recusa a renovar o seu contrato
Exemplo 3: João e José firmaram
um contrato de compra e venda de uma casa. José alega que a assinatura aposta no contrato foi falsificada. Jose terá que provar que a assinatura que consta no contrato é falsa.
Usos do lugar
Os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com os usos do lugar de sua celebração
Exemplo: comunidade de pescadores, zona agrícola, comunidade indígena etc.
CONCLUSÃO
Os negócios jurídicos deve ser interpretados conforme a boa fé e os usos do lugar de sua celebração
Negócios jurídicos
Erro/ ignorância= falsa percepção da realidade, falta de conhecimento
Elementos do erro:
substancial= aproveita-se do erro/ ignorância, onde propositalmente se tira vantagem.
Exemplo: o comprador presume que um relógio é de ouro maciço, e o vendedor o vende, mas é folheado.
Acidental: como se fosse um erro de cálculo, mas que não necessariamente leva a anubilidade.
Exemplo lote de terreno de 800 metros vendido como lote de 1000 metros
Defeitos do negócio jurídico
Os defeitos do negócio jurídico estão dispostos no CC, do art. 138 a 165
Dizemos que há um defeito no negócio jurídico quando existe um vício que
Incide sobre a vontade (consentimento da pessoa)
Foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros.
a)O vício incide sobre a vontade da pessoa = vícios de consentimento
b) Foi realizado com a intenção de prejudicar os outros = vícios sociais
Vícios de consentimento
Quando existe uma divergência entre a vontade real da pessoa e a vontade declarada no negócio jurídico, diz-se que há um vício de consentimento no negócio jurídico.
Exemplo: assinar um cheque com uma arma apontada para a cabeça
Vontade real= a pessoa não queria assinar
Vontade declarada = a pessoa assinou o cheque
São vícios do consentimento
Erro (art. 138 ao 144)
Dolo (art. 145 ao 150)
Coação (art. 151 ao 155)
Estado de perigo (art. 156)
Lesão (art. 157)
Vícios sociais
São aqueles que incidem sobre o negócio jurídico, pois o negócio foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros; ferir a lei ou a boa fé.
Nos vícios sociais não existe a divergência entre a vontade real da pessoa e a vontade declarada no negócio, pois a intenção da pessoa realmente era prejudicar terceiros
Considerando que o negócio jurídico foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros = defeito no negócio jurídico = vício social
É vício social previsto no CC: fraude contra credores (art. 158 a 165)
conclusão
Os defeitos do negócio jurídico estão dispostos no código civil, do art. 138 a 165
São defeitos do negócio jurídico:
Vícios do consentimento
Vícios sociais
São vícios do consentimento: 
Erro
Dolo
Coação
Estado de perigo 
Lesão
A fraude contra credores é um vício social.
erro
Ocorre o erro quando uma pessoa realiza um negócio jurídico sem ter a noção exata sobre uma coisa, objeto ou pessoa ou mesmo sobre a natureza do negócio jurídico.
Essa falsa noção da realidade faz com que a pessoa realize um negócio jurídico em que há divergência entre a sua vontade real e vontade declarada = ERRO
O código civil trata da mesma forma o erro e a ignorância
Erro = a noção inexata sobre algo
Ignorância= total desconhecimento sobre algo
O que ocorre quando o negócio jurídico foi realizado com erro?
O acordo pode ser anulado (art. 138)
O negócio pode ser mantido, por ser um erro acidental (art. 142)
O negócio pode ser mantido, e o erro pode ser corrigido para atender a vontade real do manifestante.
Art. 138 do CC
São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias
Os negócios jurídicos podem ser anulados quando forem realizados com erro, mas o erro deve ser substancial.
Erro substancial é aquele que faz com que a pessoa realize o negócio jurídico sem ter a noção exata da realidade, pois se a pessoa tivesse conhecimento do erro, não teria realizado o negócio jurídico.
Os erros substanciais estão descritos no art. 139
Aproveita-se do erro/ ignorância onde propositalmente se tira vantagem
conclusão
Ocorre o erro quando uma pessoa realiza um negócio jurídico sem ter a noção exata sobre uma coisa, objeto, pessoa ou mesmo sobre a natureza do próprio negócio jurídico
Essa falsa noção da realidade faz com que a pessoa realize um negócio jurídico em que há divergência entre a sua vontade real e a vontade declarada no negócio
O negócio jurídico realizado com erro pode ser anulado, se o erro for:
Substancial: quando há erro/ignorância e se tira proveito disso.
Acidental: como se fosse um erro de cálculo, mas que não necessariamente leva a anulabilidade
O art. 139 apresenta 6 espécies de erro substancial:
Erro quanto à natureza do negócio jurídico;
Erro quanto a alguma qualidade essencial do objeto
Erro sobre a identidade da pessoa
Erro sobre a qualidade essencial da pessoa
Erro de direito
Erro quanto a natureza do negócio jurídico:
Engana-se (erra) quanto ao tipo de negócio que estava celebrando. A pessoa acreditava estar celebrando uma determinada modalidade de negócio quando, na verdade, está celebrando outra modalidade.
Erro quanto ao objeto principal do negócio:
A pessoa engana-se (erra) quanto ao objeto em si. A pessoa acredita estar negociando um objeto quando na verdade, está negociando um outro objeto.
Erro quanto à qualidade essencial do objeto:
A pessoa não se engana (erra) quanto ao objeto em si, mas se engana a uma qualidade do objeto ou característica 
Erro quanto a identidade da pessoa:
Incide sobre a pessoa a quem se refere a declaração da vontade. A pessoa acredita estar realizando um negócio jurídico (ou beneficiando, ou favorecendo) com uma pessoa, mas está realizando o negócio com outra pessoa.
Erro de direito:
A pessoa quer anular o negócio jurídico por desconhecimento da norma jurídica ou interpretação errada da norma jurídica. Ou a pessoa não pretende descumprir a lei, somente pretende anular o negócio jurídico que foi realizado por desconhecer a norma jurídica
Erro acidental
É aquele que incide sobre um aspecto secundário, ou acessório da declaração da vontade. Considerando que o erro acidental incide sobre um aspecto secundário da declaração da vontade, ele não anula o negócio jurídico, pois se a pessoa tivesse o conhecimento do erro teria realizado o negócio mesmo assim
O artigo 142 e 143 do trazem três tipos de erros acidentais:
Erro de indicação da pessoa
Erro de indicação da coisa (objeto)
Erro de cálculo
Art. 142
O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração da vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou a pessoa cogitada
Houve um erro no momento de indicar a pessoa ou a coisa no negócio jurídico, no entanto esse erro pode ser corrigido, pois pelo contexto pode-se identificar a pessoa ou coisa
Esse tipo de erro não vicia (não anula) o negócio jurídico
O erro acidental é aquele que incide sobre um aspecto secundário ou acessório da declaração da vontade
O erro acidental não vicia a declaração de vontade, portanto não anula o negócio jurídico
Vícios redibitórios
Vícios redibitórios: aparentes e ocultos(são falhas ou defeitos ocultos em determinado bem, seja de qualquer contrato)
Requisitos para configurar o vício:
Contrato comutativo/ doação onerosa
Vício ou defeito prejudicial a utilização ou diminuição do valor
Defeito grave da coisa
Vício oculto
Defeito existente no momento da celebração do negócio
Vícios de vontade/ consentimento = erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão: podem levar a anulabilidade ou nulidade (coação) do negócio jurídico
Vícios sociais: fraude contra credores: podem levar a anulabilidade do negócio jurídico
Vícios redibitórios: podem levar a anulabilidade ou nulidade do negócio jurídico
Anulabilidade: produziu efeito e volta ao status quo. Houve transferência de financeiro, houve efeito, mas houve erro, logo se volta ao status quo
Nulidade:
não produziu efeito. Já faltava um elemento da constituição do negócio jurídico, por isso sequer produziu efeito
dolo
Ocorre o dolo quando uma pessoa de má fé se forma ardil, maliciosamente, engana a outra pessoa para obter vantagem em um negócio jurídico
No dolo uma pessoa de má fé induz a outra pessoa a um erro jurídico
Diferença entre o erro e o dolo:
Erro: a pessoa engana-se sozinha
Dolo: a pessoa é induzida ao erro por outra pessoa
Dolo principal: vicia o negócio jurídico e faz com que ele possa ser anulado
É aquele que foi a causa determinante da declaração de vontade, ou seja o dolo influenciou diretamente na realização do negócio jurídico = se não fosse o dolo, a pessoa não teria realizado o negócio
ARTIGO 145 do CC
São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa:
Dolo principal = o dolo influencia diretamente na realização do negócio
Exemplo: João compra uma loja de perfumes de José, e esse mostra uma planilha com o futuramente mensal, após João descobre que eram planilhas falsas.
Artigo 146 do CC
O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a ser despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo
O dolo acidental não vicia o negócio jurídico, pois o dolo não foi a razão determinante da realização do negócio jurídico
No dolo acidental, mesmo que a pessoa soubesse do dolo, ela teria realizado o negócio jurídico só que em outras condições
Há mais tipos de dolo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Estudar depois
coação
Coação já gera nulidade
Coação é a ameaça física u moral exercida sob uma pessoa, ou bens com o objetivo de constranger alguém a realizar um negócio jurídico.
A coação poderá ser exercida contra:
A própria pessoa que realizou o negócio jurídico
Contra alguém da família da pessoa que realizou um negócio jurídico
Contra os bens da pessoa que realizou o negócio jurídico
Contra qualquer outra pessoa que não pertença à família da pessoa que realizou o negócio jurídico, no entanto neste caso o juiz decidirá se houve coação.
Coação absoluta ou física:
Na coação absoluta, a ameaça exercida sobre a pessoa é uma ameaça física que impede qualquer manifestação de vontade.
A pessoa realiza um negócio jurídico, no entanto ela não teve qualquer intenção de realizá-lo ou qualquer opção de escolha.
Coação relativa ou moral
Na coação relativa a ameaça exercida sob uma pessoa não é uma ameaça física, mas sim uma psicológica
A pessoa está sofrendo a coação tem a possibilidade de escolher entre realizar o negócio jurídico ou a não realizar o negócio jurídico e sofrer as consequências 
conclusão
Coação é a ameaça física ou moral exercida sobre uma pessoa, ou bens, com o objetivo de constranger alguém a realizar um negócio jurídico
Existem dois tipos de coação:
Coação absoluta ou física = quando há uma completa ausência de consentimento na realização do negócio jurídico. O negócio jurídico é absolutamente nulo.
Coação moral ou relativa = existe um consentimento, no entanto este consentimento está viciado, pois a pessoa não teria realizado o negócio se não tivesse sendo coagida. O negócio jurídico é anulável por vício de consentimento.
Estado de perigo
Configura-se o estado de perigo quando alguém premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa
Comprovado o estado de perigo, pode-se anular o negócio jurídico
São requisitos para o estado de perigo:
Necessidade de salvar-se ou alguém da familia
Dano grave
O perigo deve ter sido a razão determinante do negócio (nexo de causalidade entre o perigo e o negócio jurídico)
Obrigação excessivamente onerosa
Art. 157 do CC
Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta
O instituto da lesão serve para proteger a pessoa que realiza um negócio jurídico em estado de inferioridade (desigualdade), e esse negócio lhe traz prejuízo patrimonial excessivo por haver a excessiva desproporção em relação a prestação oposta
Fraudes a credores
Fraude contra credores é um defeito do negócio jurídico, um vício social, e está disciplinada do art. 158 a 165 do CC)
Credor = pessoa que tem a receber um crédito, um serviço, um benefício, um bem.
Devedor = pessoa que está obrigada a pagar um valor, prestar um serviço, entregar um bem.
Fraude contra credores é a manobra maliciosa do devedor, que aliena (diminui) o seu patrimônio, com o objetivo de não pagar os credores
Se o devedor alienar o seu patrimônio, o credor não seguirá cobrando o seu crédito, pois o que garantir o pagamento da dívida é o patrimônio do devedor. Assim, ao diminuir o patrimônio, o devedor se torna insolvente, pois não tem patrimônio suficiente para garantir o pagamento de suas dívidas
Para evitar que isso ocorra, o credor vai ajuizar uma ação chamada “ação pauliana” ou “ação revocatória” com o objetivo de anular os atos fraudulentos cometidos pelo devedor.
Ao anular os atos fraudulentos, os bens do devedor retornam para o seu patrimônio para o pagamento de suas dívidas
Devedor insolvente é aquele que possui mais dívidas do que renda ou patrimônio, possui mais passivo do que ativo.
Réus da ação pauliana:
Devedor insolvente
Pessoa que celebrou o negócio com o devedor insolvente
Terceiros adquirentes de má ou boa fá
Atos ilícitos ( art. 186)
Aquele que por ação, ou omissão voluntária negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito
ARTIGO 187 DO CC
Também comete ato ilícito titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa fé ou pelos bons costumes.
Art. 188
Não constituem ato ilícito:
os praticados em legítima defesa ou no exercício regulado de um direito reconhecido
A deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Elementos acidentais dos negócios jurídicos
Elementos acidentais:
Condição
Termo
Encargo
Condição: evento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico. Art. 121.
Exemplo: se você passar no concurso, te dou um carro.
É uma cláusula que pode ser inserida no negócio jurídico pela vontade das partes, e que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro incerto
Não se sabe quando vai ocorrer e não se sabe se vai ocorrer
A condição suspensiva suspende a eficácia do negócio. Enquanto não se realizar a condição, não haverá a aquisição do direito e o negócio jurídico (ou parte dele) não sentirá efeitos (eficácia)
termo
Evento futuro e certo em que a cláusula contratual subordina a eficácia do negócio jurídico.
Exemplo: quando eu morrer, a casa será só sua (testamento)
O termo é um cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro e certo
Ainda não ocorreu, mas temos certeza que vai ocorrer
encargo
É a determinação imposta pelo autor de uma liberalidade
Exemplo: sítio de plantas raras, coleção de quadros, o indivíduo falece e doa o sitio, mas quem recebe tem o encargo de cuidar das plantas raras.
Encargo é uma restrição imposta a uma liberalidade. O encargo é uma obrigação ou um ônus imposto ao beneficiário, em negócio jurídico gratuito ou benéfico, tais como: doação, comodato, testamento, promessa de recompensar etc.
Prescrição 
A prescrição ocorre quando uma pessoa que teve um direito violado, deixa transcorrer o tempo previsto na lei para ajuizar uma ação para fazer valer esse direito
Prazos ( art.
205 e 206)
Interrupção do prazo prescricional= artigo 202 incisos I a VI
A prescrição é uma penalidade (sanção adveniente) para a pessoa que não exerce a sua pretensão no prazo fixado em lei. A pessoa não pode ser exigente e deixar passar muito tempo para ajuizar a ação e exigir os seus direitos
Requisitos da prescrição
Violação do direito
A negligencia (inércia do titular de direito que, após a violação do direito, não exerceu a sua pretensão no tempo em lei)
Observância do prazo ( tempo) determinado na lei para a prescrição
conclusão
Prescrição é a defesa (exceção) arguida contra a pessoa, que após ter seu direito violado, não exerceu sua pretensão no prazo legal.
A prescrição tem por objetivo extinguir a pretensão que teve seu direito violado, exatamente por ela não ter exercido a sua pretensão no prazo fixado na lei.
Art. 189 do CC
Violado o direito, nasce para o titular a pretensão a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os art. 205 e 206
Artigo 202
A interrupção da prescrição que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se á:
Por despacho do juiz, mesmo incompetente que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.
Por protesto, nas condições do inciso antecedente
Por protesto cambial
Pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores
Por qualquer ato judicial que constitui em mora o devedor
Direito violado (pretensão) começa a correr a prescrição  art. 205 e 206
Assim que violado o direito nasce a pretensão, e começa a correr a prescrição, enquanto está correndo a prescrição, a pessoa pode exercer seus direito (pretensão) assim que a prescrição se consumar extingue-se a pretensão.
Dicas para diferenciar prescrição e decadência
Todo prazo prescricional sempre ocorre em anos
Decadência em dias, meses ou anos
Todo prazo prescricional está previsto nos art. 205 e 206
Todas as ações reparatórias e de cobrança são condenatórias, então são prescricionais, já as ações constitutivas e desconstitutivas (anulatórias) são decadentes
O prazo prescricional nasce de uma violão do direito
decadência
Perda de um direito potestativo pelo seu titular no período fixado em lei
Direito potestativo= o titular tem o poder de influir com mudanças na esfera jurídica de outro por ato unilateral sem que haja um dever correspondente (há uma sujeição)
Exemplo: anulação de casamento, pedido de divórcio
Art. 212
Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser aprovado mediante:
Confissão
Documento
Testemunha
Presunção
Perícia
Fim

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