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Código civil Art. 1 do código civil Toda pessoa é capaz de direitos e deveres Pessoa: todo ser nascido com vida. Todo ser humano possui aptidão para adquirir direitos e deveres na ordem civil. Exemplo: uma criança de três anos que recebe a doação de um imóvel do avô Direito: de propriedade Dever: obrigação de pagar IPTU CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO: Toda pessoa tem + CAPACIDADE DE FATO OU EXERCÍCIO: Somente tem aqueles que podem exercer pessoalmente seus direitos e deveres CAPACIDADE PLENA: Capacidade de direito ou de gozo+ capacidade de fato ou exercício EXEMPLO: um maior de 18 anos que recebe a doação e um imóvel de avô. Art. 2º do CC A personalidade da pessoa começa no nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro. “ a personalidade da pessoa começa no nascimento com vida” Teoria natalista : nasceu= respirou = adquiriu personalidade PERSONALIDADE Art. 1º (toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil), logo é a aptidão que toda pessoa tem para adquirir direitos e deveres, pelo simples fato de existir. “Mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” Nascituro O ser que está no vente materno Fecundação, quando o espermatozoide de fecunda o óvulo Direitos do nascituro Direito à vida Direito ao pré-natal Direito aos alimentos gravídicos Ser contemplado em doações Direito a integridade física conclusão Nascituro é o feto que se encontra no ventre da mãe O nascituro não tem personalidade, mas têm alguns direitos assegurados desde a concepção. Teoria natalista: respirou sozinho e tem batimento cardíaco = adquiriu personalidade O nascituro possui algum direito que fica sob condição suspensiva? Sim, como o nascituro não é pessoa e não possui personalidade, alguns direitos, sobretudo, os direitos patrimoniais, ficam sob condição suspensiva aguardando o seu nascimento com vida. Ex: receber doação; herança; bens deixados em testamentos; direito a um nome etc. Manifestação da vontade Manifestar a vontade é quando a pessoa ao realizar contratos, negócios jurídicos de acordo com os seus interesses, desde que estejam dentro dos limites impostos pela norma. Exemplo: se eu for comprar uma casa, eu posso escolher em qual bairro vou comprar, qual o tamanho da casa etc. Capacidade plena A pessoa realiza todos os atos da vida civil sem ajuda de um assistente ou de um representante. Incapacidade absoluta Possui capacidade de direito ou de gozo Não possui capacidade de exercício ou de fato Absolutamente incapaz representante A manifestação de direito é feita por um representante Incapacidade relativa Possui capacidade de direito ou de gozo Possui capacidade de exercício ou de fato limitada Relativamente incapaz assistente Pode manifestar vontade, mas precisa do auxílio de um assistente. Incapacidade absoluta art. 3º Exemplo: uma criança que recebe doação de um imóvel do avô Quem são os representantes? Representam os filhos = pais (art.1634 do código civil) Tutores = representam os menores que não possuem pais, ou filhos de pais que perderam o poder familiar (art. 1728 do código civil) Art. 3º do código civil São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos. PS: o art. 3º do código civil teve sua redação alterada pela lei nº 13.146 de 2015, estatuto da pessoa com deficiência. Incapacidade relativa Não possui idade, discernimento ou condições plenas de exercer a sua vontade. Exemplos de atos que o relativamente incapaz pode realizar sem auxílio de assistente: Fazer testamento Celebrar contrato de trabalho Ser testemunha em um processo Votar Outros que estejam previstos em lei Quem são os assistentes? Pais: assistem os filhos (art. 1634 do CC) Tutores: assistem os menores relativamente incapazes que não possuem pais, ou de pais que perderam o poder familiar (art. 1728 do CC) Curadores: assistem os maiores relativamente incapazes. Art. 4º do CC I- os maiores de 16 anos e menores de 18. II- os ébrios habituais e os viciados em tóxicos III- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. Exemplo: deficiência mental, estado em coma, perda de memória etc. Os pródigos Exemplo: delapidam seus patrimônios, fazem dívidas de jogos. Cessação de incapacidade Art. 5º do CC A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil (atinge a capacidade plena. Cessação da incapacidade Emancipação É a antecipação da capacidade civil antes de a pessoa atingir a maioridade, ou seja antes dos 18 anos completos. Tipos de emancipação: emancipação voluntária; judicial e legal. Emancipação voluntária Requisitos Vontade dos pais; Vontade do menor; Realizada no cartório, por instrumento público; Independe de homologação judicial O menor precisa ter 16 anos completos Emancipação judicial Requisitos O menor possui um tutor; O menor precisa ter 16 anos completos; O juiz ouvirá o tutor; A emancipação é conferida pelo juiz, por sentença. Emancipação legal Requisitos Casamento Exercício de emprego público efetivo Colação de grau Desde que o menor, com 16 anos completos, tenha economia própria em função de : estabelecimento civil, comercial ou relação de emprego Na emancipação voluntária cessará, para os menores a incapacidade: I- Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial. E se apenas um dos pais concordar com a emancipação? O juiz supri o consentimento e determina se o menor antecipa ou não a emancipação. Mediante instrumento público: cartório Emancipação judicial I- Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos. “ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos. Emancipação legal Pelo casamento: idade núbil (16 anos completos); o menor de antecipa pelo casamento válido. A emancipação pelo casamento é irreversível, mesmo ocorrendo divórcio. Extinção da personalidade A existência da pessoa natural termina com a morte, presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Juridicamente, temos dois tipos de morte: Morte real (existência de um corpo) Morte presumida (presumir a morte por não haver corpo) Qual a consequência da extinção da personalidade natural? Nascimento com vida traz o início da personalidade, a morte extingue a personalidade Extingue-se a obrigação de pagar pensão alimentícia Extingue-se os contratos personalíssimos Dissolve-se o vínculo conjugal Extingue-se o usufruto Morte presumida Morte presumida com decretação de ausência (art. 6º) Morte presumida sem decretação de ausência Com decretação de ausência (art. 6º) Presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Exemplo: uma pessoa sai pra trabalhar e desaparecer. Nesse caso é aberto processo judicial de ausência E possui três fases Curadoria Sucessão provisória Sucessão definitiva Somente após aberta a sucessão definitiva vai ser presumida a morte da pessoa Sem decretação de ausência art. 7 Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida Se alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra A declaração da morte presumida somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento A medida da decretação de morte presumida é reversível Comoriência art.8º Também conhecida como morte simultânea Pós moriência (morte antes) Premoriência (morte após) exemplo: acidente de carro, de avião Art. 8º do CC se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Art. 9º do CC Serão registrados em registro público: I- Os nascimentos, casamentos e óbitos; II- A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz III- A interdição por incapacidade absoluta ou relativa IV- A sentença declaratória de ausência e de morte presumida Art. 10 do CC Far-se-á averbação em registro público: I- Das sentenças que decretem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II- Dos atos jurídicos ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação Direito da personalidade É o direito que a pessoa tem de se defender os direitos de sua própria existência , os direitos inerentes ao ser humano; os direitos da pessoa. Não são direitos patrimoniais, mas sim aqueles que dizem respeito aos atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa. Art. 11 do CC Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Intransmissíveis Os direitos da personalidade pertence ao seu titular Exemplo: direito ao nome Irrenunciáveis Não pode abrir mão dos direitos da personalidade Exemplo: direito à vida. Ilimitados São ilimitados porque não há como quantificar; numerar ou nominar todos os direitos da personalidade. Absolutos São absolutos porque são oponíveis erga omnes, ou seja, se espera um comportamento negativo do outro, inclusive do estado, no sentido de proteção aos direitos da personalidade. Extrapatrimoniais Os direitos da personalidade não estão inseridos na esfera patrimonial, não estão sujeitos a valores ou aferição econômica. Não se pode valorar os direitos da personalidade Exemplo: quanto vale uma vida? Quanto vale a honra de uma pessoa? Indisponíveis Não posso doar me coração a um filho, pois a integridade física é indisponível. Imprescritível Não se perde os direitos da personalidade por não as ter exercido Exemplo: certidão de nascimento tardia Vitalício Vai desde o nascimento até a morte. Art. 12 do CC Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei Medidas judiciais adotadas para proteger os direitos da personalidade: De natureza preventiva Exemplo: impedir a publicação de uma biografia não autorizada. De natureza cominatória exemplo: imposição de multa diária para cada dia em que for veiculado um vídeo na internet De natureza repressiva Exemplo: suspender a inscrição do nome da pessoa no Serasa Exemplos de medidas judiciais previstas na CRFB de 1988 para proteção dos direitos da personalidade: Habeas corpus Habeas data Mandado de segurança Mandado de injunção Os princípios constitucionais e o novo código civil Código civil de 1916 Antes tínhamos ordenações do império português Em 1942; DECRETO-LEI 4657 DE 1942 Lei de introdução ao código civil CC 2002 Revoga o código civil de 1916, mas o decreto lei 4657 de 42 permanece vigente ( o decreto lei nunca introduziu o código civil de 1916, pois é um decreto-lei que trata de normas. Decreto lei 4657/42 Conhecido como lei de introdução ao código civil (LICC) teve sua denominação alterada, pela lei nº 12.376/2010 para lei de introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB) Tem como tema a própria norma jurídica, por este motivo é conhecida como: lei das leis Art. 1º do decreto-lei 4657/42 Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país em 45 dias depois de oficialmente publicada Vacatios legis pode ser prevista em: Dias Meses Anos Publicação oficial Diário oficial Vigor É quando a lei se torna obrigatória, exigível. Lei municipal Publicação no diário oficial do município Lei estadual Publicação no diário oficial do Estado Lei federal Publicação no diário da União ARTIGO 1º § 3º, DO DECRETO LEI Nº 4657/42 Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção. O prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. Art. 1º parágrafo 4º do decreto-lei nº4657q42 As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. conclusão A vacatios legis no caso de correção de texto de lei, antes de sua entrada em vigor, contará da última publicação As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. revogação Art. 2º do decreto-lei 4657/42 Não se destinando á vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. O período da publicação da lei até entrar em vigor se chama: vacatios legis Publicação ===========vigor vacatios legis O período de vigor até a revogação se chama vigência Vigor=========== revogação vigência Revogação é quando a lei deixa de ser obrigatória e perde sua efetividade “ não se destinando a vigência temporária” Lei permanente (princípio de continuidade) Lei temporária A lei temporária pode ter três causas Advento do termo= data certa Exemplo: copa do mundo (venda de bebidas nos estádios) Consecução de seus fins Exemplo: duplicação de um entrada, ampliação de pista de aeroporto Implemento da condição resolutiva: evento incerto Exemplo: caso de enchente, surto de dengue “ modifique ou revogue” Derrogação Revogação parcial (altera um artigo ou inciso) Ab-rogação Revogação total (não está mais em vigor) Princípio do paralelismo das formas Constituição emenda constitucional Lei complementar lei complementar Lei ordinária lei ordinária Revogação expressa ou tácita Art. 2º, § 1º, do decreto-lei 4657/42 A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria. Exemplo: lei anterior de 2011, lei posterior de 2015 Art. 2.045 do Código Civil Revogam-se a lei nº 3.071/1916, de 1º de janeiro de 1916 código civil e a parte primeira do código comercial lei nº 556, de 25 de junho de 1850 Direito da personalidade Do nome lei 6.015/73 (lei dos registros públicos) das pessoas jurídicas Pessoas jurídicas direito público: D.T , U. Federal, Estados, Municípios, Autarquia = lei Pessoas jurídicas direito privado: Associações, Sociedades, Fundações, Partidos Políticos, Organizações religiosas, EIRELI. Art. 980-A Aquisição da personalidade das pessoas jurídicas Desconsideração da personalidade. Art. 50 Fundamento legal CRFB/Art. 5º x Dos direitos e garantias fundamentais (capítulo I- dos direitos e deveres individuais e coletivos) Art. 5º são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes: de I AO LXXVII. Art. 62 do CC (finalidade de interesse público) A fundação privada é constituída pela dotação de bens livres em busca de uma finalidade. Apesar de as fundações serem privadas, os seus fins são públicos e de interesse social. O art. 129 da CRFB/88 determina que é função do ministério público defender os interesses difusos e coletivos. Quais as finalidades? Saúde, educação, cultura etc. Quais os órgãos públicos devem velar, fiscalizar as atividades das fundações privadas art. 66 do CC Velará pelas fundações o ministério público do Estado onde situadas Exemplo :Santa Catarina= MP de Santa Catarina Mato Grosso= MP do Mato Grosso E se a fundação tiver abrangência nacional, em vários Estados? Art. 66 do CC § 2º- se estenderem a atividade por mais de um estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo ministério público. Atribuições do Ministério Público Aprovar a escritura pública de instituição de fundação; Aprovar se os bens destinados são suficientes para instituir a fundação; Elaborar ou aprovar o estatuto; Aprovar as alterações do Estatuto; Aprovar as contas; Fiscalizar o funcionamento por meio da análise de documento e visitas periódicas conclusão I- Será responsável o ministério público do estado onde a fundação privada estiver situada II- Se a fundação privada funcionar no Distrito Federal ou em um território, será responsável o MP do Distrito Federal e territórios III- Se a fundação privada funcionar em vários estados. Será responsável o MP de cada estado. Art. 62 do CC Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública, ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. “dotação especial de bens livres” Bem livres de quaisquer ônus suficientes Não podem ser alugadas; emprestadas; penhoradas; etc. Art. 63 do CC Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinadas serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a igual ou semelhante. Exemplo: a fundação promove a educação, mas os bens livres não são o suficiente, logo, se passa para uma outra fundação que também promove a educação. A dotação de bens livres é irreversível. Os bens disponibilizados podem ser transferidos para a fundação por mandado judicia Art. 64 do CC Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a tranferir0lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. Conclusão I- A fundação privada constitui a dotação de bens livres em busca de uma ou mais finalidades. II- Os bens devem ser livres. III- Se os bens forem insuficientes para constituir a fundação de finalidade idêntica ou semelhante, se ao contrário não dispuser o instituidor. IV- A dotação de bens livres é irreversível. Art. 65 do CC Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz. Alteração do estatuto da fundação O estatuto da fundação pode ser alterado, para se adequar a uma nova realidade, observando-se o art. 67 e 68 do CC Exemplo: uma fundação que presta serviços em âmbito nacional, mas que cresceu demais, logo é necessário aumentar a administração dela, o número de conselhos. Art. 67 do CC Para que se possa alterar estatuto da fundação é mister que a reforma: 2/3 dos membros da administração devem aprovar Não pode contrariar o fim específico da fundação Deve ser aprovada pelo MP A alteração no estatuto da fundição deverá ser submetida ao ministério público que poderá: Aprovas Denegar a aprovação Propor modificações O interessado poderá recorrer ao juiz em dois casos: I- Caso o MP, no prazo de 45 dias, não se manifeste quanto às alterações; II- Ou quando o MP denegue a aprovação das alterações do estatuto. Art. 68 Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do MP, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser em 10 dias. Só se usa o art. 68 quando houver uma minoria vencida, quando a decisão não for unânime Exemplo: 90 gestores de uma fundação votaram à favor das alterações do estatuto Exemplo: dos 90 gestores, 75 foram favoráveis, então houve uma minoria vencida de 15 gestores conclusão I- 2/3 Dos membros da administração deve aprovar II- Não pode contrariar o fim específico da fundação III-Deve ser submetida à aprovação do MP. Extinção da fundação privada A fundação privada é constituída pela dotação de bens livres e busca de uma finalidade. Em quais casos uma fundação pode ser extinta? O que ocorre com o patrimônio da fundação no caso de sua extinção? Art. 69 do CC Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo da sua existência, o órgão do MP ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou nos estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. A fundação poderá ser extinta por: Ilícita a finalidade Impossível a finalidade Inútil a finalidade Vencimento do prazo de existência Ilícita a finalidade Exemplo: pesquisa científica para clonagem de animais, pois se tornou proibida. Impossível a finalidade Exemplo: fundação criada para erradicar a poliomielite A extinção da fundação poderá ser promovida: Pelo MP Qualquer interessado ( gestor, administrador da fundação) O que acontecerá com o patrimônio da fundação no caso de sua extinção? O patrimônio da fundação não pertence ao seu instituidor e nem aos seus gestores. O patrimônio serve para alcançar a finalidade da fundação. Logo, poderá constar do ato constitutivo, ou do estatuto, o destino dos bens para outra fundação. O juiz designará outra fundação de finalidades iguais ou semelhantes. Art. 53 do CC Associados I- Não há, entre os associados, direito e obrigações recíprocas II- As obrigações dos associados são perante à associação e não perante os outros associados III- As obrigações dos associados perante à associação estão previstas no estatuto= direitos e deveres estatutários Art. 53 81 Art. 55 Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais Exemplos: Presidente não pagará mensalidade Campeão ganhará bolsa de estudos Sócio patrimonial terá direito a voto e não patrimonial não terá etc. Art. 56 A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. Exemplo: uma associação que tem como requisito de associação ser jogador de tênis profissional Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro salvo disposição diversa do estatuto conclusão Não existem obrigações recíprocas entre os associados Os associado têm direitos iguais, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispor o contrário Exclusão do associado Art. 5º, XX, CRFB/88 Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado O associado poderá ser excluído da associação contra a sua vontade? Art. 57 do CC A exclusão do associado é admissível havendo justa causa, assim, reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previsto no estatuto Art. 54 do CC Sob pena de nulidade o estatuto das associações conterá: II- Os requisitos para a admissão, demissão e exclusão do associado Exemplo: Danificar o patrimônio da associação Ofensa físicas a outro associado Atitude preconceituosa contra outro associado Conduta imoral na associação Falta de pagamento das mensalidades Assim reconhecida m procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previsto no estatuto 1- direito de defesa 2- direito de recurso art. 58 do CC Direito do associado na associação privada Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferida, a não ser nos caso e pela forma previstos na lei ou no estatuto. Exemplo: associado de um clube de natação n]ao pode ser impedido de utilizar a piscina do clube, a menos que não tenha realizado exame médico, que é exigido por lei e pelo estatuto. Exemplo: se o estatuto lhe confere direito ao voto, o associado não pode ser impedido de praticá-lo, a menos que as mensalidades estejam atrasadas e essa previsão esteja prevista no estatuto. Art. 40 do CC Pessoa jurídica de direito público As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo e de direito privado Direito público interno e externo Art. 41 São pessoas jurídicas de direito público interno S união Os estados, o distrito federal e os territórios Os municípios As autarquias e associações públicas As demais entidades de caráter público criadas por lei I- união A república federativa do Brasil é composta pela união dos estados, DF e municípios. A organização político-administrativa da RFB compreende a união, estados, DF e municípios A república federativa é representada internacionalmente pela união A união é a pessoa jurídica de direito público que defende a soberania nacional e representa a república federativa do Brasil em suas relações internacionais Art. 70 do CC Domicílio Domicílio é o local onde a pessoa é encontrada, onde ela vai responder por suas obrigações, exercer seus direitos e celebrar seus negócios jurídicos. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo Qual a diferença entre residência e domicílio? Moradia/ residência: a pessoa não tem intenção de ficar. Exemplo: hotel, casa de veraneio, casa de um amigo. Há uma ideia de algo temporário, algo que não é fixo, pois não possui caráter efetivo Domicílio: a pessoa possui o ânimo definitivo de se estabelecer no local Exemplo: casa onde mora a pessoa, lugar onde habitualmente é encontrado Verifica-se que o domicílio tem 2 elementos Objetivo: o lugar, o local Subjetivo: a intenção de permanecer com ânimo definitivo E se a pessoa tiver diversas residências? Art. 71 do CC Se a pessoa tiver diversas residências, onde, alternadamente viva, considerar-se-á domicílio qualquer delas Exemplo: 15 dias em casa, 15 dias embarcado em Macaé E se a pessoa não tiver domicílio? ARTIGO 73 DO CC Ter-se-á por domicílio da pessoa natural onde for encontrada. Exemplo: integrante de circo, andarilhos, etc. Art. 72 do CC É também domicílio da pessoa natural, quanto à relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Domicílio legal: é o domicílio determinado pela lei (art. 76 do CC) Incapaz: domicílio de seu representante Servidor público: o lugar onde exerce duas funções Marítimo: onde o navio estiver matriculado Militar: onde servir Preso: onde cumprir pena ART. 78 do CC Domicílio voluntário Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Domicílio de eleição Artigo 74 do CC Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Art. 75 do CC Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: Da união, o distrito federal Dos Estados e territórios, as respectivas capitais Do município, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos Art. 77 do CC O agente diplomático do Brasil que citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no distrito federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. conclusão Domicílio é o local onde a pessoa execre seus direitos e obrigações Podem ser considerados domicílios: Residência Local onde exerce a profissão Onde for encontrado Domicílio é onde a pessoa estabelece-se om ânimo definitivo. Art. 79 bens imóveis São bens imóveis o solos e tudo aquilo que lhe se incorporar natural ou artificialmente. Exemplo: solo, vegetação, árvores E também bens incorporados artificialmente ao solo, como imóveis por acessão industrial ou artificial exemplo: casa, apartamento etc. Art. 80 do CC Consideram-se imóveis para os efeitos legais: Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram Os direitos reais sobre bens imóveis seguem a mesma classificação do bem, ou seja, se o bem for imóvel o direito real também o será O art. 1225 do CC especifica alguns tipos de direitos reais tais como: propriedade, usufruto etc. Art. 80 do CC II- O direito a sucessão aberta ARTIGO 81 DO CC Não perdem o caráter de imóvel: I- As edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, foram removidas para outro local Exemplo: casas de madeira levadas por caminhão para outro solo. Art. 81 II- Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem Exemplo: telhas, janelas, portas etc. Conclusão: são bens imóveis do art. 79, 80 e 81 O solo e tudo que se lhe incorporar natural ou artificialmente. Direito reais sobre imóveis e ações que o asseguram As edificações que separadas do solo, mas conservando sua unidade, forem removidas para outro local Os materiais de construção separados de uma edificação para nela serem reempregadas Direito a sucessão aberta Art. 82 Bens móveis São bens móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da destinação econômico-social. Semoventes: animais se movimentam por conta própria Bens móveis adquirem movimento por força alheia, são aqueles bens que precisam de uma força impulsionadora para adquirir movimento. Eles não conseguem se movimentar por conta própria Exemplo: carro, moto, caminhão, livro etc. Art.83 Consideram-se móveis para os efeitos legais I- As energias que tenham valor econômico Exemplo: energia elétrica, eólica, hidráulica etc. II- Os direitos reais sobre móveis e as ações correspondentes; O art. 1225 do CC especifica alguns tipos de direitos reais, tais como: propriedade, usufruto etc. III- Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Exemplos de direitos pessoais: direito de crédito, direito autoral, direito de marca etc. ps: direito real= direito sob uma coisa Direito pessoal= direito com valor patrimonial Art. 84 Determina que conservam a sua qualidade móveis: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados Exemplo: tijolos, telhas, portas, etc. Readquirem a qualidade de móveis Os materiais de construção provenientes da demolição de um prédio Exemplo: telhas, Portas, tijolo etc. conclusão São bens móveis nos termos do art. 82,83 e 84 do CC Os bens suscetíveis de movimento próprio ou por força alheia As energias de valor econômico Os direitos reais sobre móveis e ações correspondentes Os direitos pessoais patrimoniais Os materiais destinados a uma construção enquanto não forem empregados Os materiais provenientes da demolição de um prédio Conceitos de bem Tudo aquilo que tem utilidade para pessoa natural e jurídica I- patrimônio( reunião dos bens) Classificação de bens 1- bens considerados em si mesmo 2- bens reciprocamente considerados Bens considerados em si mesmo Classificação Móveis-imóveis Fungíveis-infungíveis Consumíveis-inconsumíveis Divisíveis-indivisíveis Singulares-coletivos Quanto a mobilidade 1.1- móveis (pode se movimentar por ação própria ou ação externa sem alterar sua integridade) 1.2- imóveis (não pode ser movimentado sem haver um dano, é um bem de raiz) QUANTO A FUNGIBILIDADE 2.1- São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade Exemplo: dinheiro, uma caneta, 1 kg de feijão 2.2- Infungíveis ( bens que não podem substituir por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade) Exemplo: uma casa, um quadro de salvador dalí Bens fungíveis podem se tornar infungíveis? A fungibilidade pode ser aplicada à bens móveis excepcionalmente quando em: Exemplo: contrato de permuta, no qual um dos contraente receberá 4 apartamentos em um edifício, sem descrevê-los 3.1- bens consumíveis (bens móveis cujo uso importa na destruição imediata da própria substância, sendo consideradas tais os destinados à alienação) Exemplo: comida, shampoo, combustível 3.2- bens consumíveis (bens que são reutilizados, pois o uso não importa na destruição da substância) Exemplo: livros, carro, roupas etc. No entanto há bens destinados à alienação (consuntibilidade jurídica) Exemplo: um livro à venda num sebo Quanto a visibilidade 4.1- divisíveis (são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável) Exemplo: saca de feijão de 50 kg dividido em duas sacas de 25 kg/ crédito de 10 mil reais parcelado em 10 vezes. 4.2- indivisíveis (bens que não podem ser divididos porque a divisão acarreta alteração na substância ou diminuição do valor ou prejízo da utilidade Exemplo: celular, carro Art. 88 Traz que bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes exemplo: servidão (passagem de rua pública), terreno urbano de lote menor de 400 metros, coleção de quadros (não pode dividir tem que expor ou vender todos juntos) Quanto a singularidade 5.1- singulares (embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais) Bens singulares simples: os componentes do bem fazem parte do bem pela própria natureza Exemplo: cavalo, a pata do cavalo. árvore, a raiz, as folhas da árvore. Bens singulares compostos: os componentes do bens fazem parte do bem pelo trabalho do homem Exemplo: cimento, cal e etc. para formar um prédio Bens coletivos 5.2- bens coletivos (constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que pertinentes a mesma pessoa, tenham destinação específica) Exemplo: vários livros, vender cada um ou formar uma biblioteca e vendê-los, ou numa lanchonete vender algum equipamento, ou arrendá-lo por completo Art. 91 Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico Exemplo: patrimônio ps: universalidade de direito é determinada por lei Bens reciprocamente considerados Bens reciprocamente considerados (devemos classificar em relação a outro bem) Bem principal : exemplo: solo, colar, contrato de aluguel Bem acessório: Exemplo: casa, pedra preciosa, multa de aluguel Art. 92 Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente , acessório, aquele cuja existência supõe a do principal Acessórios Seguem a classificação do bem principal Exemplo: casa é imóvel, a janela também será considerada Acessórios pertenças: Não seguem o bem principal Exemplo: quadros incorporados ao imóvel (embelezamento) os móveis de uma casa Art. 94 Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação da vontade, ou das circunstâncias do caso. Frutos e produtos A diferença entre frutos e produtos é que os frutos se regeneram e os produtos não se regeneram Exemplo: maça na macieira Exemplo: pedra na pedreira Frutos quanto a sua natureza: Naturais se regeneram pela própria natureza Exemplo: leite da vaca, laranja da laranjeira Industriais se regeneram pela força do homem. Exemplo: um lápis, livros, computador Civis se regeneram mediante os juros Exemplo: juros de poupança, aluguel mensal Frutos quanto a sua ligação com o bem principal: Colhidos ou percebidos: laranja tirada da laranjeira Pendentes: ainda ligados ao bem principal, como a laranja que ainda está na laranjeira Percipiendos: estão ligados ao bem principal, mas já deveriam ter sido colhidos Consumidos: destacados do bem principal, mas já foram consumidos benfeitorias São acréscimos e melhoramentos realizados nos bens móveis e imóveis. Exemplo: benfeitoria numa casa ou carro. Tipos de benfeitorias Voluptuárias: de recreio, deleite, enfeite etc. Úteis: melhoram a utilidade do bem Necessárias: conservar, manter, evitar que se deteriore etc. Art. 96 § 1º- são voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor Exemplo: coreto no jardim, pintura de paisagem numa parede, piscina. §2º- são úteis as que aumentam ou facilitam uso do bem Exemplo: abertura de uma porta da garagem para a sala, ampliação de um banheiro, colocação de toldo §3º- são necessários as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore Exemplo: caibro quebrado, conserto de um carro. Artigo 97 do CC Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor e sim pela natureza. Exemplo: aluvião ( acréscimo de terra no imóvel, dado pelo acúmulo) Além das acessões naturais, existe as industriais Exemplo: casa num terreno, plantação no terreno Bens públicos Art. 98 do CC São públicos os bens do domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito público interno, tosas os outros são particulares, seja qual for a pessoa a quem pertencerem (duas espécies de bem quanto ao domínio particulares e bens públicos) Pessoas jurídicas de direito interno: união, Estado, municípios, autarquias e fundações Exemplo: escola municipal, prédio federal, escola estadual. Se não pertencer ao Estado, munícipio e união, esse bem é privado. Art. 99 do CC São bens públicos: Bem de uso comum do povo (rios, estradas, praias, praças) Bens de uso especial (edifícios e terrenos administrativos, federais ou estaduais) Bens dominicais ( terreno baldio sem destinação pública) Art. 100 Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação na forma que a lei determinar Artigo 101 do CC Os bens públicos dominicais podem ser alienado, observando as exigências da lei Desafetação: é necessário que desafete um bem do uso comum ou de uso especial, transformando a utilidade desse bem, sendo assim um bem dominical) Art. 102 do CC Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião, pois não se constrói casa em terrenos de bens públicos Artigo 103 do CC O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade cuja administração pertencerem. Exemplo: pedágios em rodovias conclusão Bens de uso comum do povo e bens de uso especial são inalienáveis Bens dominicais são alienáveis Os bens de uso público podem ser gratuitos quanto podem ser onerosos Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião. Dos negócios jurídicos Art. 104 A validade do negócio jurídico requer: Agente capaz (quem) Objeto ilícito, possível, determinado ou determinável (o que é) Forma prescrita ou não defesa em lei (como) Agente capaz (quem) Capacidade de direito + capacidade de exercício + capacidade plena, ou seja + 18 com discernimento para manifestação da vontade Só as pessoas que possuem capacidade plena podem realizar negócios jurídicos? Não, os incapazes também podem realizar negócios jurídicos desde que estejam devidamente representados ou assistidos Negócio jurídico válido Pessoa natural: A partir dos 18 anos, com capacidade plena Pessoa absolutamente incapaz representada por seu representante Pessoa relativamente incapaz assistida por seu assistente Pessoa jurídica Representada por seu representante legal ou voluntário conclusão Para ter validade o negócio jurídico deve ser firmado por agente capaz: Pessoa a partir dos 18 anos, com capacidade plena Pessoa absolutamente incapaz representada por seu representante Pessoa relativamente capaz assistida por seu assistente Pessoa jurídica II objeto lícito, possível, determinado ou determinável (o que?) Objeto lícito De acordo com as normas jurídicas, a moral e os bons costumes. Exemplo: contrato e venda de um terreno, contrato de locação de um veículo, contrato de prestação de serviços de marceneiros etc. Objeto ilícito: compra e venda de maconha, contrato de prestador de serviços de matador de aluguel, contrato de pagamento de propina. Objeto possível: É aquele que é exequível, praticável, viável etc. Exemplos de objeto possível: contrato de prestação de serviços para pintura de um quadro, sendo que o pintor entregou o quadro. Compra de um apartamento na planta e o apartamento foi devidamente entregue Exemplo de objeto impossível: contrato de prestação de serviços para pintura de um quadro em que o pintor morreu antes de prestar o serviço. Compra de um apartamento na planta, sendo que a construtora não obteve o alvará para construção por impossibilidade ambiental Objeto determinado É o objeto certo que é descrito pela quantidade, gênero e qualidade Exemplo: 100 canetas bic Quantidade: 100 Gênero: canetas Qualidade: esferográfica, azul, marca bic, ponta fina Objeto determinável É o objeto incerto que é descrito pela quantidade ou gênero. Não há qualidade ou está descrita de forma incompleta. Exemplo: 100 canetas Quantidade: 100 Gêneros: canetas Qualidade: não se sabe a cor, marca,variedade A forma do negócio jurídico Art. 104 A validade do negócio jurídico requer: I- agente capaz II- objeto ilícito, possível, determinado ou determinável III- forma prescrita ou não defesa em lei III- forma Prescrita em lei Não defesa em lei Forma prescrita em lei é A forma descrita, escrita e determinada na lei A forma prescrita em lei é também denominada de forma especial Exemplo: lei do cheque- lei 7.357/1995 Independente do banco, mesma forma Exemplo: certificado de registo e licenciamento de veículo, certidão de casamento por instrumento público. Forma não defesa em lei Forma não proibida, vedada por lei Todo negócio jurídico tem uma forma prescrita ou não defesa em lei Não, a regra no direito civil é que os negócios jurídicos tenha a forma livre Art. 107 do cc A validade da declaração da vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente exigir. Logo, se a lei exigir forma especial= deve ser observada a forma especial. Se a lei vedar uma forma o negócio jurídico não pode ser feito essa forma conclusão Para ter validade o negócio jurídico deve observar I- forma prescrita em lei= forma especial descrita na lei II- forma não defesa em lei= forma não proibida por lei Agente incapaz Caso o relativamente incapaz celebre um negócio jurídico sem a assistência de seu assistente, como ficará a validade do negócio jurídico? Art. 105 A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, dor indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. Ou seja, somente o relativamente incapaz ou seu assistente poderá invocar a invalidez do negócio jurídico, a outra parte não poderá Exemplo: contrato de compra e venda de um computador: José tem 16 anos = relativamente incapaz x João tem 20 anos = capacidade plena João não pode alegar a incapacidade relativa de José para invalidar o contrato. conclusão A pessoa capaz não pode alegar a incapacidade relativa da outra parte para invalidar o negócio jurídico A invalidade do negócio jurídico em virtude da incapacidade relativa de uma das partes não aproveita aos cointeressados capazes se o objeto for divisível ou a obrigação não for comum A invalidade do negócio jurídico em virtude da incapacidade relativa de uma das partes aproveita aos interessados capazes caso o objeto seja indivisível ou a obrigação comum Impossibilidade relativa do objeto Art. 106 A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes que realizada a condição a que ele estiver subordinado. Impossibilidade absoluta= é aquela que alcança a todos e não apenas o devedor. Impossibilidade relativa= alcança apenas o devedor Impossibilidade absoluta: 1. venda de um bem público = praça, rua etc. 2. venda de herança de pessoa viva (art. 426) 3. pintar 100 quadros em um minuto 4. escrever um livro de 500 páginas em uma hora. Impossibilidade relativa: 1. querer invalidar a compra de um apartamento na planta porque ele ainda não foi construído 2. venda de produção futura de uma empresa 3- contratação de um pintor para pintar uma casa em um dia, para ele pode ser impossível, mas não para outro pintor. conclusão A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se: For relativa Se cessar antes de realizada a condição a que se estiver subordinada Forma livre ou consensual Art. 107 A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão a lei expressamente a exigir Forma é como se externa a manifestação de vontade: Verbal Instrumento público Instrumento particular Gestos Etc Forma especial ou solene= exceção Forma livre u consensual= regra Exemplo de forma livre ou consensual: recibo, carnê de pagamento de loja, ingresso de cinema, contrato de compra e venda de bens móveis, contrato de locação. Exemplos de forma especial o solene: cheque, certificado de propriedade de veículo, escritura pública de venda de móveis, certidão de casamento etc. conclusão A forma é o modo como se exterioriza a manifestação da vontade. A forma adotada pelo direito brasileiro, para os negócios jurídicos, é a forma livre e consensual Quando houver a necessidade da forma especial ou solene, em um negócio jurídico, a lei tem que ter expressamente exigir. A intenção das partes no negócio jurídico Art. 112 Nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nelas substanciadas do que no sentido literal da linguagem Quando houver divergência em um contrato ou em alguma cláusula contratual, haverá a necessidade de fazer uma intepretação do contrato ou da cláusula. Quando a divergência for entre a vontade (intenção) declarada e as palavras empregadas no negócio = terá preferência a vontade (intenção) das partes. A divergência, muitas vezes, ocorre porque as partes não sabem empregar as palavras concretas em um contrato ou não sabem exprimir com perfeição a sua vontade. Exemplo: consta em convenção coletiva que a empresa “A” pagará aos seus funcionários vale alimentação. No entanto a empresa fornece refeições e não vale alimentação. conclusão Art. 112. nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas substanciadas do que ao sentido literal da linguagem. Quando houver divergência entre a vontade (intenção) declarada e o sentido literal da linguagem= terá preferência a intenção declarada. Boa fé nos negócios jurídicos Art. 113 Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa fé e os usos do lugar de sua celebração. Interpretados Boa fé Usos do lugar O art. 113 trata da interpretação do negócio jurídico. Às vezes é necessário interpretar os negócios jurídicos ou alguma cláusula contratual, pois seus termos nem sempre são exatos. Boa-fé subjetiva A boa fé subjetiva diz respeito a uma crença interna da pessoa. A pessoa acredita está realizando um negócio nos termos da lei e não tem ciência do vício que incide sobre o negócio ( não leva a pessoa propositalmente ao prejuízo) Exemplo: Maria casa com João que já possui outra esposa Exemplo 2: Joaquim compra um relógio de seu conhecido Antônio sem saber que o relógio é roubado Exemplo 3: Eduardo compra um imóvel de Caetano sem saber que Caetano não é o proprietário do imóvel Boa fé objetiva A boa fé objetiva é um modelo de conduta baseada na honestidade, na lealdade entre as partes contratantes. É um padrão de comportamento que se espera dos contratantes e que deve refletir no negócio jurídico. (dever de comportamento da sociedade) A boa fé a que se refere o art. 113 é a boa fé objetiva A boa fé se presume, a má fé se prova Exemplo de boa fé objetiva: José cometeu suicídio e a seguradora abc se recusa a pagar a indenização do seguro de vida à família de José (presume-se que ele não premeditou o suicídio) Exemplo 2: dona Maria completou 70 anos de idade e o plano de saúde se recusa a renovar o seu contrato Exemplo 3: João e José firmaram um contrato de compra e venda de uma casa. José alega que a assinatura aposta no contrato foi falsificada. Jose terá que provar que a assinatura que consta no contrato é falsa. Usos do lugar Os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com os usos do lugar de sua celebração Exemplo: comunidade de pescadores, zona agrícola, comunidade indígena etc. CONCLUSÃO Os negócios jurídicos deve ser interpretados conforme a boa fé e os usos do lugar de sua celebração Negócios jurídicos Erro/ ignorância= falsa percepção da realidade, falta de conhecimento Elementos do erro: substancial= aproveita-se do erro/ ignorância, onde propositalmente se tira vantagem. Exemplo: o comprador presume que um relógio é de ouro maciço, e o vendedor o vende, mas é folheado. Acidental: como se fosse um erro de cálculo, mas que não necessariamente leva a anubilidade. Exemplo lote de terreno de 800 metros vendido como lote de 1000 metros Defeitos do negócio jurídico Os defeitos do negócio jurídico estão dispostos no CC, do art. 138 a 165 Dizemos que há um defeito no negócio jurídico quando existe um vício que Incide sobre a vontade (consentimento da pessoa) Foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros. a)O vício incide sobre a vontade da pessoa = vícios de consentimento b) Foi realizado com a intenção de prejudicar os outros = vícios sociais Vícios de consentimento Quando existe uma divergência entre a vontade real da pessoa e a vontade declarada no negócio jurídico, diz-se que há um vício de consentimento no negócio jurídico. Exemplo: assinar um cheque com uma arma apontada para a cabeça Vontade real= a pessoa não queria assinar Vontade declarada = a pessoa assinou o cheque São vícios do consentimento Erro (art. 138 ao 144) Dolo (art. 145 ao 150) Coação (art. 151 ao 155) Estado de perigo (art. 156) Lesão (art. 157) Vícios sociais São aqueles que incidem sobre o negócio jurídico, pois o negócio foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros; ferir a lei ou a boa fé. Nos vícios sociais não existe a divergência entre a vontade real da pessoa e a vontade declarada no negócio, pois a intenção da pessoa realmente era prejudicar terceiros Considerando que o negócio jurídico foi realizado com a intenção de prejudicar terceiros = defeito no negócio jurídico = vício social É vício social previsto no CC: fraude contra credores (art. 158 a 165) conclusão Os defeitos do negócio jurídico estão dispostos no código civil, do art. 138 a 165 São defeitos do negócio jurídico: Vícios do consentimento Vícios sociais São vícios do consentimento: Erro Dolo Coação Estado de perigo Lesão A fraude contra credores é um vício social. erro Ocorre o erro quando uma pessoa realiza um negócio jurídico sem ter a noção exata sobre uma coisa, objeto ou pessoa ou mesmo sobre a natureza do negócio jurídico. Essa falsa noção da realidade faz com que a pessoa realize um negócio jurídico em que há divergência entre a sua vontade real e vontade declarada = ERRO O código civil trata da mesma forma o erro e a ignorância Erro = a noção inexata sobre algo Ignorância= total desconhecimento sobre algo O que ocorre quando o negócio jurídico foi realizado com erro? O acordo pode ser anulado (art. 138) O negócio pode ser mantido, por ser um erro acidental (art. 142) O negócio pode ser mantido, e o erro pode ser corrigido para atender a vontade real do manifestante. Art. 138 do CC São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias Os negócios jurídicos podem ser anulados quando forem realizados com erro, mas o erro deve ser substancial. Erro substancial é aquele que faz com que a pessoa realize o negócio jurídico sem ter a noção exata da realidade, pois se a pessoa tivesse conhecimento do erro, não teria realizado o negócio jurídico. Os erros substanciais estão descritos no art. 139 Aproveita-se do erro/ ignorância onde propositalmente se tira vantagem conclusão Ocorre o erro quando uma pessoa realiza um negócio jurídico sem ter a noção exata sobre uma coisa, objeto, pessoa ou mesmo sobre a natureza do próprio negócio jurídico Essa falsa noção da realidade faz com que a pessoa realize um negócio jurídico em que há divergência entre a sua vontade real e a vontade declarada no negócio O negócio jurídico realizado com erro pode ser anulado, se o erro for: Substancial: quando há erro/ignorância e se tira proveito disso. Acidental: como se fosse um erro de cálculo, mas que não necessariamente leva a anulabilidade O art. 139 apresenta 6 espécies de erro substancial: Erro quanto à natureza do negócio jurídico; Erro quanto a alguma qualidade essencial do objeto Erro sobre a identidade da pessoa Erro sobre a qualidade essencial da pessoa Erro de direito Erro quanto a natureza do negócio jurídico: Engana-se (erra) quanto ao tipo de negócio que estava celebrando. A pessoa acreditava estar celebrando uma determinada modalidade de negócio quando, na verdade, está celebrando outra modalidade. Erro quanto ao objeto principal do negócio: A pessoa engana-se (erra) quanto ao objeto em si. A pessoa acredita estar negociando um objeto quando na verdade, está negociando um outro objeto. Erro quanto à qualidade essencial do objeto: A pessoa não se engana (erra) quanto ao objeto em si, mas se engana a uma qualidade do objeto ou característica Erro quanto a identidade da pessoa: Incide sobre a pessoa a quem se refere a declaração da vontade. A pessoa acredita estar realizando um negócio jurídico (ou beneficiando, ou favorecendo) com uma pessoa, mas está realizando o negócio com outra pessoa. Erro de direito: A pessoa quer anular o negócio jurídico por desconhecimento da norma jurídica ou interpretação errada da norma jurídica. Ou a pessoa não pretende descumprir a lei, somente pretende anular o negócio jurídico que foi realizado por desconhecer a norma jurídica Erro acidental É aquele que incide sobre um aspecto secundário, ou acessório da declaração da vontade. Considerando que o erro acidental incide sobre um aspecto secundário da declaração da vontade, ele não anula o negócio jurídico, pois se a pessoa tivesse o conhecimento do erro teria realizado o negócio mesmo assim O artigo 142 e 143 do trazem três tipos de erros acidentais: Erro de indicação da pessoa Erro de indicação da coisa (objeto) Erro de cálculo Art. 142 O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração da vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou a pessoa cogitada Houve um erro no momento de indicar a pessoa ou a coisa no negócio jurídico, no entanto esse erro pode ser corrigido, pois pelo contexto pode-se identificar a pessoa ou coisa Esse tipo de erro não vicia (não anula) o negócio jurídico O erro acidental é aquele que incide sobre um aspecto secundário ou acessório da declaração da vontade O erro acidental não vicia a declaração de vontade, portanto não anula o negócio jurídico Vícios redibitórios Vícios redibitórios: aparentes e ocultos(são falhas ou defeitos ocultos em determinado bem, seja de qualquer contrato) Requisitos para configurar o vício: Contrato comutativo/ doação onerosa Vício ou defeito prejudicial a utilização ou diminuição do valor Defeito grave da coisa Vício oculto Defeito existente no momento da celebração do negócio Vícios de vontade/ consentimento = erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão: podem levar a anulabilidade ou nulidade (coação) do negócio jurídico Vícios sociais: fraude contra credores: podem levar a anulabilidade do negócio jurídico Vícios redibitórios: podem levar a anulabilidade ou nulidade do negócio jurídico Anulabilidade: produziu efeito e volta ao status quo. Houve transferência de financeiro, houve efeito, mas houve erro, logo se volta ao status quo Nulidade: não produziu efeito. Já faltava um elemento da constituição do negócio jurídico, por isso sequer produziu efeito dolo Ocorre o dolo quando uma pessoa de má fé se forma ardil, maliciosamente, engana a outra pessoa para obter vantagem em um negócio jurídico No dolo uma pessoa de má fé induz a outra pessoa a um erro jurídico Diferença entre o erro e o dolo: Erro: a pessoa engana-se sozinha Dolo: a pessoa é induzida ao erro por outra pessoa Dolo principal: vicia o negócio jurídico e faz com que ele possa ser anulado É aquele que foi a causa determinante da declaração de vontade, ou seja o dolo influenciou diretamente na realização do negócio jurídico = se não fosse o dolo, a pessoa não teria realizado o negócio ARTIGO 145 do CC São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa: Dolo principal = o dolo influencia diretamente na realização do negócio Exemplo: João compra uma loja de perfumes de José, e esse mostra uma planilha com o futuramente mensal, após João descobre que eram planilhas falsas. Artigo 146 do CC O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a ser despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo O dolo acidental não vicia o negócio jurídico, pois o dolo não foi a razão determinante da realização do negócio jurídico No dolo acidental, mesmo que a pessoa soubesse do dolo, ela teria realizado o negócio jurídico só que em outras condições Há mais tipos de dolo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Estudar depois coação Coação já gera nulidade Coação é a ameaça física u moral exercida sob uma pessoa, ou bens com o objetivo de constranger alguém a realizar um negócio jurídico. A coação poderá ser exercida contra: A própria pessoa que realizou o negócio jurídico Contra alguém da família da pessoa que realizou um negócio jurídico Contra os bens da pessoa que realizou o negócio jurídico Contra qualquer outra pessoa que não pertença à família da pessoa que realizou o negócio jurídico, no entanto neste caso o juiz decidirá se houve coação. Coação absoluta ou física: Na coação absoluta, a ameaça exercida sobre a pessoa é uma ameaça física que impede qualquer manifestação de vontade. A pessoa realiza um negócio jurídico, no entanto ela não teve qualquer intenção de realizá-lo ou qualquer opção de escolha. Coação relativa ou moral Na coação relativa a ameaça exercida sob uma pessoa não é uma ameaça física, mas sim uma psicológica A pessoa está sofrendo a coação tem a possibilidade de escolher entre realizar o negócio jurídico ou a não realizar o negócio jurídico e sofrer as consequências conclusão Coação é a ameaça física ou moral exercida sobre uma pessoa, ou bens, com o objetivo de constranger alguém a realizar um negócio jurídico Existem dois tipos de coação: Coação absoluta ou física = quando há uma completa ausência de consentimento na realização do negócio jurídico. O negócio jurídico é absolutamente nulo. Coação moral ou relativa = existe um consentimento, no entanto este consentimento está viciado, pois a pessoa não teria realizado o negócio se não tivesse sendo coagida. O negócio jurídico é anulável por vício de consentimento. Estado de perigo Configura-se o estado de perigo quando alguém premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa Comprovado o estado de perigo, pode-se anular o negócio jurídico São requisitos para o estado de perigo: Necessidade de salvar-se ou alguém da familia Dano grave O perigo deve ter sido a razão determinante do negócio (nexo de causalidade entre o perigo e o negócio jurídico) Obrigação excessivamente onerosa Art. 157 do CC Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta O instituto da lesão serve para proteger a pessoa que realiza um negócio jurídico em estado de inferioridade (desigualdade), e esse negócio lhe traz prejuízo patrimonial excessivo por haver a excessiva desproporção em relação a prestação oposta Fraudes a credores Fraude contra credores é um defeito do negócio jurídico, um vício social, e está disciplinada do art. 158 a 165 do CC) Credor = pessoa que tem a receber um crédito, um serviço, um benefício, um bem. Devedor = pessoa que está obrigada a pagar um valor, prestar um serviço, entregar um bem. Fraude contra credores é a manobra maliciosa do devedor, que aliena (diminui) o seu patrimônio, com o objetivo de não pagar os credores Se o devedor alienar o seu patrimônio, o credor não seguirá cobrando o seu crédito, pois o que garantir o pagamento da dívida é o patrimônio do devedor. Assim, ao diminuir o patrimônio, o devedor se torna insolvente, pois não tem patrimônio suficiente para garantir o pagamento de suas dívidas Para evitar que isso ocorra, o credor vai ajuizar uma ação chamada “ação pauliana” ou “ação revocatória” com o objetivo de anular os atos fraudulentos cometidos pelo devedor. Ao anular os atos fraudulentos, os bens do devedor retornam para o seu patrimônio para o pagamento de suas dívidas Devedor insolvente é aquele que possui mais dívidas do que renda ou patrimônio, possui mais passivo do que ativo. Réus da ação pauliana: Devedor insolvente Pessoa que celebrou o negócio com o devedor insolvente Terceiros adquirentes de má ou boa fá Atos ilícitos ( art. 186) Aquele que por ação, ou omissão voluntária negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito ARTIGO 187 DO CC Também comete ato ilícito titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa fé ou pelos bons costumes. Art. 188 Não constituem ato ilícito: os praticados em legítima defesa ou no exercício regulado de um direito reconhecido A deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Elementos acidentais dos negócios jurídicos Elementos acidentais: Condição Termo Encargo Condição: evento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico. Art. 121. Exemplo: se você passar no concurso, te dou um carro. É uma cláusula que pode ser inserida no negócio jurídico pela vontade das partes, e que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro incerto Não se sabe quando vai ocorrer e não se sabe se vai ocorrer A condição suspensiva suspende a eficácia do negócio. Enquanto não se realizar a condição, não haverá a aquisição do direito e o negócio jurídico (ou parte dele) não sentirá efeitos (eficácia) termo Evento futuro e certo em que a cláusula contratual subordina a eficácia do negócio jurídico. Exemplo: quando eu morrer, a casa será só sua (testamento) O termo é um cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro e certo Ainda não ocorreu, mas temos certeza que vai ocorrer encargo É a determinação imposta pelo autor de uma liberalidade Exemplo: sítio de plantas raras, coleção de quadros, o indivíduo falece e doa o sitio, mas quem recebe tem o encargo de cuidar das plantas raras. Encargo é uma restrição imposta a uma liberalidade. O encargo é uma obrigação ou um ônus imposto ao beneficiário, em negócio jurídico gratuito ou benéfico, tais como: doação, comodato, testamento, promessa de recompensar etc. Prescrição A prescrição ocorre quando uma pessoa que teve um direito violado, deixa transcorrer o tempo previsto na lei para ajuizar uma ação para fazer valer esse direito Prazos ( art. 205 e 206) Interrupção do prazo prescricional= artigo 202 incisos I a VI A prescrição é uma penalidade (sanção adveniente) para a pessoa que não exerce a sua pretensão no prazo fixado em lei. A pessoa não pode ser exigente e deixar passar muito tempo para ajuizar a ação e exigir os seus direitos Requisitos da prescrição Violação do direito A negligencia (inércia do titular de direito que, após a violação do direito, não exerceu a sua pretensão no tempo em lei) Observância do prazo ( tempo) determinado na lei para a prescrição conclusão Prescrição é a defesa (exceção) arguida contra a pessoa, que após ter seu direito violado, não exerceu sua pretensão no prazo legal. A prescrição tem por objetivo extinguir a pretensão que teve seu direito violado, exatamente por ela não ter exercido a sua pretensão no prazo fixado na lei. Art. 189 do CC Violado o direito, nasce para o titular a pretensão a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os art. 205 e 206 Artigo 202 A interrupção da prescrição que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se á: Por despacho do juiz, mesmo incompetente que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. Por protesto, nas condições do inciso antecedente Por protesto cambial Pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores Por qualquer ato judicial que constitui em mora o devedor Direito violado (pretensão) começa a correr a prescrição art. 205 e 206 Assim que violado o direito nasce a pretensão, e começa a correr a prescrição, enquanto está correndo a prescrição, a pessoa pode exercer seus direito (pretensão) assim que a prescrição se consumar extingue-se a pretensão. Dicas para diferenciar prescrição e decadência Todo prazo prescricional sempre ocorre em anos Decadência em dias, meses ou anos Todo prazo prescricional está previsto nos art. 205 e 206 Todas as ações reparatórias e de cobrança são condenatórias, então são prescricionais, já as ações constitutivas e desconstitutivas (anulatórias) são decadentes O prazo prescricional nasce de uma violão do direito decadência Perda de um direito potestativo pelo seu titular no período fixado em lei Direito potestativo= o titular tem o poder de influir com mudanças na esfera jurídica de outro por ato unilateral sem que haja um dever correspondente (há uma sujeição) Exemplo: anulação de casamento, pedido de divórcio Art. 212 Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser aprovado mediante: Confissão Documento Testemunha Presunção Perícia Fim
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