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Resumo AV2 processo penal

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Resumo AV2 – Processo Penal
Procedimentos especiais:
Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos - O rito especial só se aplica aos crimes funcionais próprios. 
O art. 395, aplicável ao procedimento especial por força do § 4º, art. 394, CPP, diz que a denúncia será rejeitada quando não houver justa causa. Sendo assim, é imprescindível a existência de lastro probatório mínimo. 
O rito aplicado é o ordinário, com alteração do prazo de resposta, que será de 15 dias – art. 514, CPP.
Denúncia
Notificação do imputado para apresentar resposta preliminar.
Resposta preliminar da defesa – art. 514, CPP.
Juiz decide se recebe ou rejeita a acusação.
Recebendo a denúncia, cita réu para apresentar resposta à acusação, nos termos do art. 396-A, CPP.
Juiz decide se absolve sumariamente ou não – art. 397
Não absolvendo, marca AIJ nos termos dos arts. 399 e seguintes, CPP.
Fases do procedimento
(a) oferecimento da denúncia ou queixa (art. 41)
(b) resposta preliminar (art. 514)
(c) recebimento da denúncia ou queixa (art. 395)
(d) citação (arts. 351 a 369)
(e) resposta do réu (art. 396)
(f) possibilidade de absolvição sumária (art. 397)
(g) audiência de instrução e julgamento (art. 531).
OBS: Enunciado 330, STJ: É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.
Crimes contra a honra - O procedimento especial previsto no CPP está adstrito ao crime de calúnia, na forma do art. 141e § único, CP, pois há um aumento de pena de um terço ou metade, ultrapassando o limite de 2 anos. 
Este procedimento adota o rito sumário com o acréscimo de:
 uma fase conciliatória antes do recebimento da denúncia – art.520,CPP.
uma previsão de providência para o caso de exceção da verdade, ou seja, prazo de 2 dias para contestação da exceção, podendo-se arrolar testemunhas –art. 523, CPP
Se o crime contra a honra for praticado através da imprensa, deve seguir o rito previsto na Lei 5.250/67. Contundo, diversos artigos da referida lei estão suspensos por força da liminar concedida pelo Min. Carlos Britto ( 2008) na medida cautelar na ADPF 130-7, DF.
Fases do procedimento: 
(a) oferecimento da queixa (art. 41)
(b) audiência de conciliação (art. 520)
(c) recebimento da denúncia ou queixa (art. 395)
(d) citação (arts. 351 a 369)
(e) resposta do réu (art. 396)
(f) possibilidade de absolvição sumária (art. 397)
(g) audiência de instrução e julgamento (art. 531).
Crimes contra a propriedade imaterial - Adota-se por base o rito ordinário, com as seguintes alterações:
 Exige-se, como condição específica de procedibilidade da ação, a realização de exame pericial sobre os objetos que formam o corpo de delito – art. 525, CPP.
Sendo a ação penal privada, quando o seu fundamento for a apreensão e perícia, a queixa não será admitida se for posterior ao prazo de 30 dias após a homologação do laudo pericial. Em caso de estar o indiciado preso em flagrante, o prazo será de 8 dias. 
Além de algumas medidas cautelares, o CPP prevê a possibilidade de ,na sentença condenatória, o juiz determinar a destruição dos bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos, bem como o perdimento dos equipamentos apreendidos destinados à prática do crime, ou a doação para a Fazenda Nacional, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, não sendo possível retorná-los aos comércio – art. 530-G. 
O art. 530-H prevê a possibilidade de associações de titulares de direito de autor e os que lhe são conexos intervirem como assistentes da acusação, havendo , como isso, um verdadeiro interesse jurídico extraordinário. 
 Fases do procedimento
(a) oferecimento da queixa (art. 41)
(b) recebimento da queixa, sendo certo que a petição inicial tem que ser instruída com o laudo pericial (art. 395, c/c 529)
(c) citação (arts. 351 a 369)
(d) resposta do réu (art. 396)
(e) possibilidade de absolvição sumária (art. 397)
(f) audiência de instrução e julgamento (art. 531).
Procedimento do Júri: É aquele aplicável quando o réu é acusado da prática de um crime doloso contra a vida, segundo o art. 5º, XXXVIII, da CF. O dispositivo que o prevê tem natureza de cláusula pétrea, ou seja, o júri não pode ser extinto nem a sua competência pode ser reduzida. Nem através de emenda constitucional isso seria possível, conforme o art. 60, § 4º, do CRFB. 
É necessário destacar que, em razão das causas de conexão e continência, previstas nos art. 76 e 77, do CPP, outros crimes podem ser atraídos para o júri. É que as causas de conexão e continência fazem com que dois crimes ou dois réus sejam julgados juntos. O art. 78, I, do CPP prevê o júri como foro atrativo. Isso significa que, havendo conexão ou continência, a competência do júri prevalecerá.
Síntese do procedimento
1.Oferecimento da denúncia ou queixa (art. 41)
2. recebimento da denúncia ou queixa (art. 395)
 3.citação (art. 351 a 369)
4. defesa prévia (art. 406)
Na resposta, a defesa pode, preliminarmente arguir e alegar tudo que interessa à defesa; oferecer documentos e justificações; especificar as provas que retende produzir; arrolar as testemunhas , qualificando-as requerendo sua intimação. 
5. manifestação do MP (art. 409)  
O art. 409 do CPP prevê a manifestação do órgão ministerial com relação à resposta do réu, no prazo de cinco dias, antes do início da instrução criminal.
OBS: Apesar de tal manifestação não ser prevista para o procedimento ordinário, a doutrina já está entendendo que o MP deve se manifestar sempre após a resposta do réu, em observação ao contraditório.
6. Audiência de instrução (art. 411)
6.1 Tomada de declarações do ofendido – art. 411, CPP
6.2 Oitiva das testemunhas de acusação
Podem ser ouvidas até oito testemunhas de acusação indicadas na denúncia ou na queixa, sendo certo que tal número deve ser multiplicado pelo número de crimes e de réus.
6.3 Oitiva das testemunhas de defesa
Podem ser ouvidas até oito testemunhas defesa indicadas na resposta, sendo certo que tal número deve ser multiplicado pelo número de crimes e de réus.
6.4. Esclarecimento dos peritos – art. 411, § 3º, CPP
Depende do prévio requerimento e deferimento do juiz.
6.5 Acareações
6.6 Reconhecimento de pessoas e coisas 
6.7 Interrogatório
6.8 Alegações finais
 As alegações finais devem ser apresentadas oralmente. A acusação e a defesa, nesta ordem, terão respectivamente vinte minutos, prorrogáveis por outros dez minutos, conforme o art. 411, § 4º, do CPP.
Decisão do Juiz:
Convencimento da materialidade do fato e indícios suficientes de autoria = Pronúncia (art.413, CPP) – Recurso em sentido estrito
Não convencimento da materialidade do fato e ausência de indícios suficientes de autoria = Impronúncia (art.414,CPP) - Apelação
Inexistência do fato; provado não ser o acusado autor do fato;o fato não constituir infração penal; alguma causa de exclusão ou isenção do crime = Absolvição Sumária (art.415,CPP) – Apelação.
Quando há uma nova classificação jurídica do fato = Desclassificação (arts. 418 E 419, CPP) – Recurso em sentido estrito
Decisão de pronúncia
A decisão de pronúncia marca o acolhimento provisório, por parte do juiz, da pretensão acusatória – art. 413, CPP - tem natureza de decisão interlocutória mista não terminativa = Recurso cabível: Recurso em sentido estrito – art. 581, IV, CPP. 
Decisão de impronúncia
A impronúncia é uma decisão terminativa, pois encerra o processo penal sem julgamento do mérito. Está prevista no art. 414, CPP - Não faz coisa julgada material, podendo o processo ser reaberto a qualquer tempo, até a extinção da punibilidade, desde que surjam novas provas, ou seja, o art. 414, parágrafo único, do CPP, autoriza o oferecimento de outra denúncia ou queixa, caso advenham novas provas. Estas provas têm natureza de condição de procedibilidade para o exercício da nova ação = Recurso cabível: Apelação – art. 593, II, CPP
Ocorre, então, a despronúncia nos seguintes casos: 
(a) o juiz profere a decisão de pronúncia; é interposto o recurso emsentido estrito; o juiz exerce o juízo de retratação, transformando a pronúncia em despronúncia.
(b) o juiz profere a decisão de pronúncia; é interposto o recurso em sentido estrito; o juiz não exerce o juízo de retratação; os autos são enviados ao tribunal de justiça; se o recurso for provido, a pronúncia se transformará em despronúncia.
Decisão de absolvição sumária
A absolvição sumária, art. 415, CPP, é uma verdadeira sentença, com análise de mérito, sendo impugnada através do recurso de apelação. 
Incisos I e II: Exige prova robusta que conduza ao pleno convencimento do juiz de que o fato não existiu ou de que o acusado não é autor do fato.
Inciso III: O fato narrado não constitui infração penal, ou seja, é fato atípico. 
Inciso IV: quando estiver demonstrada qualquer causa de excludente de ilicitude (art. 23, CP). 
Observação: o art. 415, parágrafo único, do CPP, dispõe que não haverá absolvição sumária se o réu for inimputável, salvo se a única tese de defesa for neste sentido; é que, havendo outra tese (por exemplo, negativa de autoria), o réu deverá ser pronunciado, a fim de que tenha chance de não ser submetido à medida de segurança. Assim:
Com tese defensiva: pode ser impronunciado, absolvido sumariamente, pronunciado. 
Sem tese defensiva: absolvição sumária com aplicação de medida de segurança (absolvição sumária imprópria). 
Decisão de desclassificação
 Está prevista nos arts. 418 e 419, CPP. Desclassificar é dar ao fato uma definição jurídica diversa, tanto de um crime mais grave para outro menos grave ou o inverso. 
Pode ocorrer na 1ª fase ou no plenário, conforme as resposta dos jurados aos quesitos.
Na 1ª fase pode ser:
Própria: quando o juiz dá ao fato uma nova classificação jurídica, excluindo da competência do júri. Remete o feito ao juízo competente. 
Cabe recurso em sentido estrito – art. 581, II, CPP.
Imprópria: quando o juiz desclassifica, mas o crime residual continua sendo da competência do Tribunal do Júri, ou seja, o juiz desclassifica, mas pronuncia. 
Cabe recurso em sentido estrito – art. 581,IV, CPP.
Em plenário:
Própria: Se a resposta aos quesitos propostos negar que o agente tem agido com dolo ( direto ou eventual) haverá uma desclassificação própria, que conduzirá ao afastamento da competência do Júri. 
O julgamento será feito pelo juiz presidente, aplicando-se no que couber a Lei 9099/95.
Imprópria: Ocorre nos casos em que é reconhecido o excesso culposo na excludente ou admitida a participação dolosamente distinta . Nessa hipótese, os jurados firmam a competência do júri. 
Súmula 191, STJ. 
2ª Fase do Júri
PRECLUSÃO DA PRONÚNCIA (ART. 421)
 Não havendo interposição de recurso contra a decisão de pronúncia ou sendo negado provimento ao recurso interposto, seguem-se as seguintes fases
1. MANIFESTAÇÃO DO MP (art. 422)
 O Ministério Público terá o prazo de cinco dias para manifestar-se, podendo indicar até cinco testemunhas (considerando cada réu e cada crime), juntar documentos e requerer a realização de diligências.
2. MANIFESTAÇÃO DA DEFESA (ART. 422)
A defesa terá o prazo de cinco dias para manifestar-se, podendo indicar até cinco testemunhas (considerando cada réu e cada crime), juntar documentos e requerer a realização de diligências. 
3. PREPARO DO JULGAMENTO (art. 423)
 Antes de designar a data para o julgamento, o juiz deverá apreciar os pedidos feitos pelas partes, sanando eventual nulidade existente e preparando o processo, a fim de que a causa seja levada a julgamento do conselho de sentença.
4. INCLUSÃO EM PAUTA (ART. 429)
Estando o processo pronto para ser incluído em pauta, pode ocorrer o incidente do desaforamento, de acordo com os arts. 427 e 428, CPP. Trata-se de incidente exclusivo e preambular da 2ª fase do procedimento. Trata-se de verdadeira derrogação de competência. No entanto, de acordo com Sérgio Demoro Hamilton, é inadmissível o desaforamento para outro estado. Uma vez realizado o desaforamento, não se pode falar em reaforamento, mas é possível um novo desaforamento, se presente uma de suas causas.
DESAFORAMENTO: É o deslocamento de competência territorial do júri, para a comarca mais próxima, sempre que houver interesse de ordem pública, duvida sobre a imparcialidade do júri, sobre a segurança do réu ou quando por excesso de serviço e passado 6 meses da sentença de pronúncia não tiver sido realizado. 
Sendo possível após o trânsito em julgado da sentença de pronúncia. (art.427 e 428 CPP).
Reaforamento é o retorno a comarca original.
Cabe ao juiz organizar a sua pauta de julgamentos. A designação dos dias de julgamento deve respeitar o art. 429 do CPP, salvo quando um motivo relevante autorizar o desrespeito aos critérios previstos pelo legislador.
Estando o processo em ordem aplica-se o art. 431, ou seja, as partes serão intimadas para a sessão de instrução e julgamento.
O serviço é obrigatório – art. 436, CPP
Mitigação da obrigatoriedade – art. 437, CPP 
A Lei 11.689 definiu os serviços alternativos aos cidadãos que, convocados para servir como jurados, recusarem alegando objeção de consciência. 
A referida Lei regulamenta o art. 5º, VIII, CRFB que deve ler lido de forma combinada com o art. 15, CRFB. 
Efeito: com a recusa em cumprir a obrigação como jurado, quando fundada em crença religiosa, filosófica ou política a, não ocorrerá a perda ou suspensão dos direitos políticos, mas sim ao estabelecimento de serviço alternativo- art. 438, CPP
5. FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA (ARTS. 425, 433, 468 E 469)
De início, é preciso esclarecer que, normalmente, cada tribunal do júri tem uma lista com até mil e quinhentas pessoas inscritas (art. 425 do CPP). Depois, dos mil e quinhentos jurados, são sorteados vinte e cinco, que participarão de um conjunto de julgamentos, geralmente, realizados no período de um mês (art. 433 do CPP). No dia da sessão plenária, com a presença de, pelo menos, quinze dos vinte e cinco jurados, serão sorteados os sete jurados que comporão o Conselho de Sentença (arts. 468 e 469 do CPP). 
A cada jurado sorteado, o juiz deve ler o seu nome, podendo a defesa e, após, O MP , recusar o jurado sorteado. 
Há duas espécies de recusa:
Recusa motivada ( por suspeição, impedimento, incompatibilidade) - não há limite numérico.
Recusa imotivada – limitada a 3 para cada parte. 
- Prestação de compromisso dos jurados – Art.472, CPP
Antecedência mínima de 3 dias – art. 479 e parágrafo único, CPP. 
Objetivo: Evitar a surpresa e consequente violação do contraditório.
Como deve proceder o juiz presidente?
Poderá consultar a parte adversa sobre a concordância ou não em que seja utilizado o documento?
Como resolver essa situação?
Aplicar o artigo 479, CPP ou aplicar o art. 481, CPP. 
6.OITIVA DA VÍTIMA (art. 473)
O art. 473 do CPP dispõe que o primeiro ato de instrução na sessão plenária deva ser a oitiva da vítima; a ordem das perguntas é a seguinte: juiz, acusação, defesa e jurados.
7. OITIVAS DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO (art. 473, caput)
 Em seguida, devem ser ouvidas as testemunhas indicadas pela acusação; a ordem das perguntas é a seguinte: juiz, acusação, defesa e jurados
8. OITIVAS DAS TESTEMUNHAS DE DEFESA (art. 473, par. 1º)
 Depois, ouvem-se as testemunhas indicadas pela defesa; a ordem das perguntas é a seguinte: juiz, defesa, acusação e jurados.
9. LEITURA DE PEÇAS (ART. 473, § 3º)
 O art. 473, § 3º, do CPP, permite que as partes requeiram a leitura de peças, a qual deve se limitar às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis.
10. INTERROGATÓRIO (ar. 474)
  Por fim, o réu é interrogado, de acordo com os arts. 185 a 196 do CPP.
11. DEBATES
Obs: Art. 478, CPP:
Art. 478.  Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências:
        I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; 
        II – ao silêncio do acusado ou à ausênciade interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo.
11.1 SUSTENTAÇÃO DA ACUSAÇÃO (art. 476)
 Em regra, a acusação tem uma hora e meia para expor as suas teses aos jurados. Obviamente, a acusação pode pedir a absolvição do réu. Esta parte é toda oral, ou seja, não fica registro na ata de julgamento quando os argumentos usados pela acusação, mas apenas é feita uma indicação das teses sustentadas. Se houver mais de um réu, a acusação poderá usar duas horas e meia.
11.2 SUSTENTAÇÃO DA DEFESA (ART. 476, § 3º)
Depois, a defesa tem, em regra, duas horas e meia para sustentar todas as suas teses. Também aqui o único registro que fica na pauta de julgamento é a indicação das teses sustentadas. Se houver mais de um réu, a defesa poderá usar duas horas e meia.
11.3 RÉPLICA (ART. 476, § 4º)
Em regra, a acusação tem uma hora para a réplica, quando são repassados os principais pontos da acusação e rebatidos os argumentos da defesa. Cabe ressaltar que a réplica é facultativa, ou seja, o promotor vai à réplica se quiser. Se houver mais de um réu, a acusação poderá usar duas horas.
11.4 TRÉPLICA (ART. 476, § 4º)
A defesa, por sua vez, tem uma hora para a tréplica. Sendo a réplica facultativa, só se pode falar em tréplica quando há réplica. Se houver mais de um réu, a acusação poderá usar duas horas.
Os apartes fazem parte da essência dos debates.
Limites impostos pela nova sistemática – art. 480 c/c art. 497, XII, CPP.
Os apartes propriamente ditos são de duas espécies:
consentidos pelas partes;
Autorizados pelo juiz. 
12. SALA SECRETA (ART. 485 - 491)
Terminados os debates, o juiz, o promotor, o defensor, os oficiais de justiça e os sete jurados vão para a sala secreta. Cada jurado recebe uma cédula “sim” e uma cédula “não”. Não há conversa entre os jurados. O julgamento é sigiloso. 
Se a maioria dos votos for atingida na resposta de um quesito(4votos) o juiz não deve prosseguir com a leitura dos demais votos, em nome do sigilo das votações.
A sentença no rito do júri tem características próprias:
Não é fundamentada no que se refere às decisões dos jurados;
A fundamentação é adstrita à aplicação da pena;
Não possui relatório, já que este é elaborado antes da sessão – art. 494, CPP;
A sentença será lida em plenário pelo presidente do Tribunal do Júri, antes de encerrada a sessão de julgamento. 
 Há um princípio básico no tribunal do júri: em regra, quem decide são os jurados; cabe ao juiz apenas presidir a sessão para que ela seja realizada na forma prevista em lei.
SENTENÇA CONDENATÓRIA 
Os jurados condenam o réu. Neste caso, gostando ou não da decisão dos jurados, cabe ao juiz proferir a sentença condenatória. Como os jurados decidem secretamente, ou seja, sem fundamentar a decisão, não cabe ao juiz, na sentença, tentar justificar a decisão dos jurados. O juiz apenas fixará a pena, adotando os critérios que a lei prevê. Apenas a fixação da pena deve ser fundamentada.
DESCLASSIFICAÇÃO
Os jurados desclassificam a acusação. Esta é a hipótese mais problemática para o juiz. Ao desclassificarem, os jurados afirmam que o réu não praticou crime doloso contra a vida, mas não descartam a hipótese dele ter praticado algum outro crime (ex. os jurados afirmam que o réu atirou na vítima sem vontade de matar; não se pode falar em tentativa de homicídio, mas, de toda forma, houve um fato a ser julgado). Como houve a desclassificação, o art. 492, § 1º, do CPP, determina que o juiz profira a sentença como se estivesse numa vara criminal, inclusive aplicando as medidas despenalizadoras previstas na Lei 9099. 
Nessa hipóteses, o juiz suspenderá a sessão, irá para o seu gabinete e proferirá a sentença, a qual deverá ser completamente fundamentada. O juiz deve fundamentar eventual absolvição e, no caso de condenação, deve fundamentar a condenação e também a fixação da pena.
Teoria Geral dos Recursos
O recurso é o mecanismo processual através do qual se provoca o reexame de uma decisão.
FUNDAMENTO JURÍDICO DO RECURSO - O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
A base está no direito de poder recorrer, ou seja, de que as decisões possam submeter-se a reexames sucessivos viáveis, visando adquirir uma melhor decisão possível ao caso.
- como regra, o recurso exige dualidade de jurisdições, uma inferior (da qual se recorre) e outra superior (para a qual se recorre).
OBS 1: Às vezes o recurso é dirigido para o próprio prolator da decisão (ex.: embargos de declaração).
OBS 2: Também há casos em que não existe um duplo grau de jurisdição (ex.: hipótese da ação penal originária -STF).
- Princípios:
(1) Taxatividade ou Legalidade – os recursos sempre dependem de previsão legal.
(2) princípio da unirrecorribilidade:
Em regra, cada decisão desafia um único recurso. Entretanto, há uma exceção que deve ser ressaltada.
O art. 26 da Lei 8038/90 determina que contra o acórdão do TJ, em tese, é possível interpor simultaneamente o recurso especial para o STJ (art. 105 da CF) e o recurso extraordinário para o STF (art. 102 da CF).
(3) Princípio da fungibilidade recursal:
O art. 579 do CPP dispõe que o recurso interposto de forma equivocada deve ser recebido como se fosse o recurso adequado, salvo se houver má-fé da parte recorrente. 
O que se entende como má-fé?
Para a doutrina, há dois critérios para o exame da má-fé.
critério objetivo: entende-se que há má-fé quando o recurso equivocado é interposto fora do prazo do recurso adequado.
critério subjetivo: entende-se que há má-fé quando há um erro grosseiro na interposição do recurso.
(4) Non Reformatio In Pejus– é também chamado de personalidade dos recursos e vem previsto no art. 617 do CPP. A regra é que o recurso seja examinado nos limites de sua apresentação e, assim, quem apelou solitariamente, não pode ver sua situação agravada. Tal princípio é aplicável a qualquer recurso. 
Deriva desse princípio a NON REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA que significa que, se apenas a defesa recorre e o processo é anulado, em segundo julgamento, a situação do réu não poderá ser agravada, situação que não se aplica ao Júri, posto confrontar com a soberania dos veredictos, que tem previsão constitucional. 
No que pertine à REFORMATIO IN MELLIUS, segundo entendimento dominante, é permitida sem questionamentos. 
PRESSUPOSTOS E REQUISITOS - ATENÇÃO: Se presentes os pressupostos, diz-se: recurso conhecido. Se ausentes os pressupostos, diz-se: recurso não conhecido.
- um recurso pode ser conhecido (quando presentes os pressupostos exigidos);
- ou não-conhecido (quando ausente um ou mais dos pressupostos exigidos).
Se conhecido:
-poderá ser provido (reformando-se a decisão no todo ou em parte); 
- ou improvido (mantendo-se a decisão anterior).
Cabimento – é a possibilidade jurídica do pedido recursal. É a lei que autorizará a interposição do recurso (princípio da taxatividade). Caso a lei seja omissa, dever-se-á verificar a possibilidade de aplicação analógica do CPC, que incidirá se houver possibilidade de preclusão temporal. Se não houver tal possibilidade, a parte deverá aguardar o fim do processo com a decisão final para que possa recorrer.
Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo previsto em lei, sob pena de preclusão.
Atenção: a contagem do prazo para o recurso vem estabelecido no art. 798 CPP.
OBS: Os prazos recursais são fatais, contínuos e peremptórios, conforme art. 798 CPP, não se interrompendo, em regra, por férias, domingo ou feriado, salvo nas hipóteses dos §3º (caso acabe no domingo, prorrogar-se-á para dia posterior) e §4º (impedimento do juiz, força maior ou obstáculo judicial imposto pela parte contrária)
STF súmula 310: “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita neste dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil a seguir.”
Súmula 428 do STF: "Não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora despachada tardiamente.”
Súmula nº 216 STF: "A tempestividadedo recurso interposto no Superior Tribunal de Justiça é aferida pelo registro no protocolo da
Secretaria e não pela data da entrega na agência do correio.“;
A Lei nº 9.800/99, permite às partes a utilização de sistema de transmissão de dados e imagens tipo fax ou outro similar, desde que os originais sejam entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data do término do prazo estipulado em lei.
Requisitos objetivos:
Regularidade formal – nos casos em que a lei exigir é preciso cumprir determinadas formalidades, tais como: o preparo, o oferecimento das razões, etc. 
Ausência de fatos impeditivos ou extintivos (Desistência, Deserção, Preclusão e Renúncia) 
A desistência não se aplica ao MP, por força do que determina o art. 576 do CPP (ver art. 42 do CPP). 
A deserção é o não pagamento das custas para a interposição do recurso- O art. 806, § 2º, do CPP: a falta de pagamento das custas, no caso de ação de iniciativa privada, se o recorrente não for pobre, acarreta a deserção, impedindo o julgamento do mérito da pretensão recursal.
A preclusão é a perda da faculdade de recorrer. 
 A renúncia é a manifestação de vontade no sentido de não interpor o recurso. Diferencia-se da desistência, pois esta ocorre após a interposição do recurso, e aquela, antes. 
Requisitos subjetivos:
Legitimidade – é a pertinência subjetiva dos recursos, isto é, somente se admitirá recurso interposto pela parte que tenha legítimo interesse na modificação da decisão – art. 577 do CPP. Lembramos que, caso haja divergência entre a vontade do réu e de seu defensor no sentido da interposição do recurso, prevalecerá a vontade daquele que desejar sua interposição.
Interesse – se a lesão ou ameaça a direito não foi afastada pela decisão, somente através do recuso poderá ser corrigida. Deve ser respeitado o binômio necessidade/utilidade. Em regra, estará presente o interesse nas hipóteses de sucumbência, que significa a desconformidade entre o que foi pedido e o que foi decidido. No entanto, há hipóteses que haverá interesse, ainda que não haja esta aparente desconformidade.
Hipóteses de aparente ausência de sucumbência, mas permanência do interesse em recorrer pelo réu:
Interesse do réu em recorrer de sentença absolutória– existe nos casos em que a sentença não afastar a possibilidade de responsabilização civil – absolvição por excludente de culpabilidade.
Interesse do réu em recorrer de sentença que concede perdão judicial – existe, pois não afasta a possibilidade de responsabilização civil (é sentença declaratória da extinção da punibilidade).
Efeitos:
Devolutivo –, Deve ser entendido como a característica por meio da qual o recurso devolve ao órgão jurisdicional toda a matéria analisada. 
 O efeito devolutivo cria uma limitação ao órgão que analisará o recurso, pois o recorrente deverá estabelecer a matéria a ser verificada. Trata-se do princípio do Tantum devolutum quantum apelatum. É a petição de interposição que limita a matéria a ser analisada. 
Teoria Da Causa Madura 
Nos recursos em que a devolução da matéria for ampla, é possível que o juízo ad quem conceda o que não foi pedido pela parte, desde que haja provas suficientes para tal. 
Regressivo – é o efeito no qual a matéria é devolvida para o mesmo órgão jurisdicional que proferiu a decisão, como ocorre nos embargos de declaração.
Suspensivo – incidirá quando a interposição do recurso impede que a decisão produza imediatamente os seus efeitos. É preciso que haja previsão expressa na lei, como ocorre com o art. 597 do CPP. Se a lei for omissa, o efeito será apenas devolutivo.
Extensivo – ocorre quando a interposição do recurso por um dos réus aproveita aos demais, desde que o fundamento não seja de caráter subjetivo (pessoal) – art. 580 do CPP. Paulo Rangel entende que o efeito extensivo é da decisão e não do recurso e, assim, também incidirá nas ações autônomas de impugnação.
Juízo de admissibilidade dos recursos:
O juízo de prelibação é o exame dos pressupostos processuais, ou seja, o exame da admissibilidade ou não da pretensão recursal. É realizado em ambas as instâncias. Primeiro o juízo a quo, onde, preenchidas as formalidades legais o juiz de primeiro grau recebe ou não o recurso. Segundo, no juízo ad quem onde o tribunal, após analisar a presença dos requisitos intrínsecos e extrínsecos (formalidades legais) conhece ou não do recurso.
Ultrapassado o juízo de prelibação, o tribunal passará ao juízo de delibação ou de mérito. Nesta fase serão analisados os eventuais vícios de procedimento ou de julgamento que possam macular a decisão (error in procedendo e error in judicando, respectivamente). No primeiro caso, a sentença é anulada, cassada e outra deverá ser proferida pelo juízo a quo. No segundo caso, a sentença é reformada ou modificada diretamente pelo tribunal, pois, se os autos fossem baixados para que o juiz proferisse outra decisão, haveria ofensa ao livre convencimento motivado e à independência funcional. 
Recurso em sentido estrito - cabível para impugnar as decisões interlocutórias do magistrado, nas hipóteses expressamente previstas em lei.
Rol do art. 581 do CPP:
 Trata-se, segundo a doutrina majoritária, de rol taxativo. Tal entendimento leva em conta o Princípio da Taxatividade dos Recursos .
Entretanto, Guilherme de Souza Nucci entende que, não obstante o rol seja taxativo, admite interpretação extensiva. Isso não amplia o rol, mas permite que determinadas situações se enquadrem no dispositivo interpretado, a despeito de sua linguagem mais estrita. 
Hipóteses de CABIMENTO do recurso em sentido estrito:
 
INCISO I - Trata da rejeição da denúncia. O CPP não prevê recurso contra a decisão que recebe a denúncia. Por isso, a doutrina e a jurisprudência criaram a figura do chamado habeas corpus trancativo, o qual é cabível sob a alegação de que inexiste justa causa para a ação penal.
INCISO II – Trata da decisão que reconhece a incompetência do juízo. Assim, não há recurso quando a parte sustenta a incompetência do juízo, mas o juiz afirma a sua competência. Neste caso, é possível impetrar habeas corpus, com base nos princípios do promotor natural e do devido processo legal, previstos no art. 5º, LIII e LIV, da CF, objetivando que o tribunal reconheça a incompetência do juízo e determine o declínio da competência.
INCISO III – Arts. 99 e 100 do CPP.
INCISO V – Não contempla decisão de rejeição de Liberdade Provisória sem fiança (art. 310, p. ú, e 325, §1º, I, todos do CPP) em relação a qual, cabe HC.
INCISO VI – Tal decisão tem natureza de verdadeira sentença (julgamento antecipado da lide) e o recurso tecnicamente cabível deveria ser a apelação e por esta razão foi revogado pela lei 11.689/08 por força do art. 416 do CPP que prevê recurso de apelação para esta hipótese.
INCISO VIII – o recurso é em sentido estrito, pois, embora se trate de decisão definitiva, segundo Eugênio Pacelli, ocorre a solução do mérito (e não seu julgamento).
INCISO XI- Trata da suspensão condicional da pena, mas perdeu aplicação. É que, se a matéria for tratada na própria sentença condenatória, caberá apelação por força do art. 593, § 4º, do CPP. Por outro lado, se a matéria for tratada na execução penal, caberá o agravo em execução do art. 197 da Lei 7210/84.
INCISO XV - Trata do caso de denegação da apelação. Não se pode confundir denegação ou desprovimento. No primeiro caso, há apenas um juízo de admissibilidade negativo, ou seja, o juiz deixa de receber a apelação. No segundo caso, o juízo de admissibilidade foi positivo, mas o tribunal negou provimento ao recurso. O recurso em sentido estrito poderá ser interposto apenas para discutir a admissibilidade da apelação.
Procedimento do Recurso em sentido estrito:
(a) o juiz profere a decisão.
 
(b) no prazo de cinco dias, a parte ajuíza apenas a petição de interposição, manifestando o seu inconformismo com a decisão (art. 586 do CPP).
 
(c) o juiz faz o juízo de admissibilidade do recurso; se o recurso for recebido, devem ser observadas as fases abaixo; se o recursonão for recebido, é possível a interposição do recurso de carta testemunhável (art. 639 a 646 do CPP), apenas para discutir a admissibilidade do recurso em sentido estrito.
(d) após receber o recurso, o juiz intima a parte recorrente, para que apresente suas razões recursais.
 
(e) no prazo de dois dias, a parte recorrente deve apresentar suas razões recursais. (art.588)
 
(f) no prazo de dois dias, a parte recorrida deve apresentar as suas contrarrazões recursais. (art.588)
 
(g) no prazo de dois dias, com as razões e as contrarrazões, o juiz tem a possibilidade de exercer o juízo de retratação (art. 589, caput, do CPP).
(h) se o juiz não exercer o juízo de retratação, ou seja, se for mantida a decisão recorrida, os autos sobem ao tribunal para o julgamento do recurso.
(i) se o juiz exercer o juízo de retratação, ou seja, se for reconsiderada a decisão, os autos permanecem na primeira instância e o processo segue normalmente, salvo se, inconformada com a reconsideração, a parte então recorrida interpuser recurso, sendo certo que, neste caso, através de simples petição, sem a necessidade de novas razões e contrarrazões, a parte inconformada com a reconsideração da decisão levará a matéria à apreciação do tribunal (art. 589, parágrafo único, do CPP).
O recurso em sentido estrito, em regra, só tem efeito devolutivo. Porém, nos casos previstos no art. 584 do CPP (581, VII, XII, XV, XVII e XXIV, do CPP), haverá efeito SUSPENSIVO. 
 
No entanto, estas hipóteses como as decisões de concessão do livramento condicional (art. 581, XII) e unificação das penas (art. 581, XVII) são proferidas na fase da execução (cabe agravo em execução, art. 197 da Lei 7.210/84) e a decisão que converte multa em prisão (art. 581, XXIV) é, atualmente, inadmissível, conforme art. 51 do CP (alterado pela Lei 9.269/96), portanto, do rol disposto no art. 584, do CPP, somente o art. 581, VII e XV, não se aplicando mais os incisos XII, XVII e XXIV.
O STF, através das Súmulas 208 e 210, pacificou sua jurisprudência no sentido de que o assistente de acusação somente pode recorrer em sentido estrito nos casos previstos no art. 584, §1º do CPP c/c 596 e 598, ambos do CPP (sentença de impronúncia – art. 416 c/c do CPP e a decisão que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade, art. 581, VIII).
Recurso de Apelação: é cabível para impugnar as sentenças e as decisões com força de definitivas, que apreciam o mérito da causa. 
 A apelação, quanto à extensão, pode ser classificada em:
 total (plena) quando impugna a integralidade da decisão;
parcial (limitada) quando ataca alguns aspectos, partes da decisão. 
A apelação está prevista nos arts. 593 a 606 do CPP.
O art. 593, I, do CPP, refere-se às sentenças definitivas.
Cabe ressaltar que o art. 593, I, do CPP, contém uma regra geral: cabe apelação contra condenação ou absolvição proferida por juiz singular. Mas há exceção: no caso de absolvição sumária, o recurso a ser interposto é o recurso de apelação previsto no art. 416, do CPP.
O art. 593, II, do CPP, trata das decisões definitivas e com força de definitivas.
A decisão definitiva também é chamada de terminativa de mérito. A decisão com força de definitiva também é chamada de interlocutória mista terminativa. O caso é da chamada apelação residual. É que a decisão a ser recorrida deve ser definitiva ou com força de definitiva mas contra ela não pode caber o recurso em sentido estrito previsto no art. 581 do CPP.
O art. 593, III, a, do CPP, refere-se à nulidade posterior à pronúncia. 
Quando a nulidade é relativa e ocorre após a pronúncia, o recurso a ser interposto é a apelação do art. 593, III, a, do CPP. Isso ocorre porque a nulidade relativa é passível de preclusão. Entretanto, se a nulidade for absoluta, pouco importa se ocorreu antes ou depois da pronúncia, já que não haverá preclusão. Em se tratando de nulidade absoluta, sempre se poderá interpor a apelação com base no art. 593, III, a, do CPP.
Observação: 
Se a apelação for provida, os atos considerados nulos deverão ser repetidos, inclusive com a realização de novo julgamento pelo tribunal do júri.
O art. 593, III, b, do CPP, refere-se à sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados.
No primeiro caso, o juiz ignora flagrantemente a lei. No segundo caso, o juiz desrespeita a decisão dos jurados.
Observação: 
Se a apelação for provida, o vício existirá apenas na própria sentença, sem macular todo o julgamento do tribunal do júri; por isso, o tribunal de justiça apenas adequará a sentença, fixando corretamente a pena, sem determinar a realização de novo julgamento pelo tribunal do júri, como determina o art. 593, § 1º, do CPP.
O art. 593, III, d, do CPP, trata da decisão dos jurados que foi proferida de forma manifestamente contrária à prova dos autos.
A expressão “manifestamente” significa flagrantemente, absurdamente etc. contrária à prova dos autos. Trata-se da única hipótese em que se critica o mérito da decisão dos jurados. 
Observação:
O art. 5º, XXXVIII, da CF, prevê a soberania dos veredictos e, mesmo assim, o CPP prevê um recurso desafiando tal soberania. Mas o recurso só será provido se a decisão dos jurados for absurda. Se houver duas teses razoáveis, ou seja, duas teses que encontram amparo na prova dos autos, a apelação não será provida porque os jurados apenas optaram por uma das teses.
Se a apelação for provida, ou seja, se o tribunal de justiça reconhecer que a decisão dos jurados foi absurda, ele apenas determinará a realização de novo julgamento pelo tribunal do júri, com a participação de outros sete jurados, como determina o art. 593, § 3º, do CPP.
O próprio art. 593, § 3º, do CPP, registra que o recurso com fundamento no art. 593, III, d, do CPP, só pode ser interposto uma única vez. Cabe lembrar que isso não significa que cada parte possa usar o art. 593, III, d, do CPP, uma vez. Tal dispositivo só pode ser usado uma única vez, consideradas ambas as partes, ou seja, a sua utilização pela defesa impede que a acusação o utilize e vice-versa.
Legitimidade:
Ministério Público
O MP tem legitimidade para recorrer, mas com ressalva:
Em caso de ação penal privada, carecendo o MP de legitimidade para propor ação , não tem legitimidade para recorrer em caso de absolvição, mas , tratando-se de sentença penal condenatória poderá recorrer como custos legis.
Acusado e seu defensor 
Possuem ampla e autônoma legitimidade para apelar.
Ofendido 
O ofendido tem legitimidade para apelar, estando ou não habilitado como assistente da acusação, podendo inclusive apelar supletivamente na forma do art. 598, CPP, ou seja, caso não haja recurso do MP no prazo legal, o ofendido poderá em 15 dias apelar.
Ofendido habilitado como assistente da acusação 
X
 ofendido não habilitado 
STF- O habilitado tem prazo de 5 dias (art. 593, CPP), não se aplicando o prazo de 15 dias do art. 598, parágrafo único, CPP.
STJ – A lei não distingue entre ofendido habilitado ou não, sendo assim o prazo é igual para ambas as hipóteses, aplicando-se o art. 598, parágrafo único, CPP, cujo prazo é de 15 dias. 
Procedimento do recurso de apelação
(a) o juiz profere a sentença.
 
(b) no prazo de cinco dias, a parte ajuíza apenas a petição de interposição, manifestando o seu inconformismo com a sentença (art. 593 do CPP).
 
(c) o juiz faz o juízo de admissibilidade do recurso; se o recurso for recebido, devem ser observadas as fases abaixo; se o recurso não for recebido, é possível a interposição do recurso em sentido estrito (art. 581, XV, do CPP), apenas para discutir a admissibilidade do recurso de apelação.
(d) após receber o recurso, o juiz intima a parte recorrente, para que apresente suas razões recursais.
 
(e) no prazo de oito dias, a parte recorrente deve apresentar suas razões recursais (art. 600 do CPP).
(f) no prazo de oito dias, a parte recorrida deve apresentar as suas contrarrazões recursais (art. 600 do CPP).
 
(g) em seguida, o juiz necessariamente envia os autos ao tribunalde justiça, para julgamento do recurso, sem ter a possibilidade de exercer o juízo de retratação
Nos processos do JECRIM , é cabível a apelação nas seguintes hipóteses:
a) contra a decisão que homologa ou deixa de homologar a transação penal (art. 76, § 5º, da Lei n. 9.099/95); contra a decisão que rejeita a denúncia ou a queixa (art. 82, caput, da Lei n. 9.099/95);
b) contra a sentença definitiva de condenação ou absolvição (art. 82, caput, da Lei n. 9.099/95).
O prazo para apelar, em qualquer dessas hipóteses é de 10 dias. No rito sumaríssimo, a apelação deve ser interposta por petição (vedada a interposição por termo nos autos), além do que deve vir acompanhada das razões de inconformismo, já que não há previsão de prazo destacado para que se arrazoe o recurso. O recorrido terá 10 dias para apresentar resposta ao recurso (art. 82, § 2º, do CPP).
Efeitos – 
DEVOLUTIVO – A apelação devolve ao Tribunal o conhecimento da matéria impugnada, bem como aquelas que podem ser conhecidas de ofício. 
SUSPENSIVO- O efeito suspensivo inibe os efeitos da sentença até o julgamento do órgão superior. 
Art. 596, CPP- não há efeito suspensivo de sentença absolutória. 
Art. 597, CPP – há efeito suspensivo quando se tratar de sentença condenatória. 
OBS.:A segunda parte, que tratava das ressalvas não vigora mais, diante da reforma do CP (aplicação provisória de interdição de direitos e medidas de segurança), da LEP (suspensão condicional da pena), bem como da revogação do art. 393, CPP em razão do art. 5º, LVII, CF. 
EXTENSIVO – previsto no art. 580, CPP. 
Embargos Infringentes - É o recurso oponível contra o acórdão não unânime que houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, desde que desfavorável ao réu.
Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência. 
Requisitos de admissibilidade 
a existência de decisão não unânime;
decisão desfavorável ao acusado;
que a decisão tenha sido proferida no julgamento de recurso em sentido estrito ou recurso de apelação.
Prazo
Os embargos deverão ser interpostos no prazo de dez dias, a contar da publicação do acórdão, dirigidos e apresentados diretamente no Tribunal responsável pelo julgamento do recurso. 
Legitimidade:
É um recurso exclusivo da defesa - art. 609, p único, CPP.
Observações:
Se a decisão não unânime for apenas parcial, havendo unanimidade quanto à solução de outras questões, a defesa deverá opor os embargos apenas em relação a esta parte e, em relação a parte unânime, o recurso cabível concomitantemente. 
Os embargos infringentes referem-se à questão de direito material, enquanto que embargos de nulidade à questão de direito processual,  não sendo permitido ampliar a discussão.
Procedimento:
Os embargos infringentes e de nulidade devem ser interpostos no prazo de dez dias e devem ser dirigidos ao desembargador relator do acórdão recorrido, o qual fará o juízo de admissibilidade. 
A petição de interposição deve vir acompanhada das razões recursais. 
A outra parte, ou seja, a parte embargada terá dez dias para apresentar suas contrarrazões. Os autos serão distribuídos à câmara criminal distinta daquela que proferiu o acórdão recorrido. Outros cinco desembargadores devem julgar os embargos.
Embargos de Declaração - Os embargos de declaração buscam esclarecer a decisão embargada, quando nela houver ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão, interpostos para o órgão prolator da decisão.
O recurso de embargos declaratórios é previsto em primeira e segunda instâncias. 
Contra sentença estão previstos no art. 382, CPP.
Contra acórdão estão previstos no art. 620, CPP. 
Legitimidade e processamento
Podem embargar a decisão o acusado, o Ministério Público ou querelante e o assistente de acusação. 
Nada impede, por outro lado, que a parte vencedora se utilize
dos embargos a fim de sanar, por exemplo, eventuais omissões ou contradições.
A petição de interposição deve vir acompanhada das razões recursais. 
Em regra, a outra parte, ou seja, a parte embargada não apresenta contrarrazões.
Prazos
Nos procedimentos em geral, os embargos serão opostos no prazo de 2 dias, contados da intimação, e serão endereçados ao juiz (na hipótese de sentença) ou ao relator (na hipótese de acórdão). ]
Nos procedimentos do Juizado Especial Criminal, porém, o prazo para oposição dos embargos declaratórios é de 5 dias (art. 83, § 1º, da Lei n. 9.099/95).
Efeitos
O CPP não disciplina as consequências da oposição dos embargos para a fluência dos prazos para os demais recursos, aplicam -se, por analogia, as disposições da legislação processual civil em relação à matéria: de acordo com a redação do art. 538 do Código de Processo Civil, a oposição dos embargos acarreta a interrupção do prazo para outros recursos. 
Nos Juizados Especiais Criminais, contudo, a oposição dos embargos implica a suspensão do prazo para a interposição de outros recursos (art. 83, § 2º, da Lei n. 9.099/95), ou seja, após o julgamento dos embargos, o prazo corre apenas pelo período restante.
CARTA TESTEMUNHÁVEL 
Dirige-se contra a decisão que denega recurso interposto – art. 639, I, CPP ou que impede o seguimento daquele admitido – art. 639, II, CPP.
SOMENTE SERÁ CABÍVEL QUANDO A LEI NÃO PREVIR EXPRESSAMENTE OUTRO RECURSO.
Assim, é um recurso raramente utilizado na prática.
Denegação da apelação: cabe recurso em sentido estrito- art. 581, XV, CPP.
Denegação de embargos infringentes e de nulidade: Cabe agravo regimental, nos termos do regimento interno respectivo.
Prazo: 48 horas após a ciência do despacho.
O recurso deve ser dirigido ao escrivão, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas.
Efeito: não possui efeito suspensivo – art. 646, CPP.
Procedimento: Segue o previstos no art. 639 e seguintes, CPP.
Na instância superior, o rito do recurso denegado – art. 645, CPP. 
Revisão Criminal – é instrumento processual que pode ser utilizado somente em favor do acusado e que visa rescindir sentença penal condenatória transitada em julgado. 
Funda -se no princípio de que a verdade formal já espelhada na sentença deve ceder passo ante a necessidade de corrigir -se eventual injustiça.
Pressupostos e oportunidade
Legitimidade das partes, interesse de agir, pedido juridicamente possível.
A revisão, devido ao caráter rescisório que ostenta, pressupõe, ainda a existência de sentença condenatória ou de sentença absolutória imprópria passada em julgado, sem o que não pode ser manejada. 
A revisão pode ser ajuizada a qualquer tempo, mesmo depois do falecimento do sentenciado e de eventual extinção da pena (art. 622, caput, do CPP).
Registre -se, ainda, que, para requerer revisão criminal o condenado não é obrigado a recolher -se à prisão (Súmula n. 393 do STF).
Cabimento – art. 621, CPP
I- É cabível a revisão quando a decisão mostrar -se inequivocamente em conflito com o direito material (penal ou extrapenal) ou processual. 
É incabível a revisão, porém, com fundamento em alegação de modificação do entendimento jurisprudencial dominante que ensejou a condenação.
Não se admite, também, a revisão para aplicação de lei nova mais benéfica (lex mitior), já que a questão deve ser objeto de mero requerimento e apreciação pelo juízo da execução.
II – Basta a alegação da existência de documentos, exames ou depoimentos falsos para que viabilize o conhecimento da revisão criminal. 
III- O fundamento, nessa hipótese, é a revisão das provas, quando o material probatório não foi apreciado no processo anterior. 
OBS.: O pedido de revisão criminal só pode ser proposto uma única vez, salvo se fundado em novas provas – art. 622, p. único, CPP). 
Legitimidade 
Diante da gravidade da condenação, o art. 623, CPP traz um rol bastante amplo.
Procedimento 
A competência é sempre de um órgão colegiado. 
Assim: 
Caberá ao STF e ao STJ o processo e o julgamento das ações de revisão quanto às condenações por eles proferidas. 
Nas condenações de primeiro e segundo grau, a competência será dosTribunais de Justiça ou dos Tribunais Regionais Federais – art. 624, §§ 2º e 3º, CPP.
Conteúdo da nova decisão 
Em relação à correlação entre o pedido e a revisão, a amplitude da matéria a ser examinada é a maior possível, podendo o Tribunal proferir decisão absolutória, mesmo quando o pedido tenha sido de anulação do julgado ou diminuição da pena. 
Não pode, porém, agravar a situação do condenado. 
A vedação constante no parágrafo único do artigo 626, CPP diz respeito tanto à reformatio in pejus como também a reformatio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vício insanável, é vedado que o juiz prolate nova decisão com pena exasperada, isto é, com pena mais grave, mais exacerbada do que a fixada anteriormente, no juízo da condenação.
Revisão criminal e a decisão do Tribunal do Júri 
1ª corrente:
O Tribunal, ao julgar a revisão, tem competência para fazer o juízo rescindente e também o juízo rescisório.
Quem defende: Ada Pellegrini Grinover
2ª corrente:
O Tribunal só poderá fazer o juízo rescindente, devendo determinar que seja realizado novo júri ao invés de absolver o réu.
Quem defende: Guilherme de Souza Nucci
Entendimento do STJ 
(...) 1. É possível, em sede de revisão criminal, a absolvição, por parte do Tribunal de Justiça, de réu condenado pelo Tribunal do Júri.
(...)
5. Em uma análise sistemática do instituto da revisão criminal, observa-se que entre as prerrogativas oferecidas ao Juízo de Revisão está expressamente colocada a possibilidade de absolvição do réu, enquanto a determinação de novo julgamento seria consectário lógico da anulação do processo. (...)
HABEAS CORPUS - O habeas corpus pode ser impetrado tanto antes quanto depois do trânsito em julgado da decisão e, até mesmo, antes de iniciada a ação penal. Podendo, ainda, ser utilizado como substituto do recurso cabível ou impetrado cumulativamente a ele. 
Cabimento
O habeas corpus dirige-se contra ato atentatório da liberdade de locomoção, não sendo necessário que haja uma ordem de prisão contra a pessoa ou que ela já esteja presa.
São poucas as restrições quanto ao manejo do HC: 
Súmula 693: “Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única culminada.” 
Súmula 694: “Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.” 
Súmula 695: “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.” 
Com o advento da Lei 11.719/08:
A decisão do Tribunal que concede a ordem em HC fundado em atipicidade ou extinção da punibilidade, quando já em curso a ação penal, será de absolvição sumária – art. 397, CPP.
Se o HC foi impetrado para o fim de trancamento da o inquérito, determinar-se-á o arquivamento do inquérito. 
Competência 
A regra básica é: sempre a autoridade hierarquicamente superior àquela que determinou o ato (autoridade coatora), contra o qual se impetra o HC, é que julga a ação. 
Ato de delegado-> Impetra-se o HC para o juiz da primeira instância julgar. 
Ato de juiz de primeira instância -> HC para o Tribunal competente (federal, estadual, militar, eleitoral etc.). 
Ato de Tribunal de segunda instância (TJ, TRF, TRE, TJM) -> HC para o STJ (quando competente a justiça federal ou estadual), STM (se o caso é da justiça militar) ou TSE (se é caso da justiça eleitoral);
Ato do STJ, STM ou TSE -> HC para o STF.
De acordo com o STF, cabe aos Tribunais de Justiça dos Estados e aos Tribunais Regionais Federais o julgamento de habeas corpus impetrado contra decisões das Turmas Recursais Estaduais e Federais, respectivamente. 
Legitimidade e procedimento 
O procedimento do HC deve ser célere e simplificado. 
O art. 654, CPP prevê que o HC poderá ser impetrado - impetrante – em seu favor ou de outrem, além do MP. 
Os juízes , ex officio, poderão expedir Hc – art. 654, § 2º, CPP. 
Na 1ª instância não há exigência de pedido de informações à autoridade coatora (art. 662, CPP) e oitiva do MP (art. 660, MP), como ocorre nos Tribunais.

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