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Gestão e poluição de recursos hídricos

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Gestão e poluição de recursos hídricos
Emanoella rodrigues r. de oliveira
Kátia Cristiane oliveira souza
introdução
Recurso natural essencial
componente bioquímico, 
meio de vida, 
produção de bens de consumo.
Distribuição de água no planeta
Fonte: MMA/MEC/IDEC, 2015
Brasil
13,7% da água do planeta
Região amazônica: 73% de água e 5% da população
utilização da água
Uso consuntivo
Uso não consuntivo
Uso local
Principais demandas: 
 infraestrutura social 
 agricultura e aquicultura
 industrial 
 preservação do ambiente
O AUMENTO DA POPULAÇÃO E DO DENSEVOLVIMENTO URBANO E INDUSTRIAL ESTÃO RELACIONADOS A SITUAÇÕES DE POLUIÇÃO E ESCASSEZ DOS RECURSOS HÍDRICOS, RESULTANDO NA DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA. 
PARA ENFRENTAR ESSES PROBLEMAS É NECESSÁRIO ADOTAR MODELOS DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS QUE CONSIDEREM UMA VISÃO SISTÊMICA E INTEGRADA DOS ELEMENTOS QUE COMPÕE O MEIO AMBIENTE. 
ADOÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO E PROCESSO PARTICIPATIVO E DESCENTRALIZADO.
GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL
1972 – CRIAÇÃO DA SECRETARIA ESPECIAL DE MEIO AMBIENTE:
CLASSIFICAÇÃO E APROVEITAMENTO MÚLTIPLO DAS ÁGUAS
1981 – sistema nacional de meio ambiente – lei nº 6.938
Conjunto de ações articulado e descentralizado
1997 – lei das águas – lei nº 9.433: política nacional de recursos hídricos(PNRH) e sistema de informações de recursos hídricos (SINGREH)
Lei das águas
Objetivos: assegurar a disponibilidade de água necessária às gerações atual e futuras; utilização racional e integrada dos recursos hídricos; e prevenção e defesa contra eventos críticos de origem natural ou antropogênica
Fundamentos: água é um bem de domínio público, recurso natural finito dotado de valor econômico, bacia hidrográfica como unidade de planejamento.
Lei das águas - instrumentos
Planos de Recursos Hídricos: planos diretores de longo prazo que possuem o objetivo de fundamentar e orientar a PNRH e os recursos hídricos.
Enquadramento dos corpos de água em classes: classifica os corpos hídricos com base nos usos preponderantes, a fim de garantir a qualidade das águas.
Outorga de direito de uso dos recursos hídricos: possuem o objetivo de garantir o controle quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos e o acesso a eles pelos usuários. 
Lei das águas - instrumentos
Cobrança do Uso de Recursos Hídricos: tem como objetivos, reconhecer a água como bem econômico, incentivar o uso racional da água, e obter recursos para financiar programas e intervenções relacionados aos recursos hídricos. 
Sistema de Informações em Recursos Hídricos: sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre os recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.
Sistema de informações em recursos hídricos
Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH): órgão de caráter deliberativo e normativo, que entre as suas competências estão a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional, estadual e de setores usuários; deliberação sobre projetos de aproveitamento dos recursos hídricos quando as repercussões extrapolarem o Estado em que estão inseridos; acompanhamento e aprovação do Plano de Recursos Hídricos; estabelecimento de critérios gerais para outorga de direito do uso da água. 
Sistema de informações em recursos hídricos
Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal: órgãos colegiados que possuem atribuições normativas, deliberativas e consultivas. Suas finalidades e objetivos estão voltadas à valorização dos corpos hídricos de domínio estadual, entre eles estão o estabelecimento de parâmetros para outorga e cobrança, aprovação da criação de Comitês de Bacias Hidrográficas no estado, coordenar a aplicação de instrumentos da PNRH e atuação do SINGREH.
Sistema de informações em recursos hídricos
Comitês de Bacia Hidrográfica: discute projetos, programas e intervenções na bacia hidrográfica. Entre suas competências estão a aprovação e acompanhamento Plano de Recursos Hídricos da bacia, a promoção de debate sobre problemas na bacia, arbitrar (em primeira instâncias) os conflitos existentes entre os usuários da água, estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso da água.
Sistema de informações em recursos hídricos
Agência Nacional de Águas:é responsável pela execução da Política Nacional de Recursos Hídricos e coordenação do SINGREH. Entre suas competências estão a fiscalização do uso dos recursos hídricos, mediação de conflitos entre agentes, garantia do direito de uso dos recursos, promoção da gestão descentralizada e participativa. 
Sistema de informações em recursos hídricos
Agências de Águas: exercem a função executiva dos seus respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica, abrangendo a área de atuação de um ou mais comitês. Compete a este órgão a atualização do balanço de disponibilidade hídrica em sua área de atuação, realização de cadastro de usuários, efetuar a cobrança pelo uso das águas e acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados, gerir o SINGREH em sua área de atuação, elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do Comitê, entre outras.
Gestão de recursos hídricos na bahia
Lei Estadual nº 11.612/2009 : Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos na Bahia;
assegurar que os recursos hídricos sejam utilizados pelas gerações atuais e futuras de modo racional;
compatibilizar o uso dos recursos hídricos com os objetivos de promoção social, desenvolvimento regional e sustentabilidade ambiental;
elaborar medidas de prevenção e defesa contra eventos hidrológicos e problemas ambientais de origem natural ou não;
assegurar a equidade e a justiça no uso do dos recursos hídricos
Gestão de recursos hídricos na bahia
SEGREH: Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
CONERH: caráter consultivo, normativo, deliberativo, recursal e de representação para atuar na defesa e proteção dos recursos hídricos;
SEMA: assegura a promoção de desenvolvimento sustentável do estado, formulando e implementando politicas públicas voltadas para harmonizar a preservação, conservação e uso sustentável do meio ambiente;
INGÁ: gerir e executar a politica estadual de recursos hídricos ;
INEMA: integra e fortalece politicas ambientais e de recursos hídrico;
Comitês de Bacias Hidrográficas;
Agências de Bacias Hidrográficas.
CBH do Leste; 
CBH do Rio Itapicuru; 
CBH do Recôncavo Norte; 
CBH do Paraguaçu;
 CBH dos Rios Verde-Jacaré;
 CBH do Rio Salitre;
 CBH do Rio Corrente;
 CBH do Rio de Contas; 
CBH dos Rios Baianos do Entorno do Lago de Sobradinho; 
CBH dos Rios Peruípe, Itanhém e Jucuruçu;
 CBH dos Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio; 
CBH dos Rios Paramirim e Santo Onofre; 
 CBH do Recôncavo Sul.
Poluição hídrica e instrumento de gestão
“poluição é qualquer alteração nas características físicas, químicas e/ou biológicas das águas, que possa constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar da população e, ainda, possa comprometer a fauna e a utilização das águas para fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia” (CONAMA).
Poluição hídrica e instrumento de gestão
A divisão dos sistemas hídricos em classes de acordo com os tipos e usos da água, estabelecendo limites de concentração de poluentes é definido como enquadramento de corpos hídricos.
possibilita a gestão sistemática dos recursos hídricos, associados aos aspectos de qualidade e quantidade.
A gestão dos recursos hídricos em quantidade e qualidade está condicionada à outorga de uso da água para captação e lançamento de efluentes.
tipos de poluição hídrica
Química: altera a composição da água;
Física: não reage com a água, porém afeta negativamente a vida daquele ecossistema;
Biológica: introdução de organismos ou microrganismos estranhos àquele ecossistema, ou então no aumento danoso de determinado organismo ou microrganismo já existente.
Fontes de poluição hídrica
Esgotos Domésticos:
grandes quantidades de matéria orgânica, nutrientes e microrganismos, 
grave ameaça para a saúde das populações 
Um exemplo típico de poluição por esgoto doméstico é o Rio Tietê, que recebe esgoto não tratado de 19 dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo
Rio tietê , são Paulo.
690 toneladas de esgoto
1990 : poluição 100 km de extensão
Fonte: Rede Brasil Atual, 2014
Fontes de poluição hídrica
indústrias
Lançamento de efluentes industriais
uma pequena espuma ácida, 
pode ser composta principalmente de chumbo e mercúrio
Exemplo: rio caí, em porto alegre, rs.
Rio caí, rio grande do sul.
Indústrias com alto potencial poluidor: caxias do sul e farroupilha
Metalurgia e metal-mecânica
em março 2015, detectou-se a presença de Bário, metal tóxico, que indica poluição industrial.
Fontes de poluição hídrica
agricultura
A utilização de agrotóxicos é a 2ª maior causa de contaminação dos rios no Brasil, perdendo apenas para o esgoto doméstico (IBGE apud AGSOLVE, 2012). 
Efeitos diretos e indiretos para biota aquática e saúde humana. 
 EXEMPLO: RIO DOCE, MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO
Fontes de poluição hídrica
Mineração e atividade petroleira
 O petróleo extraído dos mares e os metais ditos pesados lançados na água por acidente, ou negligência
Os impactos sobre os recursos hídricos da atividade de mineração dependem da substância mineral que está sendo beneficiada. 
Ouro: contaminação por mercúrio
Chumbo, zinco e prata: contaminação por arsênio Como exemplo
Exemplo: o Rio Paraíba do Sul
Rio paraíba do sul (São Paulo, minas gerais e rio de janeiro).
extração de areia 
A extração de areia de leitos de rios ou em cavas submersas tem como resultante a poluição das águas, causada pela agitação de sedimentos finos (argilas e silte), pela presença de combustíveis e óleos lubrificantes.
Pode ainda causar erosão a assoreamento dos rios.
CAVAS DE AREIA NO RIO PARAÍBA DO SUL
Escassez hídrica e poluição
Crescimento da população e industrialização: pressão sobre os recursos naturais
Escassez hídrica: desigualdade de distribuição, desperdício e poluição
Contaminação: inutilização de reservas hídricas
Exemplo: aquífero de ogallala, nos eua. Poluição por produtos agroquímicos e resíduos industriais.
Escassez hídrica e poluição
Diminuição da disponibilidade de água de qualidade: falta de água para suprir sede, problemas para saúde humana, queda da produção de alimentos, desequilíbrio de ecossistemas
Escassez hídrica e poluição
Despoluição hídrica: problema técnico e econômico
Exemplo: despoluição da represa billings para abastecimento
 de água em são Paulo
 poluição por efluentes domésticos
 industriais e resíduos sólidos.
	 alto custo para despoluição
Casos de Poluição Hídrica no Brasil
Baía de Guanabara, Rio de Janeiro.
A Baía de Guanabara sofre com altos níveis de poluição. As fontes de poluição são diversas, englobando o lançamento de rejeitos industriais e efluentes domésticos, derramamento de óleo, problemas com resíduos sólidos, assoreamento. Com o objetivo de reduzir a poluição, foi assinado o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara em 1994, que teve seu prazo ampliado até 2002. Porém, o programa tinha grande parte de seus recursos voltados para o sistema de coleta e tratamento de esgotos que funcionam de forma precária. 
Rompimento da Barragem de Rejeitos em Mariana-MG
O rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana-MG no dia 5 de novembro provocou uma grande lama que atingiu o leito do Rio Doce e o litoral do Espírito Santo. Como consequências para os corpos hídricos temos o assoreamento do rio, causando
 impactos socioeconômicos e ambientais, 
alteração da qualidade da água relacionadas 
à turbidez, sólidos e suspensão e teor de ferro,
 causando a mortandade de animais terrestres
 e aquáticos. Algumas cidades tiveram
 o abastecimento de água comprometido.
Bacia Hidrográfica dos Rios Joanes e Ipiranga, em Salvador, BA.
Poluições por lançamento de efluentes industriais e domésticos sem tratamento prévio, disposição de lixo a céu aberto, acidentes decorrentes do transporte de cargas perigosas através de 
ferrovias, dutovias e
 rodovias.
Rio Camarajipe, Salvador, BA.
O Rio Camarajipe nasce na região de Pirajá e desemboca na Praia de Costas Azul. É barrado pela represa de Mata Escura, porém foi desativado para abastecimento público em 1987. O rio encontra-se bastante comprometido pelo lançamento de esgotos e outros detritos. O grande número de oficinas e garagens em seu entorno no bairro de São Caetano pode ainda comprometer as águas com óleos e graxas.
Degradação no Rio Itapicuruzinho, em Jacobina, BA.
nascente localizada na área de influência de uma grande mineradora de ouro. Em 2008, ocorreu um vazamento de cianeto de potássio (KCN) utilizado no processo de mineração, atingindo as águas 
do Rio Itapicurizinho. Visto que o 
teor de cianeto encontrado na água 
da barragem foi menor que o permitido,
 não foi constatado problemas de
 contaminação, porém, em alguns 
locais próximos ao vazamento a 
contaminação chegou a ser o 
triplo do permitido.
Conclusão e sugestões
ampliação da cobertura do sistema de esgotamento sanitário, tendo em vista que a principal fonte de contaminação do rios urbanos é o lançamento de esgotos doméstico “in natura”; 
 fiscalização hidroambiental articulada e sistemática nas margens dos rios; 
operação de limpeza dos rios, consistindo na retirada total dos resíduos sólidos;
promoção junto à comunidade local de programas de Educação Ambiental visando sensibilizar os moradores e empreendedores imobiliários para que modifiquem a visão equivocada e errônea do uso do solo nas margens dos rios;
ações de ajustes para a implementação de mecanismos efetivos para a requalificação ambiental dos trechos iniciais das bacias urbanas, a exemplo da identificação e catalogação da vegetação e replantio, recuperação das nascentes e das áreas verdes circundantes.
Será que algum dia vão entender que não se bebe dinheiro?
Obrigada!!!

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