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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Relatório de física experimental 1 Faculdade de Engenharia Gustavo Salaverry Lara Construir um instrumento para medir força (Dinamômetro) Rio de Janeiro 2017 Gustavo Salaverry Lara - Bancada 10 Construir um instrumento para medir força (Dinamômetro) Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Física Experimental I na Turma 10 da Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Prof. Dr. Alan Freitas Machado Rio de Janeiro 2017 1. INTRODUÇÃO TEÓRICA A força é uma grandeza vetorial e está associada ao movimento que uma força provoca sobre um determinado corpo. No entanto, nem sempre sentimos a força associada a um movimento. Por exemplo, enquanto estamos parados, a força da gravidade atua sobre nós sem que, necessariamente, estejamos em movimento no sentido desta força. Quando você empurra um grande bloco de pedra, está aplicando uma força sobre o mesmo sem conseguir movê-lo. Além da aceleração, outra consequência possível da aplicação de uma força é a deformação de um corpo. Um dos exemplos mais fáceis de visualizar é a deformação elástica de uma mola. Em molas, pode-se relacionar a deformação ou deslocamento da mola com a força de restauração, pela lei de Hooke. Em um sistema massa-mola podemos observar que quanto maior a constante elástica da mola, k, maior é a resistência com que a mola se opõe ao deslocamento da massa. Vale observar também, que a Lei de Hooke é válida em uma região limitada em que a mola não se encontra nem muito comprimida e nem muito distendida. Ou seja, a proporcionalidade entre a força de restauração da mola e o seu deslocamento vale para condições limitadas da posição da mola. 2. FORÇA ELÁSTICA Um sistema massa-mola é constituído por uma massa fixada a uma mola que se encontra fixa a um suporte (Figura 1-1). A deformação da mola e proporcional à força aplicada para comprimir e/ou esticar a mola, a qual é dada pela Lei de Hooke: A intensidade da força elástica (Fel) é proporcional à deformação (x) (Figura 1-2): Figura 1-1 – Conjunto massa-mola Figura 1-2 – Lei de Hooke Onde: F é a força aplicada; X é a deformação sofrida pela mola e; k é a constante elástica da mola. O sinal negativo na equação acima indica que a força exercida pela mola tem sempre o sentido oposto do deslocamento da sua extremidade livre. A constante elástica da mola depende de suas características físicas, de ser mais ou menos rígida e a unidade dessa constante é Newton por metro (N/m). Pela lei de Hooke, a cada esforço F realizado numa mola helicoidal cilíndrica fixa por uma das extremidades corresponde uma deformação proporcional. A partir do momento que deformamos a mola, isto é, conhecemos o vetor deformação X, conhecemos também a forca restauradora, e vice versa. Essa propriedade possibilita a construção de um medidor de forças. Examinando o gráfico abaixo (Figura 2-1) podemos verificar: Figura 2-1 - Gráfico e cálculo do coeficiente angular da reta Calculando a área hachurada teremos a Energia potencial elástica que é a energia armazenada como resultado da aplicação de uma força para deformar um objeto elástico. (Figura 2-2). Figura 2-2 - Cálculo da energia potencial elástica 3. OBJETIVOS Conhecer a força elástica; Determinar a constante elástica em função do alongamento; Interpretar o significado da área hachurada do gráfico da força em função da deformação. Fazer uma calibração para a mola. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1. MATERIAIS UTILIZADOS Três molas; Seis pesos de chumbo; Uma régua; Um suporte; Papel Milímetrado. 4.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 1) Inicialmente posicione a mola como mostrado na figura abaixo (Figura 2-3), e coloque suspenso um peso. Posicionando a régua de modo que o pequeno anel inferior da mola coincida com o traço da régua, deve-se olhar para o painel e a régua horizontalmente (não coloque nas molas massas diferentes daquelas especificadas no procedimento experimental, isso poderá danificar as mesmas). Figura 2-3 – Suporte e mola com peso suspenso 2) Logo em seguida anote na tabela especificado o valor suspenso do peso P e a correspondente deformação X, repita o procedimento 3 vezes para seis massas diferentes. Depois repita o procedimento para as duas outras molas. Também deve medir o comprimento das molas sem um peso (Tabela 1). 3) Fazer escala para gráfico: comprimento do papel milimetrado dividido pela diferença entre o maior e o menor valor da tabela para a mesma mola (só usar o valor inteiro), logo a escala no eixo x vai ser 1 mm da tabela de dados ≡ valor inteiro obtido (em mm). 4) Traçar uma reta experimental (reta de tendência), tentando pegar o maior número de pontos possíveis sem necessariamente passar por eles e que estejam na tendência. 5) Usar o Método dos Mínimos Quadrados para calcular a função F(x) da mola (expurgando o ponto sem um peso). 6) Desenhar o gráfico da força peso em função da deformação no papel milimetrado 7) Caso haja um ou mais pontos muito afastados da equação da mola também deve-se expurga-los e calcular a nova F2(x). Repetir o processo para as outras duas molas (Gráficos 1, 2 e 3). 8) Fazer a medida da elongação da mola usando uma massa desconhecida e a função F2(x) para descobrir o valor do peso (em gf). 5. ANEXOS Tabela 1 – Relação entre deformação(mm) e peso(gf) Gráfico 1 - força peso em função da deformação da mola azul (etapa 5 – reta preta e etapa 7 – reta azul) Gráfico 2 - força peso em função da deformação da mola roxa (etapa 5 – reta vermelha e etapa 7 – reta azul) Gráfico 3 - força peso em função da deformação da mola incolor (etapa 5 – reta vermelha e etapa 7 – reta azul) 7. CONCLUSÃO De acordo com os resultados, pode-se provar que quando se aplica uma carga na mola, ela responde linearmente. Outro ponto observado foi que a mola não ultrapassou sua elasticidade total quando colocados os pesos, logo, quando os pesos foram retirados à mola retornou a sua posição inicial com uma variação desprezível. No desenho do gráfico pode-se observar que cargas pequenas não são suficientes para romper a inércia, logo não apresentam tendência linear. Além disso, no experimento, as oscilações da mola e da régua, atrapalharam a coleta de dados e assim o a determinação do valor da constante elástica da mola. 8. BIBLLIOGRAFIA 1. David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker. Fundamentos de Física Vol. 1 – Mecânica – 9ª Ed. 2012. Ed. LTC. 2. Moysés Nussenzveig. Curso de Física Básica Vol. 1 – Mecânica – 5ª Ed. 2013. Ed. Edgard Blucher. 3. Roger A. Freedman, Hugh D. Young. Sears & Zemansky Física 1 – Mecânica – 12ª Ed. 2008. Ed. Pearson.
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