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MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO

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MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS: 
Vontade – na opinião de Descartes a principal força motivacional do ser humano, sendo o fator que inicia e mantém a ação, influenciando na decisão de quando agir. 
Neste contexto a vontade é uma característica da mente que age no sentido da virtude e da salvação controlando os apetites corporais, as paixões e dando ao sujeito o poder de escolha.
Instinto – conceito derivado do determinismo biológico de Charles Darwin que provoca o afastamento dos conceitos motivacionais mentalistas passando a se aproximar dos conceitos mecanicistas e genéticos. 
Desta forma o estudo da motivação deixa o campo da filosofia e entra no campo das ciências naturais, o instinto surge de uma dotação genética que influencia o animal para agir de uma forma específica. 
Impulso – o conceito de impulso surge da biologia funcional segundo a qual a função do comportamento está a serviço das necessidades corporais.  O impulso motiva qualquer comportamento que esteja a serviço das necessidades do corpo.  As duas teorias do impulso mais significativas são as de Sigmund Freud e Clark Hull.
 Hipotálamo
O hipotálamo é uma região do encéfalo dos mamíferos (tamanho aproximado ao de uma amêndoa) localizado sob o tálamo, formando uma importante área na região central do diencéfalo, tendo como função regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas. O hipotálamo liga o sistema nervoso ao sistema endócrino sintetizando a secreção de neuro hormônios (também chamado de "liberador de hormônios") sendo necessário no controle da secreção de hormônios da glândula pituitária — entre eles, liberação do hormônio gonadotropina (GnRH). Os neurônios que secretam GnRH são ligados ao sistema límbico, que está envolvido principalmente no controle das emoções e atividade sexual. O hipotálamo também controla a temperatura corporal, a fome, sede, e os ciclos circadianos. 
Apesar de relativamente pequeno, é uma região encefálica importante na homeostase corporal, isto é, no ajustamento do organismo às variações externas. Por exemplo, é o hipotálamo que controla a temperatura corporal, o apetite e o balanço de água no corpo, além de ser o principal centro da expressão emocional e do comportamento sexual. 
 O hipotálamo faz também a integração entre os sistemas nervoso e endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas produtoras de hormônios. A hipófise e o hipotálamo são estruturas intimamente relacionadas morfológica e funcionalmente que controlam todo o funcionamento do organismo direta ou indiretamente atuando sobre diversas glândulas como a tireóide, adrenais e gônadas. 
 Quase toda a secreção hipofisária é controlada pelo hipotálamo, que recebe informações oriundas da periferia (que vão desde a dor até pensamentos depressivos) e dependendo das necessidades momentâneas inibirá ou estimulará a secreção dos hormônios hipofisários, por meio de sinais hormonais ou neurais. 
FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO HIPOTÁLAMO
Controle SNA: hipotálamo anterior controla o sistema parassimpático e o hipotálamo posterior o sistema simpático; 
 Controle endócrino; 
 Neurosecreção; 
 Regulação da temperatura corporal: hipotálamo anterior é sensível ao aumento da temperatura (vai desencadear processos para rever te a elevação da temperatura) e o hipotálamo posterior é sensível às descidas de temperatura, sendo este último ainda responsável pela integração de toda a informação relativa à temperatura corporal; 
Regulação da fome e sede: Estimulação do hipotálamo lateral leva a um apetite voraz. Estimulação do núcleo ventromedial induz sensações de saciedade. Lesões da área venromedial no homem por tumores supra-selares provocam obesidade, mas associada, frequentemente, com hipogonadismo (por interferência nos mecanismos hipotálamo-hipófise – Síndrome adiposo-genital de Frohlich);
 Regulação do comportamento emocional; 
Regulação do ritmo circadiano: um centro do sono na região anterior e um de vigília na posterior. O “marca passo” circadiano está no núcleo supra-quiasmático.libera o hormônio gonadotropina a sua ação e responsável pela homeostase corporal.
 SISTEMA LÍMBICO 
Apresenta conexões com estruturas do Sistema Límbico, como o hipocampo, a área septal e corpo amigdaloide: 
 Hipocampo: é complexa e assume a forma de um “circuito” - o circuito de Papez;
 Área Septal: liga-se ao hipotálamo pelo feixe prosencefálico medial; 
 
 CIRCUITO DE PAPEZ
 O circuito de Papez configura o cérebro visceral relacionado ao comportamento afetivo, emocional e também com a memória recente já que sua lesão produz uma incapacidade para poder repetir ordens verbais por meio da linguagem: amnésia anterógrada. 
 AMÍGDALA
Amígdala – estrutura neural em forma de amêndoa composta por uma coleção de núcleos associados a diferentes emoções e a percepção das expressões faciais de outras pessoas e também do próprio comportamento do sujeito. 
 São neurônios que juntos formam a substância cinzenta, situa-se na face temporal. Esta região faz parte do sistema límbico: regulador do comportamento sexual, do amor e da paixão, e da agressividade. 
Essa estrutura é importante para o conteúdo emocional das nossa memórias. 
 A ablação bilateral das amídalas cerebelosa origina a síndrome Kluver-Bucy – ausência de comportamentos agressivos, cortesia exagerada, oralidade e hipersexualidade. 
 
 PADRÕES DE AÇÃO FIXA
Antigamente denominados comportamentos instintivos os padrões de ação fixa referem-se a comportamento de aparecimento abruto no repertório comportamental do sujeito não requerendo treino nem experiência anterior. 
Comportamento que é comum a todos os membros de determinada espécie. Sua ocorrência independe da experiência. 
Estímulos simples desencadeia padrão fixo de resposta. 
Comportamentos programados (geneticamente?) 
Numa determinada espécie. Mamar nos humanos. 
Chorar e sorrir são comportamentos inatos (cegos e surdos) 
 MOVIMENTO DE INTENÇÃO
Sentado confortavelmente, de repente coloca-se ereto com as mãos nos joelhos num ato preparatório para levantar-se. 
 COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
Quando falamos com alguém nosso olhos se dirigem principalmente para os olhos e a boca do nosso interlocutor.
Outra forma de comunicação são os gestos que tem diferentes significações de acordo com cada cultura.
Estados Unidos e Brasil dizem Ok e certo de formas diferentes. 
GESTOS COMPOSTOS: Movimento de todo o corpo. Como a gargalhada que leva nossa cabeça para traz, ergue os ombros, move o tronco e altera a expressão corporal. 
GESTO DE BATUTA: A mão firme e fechada realça um argumento importante.
OUTROS GESTOS: O INDICADOR EM RISTE INDICA AMEAÇA.
A PALMA DA MÃO VIRADA PARA CIMA IMPLORA E AS PALMAS VIRADAS PARA BAIXO REJEITAM UMA IDEIA.
 
 MOTIVAÇÃO
Motivação (do Latim moveres, mover) refere-se em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação. 
Assim a principal questão da psicologia da motivação é por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz? 
 "O estudo da motivação comporta a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos e animais em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações" 
O conforto térmico e manutenção da temperatura interna estão os determinantes fisiológicos de controle do comportamento.
Motivação: é um construto e se refere ao direcionamento momentâneo do pensamento, da atenção, da ação a um objetivo visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e engloba conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço,sonho, esperança entre outros.
IMPULSO E ATRAÇÃO: 
A motivação pode ser analisada a partir de duas perspectivas diferentes: como impulso e como atração. Ver o processo motivacional como impulso significa dizer que instintos e pulsões são as forças propulsoras da ação. Assim, necessidades internas geram no indivíduo uma tensão que exige ser resolvida. Exemplo desse tipo de motivação é a fome: a necessidade de alimento gera a fome que exige uma resolução através do comer. 
Apesar de importantes teorias da motivação, como a de Freud e a de Hull, basearem-se nessa perspectiva e de ela explicar muitos fenômenos do comportamento, suas limitações são patentes: a fome em si, para manter-se o exemplo, não determina se o indivíduo vai escolher comer arroz com feijão ou lasanha; outras forças estão em jogo aí: o ambiente. 
E outras formas de comportamento mais complexa, como o jejum ou ainda o desejo de aprender, entre tantos outros, não se deixam explicar simplesmente pela resolução de tensões internas. No caso do aprendizado, por exemplo, o objetivo se encontra num estado futuro, em que o indivíduo possui determinado saber. Esse estado final como que atrai o indivíduo - a motivação como atração, como força que puxa, atrai. 
Não se pode negar que ambas as perspectivas se complementam e ajudam a explicar a complexidade do comportamento humano; no entanto, devido às suas limitações para esclarecer comportamentos mais complexos, grande parte da pesquisa científica atual se desenvolve no âmbito da motivação como atração. 
Uma compreensão da motivação como força a tratora não pode deixar de levar em conta as preferências individuais, uma vez que diferentes pessoas veem diferentes objetivos como mais ou menos desejáveis. 
A TEORIA DO IMPULSO DE SIGMUND FREUD
Pulsão: designa em psicologia um impulso energético interno que direciona o comportamento do indivíduo. O comportamento gerado pelas pulsões diferencia-se daquele gerado por decisões, por ser aquele gerado por forças internas, inconscientes, alheias ao processo decisional. 
A pulsão distingue-se do instinto. 
Instinto: ligado a determinadas categorias de comportamentos pré-estabelecidos e realizados de maneira estereotípica. 
Pulsão: refere-se a uma fonte de energia psíquica não específica, que pode conduzir a comportamentos diversos. O conceito de pulsão foi utilizado por diferentes teorias da motivação. 
Freud, no princípio de sua teoria, distinguia várias pulsões distintas que, com o aprimoramento da teoria, foram reduzidas a duas pulsões básicas: eros, ou pulsão sexual, para a vida, e tânatos, ou pulsão agressiva, de morte. O autor via como base para essas pulsões o princípio de atração e repulsão, também presente na matéria. Todas as outras pulsões secundárias (desejos, sonhos, enfim, todos os diferentes tipos de impulsos interiores que guiam a ação humana) são vistas como frutos da combinação daquelas duas pulsões. 
As pulsões são a origem da energia psíquica que se acumula no interior do ser humano, gerando uma tensão que exige ser descarregada. O objetivo do indivíduo seria, assim, atingir um baixo nível de tensão interna. Nesse processo de descarregamento de tensões psíquicas, as três estruturas da mente (id, ego e superego) desempenham um papel primordial, determinando a forma como esse descarregamento se manifestará. Todos esses processos se desenvolvem inconscientemente.
A hipótese do comportamento humano ser guiado apenas pela necessidade de reduzir a tensão gerada pelas pulsões é considerada ultrapassada pela pesquisa empírica, uma vez que a falta de estímulos leva o indivíduo a buscá-los ativamente, aumentando assim a tensão interna.
A teoria de Freud, no entanto, deixou uma influência duradoura sobre a pesquisa da motivação sobretudo sob dois aspectos: (1) o conceito de projeção, ou seja, de que desejos inconscientes são capazes de influenciar a percepção consciente e (2) a ideia de que os objetivos perseguidos pelo comportamento humano não são necessariamente conscientes.
 A TEORIA DE CLARK L. HULL
Clark L. Hull foi, ao lado de B. F. Skinner, um dos principais teóricos do behaviorismo ou comportamentalismo, paradigma de pesquisa que julgava ser dever da psicologia científica basear-se somente em dados observáveis (chamados então de "fatos observáveis"), excluindo, assim, todos os processos internos do ser humano (pensamentos, emoções, etc). 
Devido a essa postura, os psicólogos behavioristas dedicaram-se sobretudo ao estudo dos dois processos de aprendizado que, segundo eles, explicariam o comportamento humano: o condicionamento clássico e, sobretudo, o condicionamento operante. 
O problema é que esses processos explicam como o indivíduo aprende determinado comportamento, mas não o que o leva a realizá-lo. 
A teoria de Hull procura explicar esse fato. Segundo ele, a tendência de realizar um determinado comportamento (tendência de comportamento) é o produto do hábito e da pulsão.
O hábito é definido pela quantidade vezes em que o comportamento recebeu um reforço no passado; mas o hábito não é suficiente para explicar completamente o comportamento, somente sua direção o comportamento, falta explicar a energia que o impulsiona. 
 Essa energia é a pulsão. Hull diferenciava dois tipos de pulsões: As primárias, oriundas das necessidades biológicas (fome, cansaço, etc.) e secundárias, aprendidas, como o medo. 
A fim de corresponder ao paradigma behaviorista, o autor teve de limitar-se às pulsões mais fáceis de operacionalizar. Como Freud, também Hull partia do princípio de que o indivíduo sempre busca a redução da pulsão (ou seja, da tensão gerada por ela).
A teoria, tal como formulada originalmente, apresenta uma série de problemas: (1) a pesquisa empírica foi capaz de demonstrar que diferentes necessidades podem não somente se somar, mas também se atrapalhar mutuamente; (2) como no caso de Freud, a pressuposição de que o indivíduo somente está satisfeito quando ele é capaz de reduzir sua tensão interna foi igualmente falsificada pela pesquisa empírica e (3) diferentes tipos de reforço mostraram ter diferentes valores para os indivíduos. 
Assim, um rato que recebe pão embebido em leite como reforço aprende mais rápido do que um rato que recebe sementes de girassol. 
Na Tentativa de responder sobretudo a este terceiro problema, Hull modificou a fórmula original para: Tendência de comportamento = hábito × pulsão × atração. 
Em que a atração representa o valor do reforço para o indivíduo. Em outra tentativa de complementar seu modelo, Hull acrescentou a expectativa do indivíduo de realmente receber o reforço (antecipação). 
Apesar de possuir atualmente um valor meramente histórico, a teoria de Hull tem o valor de ter já levado em conta dois elementos que posteriormente seriam alvos principais da pesquisa sobre a motivação: a atração e a expectativa. 
Além disso, o behaviorismo legou à psicologia uma paradigma empírico, que permitiu à pesquisa posterior oferecer uma explicação científica do comportamento humano, em oposição a uma explicação filosófica. 
 
 HOMEOSTASE
Homeostasia (ou Homeostase) é a propriedade de um sistema aberto, em seres vivos especialmente, que tem função de regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmicos controlados por mecanismos de regulação inter-relacionados. 
O termo foi criado em 1932 por Walter Bradford Cannon a partir do grego homeo similar ou igual, stasis estático. 
MECANISMOS DE HOMEOSTASE: FEEDBACK
O uso mais frequente do termo refere-se à homeostase biológica. A sobrevivência de organismos vivos requer um meio interno homeostático; muitos ambientalistas acreditam que este princípio também se aplica ao meio externo. Um grande número de sistemas ecológicos, biológicos e sociais são homeostáticos, mantêm o equilíbrio contrariando qualquer mudança, e caso não sejam bem sucedidosem repor o equilíbrio, isso pode conduzir à interrupção do funcionamento do sistema.
 PROPRIEDADES DA HOMEOSTASE
Os sistemas homeostáticos exibem certas propriedades: 
São extremamente estáveis; 
Toda a sua organização, interna, estrutural e funcional, contribui para a manutenção do equilíbrio. 
São imprevisíveis (o resultado de uma determinada ação pode mesmo ser o oposto do esperado). 
SEGUEM-SE ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES EXEMPLOS DE HOMEOSTASE EM MAMÍFEROS:
A regulação da quantidade de água e minerais no corpo, conhecida como osmorregulação. Tem lugar principalmente nos rins. 
A remoção de resíduos metabólicos, conhecida como excreção. Tem lugar em órgãos excretórios como os rins e os pulmões. 
A regulação da temperatura corporal, realizada principalmente pela pele e pela circulação sanguínea. 
A regulação dos níveis de glicose no sangue, realizada principalmente pelo fígado e pela insulina segregada pelo pâncreas. Estado de equilíbrio no corpo. 
MECANISMOS DE HOMEOSTASE: FEEDBACK 
Quando ocorre a mudança de uma variável, o sistema pode reagir segundo dois tipos de feedback: 
O feedback negativo é a reação pela qual o sistema responde de modo a reverter a direção da mudança. Dando a entender a manter estáveis as variáveis, permite a manutenção da homeostase. Por exemplo, quando a concentração corporal de dióxido de carbono aumenta, os pulmões são estimulados a aumentar a sua atividade e expelir mais dióxido de carbono. A termorregulação é outro exemplo de feedback negativo. 
Quando a temperatura corporal sobe, ou desce, receptores na pele e no hipotálamo sentem a alteração, desencadeia uma ordem no cérebro que dá início a uma reação no sentido de gerar ou libertar calor, conforme seja o caso. 
No feedback negativo, o órgão X estimula o órgão Y, cuja função inibe ou paralisa a atividade do órgão X. Em outras palavras, o estímulo bloqueia o seu próprio "estimulador". 
No feedback positivo, a resposta amplifica a mudança da variável. Isto tem um efeito desestabilizador, pelo que não contribui para a homeostase. O feedback positivo é menos comum nos sistemas naturais do que o feedback negativo, mas tem as suas aplicações. Por exemplo, nos nervos, um potencial elétrico limite desencadeia a geração de um potencial de ação muito mais elevado. (Ver também ponto de equilíbrio.) Outros eventos de feedback positivo são a coagulação do sangue e vários eventos na gestação. 
O feedback positivo é quando um órgão y estimula um órgão x, e este, através de produtos da sua atividade, retroestimula o órgão y, intensificando sua ação. Um mecanismo destes, isoladamente, levaria à exaustão ou esgotamento energético do sistema. Por isso o feedback positivo está sempre acoplado a feedback negativo. 
 HOMEOSTASE NO CORPO HUMANO
A capacidade de sustentar a vida dos fluidos do corpo humano é afetada por todo um leque de fatores, como a temperatura, a salinidade, o pH, ou as concentrações de nutrientes, como a glicose, vários íons, oxigênio, e resíduos, como o dióxido de carbono e a ureia. Dado que estes fatores afetam as reações químicas que mantêm o corpo vivo, este inclui mecanismos fisiológicos para os manter dentro dos limites desejáveis. 
EXEMPLOS DE REGULAÇÃO TÉRMICA:
Os músculos esqueléticos tremem para produzir calor quando a temperatura corporal é muito baixa. 
Outra forma de gerar calor envolve o metabolismo de gordura. 
O suor arrefece o corpo por evaporação.
 REGULAÇÃO QUÍMICA:
O pâncreas produz insulina e glucagon (hormônio) para regular a concentração de açúcar no sangue. 
Os pulmões absorvem oxigênio e expelem dióxido de carbono. 
Os rins excretam ureia e regulam as concentrações de água e duma grande variedade de íons. 
Muitos destes órgãos são controlados por hormônios segregados pela glândula pituitária, cuja ação é por sua vez regulada pelo hipotálamo.
 NECESSIDADE PSICOLÓGICA
Necessidade designa em psicologia um estado interno de insatisfação causado pela falta de algum bem necessário ao bem-estar. 
Henry Murray (1938)2 , um dos primeiros a pesquisar sobre o assunto, classificou as necessidades em necessidades primárias ou viscerogênicas, que são as necessidades de natureza biológica (fome, sede, sono), e necessidades secundárias ou psicogênicas, que são necessidades que derivam de uma necessidade primária ou são inerentes à estrutura psíquica humana. 
Como a pessoa procura diminuir o estado interno de deficit, uma necessidade funciona como um impulso para determinados comportamentos. 
A intensidade de uma necessidade determina a intensidade do comportamento a que ela está ligada: quanto mais intensa a necessidade, mais intensa a ação. Tal "intensidade" pode se expressar de diferentes formas: pelo vigor, entusiasmo, perseverança - ou mesmo a prioridade que se dá ao comportamento em detrimento de outros. 
Dessa forma uma necessidade tem um caráter diretivo com relação ao comportamento: por um lado ela determina o objeto ou evento necessários para sua saciação e, por outro, ela determina se essa satisfação se dá através de um movimento para perto desse objeto ou para longe dele - por exemplo "sede" e "medo de nadar" têm ambos por objeto a água, mas a direção é diferente. Toda necessidade é assim direcional. 
As necessidades variam o tempo todo. No entanto determinadas pessoas têm uma determinada tendência a ter certas necessidades mais frequentemente, ou mais intensamente do que outras. Quando uma necessidade têm para uma pessoa uma certa estabilidade ela torna-se uma parte de sua personalidade. Nesse caso se chamam necessidades disposicionais.
Outro conceito muito próximo é o de motivo. Tanto necessidades como motivos estão intimamente ligados à motivação.
O SISTEMA DE NECESSIDADES DE MURRAY
H. Murray (1938) descreveu dois tipos de necessidades: as necessidades primárias, fisiológicas, e as secundárias, aprendidas no decorrer da vida, de acordo com estruturas físicas, sociais e culturais do ambiente. As necessidades secundárias são definidas apenas pelo fim a que elas se direcionam e não por características superficiais do comportamento observável. Correspondente às necessidades, que são internas, Murray postula a existência de uma pressão do lado do ambiente ou da situação: é a atração ou repulsa geradas pelo ambiente no indivíduo. 
De uma maneira fenomenológica ele diferencia dois tipos de pressão: a pressão alfa é a exercida objetivamente pela situação, pressão beta é a exercida pela situação tal qual o indivíduo a percebe. A principal diferença entre motivo e necessidade é que aquele pode ser influenciado tanto por uma necessidade quanto por uma pressão externa. Assim a solidão (pressão) pode levar ao desejo de fazer novos amigos (motivo). Como as necessidades, também os motivos podem ser disposicionais. 
Murray desenvolveu uma longa lista de necessidades (ou motivos) - sobretudo psicogênicas - que ele supunha serem comuns a todas as pessoas. Para ele as pessoas se diferenciam na proporção em que para elas cada uma dessas necessidades é mais ou menos marcante. Eis alguns deles:
 
Necessidades ligadas à ambição: 
Desempenho 
Reconhecimento 
Exibição 
Necessidades relacionadas a objetos inanimados: 
Aquisição 
Ordem 
Retenção 
Construção 
Necessidades ligadas à defesa do próprio status : 
Evitação de mostrar as próprias fraquezas 
Defesa 
Reação a ameaças 
Necessidades ligadas ao poder humano: 
Dominância 
Deferência 
Autonomia 
Contrariação a outras opiniões 
Agressão 
Submissão 
Evitação de vergonha 
Necessidades ligadas à afeição entre pessoas:
Afiliação (comunidade) 
Rejeição 
Cuidar 
Ser cuidado 
Brincar 
Necessidades ligadas à troca de informações: 
Conhecimento 
Explicação 
Segundo Murray as necessidades não se manifestam isoladas, mas se relacionam entre si. Muitas vezes duas ou mais necessidades se fundem, refletindo-se em um só e mesmo comportamento - por exemploconhecer novas pessoas pode estar a serviço tanto da necessidade de afiliação como da de reconhecimento. Outras vezes uma necessidade está a serviço de outra - por exemplo quando a necessidade de ordem está a serviço da necessidade de desempenho.
Duas ou mais necessidades podem também estar em conflito umas com as outras - por exemplo a necessidade de intimidade pode estar em conflito com a necessidade de autonomia. Esses três tipo de relações possíveis entre necessidades são também possíveis entre necessidades e pressões externas. 
Para medir o "perfil de necessidades" de uma pessoa, Murray desenvolveu com outros colegas o teste de apercepção temática, um teste projetivo composto de uma série de figuras. A pessoa sendo testada tinha atarefa de contar uma história, explicando a cena dos quadros. A ideia por trás do teste é que, ao contar uma história, a pessoa projetaria as suas necessidades na história - e com base nisso o pesquisador poderia medir as necessidades mais marcantes de uma pessoa.
A HIERARQUIA DE NECESSIDADES DE MASLOW
Abraham Maslow (1970) , partindo de outro referencial teórico (psicologia humanista), propôs uma outra teoria das necessidades humanas. Segundo ele as diferentes necessidades formam uma hierarquia, como uma pirâmide.
 
Algumas necessidades são extremamente primitivas, básicas e exigentes. Por serem assim fundamentais, elas formam a base da pirâmide: são as necessidades fisiológicas. No próximo degrau da pirâmide estão necessidades igualmente vitais, mas menos exigentes: são as necessidades de segurança íntima (física e psíquica).
Maslow considerava essa segunda classe de necessidades menos exigente porque elas precisam ser saciadas menos frequentemente e, uma vez saciadas, tais necessidades permanecem satisfeitas por períodos relativamente longos.
 
No próximo nível da pirâmide as necessidades passam a tornar-se mais sociais: são as necessidades de amor e relacionamentos (participação). É o desejo de companhia, afeição, de ser aceito, que só pode ser satisfeito através de interação com outras pessoas. 
  
Mais acima estão as necessidades de estima (autoconfiança), que incluem o desejo de ser bom em alguma atividade, de ter uma certa forma de poder, e de ser apreciado. Enquanto no nível imediatamente inferior se tratava de a pessoa sentir-se aceita (sem um juízo), aqui trata-se de ela ser apreciada, ou seja, julgada boa. 
No ápice da pirâmide se encontram as necessidades de auto realização - ou seja a necessidade se desenvolver as próprias potencialidades. Auto realização é assim, para Maslow, o mais alto dos motivos. 
A organização piramidal das necessidades tem algumas implicações. Em primeiro lugar, as necessidades mais embaixo são mais primitivas e urgentes do que as mais de cima - as necessidades vão perdendo a "força motivacional", à medida que estão mais em cima da pirâmide. Ao mesmo tempo, à medida que sobem na hierarquia as necessidades tornam-se menos animalescas (mais distantes do instinto) e mais humanas (mais próximas da razão). 
Assim, ao mesmo tempo em que é desejável atingir os níveis mais altos da pirâmide, as necessidades mais básicas são mais poderosas. Somente quando necessidades mais básicas estão saciadas torna-se possível partir para o próximo nível - ou melhor, o próximo nível se torna perceptível.
Maslow (1955)5 descreve uma diferença qualitativa entre as necessidades básicas e mais elevadas: as primeiras são necessidades defectivas, ou seja, baseadas na falta e devem, assim, ser saciadas para evitar um estado indesejável, enquanto as necessidades dos níveis mais altos da pirâmide são necessidades de crescimento. Estas necessidades não buscam ser saciadas para se evitar algo indesejável, mas para se alcançar algo mais desejável. 
 
 PSICOLOGIA DA GESTALT
Estabelecimento de metas 
Auto-eficácia
 
Desamparo aprendido 
A Gestalt traz como um dos principais temas trazido por ela é tornar mais explícito o que está implícito, projetando na cena exterior aquilo que ocorre na cena interior, permitindo assim que todos tenham mais consciência da maneira como se comportam aqui e agora, na fronteira de contato com seu meio. Trata-se de seguir o processo em curso, observando atentamente os “fenômenos de superfície” e não mergulhando nas profundezas obscuras e hipotéticas do inconsciente –que só podem ser exploradas com a ajuda da iluminação artificial da interpretação. 
De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias" Segundo o critério da transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a forma é que sobressai: as letras r, o, s, a não constituem apenas uma palavra em nossas mentes: "(...) evocam a imagem da flor, seu cheiro e simbolismo - propriedades não exatamente relacionadas às letras." 
 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Segundo a Gestalt, existem quatro princípios a ter em conta para a percepção de objetos e formas: a tendência à estruturação, a segregação figura-fundo, a pregnância ou boa forma e a constância perceptiva. 
Outros conceitos dessa teoria são super soma e transponibilidade.nota 1 Super soma refere-se a idéia de que não se pode ter conhecimento de um todo por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(…) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias". 
Já segundo o conceito da transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a forma se sobressai. "(…) uma cadeira é uma cadeira, seja ela feita de plástico, metal, madeira ou qualquer outra matéria-prima." 
OS SETE FUNDAMENTOS BÁSICOS DA GESTALT
Segregação: desigualdade de estímulo; gera hierarquia: importância e ordem de leitura. 
Semelhança: elementos da mesma cor e forma tendem a ser agrupados e constituir unidades. E estímulos mais próximos e semelhantes, possuem a tendência de serem mais agrupados.
Unidade: um elemento se encerra nele mesmo; vários elementos podem ser percebidos como um todo. 
Proximidade: elementos próximos tendem a ser agrupados visualmente: unidade de dentro do todo. 
Pregnância: é a lei básica da percepção da Gestalt.
Simplicidade: Tendência à harmonia e ao equilíbrio visual.
Fechamento: Formas interrompidas (Preenchimento visual de lacunas)
 ESPAÇO VITAL 
O espaço em que vivemos é psicológico, não físico. Duas pessoas que caminham pela rua se destinam a lugares diferentes; quando andam, o lugar em que andam tem diferentes significados para ambos. Meu espaço vital é o que vivo psicologicamente, visto de minha posição. 
O espaço vital é quase físico, quase social e quase conceptual. Está condicionado e influenciado pelo meio físico, social e conceptual, mas não pode ser identificado com o referido ambiente. 
A pessoa no espaço vital. A pessoa é um ponto que se desloca no espaço vital. É uma região do espaço vital, tendo uma estrutura própria. A criança por exemplo, vive dentro das dimensões do espaço vital que não são semelhantes às do espaço de um adulto. Ela não pode distinguir suas esperanças e desejos e as circunstâncias reais da vida. Conforme envelhece, a pessoa tem maior diferenciação entre a realidade e a irrealidade, maior compreensão do passado, presente e futuro. 
 A CONCEPÇÃO DA PERSONALIDADE
A personalidade é um todo único que não pode ser analisado por partes. Nada adianta analisar separadamente traços. No conjunto, cada traço adquire uma outra significação daquela que tinha quando visto isoladamente. A personalidade, enfim, deve ser entendida, não explicada. O entendimento é obtido pelo estudo do passado histórico do indivíduo e do presente cultural. 
 AUTO-EFICÁCIA
Crençado indivíduo de poder alcançar seus objetivos graças a seus próprios esforços. 
Desamparo aprendido – crença de que os resultados de suas ações não dependem de seu próprio comportamento.
 DESAMPARO APRENDIDO
Desamparo Aprendido é a condição na qual um animal, humanos incluídos, aprende a se comportar de forma impotente, e não muda sua resposta, mesmo quando há oportunidades de sair da situação. Nessa teoria, a depressão e outros distúrbios mentais podem ser o resultado da falta de percepção de controle sobre situações experienciada pelo indivíduo em questão. Assim, define-se que tem desamparo aprendido, qualquer organismo que tenha sido menos sensível ou ineficaz no determinar as consequências de seu comportamento. 
Seligman e Maier em seu laboratório na Universidade da Pensilvânia, em 1967, estavam estudando os mecanismos da depressão, quando, por puro acaso, notaram que os cães, com os quais estavam fazendo os experimentos, começaram a se comportar de maneira oposta à que tinha sido descrita por Skinner, isto é, mesmo quando a oportunidade de escape era dada aos bichinhos depois de receberem choques, eles simplesmente continuavam na jaula e não mais reagiam. 
O único mecanismo de enfrentamento que passavam a usar era o de serem estóicos e viverem com o desconforto da melhor forma possível. Outra descoberta foi que, ao contrário de todos os outros animas, o ser humano apresenta uma condição única chamada de aprendizado vicário ou modelagem, isto é, nós humanos podemos aprender, seja lá o que for, não só por passar pela experiência, mas também pela simples observação do comportamento de outrém. 
 
 TIPOS DE CONFLITO (Lewin)
Aproximação – aproximação: à as duas alternativas são atraentes para o sujeito.
Aproximação – afastamento: à as opções apresentam polaridades distintas 
Afastamento – afastamento: à as duas alternativas são desagradáveis para o sujeito. 
Fases do processo decisório: 
Fase pré-decisional (conflito) 
 Tomada de decisão 
Fase pós-decisional (dissonância) 
Eutresse que não deixa de ser um tipo de ansiedade que é um mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia é uma emoção que somente é necessária quando é eutresse (estresse benigno) necessário, pois impulsiona a pessoa a agir em alguma direção, porém quando se manifesta em demasia diante de qualquer estímulo estressante então é alta ansiedade ou distresse(estresse maligno) e, interfere nas funções e no desempenho de alguns órgãos. 
 
 SÍNDROME DE BURNOUT
Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). 
 PSICOLOGIA HUMANISTA
Psicologia Humanista – vê o ser  Humano como um ser criativo, com capacidades de auto-reflexão, decisões, escolhas e valores. Abraham Maslow é considerado fundador desse movimento Maslow afirmava que o homem seria um ser com poderes e capacidades inibidas. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas, muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.
 PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
Psicologia Transpessoal - a partir das idéias humanistas surgiu a 4ª força. 
 Maslow acreditava que vivenciar o aspecto trasnscendente era importante e crucial em nossas vidas. 
 Pensar de forma holística, transcendendo dualidades como certo, errado, bem ou mal, passado, presente e futuro é fundamental. 
Maslow declarava que sem o transcendente ficaríamos doentes, violentos vazios de esperança e apáticos. 
 
 TEORIAS DAS EMOÇÕES
Emoção - São estados interiores caracterizados por pensamentos, reações fisiológicas e comportamentos expressivos específicos. 
Aparecem subitamente e parecem difíceis de controlar.  
Possuem um componente fisiológico, um subjetivo e um comportamental. 
 
 TRANSTORNOS ANSIOSOS
Transtornos ansiosos - considerando a nossa necessidade fisiológica de nos adaptarmos às diversas circunstâncias através da Ansiedade, falamos em Ansiedade Normal. Por outro lado, falamos também da Ansiedade Patológica como uma forma de resposta inadequada, em intensidade e duração, à solicitações de adaptação. Um determinado estímulo (interno ou externo) funcionando como uma convocação de alarme continuamente, por exemplo, pode favorecer o surgimento da Ansiedade Patológica. 
 EMOÇÕES BÁSICAS E COMPLEXAS
Emoções básicas e complexas são categorias. Neste modelo, as emoções complexas constroem-se sobre condições culturais ou associações combinadas com as emoções básicas. 
De outro modo, análogo ao modo como as cores primárias são combinadas, as emoções primárias podem ser combinadas gerando um espectro das emoções humanas. Como, por exemplo, raiva e desgosto podem ser combinadas em desprezo. 
Robert Plutchik propôs a tridimensional modelo "circumplex model" para descrever a relação entre as emoções. 
Este modelo é similar a roda de cor. A dimensão vertical representa a intensidade, o círculo representa a similaridade entre as emoções. 
Ele determina oito emoções primárias dispostas em quatro pares de opostos.
A  teoria psicoevolutiva emocional de Robert Plutchik é uma das estratégias mais influentes para as respostas emocionais. Ele considerou que existiam oito emoções primárias - raiva, medo, tristeza, nojo, surpresa, expectativa, confiança e alegria. 
Plutchik propôs que essas emoções "básicas" são biologicamente primitivas e têm evoluído para aumentar a aptidão reprodutiva dos animais. Plutchik defende a primazia destas emoções, mostrando cada gatilho de comportamento com elevado valor de sobrevivência, tais como o medo que inspira luta ou fuga. 
Como base para a teoria ele partiu dos seguintes conceitos: 
1.O conceito de emoção é aplicável a todos os níveis evolutivos e se aplica a animais, bem como para os seres humanos. 
2. O conceito de emoção é aplicável a todos os níveis evolutivos e se aplica a animais, bem como para os seres humanos. 
3. As emoções têm uma história evolutiva e evoluíram diversas formas de expressão em diferentes espécies. 
4.Emoções servem como um papel adaptativo para ajudar os organismos a lidar com questões de sobrevivência decorrentes do meio ambiente. 
5.As emoções têm uma história evolutiva e evoluíram diversas formas de expressão em diferentes espécies. 
6. Emoções servem como um papel adaptativo para ajudar os organismos a lidar com questões de sobrevivência decorrentes do meio ambiente.
7. Apesar das diferentes formas de expressão das emoções nas diferentes espécies, existem certos elementos comuns, ou padrões de protótipos, que podem ser identificadas. 
8. Há um pequeno número de emoções básicas, primárias ou protótipos. 
9.Todas as outras emoções são estados mistos ou derivado, isto é, que ocorrem a partir de combinações, misturas, ou compostos das emoções primárias
A TEORIA DE JAMES-LANG E CANNON BARD
William James propôs que um indivíduo, após perceber um estímulo que, de alguma forma o afeta, sofre alterações fisiológicas perturbadoras, como palpitações, falta de ar, angústia, etc. E é precisamente o reconhecimento desses sintomas (pelo cérebro) que gera a emoção. Em outras palavras, as sensações físicas são a emoção. Em 1929, Walter Cannon refutou a teoria de James e apresentou uma outra, a qual, por sua vez, foi pouco depois modificada por Phillip Bard. 
A teoria Cannon-Bard : quando o indivíduo se encontra diante de um acontecimento que, de alguma forma, o afeta, o impulso nervoso atinge inicialmente o tálamo e aí, a mensagem se divide. 
Uma parte vai para a córtex cerebral, onde origina experiências subjetivas de medo, raiva, tristeza, alegria, etc. A outra se dirige para o hipotálamo, o qual determina as alterações neurovegetativas periféricas (sintomas).
Ou seja, por esta teoria,as reações fisiológicas e a experiência emocional são simultâneas. O erro essencial da teoria Cannon-Bard foi considerar a existência de um "centro" inicial (o tálamo) para a emoção. 
 
 O CIRCUITO DE PAPEZ
Papez acreditava que a experiência da emoção era primariamente determinada pelo cortex cingulado, e secundariamente por outras áreas corticais. Pensava-se que expressão emocional era governada pelo hipotálamo. O giro cingulado se projeta ao hipocampo, e o hipocampo se projeta ao hipotálamo pelo caminho do feixe de axônios chamado fórnix. Impulsos hipotalâmicos alcançam o córtex via relé no núcleo talâmico anterior. 
Mais recentemente, Paul MacLean, aceitando, em sua essência, a proposta de Papez, criou a denominação sistema límbico e acrescentou novas estruturas ao sistema: as córtices órbitofrontal e médiofrontal (área pré-frontal), o giro parahipocampal, e importantes grupamentos subcorticais : amigdala, núcleo mediano do tálamo, área septal, núcleos basais do prosencéfalo (região mais anterior do cérebro), e formações do tronco cerebral.
Mas logo, em 1937, o neuroanatomista James Papez demonstraria que a emoção não é função de centros cerebrais específicos e sim de um circuito, envolvendo quatro estruturas básicas, interconectadas por feixes nervosos : o hipotálamo com seus corpos mamilares, o núcleo anterior do tálamo, o giro cingulado e o hipocampo. 
Este circuito, o circuito de Papez, atuando harmonicamente, é responsável pelo mecanismo de elaboração das funções centrais das emoções (afetos), bem como de suas expressões periféricas (sintomas). 
REGULAÇÃO DOS PROCESSOS EMOCIONAIS E MOTIVACIONAIS. SÍNDROME DE KLÜVER E BUCY
No mesmo ano em que Papez publicou seu famoso trabalho relacionando as estruturas límbicas com as emoções, dois cientistas, H. Klüver e P. Bucy, publicaram um trabalho experimental que veio confirmar as idéias de Papez. Estes autores fizeram uma ablação bilateral da parte anterior dos lobos temporais em macacos, lesando algumas estruturas importantes do sistema límbico, como o hipocampo, o giro para-hipocampal e o corpo amigdalóide. 
Esta cirurgia resultou na maior modificação do comportamento de um animal até hoje obtida após um procedimento experimental. Estas alterações de comportamento são conhecidas como síndrome de Klüver e Bucy e consistem no seguinte:
a) domesticação completa dos animais que usualmente são selvagens e agressivos;
b) perversão do apetite, em virtude da qual os animais passam a alimentar-se de coisas que antes não comiam;
c) agnosia visual manifestada pela incapacidade de reconhecer objetos ou mesmo animais que antes causavam medo, tais como cobras e escorpiões;
d) tendência oral manifestada pelo ato de levar à boca todos os objetos que encontra (inclusive os escorpiões);
e) tendência hipersexual, que leva os animais a tentarem continuamente o ato sexual (mesmo com indivíduos do próprio sexo ou de outra espécie) ou a se masturbarem continuamente. 
Convém assinalar que quadros semelhantes a este já foram observados no homem, em consequência da ablação bilateral do lobo temporal para tratamento de formas agressivas de epilepsia. 
 Admite-se que a agnosia visual que ocorre na síndrome de Klüver e Bucy resulta de lesão das áreas visuais de associação localizadas no córtex do lobo temporal. Todos os demais sintomas que ocorrem nessa síndrome são conseqüência de lesões de estruturas do sistema límbico, em especial do corpo amigdalóide.
PERSPECTIVA COGNITIVISTA DA EMOÇÃO
Perspectiva cognitiva da emoção: sugere que as emoções surgem em resposta às estruturas de significado de determinadas situações.  As emoções difeririam em função das interpretações do sujeito da realidade. 
Emoções básicas: emoções das quais se originam uma gama de emoções secundárias que compartilham com aquela muitas de suas características tais como sua fisiologia, seu estado subjetivo, suas características de expressão etc. 
AS EMOÇÕES BÁSICAS DO SER HUMANO
Segundo Eric Berne, são cinco as emoções básicas do ser humano:
• RAIVA,
• MEDO,
• TRISTEZA,
• ALEGRIA,
• AFETO. 
Diante de um estímulo, o nosso corpo reage de acordo com a circunstância e intensidade, desencadeando uma das cinco emoções básicas. Desde a detonação da carga emocional até seu efeito corporal, podemos identificar três tempos da emoção:
• O SENTIR,
• O EXPRESSAR VERBAL,
• O ATUAR CORPORAL. 
1º Tempo: O SENTIR:
É um processo intrapsíquico. Todo ser humano vem programado para sentir as cinco emoções básicas. É natural e normal que tanto o homem quanto à mulher sintam: Raiva, Medo, Tristeza, Alegria e Afeto. Embora alguns homens garantam que não sentem medo, isto é balela, pode até ser que o processo educacional tenha sido repressor do medo, aliás, veremos adiante que assim começam as emoções de disfarce: proibição de uma emoção autêntica e imposição para que você não sinta o que sente, e sinta o que o outro quer que você sinta.
2º Tempo: O EXPRESSAR VERBAL:
É traduzir a emoção por palavras. É humano, e até onde sabemos, somente os humanos têm a possibilidade de exprimir o que estão sentindo através das palavras, é o processo verbal, é o grande diferencial do homem para os demais animais: o poder da palavra. 
Sendo as palavras símbolos mentais, a expressão verbal é algo de extraordinário na vida humana: a palavra tem o poder de CURAR se expressam de modo adequado, como também podem FAZER ADOECER e até MATAR se expressar de modo inadequado. Há palavras que alegram e as que entristecem, assim como induzir ao medo, a raiva ou podem aclamar, algumas trazem dúvidas ou esperança, outras negam e outras afirmam determinados sentimentos. Enfim, as palavras têm substância e poder, representam o fio de ouro do pensamento, das crenças dos sentimentos.
3º Tempo: O ATUAR CORPORAL:
É a expressão corporal das emoções, ou seja, o modo como a emoção sentida ou verbalizada se exprime através da linguagem do corpo. Sabemos que a energia da emoção se espalha por todo o corpo, atingindo determinados setores, e que ao alcançar nossos músculos, as emoções produzem movimentos diversos: finalista e não finalistas, repentino ou calmamente, aproximativos ou separativos, espontâneas ou provocativas.
 ESTÍMULOS, EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS: 
Estímulo (Causa)	 Efeito (Emoção)	Consequência (Conduta)
	 
Obstáculo	 RAIVA	 - Agressão/Superação/Defesa
	 
Perigo	 MEDO	 - Fuga ou Luta	 
Perda	 TRISTEZA	 - Paralisação/Recuperação
	 
Conquista	ALEGRIA	 - Aproximação	 
 
Contato	AFETO	 - Conjugação	
EMOÇÃO DA RAIVA:
Induz movimentos violentos de ataque ou de defesa, aumentando a força corporal, gera força e energia para superar obstáculos, todas as vezes que houver ameaça á sua vida, ou condição de vida a raiva se apresenta como defesa natural, uma espécie de força vital. Como não existe uma emoção chamada coragem, a raiva funciona como antídoto natural contra o medo.
FACETAS DA RAIVA:
Agressivo, Crítico, Irado, Histérico, Invejoso, Rabugento, Decepcionado, Chocado, Exasperado, Frustrado, Arrogante, Ciumento, Agoniado, Hostil, Vingativo, Colérico, Sentido, Indignado, Chateado, Revoltado.
EMOÇÃO DO MEDO:
O medo é um impulso, geralmente desqualificado pelos seres humanos. É muito comum nos referirmos ao medo como um impulso negativo, ou até mesmo como uma falha grave ou defeito nas pessoas. O medo nos ensina o respeito ao limite, precisa ser eliminado ou superado, quando ele é ou se torna patológico.
FACETAS DO MEDO: Tímido, Apavorado, Medroso, Horrorizado, Desconfiado, Incrédulo, Envergonhado, Embaraçado, Afeito, Surpreso, Culpado, Ansioso, Prudente, Indeciso, Constrangido, Modesto.
EMOÇÃO DA TRISTEZA:
Leva a cessão dos movimentos. O medo e a tristeza levam a baixa estima, a tristeza é a negação da alegria. A alegria foi frustrada aparece uma raiva impotente e logo dará lugar a uma tristeza: tristeza por perda real ou condição devida. O positivo é expressar a tristeza por palavras e gestos, entre em contato com o sentimento e permita-se chorar e ou recolher-se. 
Você precisa de um tempo para recuperar a energia e avaliar a extensão da perda e se redirecionar para outras emoções: passar a contatar como uma emoção autêntica subjacente e ir fundo nela. Longo período de tristeza leva a depressão, como já dissemos, baixa estima, baixa nos níveis de anticorpos, predispondo o ser a infecção com maior facilidade, é uma das mais perigosas a saúde quando muito prolongada. As modificações corporais provocadas pela tristeza são menos evidentes do que as das demais emoções.
FACETAS DA TRISTEZA: Triste, Desesperado, Desgostoso, Depressivo, Entediado, Solitário, Ferido, Desolado, Meditativo, Estafado, Retraído, Apiedado, Concentrado, Deprimido, Melancólico, Nostálgico.
EMOÇÃO DA ALEGRIA:
É a emoção mais boicotada, a alegria expande o ego e contagia. A alegria é salutar, é desfrutar a vida com prazer e compartilhar com os amigos, parentes, entes queridos. Ter alegrias por suas vitórias, seus feitos e suas realizações é auto-estima. Os efeitos da alegria são impulsos fortalecedores da energia geral. Sendo a alegria uma emoção contagiante há tendência a aproximação física, toques, abraços afagos.
FACETAS DA ALEGRIA: Alegre, Contente, Confiante, Feliz, Satisfeito, Animado, Interessado, Deslumbrado, Otimista, Aliviado, Eufórico, Embriagado, Espirituoso, Numa Boa.
EMOÇÃO DO AFETO: 
Emoção presente nos estados de amor, em seus diversos rótulos, amor maternal, paternal, filial, fraternal e romântico. O afeto expande a alma engrandecendo-a, correlaciona-se ao prazer, sexo e ao amor, induzindo-nos a uma aproximação física tão grande que permite ou traz proteção e reprodução.
FACETAS DO AFETO: Amoroso, Apaixonado, Solidário, Malicioso, Deslumbrado, Vidrado, Saudoso, Encabulado, Indiferente, Curioso, Enternecido, Comovido.