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XXXXXXXXXXXXXXXX
Atividades Práticas Supervisionadas
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 2017.
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Atividades Práticas Supervisionadas
Atividade, com objetivo em aprovação na disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas do xº Período do curso de xxxxxxxxxxxxxxxxxx, entregue ao Professor e Orientador xxxxx.
XXXXXXXXXXXX
 2017.
Engenharia Civil e sua História
Engenharia civil é baseada na construção e manutenção de obras como estradas, pontes e edifícios. Que inclui uma variedade de disciplinas, como solos, estruturas, geologia, e outros campos.  Assim, a história da engenharia civil está ligada a todas essas ciências. Na história antiga, a maioria da construção foi realizada por artesãos, quando não se tinha muito conhecimento sobre o assunto e não possuíam maquinas avançadas como hoje onde o trabalho braçal era alto. Portanto, obras de engenharia civil só poderia ser realizado com a utilização de um grande número de trabalhadores durante um período prolongado de tempo.
Como dito acima, engenharia civil é considerada a primeira disciplina principal de engenharia e os engenheiros eram engenheiros no fato de militares com experiência em obras civis e militares. Durante a era de batalhas ou operações, os engenheiros foram contratados para ajudar os soldados lutando no campo de batalha, fazendo catapultas, torres e outros instrumentos usados ​​para combater o inimigo. No entanto, em tempo de paz, eles estavam preocupados principalmente com as atividades civis como a construção de fortificações para a defesa, fazendo pontes, canais, etc.	
O conceito de gerência de projetos apareceu, nos EUA, no fim da década de 50 e início da década de 60, e foi inicialmente aplicado à análise de sistemas de computação e a implantação de empreendimentos físicos.
Cabe aqui destacar que o gerenciamento empírico, natural ou espontâneo, como se queira chamar, sempre existiu, apenas sem terminologia e tecnologia características, próprias e distintas das de outras disciplinas. O gerenciamento da construção caracterizou-se firmemente na década de 70, e nessa aplicação surgiram técnicas específicas para gerenciamento das interfaces entre a engenharia de projeto, suprimentos e construção. Isto, porém, ocorreu sem a caracterização de uma nova disciplina, distinta da engenharia ou administração de empresas.
A gerência de projetos era definida, então, como sendo a condução dos recursos necessários para a execução do projeto dentro das condições de prazo, qualidade e custo.
Na década de 60, a aplicação da engenharia de sistemas à execução de projetos poderia ser comparada ao funcionamento de uma máquina em condições ideais, quase sem atrito. 
A década de 70 já apresentou condições diferentes, pois as situações ideais desapareceram, surgindo os sucessivos choques do petróleo, a inflação, a escassez de recursos, a multinacionalização e o aumento do porte e sofisticação dos projetos. Apareceram, então, os softwares específicos para planejamento e controle, tais como Projacs, Proplan, Ártemis etc., que facilitaram o tratamento de projetos com grande número de atividades, porém apresentando restrições, por serem processados em centros de processamento de dados externos aos projetos, de difícil acesso aos gerentes e lenta atualização das informações.
Na década de 80, a necessidade de identificação de responsabilidades num ambiente de múltiplas subdivisões de atividades e de organizações participantes levou à combinação da EAP - Estrutura Analítica do Projeto - com a EAO - Estrutura Analítica da Organização - cuja combinação de forma matricial permitiu a vinculação de frações específicas de atividades a unidades específicas da organização.
Os microcomputadores fizeram sua aparição no ambiente dos projetos na década de 80, em virtude sobretudo da facilidade de sua operação e da aparição de software, dirigidos ao gerenciamento de projetos e dos aplicativos de fácil adaptação. O acesso imediato do gerente à informação e a possibilidade de rápida alteração de informações ante a mudança das situações, característica básica dos projetos da década de 80, garantiram o lugar dos microcomputadores no gerenciamento dos projetos.
Hoje em dia a indústria da construção, que tem participação importante na economia brasileira, também sofreu os efeitos da crise no país. No entanto, muitos empresários e especialistas acreditam que o pior momento já passou. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os investimentos no Brasil voltaram a crescer no segundo semestre de 2016, após dois anos em queda. Muitas construtoras já registram o aumento e a expectativa é que o setor retome o crescimento.
Para acompanhar o crescimento e se manterem competitivas no mercado, as construtoras estão de olho nas principais inovações da indústria da construção como:
Tijolos ecológicos
Desenvolvidos com o objetivo de serem mais resistentes e menos poluentes que o tijolo comum. Pesquisadores espanhóis e escoceses criaram o tijolo de lã que chega a ser 37% mais resistente que o tradicional. Ele é fabricado utilizando lã e um polímero natural encontrado em algas, junto com a argila habitual. Além de ter maior resistência mecânica, o tijolo de lã é mais ecológico já que as matérias-primas adicionadas são abundantes e não tóxicas. Eles também secam mais rápido, reduzindo o gasto com energia e são indicados para ambientes frios e úmidos, pois são bons isolantes térmicos.  Como este, existem outros tijolos ecológicos produzidos com uma variedade incrível de matéria-prima, inclusive com resíduos de construção, que podem substituir o tijolo tradicional sem alterar a estrutura do projeto.
Telhas solares
Você certamente já conhece os painéis fotovoltaicos que costumam ser instalados sobre os telhados com o objetivo de aproveitar a energia solar. A novidade é a telha solar, que possui as células fotovoltaicas em sua estrutura. O telhado é montado normalmente e as telhas servem tanto para proteger a construção das intempéries quanto para captar os raios solares. A fiação passa por debaixo do telhado e chega ao conversor. Segundo alguns fabricantes, uma área de 40 m² é capaz de gerar 3 kW de energia.
Concreto sustentável
A indústria do concreto tem altos índices de emissão de dióxido de carbono, principalmente durante a produção do clínquer — um material composto de calcário, argila e outros componentes químicos que é aquecido em um forno e serve como matéria-prima para cimento e concreto. O concreto é fundamental na indústria da construção e algumas empresas estão desenvolvendo alternativas mais sustentáveis para este produto. A utilização de concreto sustentável é mais uma tendência da Engenharia Civil. Ele é produzido a partir de materiais reciclados como madeira, vidro, escória e outros elementos da demolição. Desta maneira, diminui-se a produção de lixo e as emissões de carbono.
Conservação e reaproveitamento da água
A preocupação com a quantidade de água que utilizamos tem crescido a cada dia. A Engenharia Civil e a indústria da construção estão desenvolvendo técnicas para conservação e reuso da água, tanto na obra quanto durante a utilização do imóvel. As alternativas para reaproveitamento da água envolvem, por exemplo:
Captação e uso de água da chuva;
Sistema para tratamento e reutilização da chamada água cinza, proveniente de máquinas de lavar, chuveiros e lavatórios;
Aproveitamento da água gerada na drenagem de terrenos durante a obra.
Automação predial
O mundo evoluiu para estar conectado e utilizar a tecnologia em cada detalhe. As construções certamente não ficaram de fora. A automação predial ganha espaço na Engenharia Civil e a demanda por casas inteligentes deve crescer. A principal função dos sistemas de automação predial ainda está relacionada à segurança, como controle de acesso em portões, portarias, catracas e cancelas. No entanto, a tendência é que elevadores, luzes, aparelhos de TV e outras utilidades possuam controleautomatizado e que ele possa ser feito também de maneira remota, por meio da internet.
Tecnologia no processo construtivo
É fato que as empresas buscam maior rentabilidade, e isso só é possível com maior controle e indicadores com visão sistêmica da obra para melhorar a tomada de decisões. Deste modo, a adoção de tecnologias no canteiro de obras seguirá sendo aliado importante. Através de soluções tecnológicas, é possível otimizar todas as etapas  no canteiro de obras, permitindo que o gestor visualize os processos como um todo, gerenciando os recursos aplicados, verificando o andamento do trabalho, conferindo a distribuição da mão de obra, controlando a qualidade dos serviços executados e compartilhando documentos e informações. 
A preocupação com a sustentabilidade nas construções é algo que também cresce a cada dia, por isso, a utilização de novas tecnologias permite ganhos significativos para o meio ambiente, como na redução do uso de papel pela utilização de tablets, por exemplo. O mercado se transforma de maneira dinâmica e, frequentemente, surgem novas tendências da engenharia civil. Deste modo, é extremamente importante estar atento às inovações para garantir os melhores resultados na construção.
Impacto Ambiental da Engenharia Civil 
Um dos mais importantes setores da economia, a construção civil é essencial ao desenvolvimento no país, sendo responsável por mais de 2,327 milhões de empregos diretos e indiretos, de acordo com pesquisa do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em contrapartida, o setor se caracteriza como um dos que mais consomem recursos naturais, desde a produção dos insumos utilizados até a execução da obra e sua operação ao longo de décadas. No Brasil, apropria-se de 75% do que é extraído do meio ambiente.
Segundo Diana Scillag, diretora do CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável -, de tudo o que extrai da natureza, apenas entre 20% e 50% das matérias-primas naturais são realmente consumidas pela construção civil. Dados revelam que o volume de resíduos gerado - entulho de construção e demolição -, chega a ser duas vezes maior que o volume de lixo sólido urbano.
A produção de materiais de construção é, ainda, responsável por poluição que ultrapassa limites tolerados em poeira e CO2. O processo produtivo do cimento necessariamente gera o gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa. Para cada tonelada de clínquer (componente básico do cimento) produzido, mais de 600 kg de CO2 são lançados na atmosfera. Junte-se o sedimento ambiental da produção de outras indústrias com o crescimento mundial da fabricação de cimento, o resultado é que a participação do insumo no CO2 total mais que dobrou no período de 30 anos, entre 1950 e 1980. Outros materiais usados em grande escala têm problemas similares.
A reciclagem é prática ideal de transformação para reduzir o volume de extração de matérias-primas, através da substituição por resíduos reciclados, redução de áreas destinadas a aterros, redução de energia referente ao processo de extração, além de possibilitar o surgimento de novos negócios.
A Construção Sustentável é um conceito moderno da Engenharia Civil que pode ser aplicado ao projeto de qualquer tipo de estrutura, indo desde pequenas casas populares até a construção de grandes prédios, como fábricas ou hospitais. Na construção sustentável, os engenheiros civis e arquitetos procuram usar tecnologias ecológicas nas obra para preservar o meio ambiente e poupar os recursos naturais. 
O conceito de construção sustentável é baseado em 5 ideias básicas: Projetos de engenharia civil e arquitetura inteligentes aproveitam melhor as características do terreno e também da natureza, tais como iluminação solar natural para poupar o uso de lâmpadas quando a construção ficar pronta; A poluição pode ser reduzida drasticamente através do melhor aproveitamento dos materiais (redução de desperdício) e também através do uso de ferramentas e estruturas inteligentes (andaimes de metal reutilizáveis ao invés dos tradicionais andaimes de madeira comuns na construção civil); O uso de materiais ecológicos é outro princípio fundamental da construção sustentável. Plástico reciclado, madeira de reflorestamento, concreto reciclado, etc.; Outra forma é tornar um edifício mais econômico e sustentável é através da eficiência energética; E o reaproveitamento da água em cisternas, para o devido fim de tarefas como lavagem de calçadas, vasos sanitários, regar plantas. 
Resíduos da Construção Civil
Em 2002, foi aprovada a Resolução nº. 307, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre os resíduos sólidos oriundos da construção civil. Segundo a resolução todos os municípios devem ter o seu plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção. Além disso ela exige que o serviço de coleta tenha maior qualificação.
Essas medidas pretendem inibir a disposição inadequada destes resíduos, já que grande parte deles ainda é depositada em aterros clandestinos, em terrenos baldios, calçadas ou bairros afastados. É ainda importante lembrar que a responsabilidade em dispor adequadamente os entulhos é do dono da obra, é ele quem deve buscar uma empresa para coletá-los, geralmente, empresas de transporte de caçambas estacionárias.
A Resolução 307 do Conama também classificou em 4 categorias os resíduos sólidos provenientes da Construção Civil:
- Classe A: Resíduos Recicláveis como agregados: cimento, concreto, britas, areia, tijolos, telhas, pisos cerâmicos, argilas.
- Classe B: Resíduos Recicláveis para outras destinações: plásticos, papéis, vidros, madeiras, metais, forros de PVC e isopor.
- Classe C: Resíduos Não Recicláveis: gesso e outros materiais cuja reciclagem é economicamente inviável. 
- Classe D: Resíduos Perigosos: tintas, solventes, óleos, colas, aditivos, fibrocimento, estopa e pincéis. 
Além dos benefícios ambientais, o reuso dos resíduos da construção civil tem grande importância econômica. Reaproveitando materiais que normalmente seriam desperdiçados pode-se reduzir o custo da obra, mas além da economia a reciclagem também pode gerar empregos e ser fonte de renda. Cada vez mais as construtoras orientam seus trabalhadores a gerar o mínimo de resíduos e reaproveitar o máximo do material. A gestão correta dos materiais faz parte do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), que tem sido implantado em diversos canteiros de obras, ações concretas como a separação dos resíduos por tipo de material são resultados do trabalho de conscientização ambiental realizado junto aos operários das obras por meio de palestras que abordam diversos temas relacionados ao meio ambiente. Empresas que já realizam ações como esta conseguiram reduzir até 35% a quantidade de entulho gerada em cada obra.
O bota fora é o lugar aonde se destina o descarte do material inerte da construção civil, porém mal administrado pode se tornar algo extremamente agressivo ao meio ambiente e para os moradores. 
Alguns impactos são mais visíveis como a poeira que causa doenças respiratórias e alergias ou o desgaste do solo causado pela intensa circulação de caminhões ou ainda a proliferação de vetores. Outros podem ser imaginados como a contaminação dos lençóis freáticos pelo lixiviado. Além do bota-fora causar impactos ambientais, ele também pode se tornar um perigo para a saúde pública. 
História de Grande Obra 
A maior barragem do Brasil – Complexo Hidroelétrico de Itaipu
O esforço diplomático entre Brasília e Assunção, cujo objetivo é revisar cláusulas financeiras do tratado de Itaipu, tem mantido nos últimos dias a hidrelétrica binacional sob os holofotes, 27 anos após sua fundação. O Paraguai quer receber mais pela energia que não consome, e que acaba vendendo a preço de custo ao Brasil. O país vizinho também quer comercializar parte desse excedente no mercado livre brasileiro. Para o presidente paraguaio Fernando Lugo, atingir essas metas se tornouuma questão prioritária, e ele conta com o apoio do parlamento e da população de seu país. A orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o diálogo, mas qualquer mudança nas regras do tratado depende de aprovação do Congresso Nacional.
 Localizada num trecho de fronteira do Rio Paraná, a usina hidrelétrica de Itaipu começou a ser pensada ainda na década de 1960, quando foram assinados os primeiros acordos de cooperação entre Brasil e Paraguai. As primeiras pesquisas de campo para a elaboração do projeto foram feitas em pequenas balsas por técnicos brasileiros e paraguaios. O local escolhido para a construção foi um ponto do rio conhecido como Itaipu, que em tupi quer dizer "a pedra que canta". A formalização do empreendimento se deu com a assinatura do tratado de 1973, que estabeleceu os pontos para o financiamento da obra e a operação da empresa, num modelo de sociedade binacional, pertencente às duas nações em partes iguais. Pelo documento, cada um dos países tem direito a 50% da energia produzida. Caso uma das partes não use toda a cota, deve vender o excedente ao parceiro a preço de custo.
 As dimensões do projeto também estavam traçadas desde o início: a área da hidrelétrica vai de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del'Este, no sul do Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, no norte deste país. Entre 1975 e 1978 mais de 9 mil casas foram construídas nas duas margens do rio Paraná, para abrigar os trabalhadores que construíam a usina. Para que se tenha uma dimensão do empreendimento, até um hospital foi erguido no local.
 Na época da construção, Foz do Iguaçu era uma cidade com apenas duas ruas asfaltadas e cerca de 20 mil habitantes. Em dez anos, a população se multiplicou para 101.447 pessoas. Os números da obra, que levou 10 anos para ser concluída, são impressionantes: aglutinou cerca de 40 mil trabalhadores; mais de 50 milhões de toneladas de terra e rocha foram escavadas para ser feito o deslocamento do curso do rio Paraná, o sétimo maior do mundo; a quantidade de concreto usado para construir a usina seria suficiente para erguer 210 estádios do tamanho do Maracanã; seria possível levantar 380 Torres Eiffel com o total de ferro e o aço utilizados no empreendimento; mais de 35 mil animais que viviam na área a ser inundada pelo lago da usina foram removidos.
 A obra também ajudou a dinamizar vários setores da economia brasileira. No início da década de 1980, o transporte de materiais para a Itaipu Binacional mobilizou 20.113 caminhões e 6.648 vagões ferroviários, enquanto a demanda por mão de obra provocava filas imensas nos centros de triagem dos consórcios. A roda da primeira turbina, com 300 toneladas, saiu de São Paulo em 4 de dezembro de 1981 e chegou ao canteiro de obras em 3 de março de 1982. O primeiro giro mecânico de Itaipu ocorreu em dezembro de 1983, como teste. Em 5 de maio de 1984 a gigante entrou em operação com uma unidade geradora de energia, de um total de 20 previstas no projeto. As duas últimas turbinas foram inauguradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva somente em 2007, 33 anos depois do início da construção. Até 2006, a usina brasileira-paraguaia foi considerada a maior do mundo, sendo batida pela entrada em operação da usina Três Gargantas, localizada na China.
 Atualmente, a capacidade de geração da usina é de 14 GW por ano, sendo que cada uma das 20 unidades geradoras fornece 700 MW/ ano. O recorde de produção foi atingido em 2000, quando a Itaipu Binacional gerou 93,4 bilhões kWh. Em 2004, quando completou 20 anos de atividade, a usina já havia gerado energia suficiente para abastecer o mundo durante 36 dias. Do lado brasileiro do rio Paraná, 20% da energia elétrica consumida no país vem de Itaipu.
 O Paraguai utiliza apenas cerca de 5% da energia gerada em Itaipu, o suficiente para abastecer 95% de sua demanda por eletricidade. O restante é vendido ao Brasil, mas como o governo brasileiro cobriu praticamente sozinho os custos da obra da usina, Assunção tem uma dívida com Brasília, que acabará apenas em 2023. Até lá, a energia vendida pelo lado paraguaio continuará sofrendo abatimento. O valor da construção da hidrelétrica foi, à época, de aproximadamente US$ 1 mil por quilowatt instalado, ou cerca de US$ 14 bilhões, o Paraguai entrou no empreendimento com apenas US$ 50 milhões, financiados pelo Banco do Brasil.
A seguir fotos desta grande construção.

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