PIM II Gestão Financeira

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA
ANDREIA SANTANA DOS SANTOS - RA: 1743200
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR II
Natura Cosméticos S.A
SÃO PAULO
2017
Andreia Santana dos Santos – RA: 1743200
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR II
NATURA COSMÉTICOS S.A
BANCA EXAMINADORA:
______________________________
EXAMINADOR (1)
______________________________
EXAMINADOR (2)
______________________________
EXAMINADOR (3)
Observações:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Resultado:_______________________________________________________
DATA DA APROVAÇÃO: ___/___/___.
RESUMO
O Projeto Integrado Multidisciplinar II (PIM II), refere-se ao projeto de pesquisa realizado no primeiro período do Curso de Graduação Tecnológica em Gestão Financeira. O PIM II tem como foco principal, propor ao aluno a ampliação do conhecimento e o desenvolvimento prático dos conceitos teóricos das disciplinas acadêmicas aplicadas. Através da realização da pesquisa, é possível aplicar as percepções, análises e conclusões com base nesse conteúdo acadêmico. 
O processo de pesquisa consiste em um estudo de caso, onde o principal objetivo entender como é gestão dos negócios em termos micro e macroeconômicos, dos recursos materiais e patrimoniais e das técnicas matemáticas aplicadas para a Natura Cosméticos S.A.
Palavras chaves: pesquisa, gestão, análise.
ABSTRACT
	The Integrated Multidisciplinary Project II (PIM II), refers to the research project carried out in the first period of the Technological Undergraduate Course in Financial Management. The PIM II has as main focus, to propose to the student the extension of the knowledge and the practical development of the theoretical concepts of the applied academic disciplines. By conducting research, it is possible to apply perceptions, analyzes and conclusions based on academic content. The research process consists of a case study, where the main objective is to understand how it is micro and macroeconomic business management, material and patrimonial resources and mathematical techniques applied to Natura Cosméticos S.A.
Keywords: research, management, analysis.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Colaboradores Natura	8
Figura 2 - Colaboradores Natura por gênero	8
Figura 3 Evolução do mercado – Faturamento Ex-factory (líquido de impostos sobre vendas)	10
Figura 4 - Indicador econômico	11
Figura 5 Evolução do PIB – Setor x Economia	11
Figura 6 - Resultado Natura 2016	13
Figura 7 - IPCA - Variação 2017	13
Figura 8 - Evolução PIB 1º TRI 2017	14
INTRODUÇÃO
A empresa
A Natura é uma empresa privada, de origem brasileira líder no mercado nacional em desenvolvimento, produção e comercialização de cosméticos, fragrâncias e itens de higiene pessoal. A Natura está presente em 64 cidades localizadas em 20 países, e conta com uma rede de 6,5 mil colaboradores, 1,8 milhão de consultoras e consultores. Além de fornecedores e parceiros diretos e indiretos.
A atuação da Natura é orientada pelo bem-estar bem, que é a relação harmoniosa do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com o todo. Assim, ao longo de sua jornada, a empresa aprofunda o compromisso com o desenvolvimento sustentável, que é uma das visões mais importantes da Natura: Reduzir o impacto socioambiental. Bem como o desgaste do ecossistema. A Natura é a primeira empresa da América Latina a contabilizar o impacto de seus negócios no meio ambiente e na sociedade, por meio da metodologia internacional de contabilidade ambiental (conhecida em inglês como “EP&L”, Ganhos e Perdas Ambientais). O estudo é uma análise profunda de todas as etapas de vida dos produtos da companhia, desde a extração da matéria-prima, passando por fabricação, transporte, uso e descarte dos materiais. A análise realizada com base nos dados consolidados da Natura do ano de 2013, e que teve seu resultado divulgado em julho de 2016, confirmou o impacto positivo de iniciativas adotadas pela Natura ao longo de sua trajetória, como a opção pelo uso de álcool orgânico na perfumaria e de ativos da biodiversidade amazônica em seus produtos. O programa Natura Carbono Neutro, implementado de forma inédita pela empresa em 2007 para diminuir suas emissões de gases do efeito estufa e compensar o que não for possível reduzir, também contabilizou positivamente.
Na linha do tempo apresentada abaixo, é possível conhecer um pouco da trajetória de sucesso desta empresa que está no ranking das empresas mais valiosas do Brasil.
Em 1969, Antônio Luiz da Cunha Seabra fundou a Industria e Comércio de Cosméticos Berjeaout Ltda, em sociedade com Jean Pierre Berjeaout, que logo virou Natura, devido à participação de ativos vegetais na composição dos produtos.
Em 1974 inicia o sistema de vendas diretas para comercializar seus produtos.
Em 1979 acerta a sociedade com Guilherme Peirão Leal e Pedro Luiz Barreiros Passos, o terceiro sócio só chegou em 1983.
Durante a década de 1980, a receita bruta da empresa cresceu mais de 30x.
Em 1994 inicia-se a expansão na América Latina.
Em 2001 é inaugurada em Cajamar a fábrica e o complexo logístico.
2004 foi o ano da abertura de capital da empresa, com ações listadas no segmento especial denominado Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da Bovespa.
Em 2006 a Natura passa a realizar testes com material sintético, encerrando as pesquisas com animais.
Em 2009, ao completar 40 anos, a marca histórica de 1 milhão de consultoras e consultores é atingida.
Em 2010, criação do Instituto Natura, que busca o fortalecimento de pessoas e organizações que fazem parte da área educacional: professores, em especial dos anos iniciais do Fundamental I, comunidade escolar, gestores públicos e consultoras Natura.
Nos últimos quatro anos a Natura investiu cerca de R$ 2 bilhões, elevando assim, o patamar de sua infraestrutura tecnológica, produtiva e logística. A companhia vem investindo para disponibilizar informação, aplicativos, meios de pagamento e outros instrumentos para impulsionar a atuação das consultoras. 
Denominação e forma de constituição
A NATURA COSMÉTICOS S.A. é uma sociedade por ações de capital aberto que se rege pelo presente estatuto social, pela legislação aplicável e pelo Regulamento de Listagem do Novo Mercado, sob o CNPJ de nº 71.673.990/0001-77.
Força de trabalho
A Natura encerrou o ano de 2016 com 6.397 colaboradores, incluindo o Brasil e as Operações Internacionais. 
Figura 1 - Colaboradores Natura
Figura 2 - Colaboradores Natura por gênero
Estrutura organizacional da empresa
Conselho de Administração (desde 1998, atualmente com 9 membros)
Diretoria Estatutária
Comitê Executivo
Comitês de Apoio
Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças
Comitê de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional
Comitê Estratégico
Comitê de Governança Corporativa
Principais produtos da organização
Atualmente, a marca Natura conta com cerca de 870 produtos em 10 categorias e 29 submarcas, a Aesop, empresa adquirida pela Natura em dezembro de 2016 conta com 110 produtos. Dentre esses, podemos citar como principais produtos, maquiagem, perfumaria, tratamento da pele e dos cabelos, proteção solar e higiene oral. A Natura aposta como diferencial, o oferecimento de soluções para diversas necessidades dos consumidores, tanto homens quanto mulheres e de todas as faixas etárias.
Principais fornecedores e insumos
Os principais fornecedores dos insumos naturais da Natura são as comunidades, que envolvem 2841 famílias. Cerca de 75% desses parceiros de negócios estão localizados na Amazônia, totalizando 2.119 famílias na região.
Os insumos naturais são matérias-primas extraídas da natureza,matas, campos e cerrados brasileiros, provêm de áreas de cultivo e reservas extrativistas registradas no Instituto Brasileiro de Apoio ao Meio Ambiente (IBAMA). Como forma de garantir que os insumos da flora brasileira sejam extraídos de acordo com padrões social e ambientalmente corretos, a Natura formatou o Programa de Certificação de Fornecedores de Produtos Florestais para as áreas e reservas com as quais se relaciona.
Principais concorrentes 
Os principais concorrentes da Natura são empresas que fabricam e comercializam direta e indiretamente, cosméticos, dentre esses, perfumaria, higiene pessoal e maquiagem. Podemos citar como principais concorrentes nacionais, O Boticário, Avon, LOréal Brasil e etc.
 
 
Economia e Mercado
Abordagem Microeconômica
Apesar da crise e incertezas políticas pelo qual o país passa, há estudos que comprovam o vigor no setor cosmético.
“O mercado de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria representa quase 2% do PIB brasileiro e é o quarto maior mercado mundial, com 10% de todo o consumo global”
Vânia Leite, presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), no Congresso Brasileiro de Cosmetologia, de 23 a 25 de maio/2017 em São Paulo.
 
Segundo panorama do setor de HPPC 2017 apresentado pela Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), quando comparado a 2015, ainda que em estado de alerta, atravessando a crise política e econômica, já se sente uma leve recuperação, fechando 2016 com -6% de queda real, frente -9% em 2015.
 
Figura 3 Evolução do mercado – Faturamento Ex-factory (líquido de impostos sobre vendas)
Falando especificamente da organização objeto de estudo, a Natura, o desempenho econômico em 2016 foi influenciado pela queda de receita no Brasil, especialmente no terceiro trimestre, e as oscilações cambiais na América Latina, que acabaram por reduzir o impacto positivo do crescimento das Operações Internacionais. O ambiente econômico desafiador, com retração da renda, levou os consumidores a buscar opções de produtos com menor preço. Porém, houve uma melhora no quarto trimestre, devido às compras de Natal. 
O quadro abaixo apresenta o resulta financeiro da organização nos últimos 3 anos
Figura 4 - Indicador econômico
 
A restrição orçamentária
Em 2015 e 2016, devido aumento de carga tributária, tanto no âmbito do IPI, como no ICMS em diversos estados, aliado à crise econômica, com desemprego e queda de renda do consumidor, o setor apresentou queda muito próxima à da Indústria.
Figura 5 Evolução do PIB – Setor x Economia
Fonte: ABIHPEC
 
O quadro acima compara a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), com o da indústria em geral e com os índices da Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, demonstrando que o setor apresentou até 2014 crescimento mais vigoroso que o restante da indústria.
A inclinação da Curva de demanda e os fatores que deslocam a curva de demanda
Sabemos que a curva de demanda do mercado indica a relação entre as quantidades de um bem ou serviço que todos os consumidores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços, mantendo constantes outros fatores, como gosto, renda e preço de bens relacionados.   
Ainda com base no levantamento feito pela a ABIHPEC, podemos citar de um modo geral alguns pontos responsáveis pelo deslocamento positivo da curva de demanda desse setor:
Os novos integrantes da classe C passaram a consumir produtos com maior valor agregado; 
Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;
A utilização de tecnologia de ponta e o consequente aumento da produtividade, favorecendo os preços praticados pelo setor, que tem aumentos menores do que os índices de preços da economia em geral;
Lançamentos constantes de produtos atendendo cada vez mais às necessidades do mercado;
Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude.
Custos
Dentre os custos analisados na organização objeto de estudo, a Natura, podemos citar, matéria-prima, mão de obra, depreciação e amortização. Também há as despesas com marketing, logística, fretes, despesas administrativas, P&D, TI, projetos e investimentos em inovações, além das despesas com colaboradores que incluem salários, participações nos resultados e planos de previdência complementares. 
Na tabela abaixo, podemos verificar o comparativo destes custos da empresa em 2015 e 2016.
Figura 6 - Resultado Natura 2016
Fonte: Natura - Demonstrações Financeiras 2016
  
Abordagem Macroeconômica
Evolução dos índices de preços
Aprendemos que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é utilizado para medir a inflação oficial do País, ou seja, o nível de aumento geral dos preços. E sabemos que a inflação influencia diretamente o poder de compra da população. Ou seja, uma inflação alta tende a reduzir os gastos de consumo e provocar um efeito de substituição de produtos caros por outros.
Notícias recentes mostram que, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em 31/05, indicou que a projeção para o IPCA de 2017 no cenário de mercado está em 4,0% e a projeção para 2018 é de 4,16%. Na figura abaixo, podemos observar a variação do índice nos primeiros meses de 2017.
Figura 7 - IPCA - Variação 2017
 Fonte: Zero Hora
 
 
Evolução das taxas de juros
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para todas as demais taxas praticadas pelo mercado e, por isso, tem o poder de acelerar ou colocar um freio na atividade econômica do País.
A Selic vem sofrendo queda constante nos últimos meses. O Banco Central reduziu em 1% percentual o juro básico, de 11,25% para 10,25%, de acordo com o comunicado do Copom após o encontro que aconteceu em 31/05, conforme já citado anteriormente. Foi o sexto corte seguido da Selic, que atingiu menor nível em 3 anos.
Com isso, podemos afirmar que essa queda é motivada pelas incertezas sobre a evolução do processo de reformas e os ajustes na economia, que podem ter impacto negativo sobre a atividade econômica.
Fonte: Folha de São Paulo
Evolução do PIB e investimentos em capacidade de produção
Medido pelo IBGE, o Produto Interno Bruto consolida a soma das riquezas produzidas no País em um período de tempo. Esse indicador serve, principalmente, para analisar a evolução da situação econômica.
No primeiro trimestre de 2017 a economia brasileira registrou o primeiro resultado positivo após 2 anos. O IBGE divulgou no dia 1º de junho que o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2016. É o primeiro número positivo desde o quarto trimestre de 2014, ou seja, após oito quedas seguidas. 
Figura 8 - Evolução PIB 1º TRI 2017
 
Figura Gráfico Folha - Informações IBGE
 
Porém, segundo economistas, o PIB pode voltar a recuar no segundo trimestre, principalmente por conta do cenário político, com risco de paralisia de reformas, como a da Previdência.
Níveis de emprego e renda do país
A taxa de desemprego no país atingiu 13,6% no trimestre encerrado em abril. De acordo com o IBGE, 14 milhões de brasileiros estão desempregados. Foi a pior taxa de desemprego para o período desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Representa uma alta de 1 ponto percentual com relação ao trimestre encerrado em janeiro, que foi de 12,6%. 
Evidentemente, o colapso do mercado de trabalho ocorreu fundamentalmente depois da crise que teve início no final de 2014 e se aprofundou em 2015 e 2016. Mas as baixas taxas de desemprego existentes em 2013 e 2014 não significava altos níveis de emprego. Na realidade existia o chamado paradoxo do baixo desemprego em 2013 e 2014, como mostrou Simões, Alves e Silva (2016).
Fonte: Diário Online
Internacionalização da economia
Com desvalorização do real e entraves burocráticos, comércio exterior retraiu 13,7% em 2016, mas obteve crescimentos acima de 10% na Argentina, 
Paraguai, Colômbiae México. Em 2016, as exportações brasileiras de produtos de beleza caíram mais uma vez. A baixa foi de 13,7%, registrando um resultado inferior ao ano anterior, quando as vendas do setor para o mercado externo tiveram queda de 10,3% na comparação com 2014.
De acordo com Ricardo Nobrega, gerente de comércio exterior da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos): “A recessão econômica e as turbulências no cenário político brasileiro enfrentadas nos últimos anos afetaram não apenas o desempenho da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no mercado nacional, como também as exportações do país”. 
A instabilidade do real contribuiu diretamente para o mau desempenho do Brasil nos negócios externos, mas não foi o único fator. Uma pesquisa realizada em 2016 pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou outras barreiras às exportações brasileiras. Foram citadas as tarifas cobradas por portos e aeroportos, as taxas pagas a órgãos federais, a ineficiência governamental no suporte aos exportadores e a dificuldade de praticar preços competitivos fora do país. Contudo, nada superou a questão logística, eleita como principal obstáculo para os empresários brasileiros que vendem ao exterior.
Na lista atual dos dez maiores compradores de cosméticos brasileiros, nove são países latino-americanos – os EUA ocupam a 9ª posição. Apesar de ainda existir alguns entraves para exportar para a América Latina, há a questão da proximidade física, o que facilita a logística de exportação, além de similaridade nos hábitos de consumo e higiene pessoal.
Em 2016, esse conjunto de países foi responsável por 82,6% do total das vendas internacionais do setor, somando mais de US$ 510 milhões, de acordo com dados do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). O número é 11,2% inferior ao do ano anterior, quando os top ten geraram US$ 575 milhões em exportações.
Quatro mercados foram exceções dentro desse ranking: Argentina, Paraguai, Colômbia e México. Juntos, estes países receberam 52,5% do total de exportações de HPPC do Brasil no ano passado, com crescimento acima de 10% em relação a 2015.
Desde 2000, a associação – em convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – desenvolve o projeto Beautycare Brazil, que apoia e fomenta as exportações brasileiras do setor. Promovendo feiras, rodadas de negócios e missões empresariais em diferentes partes do mundo, o programa aproxima potenciais compradores e companhias brasileiras que querem expandir seus negócios internacionalmente.
Recursos Materiais / Gestão de estoque
No Brasil, diariamente mais de 49 mil pedidos são separados, e entregues nos mais de 5.900 municípios. Atualmente, cerca de 65% dos pedidos são entregues em até 48 horas – em alguns países, esse índice alcança 70%. Os investimentos refletem, ainda, a extensão geográfica das entregas – os produtos chegam, por exemplo, às consultoras da Ilha de Páscoa, que fica a 3.700 quilômetros da costa oeste chilena. Em novembro, a companhia inaugurou seu centro de distribuição na Argentina, o maior da Natura fora do Brasil. O espaço conta com linhas de separação automatizadas com a tecnologia picking by light.
Para garantir que esses produtos cheguem em ótima qualidade aos seus clientes, a Natura investe em qualidade de estocagem, transporte e distribuição. Para assegurar que as condições críticas para a segurança e a qualidade do produto sejam mantidas e controladas, alguns procedimentos são implementados. Abaixo podemos citar alguns desses procedimentos analisados em prospectos oferecidos pela empresa:
Condições gerais de estocagem de produtos acabados
Todos os produtos na área de estocagem devem ter identificação clara, com informações sobre a descrição, código, lote, data de fabricação e validade do produto.
Todo produto deve ser estocado afastados do chão e das paredes, possibilitando a inspeção dos produtos e o controle de pragas.
Deve-se estabelecer orientações de empilhamento dos produtos, bem como das condições necessárias de empilhamento e armazenamento para manter a sua integridade.
Os pallets devem estar em boas condições, limpos e livres de defeitos.
Condições dos veículos/ contratação de Transporte
As condições gerais de preservação e higiene dos veículos de transporte devem ser inspecionadas antes do carregamento.
A possibilidade de contaminação cruzada (prevenção de transferência de odor entre os produtos, matérias-primas, dano nas embalagens, etc.) também deve ser avaliada. É imprescindível que a inspeção seja registrada.
Expedição de produtos
Deve-se ter um controle confiável do estoque para garantir o FIFO (First In First Out).
A cada lote enviado, deve-se agregar um certificado de análise com o código do produto/lote de produção, além da nota fiscal.
É necessário que as operações de separação de produtos sejam conduzidas de maneira ordenada e registrada, evitando danos no manuseio das embalagens, falha e/ou trocas.
Rastreabilidade
É necessário que se estabeleça um sistema e/ou controle para rastreabilidade por meio da Nota Fiscal.
Devoluções
É necessário que se estabeleça um controle para produtos retornados dos clientes. Uma área definida para segregação até a análise e disposição do Controle/Garantia da Qualidade precisa ser disponibilizada, bem como um fluxo adequado para evitar misturas / trocas.
Para garantir a eficiência e a qualidade do serviço, a Natura mantém uma Central de Tráfego, que monitora todas as operações logísticas do Brasil, incluindo as unidades produtivas e os centros de distribuição. O acompanhamento em tempo real confere mais agilidade ao processo logístico e auxilia na tomada de decisões quando ocorrem ajustes de planejamento ou outras mudanças externas.
Fonte: Natura - Relatório Anual 2016
Recursos Patrimoniais
A Natura possui 5 unidades produtivas, sendo 4 em Cajamar (SP) e 1 em Benevides (PA) e 14 centros de distribuição, sendo 9 no Brasil e 5 nas operações internacionais
Matemática Aplicada
Aprendemos que a matemática é uma importante ferramenta de gestão. É através das funções matemáticas, tabelas e gráficos que as organizações conseguem prever comportamentos e calcular variáveis que auxiliam na tomada de decisões. Para isso, usa um conjunto de conceitos, como: capital, patrimônio, juros, inflação, empréstimo, investimento, lucro, valor presente, valor futuro, fluxo de caixa, taxa de retorno e outros. Possibilitando assim, determinar custos de estoques, custos de produção, custos totais médios e marginais de produção, ponto de equilíbrio para otimização do lucro. 
A Natura elabora e apresenta suas demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
Conclusão 
Através deste projeto de pesquisa foi possível analisar umas das maiores empresas do mercado nacional. E não podemos deixar de destacar sua responsabilidade social ambiental, bem como, seus esforços na promoção da transparência e da integridade em todas as suas atividades e negócios.
Em termos macro e microeconômicos, pudemos observar com clareza a grande participação do setor HPPC na economia brasileira. Contudo, é possível afirmar que o desempenho econômico da Natura vem sendo influenciado pela queda da receita no Brasil e as oscilações cambiais na América Latina, que acabaram por reduzir o impacto positivo do crescimento das operações internacionais. 
Nas pesquisas de Recursos Materiais e Patrimoniais foi possível explorar dados em relação a visão logística da organização, onde o objetivo principal da empresa é sempre aperfeiçoar a gestão de recursos para crescimento da empresa e garantia de qualidade. Os prêmios de reconhecimento recebidos em 2016 comprovam os investimentos em infraestrutura logística.
Ainda existem alguns desafios paraa Natura, como revitalização da venda direta, reposicionamento da marca e aceleração do crescimento dos negócios internacionais. Ainda assim, é possível afirmar que, apesar do cenário de incertezas econômicas no país, as previsões para o setor são bastantes otimistas.