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MICROBIOTA NORMAL Microbiota normal • O corpo humano possui 10 vezes mais células procarióticas do que células eucarióticas • Estas células procarióticas possuem um papel definido na proteção e nutrição Microbiota normal • Microrganismos usualmente encontrados associados a tecidos corporais sadios • O corpo humano possui 10 vezes mais células procarióticas do que células eucarióticas Classificação da microbiota • Residente: consiste em microrganismos encontrados com regularidade em determinada idade e área de superfície, sendo perturbada, recompõem-se com facilidade • Transitória: consiste em microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que permanecem na pele ou mucosas por horas, dias ou semanas, ao provocando doenças e não se estabelecendo em definitivo na superfície Microbiota normal Nariz – cocos Gram positivos Boca e garganta - cocos Gram positivos, bastonetes Gram positivos, bastonetes Gram negativos, espiroquetas Pele – bastonetes e cocos Gram positivos Estômago – Lactobacillus, Helicobacter pylori Intestino delgado – Bactérias Gram positivas e negativas Cólon – cocos Gram positivos ( Enterococcus) e negativos ( Enterobactérias) 30% do conteúdo do cólon – 1012 / g fezes Bastonetes Gram negativos anaeróbios Vagina – bastonetes Gram positivos - Lactobacillus pH 2 pH 4 - 5 pH 7 Dose infectiva • Quantidade mínima de microrganismos viáveis capazes de produzir toxina ou causar infecção • Salmonella spp 104 – 1010 • E. coli 106 – 107 • E. coli O157:H7 10 – 102 • Staphylococcus aureus 105 – 106 • Bacillus cereus 104 – 1010 • Clostridium botulinum 103 • Clostridium perfringes 104 - 1010 Interação parasito hospedeiro • Aderência ao tecido hospedeiro – Adesão pele e membranas mucosas – Especificidade dos tecidos – Estruturas celulares »Cápsula, camada limosa ( Glicocálice) »Fímbrias »CFA ( E. coli colonizing factors antigens) »Proteínas de adesão ( Streptococcus, Neisseria) »Ácido lipoteicóico (Streptococcus pyogenes) Fig 7.1. Haemophilus influenzae em células da orofaringe humana 7.2.1. Adesão a superfícies externas do corpo Região eletro-densa Extensões célula hospedeira 7.4. Tropismo celular Figuras 7.5 Adesão S. aureus na mucina Mucina = Glicoproteínas de alto peso molecular + ácido siálico + polissacarídeos S. pyogenes www.bact.wisc.edu/.../strep.fig2.jpg Fig. 7.27. Interação acido teicóico e proteína M Fig. 7.28. Camada densa de proteína M Principais interações moleculares na adesão bacteriana Interações de adesão Interações hidrofóbicas Pontes de cátions • Colonização, crescimento e disseminação no organismo – Captação de nutrientes – Condições propícias para o crescimento – Invasão do tecido hospedeiro – Disseminação no organismo • bacteremia Invasão ao tecido hospedeiro • Produção de enzimas que degradam os tecidos – Hialuronidase : quebra do ácido hialurônico (Gram positivos e alguns clostrídios) – Proteases, nucleases, lipases : despolimerização de moléculas ( proteínas, ac nucleicos, lipidios) – Colagenase - rompe a rede de colágenos que sustenta os tecidos, permitindo a disseminação do patógeno pelo corpo ( clostrídios). – Coagulase – formação de coágulos de fibrina. Provoca a deposição de fibrina sobre os cocos, protegendo-os da fagocitose. Infecções localizadas como pústulas (Staphylococcus). Coagulase em lâmina Coagulase em tubo Invasão do tecido hospedeiro • Gelatinase – hidrolisa gelatina ( polipeptídeos), colágeno, fibrinogênio, caseína, hemoglobina, insulina e peptídeos bioativos • Citolisinas – lecitinases ou fosfolipases que atuam sobre a membrana celular – Hemolisinas, lisam eritrócitos, (Enterococcus faecalis) ou – Leucocidinas, lisam leucócitos (Staphylococcus aureus). Penetração no citoesqueleto das células hospedeiras • Invasinas: proteínas de superfície que são produzidas após o contato com a célula hospedeira. Promovem rearranjos nos filamentos de actina do citoesqueleto, formando prolongamentos do citoplasma que irão englobar o patógeno. MEV de cultura de células epiteliais formando “cestas” ao redor de Salmonella Lesão do tecido hospedeiro • Por lesão direta: – Patógenos intracelulares : vírus, alguns protozoários e E. coli, Salmonella, Shigella, N. gonorrhoeae – induzem células hospedeiras à um tipo de fagocitose. Se multiplicam até matar a célula. Célula epitelial do estomago antes (a) e depois (b) da infecção Lesão do tecido hospedeiro • Produção de toxinas: • ~ 220 toxinas bacterianas conhecidas. • Podem produzir febre, diarréia, interromper a síntese protéica, lisar células do sangue, causar espasmos, choque, etc. • 2 tipos: exotoxinas e endotoxinas. Toxinas - Exotoxinas • Citolíticas: agem na membrana plasmática, causando lise e morte celular. Rompem a porção fosfolipídica ou formam canais protéicos . – Ex.: Streptococcus pyogenes (escarlatina), Clostridium perfringens (gangrena gasosa). • Toxina diftérica – interfere na sintese proteíca • Toxina bolutínica – inibe contração muscular, paralisia flácida • Toxina tetânica – inibe o relaxamento muscular – espasmo muscular Toxinas • Enterotoxinas – exotoxinas que interferem na absorção de líquido vômitos e diarréia • Toxina colérica – Vibrio chloreae – mais conhecida. • E. coli, Salmonella enteritidis - enterotoxinas com ação e estrutura similares às da toxina colérica. Toxinas • Endotoxinas – LPS bactérias Gram-negativas Fraco imunógeno e Toxicidade fraca - Dose letal necessária é maior que para as exotoxinas É liberada com a destruição da célula ou durante a divisão celular. Sintomas são os mesmos para os diferentes tipos: febre, fraqueza, dores e choque. Relativamente estáveis, suportam temperaturas maiores que 60ºC durante horas sem perda da toxicidade. Estudada principalmente em E. coli, Shigella e Salmonella. Ex.: febre tifóide, infecções do trato urinário e meningite meningocócica.
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