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Funções Essenciais da Justiça 
 De acordo com o modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser indispensável à existência de determinadas funções essenciais à justiça. 
Para a garantia dos direitos fundamentais, como o direito à educação, é necessário que todas as pessoas tenham a oportunidade de exigi-los. Por isso, a Constituição Federal prevê o direito de acesso à justiça, como um os direitos fundamentais do cidadão. A garantia dos direitos constitucionais não teria consequências práticas se não houvesse mecanismos que permitissem acionar o Poder Judiciário no caso de violações. Essas funções foram materializadas em determinados órgãos que foram criados meramente para o desempenho das supramencionadas funções, que prevê as Funções Essenciais a Justiça. É o caso do Ministério Público, da Advocacia Pública, da Defensoria Pública e da Advocacia Privada. 
FUNÇÕES ESSENCIAIS DA JUSTIÇA :
O legislador constituinte dedicou um capítulo específico dentro do Título IV da Constituição Federal do Brasil, que versa sobre a organização dos Poderes, às funções que considera essenciais à Justiça Pública. A inovação organizou a Defensoria Pública, criou a Advocacia-Geral da União, reforçou a autonomia do Ministério Público e atribuiu status privilegiado aos advogados. 
MINISTÉRIO PÚBLICO – POSIÇÃO CONSTITUCIONAL :
A Constituição dispensa ao Ministério Público tratamento especial, instituindo princípios, ampliando suas funções e fixando garantias tanto para a instituição como para seus membros. O Ministério Público não chega a ser considerado um quarto poder do Estado, mas a Constituição o coloca a salvo da intervenção de outros Poderes, assegurando aos seus membros independência no exercício de suas funções. Com efeito, o Ministério Público é assim conceituado pela Constituição Federal de 1988: “Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Assim, o Ministério Público não promove a defesa dos interesses dos governantes, de quem se acha desvinculado, mas busca realização dos interesses da sociedade. 
Princípio, autonomia e garantias. 
Diz a Constituição em seu art. 127, §1°, que são princípios institucionais do Ministério Público : A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional 
Assegurada a autonomia funcional e administrativa. O princípio da unidade quer dizer que os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a direção de um só chefe. Já o princípio da indivisibilidade “significa que seus membros podem ser substituídos uns pelos outros, não arbitrariamente, porém sob pena de grande desordem, mas segundo a forma estabelecida em lei”. Assim, os poderes dos Procuradores-Gerais encontram limite na própria independência funcional dos membros da instituição. A Constituição não fala expressamente em autonomia orçamentária e financeira, restando, pois, a controvérsia sobre o tema. 
I - as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37 X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; É a eles vedado, de acordo com o art. 128, inciso II, (oriundo em grande parte de acréscimos da Emenda Constitucional n. 45/2004): 
·	Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
·	 Exercer a advocacia; 
·	Participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
·	Exercer ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
·	Exercer atividade político – partidária; 
·	Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei, exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração – a denominada quarentena. 
 
Funções do Ministério Público 
O Ministério Público teve suas funções institucionais ampliadas pela Constituição Federal de 1988. Assim, compete ao Ministério Público, de acordo com o artigo 129: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
 IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedadas à representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada à recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
III - requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
O Presidente do Conselho Federal da OAB oficiará junto ao Conselho. Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. Assim sendo, o Ministério Público tem o encargo de cuidar para que, mediante o processo e o exercício da jurisdição, recebam o tratamento adequado certos conflitos e certos valores a eles inerentes. 
 ADVOCACIA PÚBLICA :
Tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República, entre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico reputação ilibada, prevendo necessária relação de confiança entre representado (Presidente, como Chefe do Executivo Federal) e representante, que justifique a livre escolha. 
O constituinte conferiu aos Advogados Públicos de Estado as atividades de consultoria jurídica e de contencioso judicial, como se depreende da leitura dos artigos 131 e 132 da Constituição Federal de 1988. Do ponto de vista sistemático, tais atividades dos advogados públicos inserem-se no Capítulo IV da Constituição, o qual trata das denominadas “funções essenciais à justiça”. Os advogados de Estado, dessa forma, seriam agentes públicos que integram órgãos que, ao lado do Ministério Público, da Advocacia privada, e da Defensoria Pública, correspondem a uma função adjacente, conquanto essencial, à Justiça, aquientendida como o Poder Judiciário.
Tal perspectiva de atividade relacionada ao Poder Judiciário, no entanto, é imprecisa. Com efeito, conforme mencionado, ao advogado público de Estado compete a missão de promover entre o interesse público decorrente da vontade dos representantes eleitos do povo, com o interesse público advindo dos limites e possibilidades do ordenamento jurídico. Muito além de um defensor do ente público em demandas judiciais, o advogado de Estado deve ser um consultor proativo na promoção de interesses públicos dos mais variados. 
Suas funções, portanto, são típicas e estruturantes do próprio Estado, enquanto entidade que se legitima pela vontade popular representada no Poder Executivo, bem como pelos parâmetros estabelecidos nos atos do Poder Legislativo e do constituinte. Por isso, com olhar mais abrangente, deve-se reconhecer que a Advocacia de Estado tem base em dispositivos constitucionais inseridos no título IV da Lei Maior, que trata exatamente Da Organização dos Poderes, contendo todas as definições fundantes da organização estatal.36 
Como mencionado, os arts. 131 e 132 da Constituição atribuem à Advocacia Geral da União, às Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal, e implicitamente à Advocacia Pública Municipal, a representação jurídica, a consultoria e o assessoramento do Poder Executivo. Tais funções são caracterizadas como preventivas (consultoria e assessoramento jurídico), e postulatórias (representação judicial). As primeiras têm o escopo de orientar a atuação da Administração Pública, evitando ilegalidades; ao passo que o segundo conjunto de funções visa ao cumprimento, junto ao Poder Judiciário, da defesa dos interesses entregues aos cuidados do Estado.
É importante sublinhar que a Constituição prevê a necessidade de que a Advocacia Pública de Estado seja instituída como um corpo técnico permanente, atendendo-se a uma demanda de especialização natural do Estado contemporâneo e das sociedades complexas. Da profissionalização decorre a necessidade de organização em carreira, com cargos providos em concursos públicos, além de uma relação de isonomia com os demais organismos jurídicos de Estado. Este status deve levar a Advocacia Pública a ter autonomia funcional, administrativa e orçamentária, como forma de permitir o efetivo exercício da atividade perante o governo. Estas prerrogativas interessam aos valores do Estado Democrático de Direito, pois daí decorre a existência de sólidas instituições voltadas ao controle da juridicidade dos atos do Poder Público. Concomitantemente, tais características impedem o risco de interferências políticas indevidas, garantindo à Advocacia de Estado o exercício de funções técnicas e despolitizadas. Por isso, uma análise da Advocacia Pública exige a compreensão da identidade institucional da Advocacia Pública
ADVOCACIA PRIVADA:
A advocacia privada possui algumas características identificáveis que,devidamente alinhadas, permitem-nos compreendê-la adequadamente. Tais características são na verdade elementos do regime jurídico que rege a atuação e a pessoa do advogado, e que diferenciam a advocacia das demais profissões, para firmá-la como uma das bases de proteção do Estado Democrático de Direito, por ser função essencial à justiça.
Cumpre dizer, portanto, que, no Brasil, no exercício daprofissão, deve o advogado observância da Lei Federal n.º 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos do Conselho Federal da OAB, o que demonstra a veia publicística do direito que rege a atividade de advocacia no Brasil, sujeitando-se o advogado a regime jurídico próprio fundado, a mais das vezes, emnormas cogentes.São estas as características identificáveis da advocacia, e que serão em seguida estudadas:
a) indispensabilidade;
 b) inviolabilidade;
 c) perenidade; 
d) ramificação tripartite; 
e) múnus público;
 f) parcialidade; 
g) operacionalidade; 
h) independência;
 i) submissão à ordem ética e jurídica;
 j) inatingibilidade; 
l) onerosidade mínima obrigatória; 
m) onerosidade mínima presumida; 
n)exclusividade; 
o) privatividade; 
p) objetividade.
A Advocacia Geral da União:
A Advocacia Geral da União, como órgão que se destina a defender e representar a União, pode ser vislumbrada como um complexo de elementos que possuem a função de representá-la em cada Estado da federação. A mesma exerce, também, além das funções judiciais, funções extrajudiciais, como a atividade de consultoria. Pertence àAdvocacia Geral da União, a Procuradoria da Fazenda Nacional que é responsável pela cobrança judicial executiva da dívida ativa tributária. A Advocacia Geral da União, portanto, está inserida na Advocacia Pública.
DEFENSORIA PÚBLICA:
Defensoria Pública é a instituição pública responsável pelo oferecimento de serviços jurídicos gratuitos aos cidadãos que não possuem recursos financeiros para custear um advogado.
De acordo com o artigo 1° da LC 80/94, "Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe prestar assistência jurídica, judicial e extrajudicial, integral e gratuita, aos necessitados, assim considerados na forma da lei". Esta instituição abrange a Defensoria Pública da União; a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; e as Defensorias Públicas dos Estados.
São órgãos de administração superior a Defensoria Pública-Geral da União, a Subdefensoria Pública-Geral da União, o Conselho Superior da Defensoria Pública da União e a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública da União. São órgãos de atuação as Defensorias Públicas da União nos Estados, no Distrito Federal, nos Territórios e os Núcleos da Defensoria Pública da União. E, por fim, são órgãos de execução os Defensores Públicos da União nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios.
São funções da Defensoria Pública: promover, extrajudicialmente, a conciliação entre as partes em conflito de interesses; patrocinar ação penal privada e a subsidiária da pública; patrocinar ação civil; patrocinar defesa em ação penal; patrocinar defesa em ação civil e reconvir; atuar como curador especial nos casos previstos em lei; exercer a defesa da criança e do adolescente; atuar junto aos estabelecimentos policiais e penitenciários, visando assegurar à pessoa, sob quaisquer circunstâncias, o exercício dos direitos e garantias individuais; assegurar aos seus assistidos, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o contraditório e a ampla defesa, com recursos e meios a ela inerentes; atuar junto aos Juizados Especiais de Pequenas Causas e patrocinar os direitos e interesses do consumidor lesado.

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