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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL Fichamento de artigo MARIA ALÍNIZA DA SILVA TEORIA PSICANALÍTICA Prof.ª: Ana Lucia Ribeiro Rio de Janeiro 2017 ARTIGO: Quando o vínculo é doença: a influência da dinâmica familiar na modalidade de aprendizagem do sujeito. Referência Bibliográfica: Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S0103-84862011000200011 FREINET, Célestin. Conselhos aos pais. São Paulo: Estampa, 1974. (Coleção Técnicas de Educação, n. 6). INTRODUÇÃO: Este fichamento tem como objetivo a compreensão da organização familiar e as implicações existentes no processo de ensino/aprendizagem do sujeito, a fim de dinamizar a influência da família na modalidade do aprender do aluno. Conforme leitura do texto, a família é o grupo primário, qual o sujeito faz parte, onde suas mazelas, seus medos e receios são desenvolvidos e trabalhados, e através de sua inter-relação com a escola o desempenho escolar passa a atingir objetivos complementares. A sociedade atual, tem passado por transformações sociais e culturais, que atingiram o meio familiar no seu contexto, onde as novas concepções familiares, bem como o relacionamento entre o sujeito no meio familiar se modificaram com o passar dos anos e seus avanços. O autor Jorge Visca mencionado no texto sugerido, nos aborda a Epistemologia Convergente, que propõe em sua tese um trabalho clínico para melhor compreensão do sujeito, e melhor desenvolvimento e orientação no tange conduta e personalidade. O presente fichamento traz uma abordagem, sobre o processo de aprendizagem, qual não começa apenas na escola, mas a partir das primeiras relações com seus pais e com a família, qual levanta questões sobre o que se encaixa como dito normal e patológico, para que a sociedade familiar possa refletir sobre seu papel no processo de aprendizagem do sujeito. Porém, no final do século XX, a família começou a desestruturar-se, por questões da busca pela tal “qualidade vida”, os filhos passaram a serem educados apenas pela a escola, e até nos dias atuais, as tais tias como assim são chamadas em sala de aula, passaram a ter um vínculo efetivo maior que as próprias mães. Este fichamento nos leva a refletir sobre o modo como o âmbito familiar está influenciando no desenvolvimento e o rendimento do sujeito no processo de aprendizagem, bem como a formação desse sujeito para vida. A família, como sistema integrador para esse sujeito com o mundo, tem como função proteger e permitir que esse indivíduo a cultura existente. A FAMÍLIA E SEUS VINCULOS NA APRENDIZAGEM DO SUJEITO Conforme a Psicanálise, as relações estabelecidas pelas pessoas podem ser definidas através de três tipos de vínculos. São eles: Dependência, qual traz consigo um modelo de intergeracional entre pais e filhos, vínculo esse presente no ato de ensinar, qual se manifesta professor X aluno, qual tem intenção de proteger para que o sujeito não cometa erros, com a ideia professor ensina e sujeito reproduz. Outro vínculo é o da cooperação, que traz em sua definição a ideia de ajudar as pessoas a atingir um objetivo; onde duas ou mais pessoas trabalham em função de um bem, e por fim temos o vínculo da competição, qual a sociedade atual tem vivenciado em todas as esferas. O vínculo é uma união, relação ou ligação de uma pessoa ou coisa com outra. Por conseguinte, duas pessoas ou objetos vinculados estão unidos, encadeados ou atados, seja física ou simbolicamente. Sobre a fundamental importância da família, assim se expressa Pestalozzi (FREINET, 1974, p. 14). A família, além de sua tarefa de constituir o sujeito e auxilia-lo no seu desenvolvimento social, precisa ajudá-lo a se conhecer individualmente, como em sujeito do processo de aprendizagem. É fundamental que haja coerência por parte dos pais/responsáveis no que transmite aos filhos, a fim de deixar clara a delimitação social dos papéis e funções na sociedade. Vale ressaltar que, algumas famílias de crianças que apresentam TDA levam mais tempo para tomada de decisões, quando comparada as famílias ditas normais. Necessário que a família seja o elo forte deste sujeito o integrando no meio que vive, permiti- o que sua aprendizagem seja compartilhada de várias maneiras, e que esse vínculo familiar seja sua base. Não há livros, não há métodos artificiais que possam substituir a educação em família. A melhor história, o quadro mais emocionante visto num livro são para a criança como a visão de um sonho sem vínculos, sem seguimento, sem verdade interior. Pelo contrário, o que se passa em casa, sob os olhos da criança, liga-se naturalmente, no seu espírito, a mil outras imagens precedentes, pertencendo à mesma ordem de ideias e, portanto, têm para ela uma verdade interior. CONCLUSÃO: A educação é um processo muito sério, que exige comprometimento e disponibilidade tanto dos pais/ família e educadores. A família necessita participar da formação de valores do sujeito, permitindo que esse vínculo entre sujeito e família se fortifique. Atualmente nunca se viu tantos problemas relacionados ao ensinar e ao aprender como em nossos dias, estamos vivendo uma era, qual o sujeito se encontra robotizado pelo sistema, qual valores familiares estão se perdendo no espaço. É fácil encontrar, em inúmeros livros e artigos, conselhos sobre como agir em relação ao ensino e a aprendizagem do sujeito. Entretanto, penso que muito deve ser construído, questionado e estudado sobre o modo como preparamos as novas gerações para o futuro, para a vida em sociedade, é quais procedimentos podem ser usados para que a família venha contribuir para melhor desenvolvimento do sujeito na modalidade de aprendizagem ofertada pelas escolas. E quando me refiro à sociedade, reporto-me à organização familiar e escolar. O desencadeamento e os problemas desenvolvidos na infância e adolescência podem ameaçar de muitas maneiras a aprendizagem do sujeito. Precisamos, primeiramente, aprender a lidar com as limitações e sentimentos do sujeito de maneira honesta e verdadeira.
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