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PRINCÍPIOS ENXUTOS AULA 4 PROFª: MARIANE SOUZA Princípios Enxutos 1. Especificar o produto sob a ótica do cliente (VALOR), e 2. Alinhar na melhor sequência as atividades que criam este valor (CADEIA DE VALOR); 3. Realizar essas atividades sem interrupção (FLUXO CONTÍNUO), 4. Sempre que, e somente quando, alguém as solicita (SISTEMA PUXADO), 5. De forma cada vez mais eficaz (MELHORIA CONTÍNUA ATÉ A “PERFEIÇÃO”). 1. Valor É aquilo que o cliente deseja e reconhece como algo desejável, que ele está disposto a pagar para obter; Valor só pode ser definido pelo cliente final; Valor é criado pelo produtor; Exige que seja discutido em termos de um produto específico, em um momento específico, atendendo a uma necessidade dos clientes a um preço específico. Definir o que é valor deve estar em primeiro plano para a empresa, independente dos ativos e tecnologias que a empresa já possui. 1. Valor 2. Cadeia de Valor É o conjunto de todas as ações específicas necessárias para se levar um produto específico: da concepção ao lançamento do produto; do recebimento do pedido até a entrega; da matéria prima ao produto acabado nas mãos do cliente. Identificar a cadeia de valor expõe os desperdícios na empresa, identifique-os e elimine-os. 2. Cadeia de Valor Analisando a cadeia de valor vemos: Atividades que criam valor: soldar, cortar, pintar, etc. Atividades que não criam valor, mas são necessárias (invitáveis) para a tecnologia usada momentaneamente: colocar a peça na máquina, verificar a fixação da peça, etc. Atividades que não criam valor e devem ser eliminadas imediatamente: movimentação de peças, retrabalho, etc. 2. Cadeia de Valor Vídeo Mercury Marine 3. Fluxo Contínuo Busca fazer fluir a cadeia de valor; Conquista de Ford com a linha de montagem (para 1 produto apenas); O STP busca criar o fluxo contínuo na produção de pequenos lotes quando são necessárias dezenas ou centenas de cópias de um produto (e não milhões, como no caso de Ford); Reduz o tempo de atravessamento (lead time) do sistema; 3. Fluxo Contínuo O modelo japonês não se contrapõe ao princípio de produção em massa, mas sim, à necessidade de produzir em grandes lotes. Produção em massa: produção para atender grandes pedidos; Produção em grandes lotes: produção através de grandes lotes de fabricação; De fato, o Sistema Toyota de Produção foi inspirado em vários aspectos da organização das fábricas de Ford. 3. Fluxo Contínuo – 60 peças 3. Fluxo Contínuo – 60 peças 3. Fluxo Contínuo – 60 peças 3. Fluxo Contínuo Redução do tempo de resposta ao pedido do cliente; Eliminação de atividades desnecessárias; Redução de: estoque em processo; movimentação de peças; área necessária a fabricação; 3. Fluxo Contínuo – Eliminação de atividades desnecessárias 3. Fluxo Contínuo O que é necessário para aplicar o fluxo contínuo? O processo deve ser capaz de realizar os produtos certos o tempo todo, disponível para operar sempre e adequado à capacidade ideal, para evitar gargalos e ociosidades; Garantir a estabilidade e melhoria constante dos 4 M’s Mão de obra, máquinas, materiais e métodos. 4. Produção puxada Só produzir o produto necessário, na quantidade necessária e quando necessário; Rever o fluxo de informação para evitar a produção em excesso; Cada etapa do processo só deve produzir um bem ou serviço quando um processo posterior ou cliente final solicitar (necessitar); 4. Produção puxada 4. Produção puxada 4. Produção puxada Supermercado é um modo: Estoque controlado visualmente onde o cliente retira os produtos que necessita; O processo fornecedor produz o suficiente para repor o estoque consumido (ponto máximo e reposição); Caso não haja consumo, o processo fornecedor para (mesmo causando ociosidade); Kanban Por esse motivo criou-se a idéia do controle visual. QUANTIDADE DE ITENS PRODUZIDOS = QUANTIDADE DE ITENS DEMANDADOS Produção Puxado A produção puxada é um modo de interligar todos os processos produtivos no chão de fábrica. O fornecedor deve produzir no mesmo ritmo que o cliente consome, e, assim, produzindo de acordo com a demanda real e com o mínimo de desperdício. Sistema Puxado Transfere para o chão de fábrica a programação diária de produção; O PCP reduz seu envolvimento com a “programação”, passando a desenvolver melhor: ◦ Planejamento: análise de séries históricas, melhoria das previsões, melhoria da interface com a gestão da demanda, etc. ◦ Controle: atendimento ao cliente e ao planejado, alterações em níveis de estoques nos supermercados, etc. Vantagens do Sistema Puxado Todos os problemas de produção são identificados pelo baixo nível de estoques; O fluxo de informação é rápido entre processos de produção; Rápida adaptação a variações e mudanças de mix de demanda; Necessita de uma programação detalhada apenas para o processo puxador. Objetivos do Sistema Puxado Controlar a produção entre fluxos contínuos; Reduzir desperdícios; Produção baseada em uma demanda real e não em previsões; Linha FIFO (CONWIP) Cartões enviados a cada intervalo de tempo pré-definido; Tipos de Sistemas Puxados Sistema Puxado de Reposição Proteção à variações da demanda Objetivos do Kanban Controle e manutenção do fluxo contínuo de produção; Nivelamento e sequenciamento da produção; Reduzir desperdícios; Reposição baseada no consumo/demanda real; Controle visual do fluxo ao longo da cadeia de valor; Permitir melhoria contínua; Regras do sistema Kanban 1. O processo cliente deverá retirar do processo fornecedor somente os produtos que forem necessários, na quantidade e no momento em que forem necessários; i. É proibida qualquer retirada sem kanban; ii. É proibida retiradas maiores que a quantidade de kanbans; iii. Um produto no supermercado deve sempre ter um kanban 2. O processo fornecedor deve produzir somente a quantidade retirada pelo processo seguinte (cliente): i. É proibido produzir mais que o número de kanbans ii. Cada processo fornecedor deve realizar rapidamente cada setup iii. Nenhuma peça pode ser produzida ou transportada sem kanban Regras do sistema Kanban 3. Produtos defeituosos não devem ser mandados para o processo seguinte (cliente) ou supermercado; i. Qualidade na fonte; 4. O número de kanbans deve ser minimizado i. O número de kanbans expressa o estoque máximo 5. O kanban deve ser usado para adaptar a produção à pequenas flutuações de demanda. i. Variações de cerca de 10% de demanda podem ser gerenciadas com aumento da frequência de kanbans de retirada Reposição Contínua – COM SETUP Qtd. t Quando o produto chegar a um certo nível de estoque (ponto de disparo), inicia o processo de reposição em uma quantidade preestabelecida Intervalo variado Supre em quantidade fixa Reposição Contínua – COM SETUP Tipos: ◦ Kanban de lote (sinalização ou triângulo): um cartão para cada item; ◦ Kanban de cores: múltiplos cartões para cada item; Características: ◦ Possuem as mesmas fórmulas de cálculo, entretanto, há diferenças no acionamento; ◦ Deve-se programar quantos setups serão realizados em média por dia; ◦ Também pode ser utilizado para matéria-prima com o fornecedor, desta forma sem levar em conta o número de setups. Reposição Contínua – COM SETUP Reposição Contínua – COM SETUP 4. Produção puxada A produção puxada é um modo de interligar todos os processos produtivos no chão de fábrica, para que cada processo fornecedor esteja produzindo no mesmo ritmo que o seu processo cliente, e, assim, produzindo de acordo com a demanda real ecom mínimo de desperdícios. 4. Produção puxada 5. Melhoria contínua 5. Melhoria contínua 5. Melhoria contínua KAIZEN Atividades contínuas e permeadas por toda a empresa (PESSOAS), além das funções habituais dos funcionários, para obter resultados que contribuam para as metas da organização; Todos os funcionários devem pensar em uma maneira melhor de realizarem suas atividades. 5. Melhoria contínua KAIZEN Objetivos: Obter lucro para a empresa; Melhorias ditadas pela necessidade; Eliminação de desperdícios; Proporcionar satisfação aos clientes; Realizar a satisfação dos colaboradores; 5. Melhoria contínua KAIZEN Características Oportunidades; Participativo; Incremental; Sistêmico; Padrão. 5. Melhoria contínua 5. Melhoria contínua 5. Melhoria contínua Padronização Definição de padrão: “Regra” feita por alguma autoridade; “Este é o nosso padrão corporativo” ... “esta é a meta”; Definição enxuta: Base de comparação e status atual; “Como você sabe se esta é a melhor forma?”; “Sem padrão não há base de comparação e não tem como saber se há melhoria ...” “a melhor forma é o padrão” 5. Melhoria contínua 3. Fluxo Contínuo Redução dos recursos (homens, estoques, máquinas, etc.) para encontrar os problemas. 5. Melhoria contínua Causa Raiz Normalmente as perdas observadas são um sintoma e não a causa raiz; Deve-se buscar a solução do problema para que ele não ocorra novamente; Método dos 5 por quê. 5. Melhoria contínua Causa Raiz Por que a máquina parou de funcionar? Porque houve uma sobrecarga e o fusível queimou. Por que houve uma sobrecarga? Porque o mancal não estava suficientemente lubrificado Por que não estava suficientemente lubrificado? Porque a bomba de lubrificação não estava bombeando suficientemente. Porque não estava bombeando suficientemente? Porque o eixo da bomba estava gasto e vibrando. Por que o eixo estava gasto? Porque não havia uma tela acoplada e entrava limalha. DÚVIDAS Teoria das Restrições (TOC) Mensuração das melhorias da função processo (indicadores da TOC); Identificação das restrições do sistemas produtivos: gargalos e recursos de capacidade restrita; Proposição para a implantação de melhorias no sistema produtivo; Teoria das Restrições (TOC) Indicadores globais: Lucro líquido – LL (medidor absoluto); Retorno sobre o investimento – RSI (medidor relativo); Fluxo de caixa – C (medidor de sobrevivência, uma condição necessária). Indicadores operacionais: Ganho – G (preço dos produtos menos matéria prima); Investimento – I (dinheiro investido na compra de coisas que o sistema pretende vender); Despesas operacionais – DO (dinheiro gasto para transformar investimento em ganho). Teoria das Restrições (TOC) Gargalo: recursos cuja capacidade disponível é menor que a capacidade necessária para atender a demanda; CCR (recursos de capacidade restrita): recursos que em média possuem capacidade para atender a demanda, mas, devido a variabilidade natural do sistema, podem circunstancialmente apresentar restrição de capacidade. Teoria das Restrições (TOC) Cinco passos da TOC para o atingir as metas: 1. Identificar as restrições do sistema; 2. Utilizar da melhor forma possível as restrições do sistema; 3. Subordinar os demais recursos as decisões tomadas no passo 2; 4. Elevar a capacidade das restrições; 5. Voltar ao passo 1. Atividades Extra-classe Princípios Introdução: WOMACK, J.; JONES. D. A mentalidade enxuta nas empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
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