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OPERAÇÃO PADRÃO AULA 5 PROFª: MARIANE SOUZA Shojinka: Flexibilização da Mão de Obra Shojinka é a capacidade do sistema em responder às variações de demandas através da flexibilização do número de trabalhadores na linha de produção. Três pré- requisitos para a realização do Shojinka 1. Layout de máquinas adequado; 2. Operadores multifuncionais; 3. Avaliação contínua e revisão periódicas das rotinas de operações multifuncionais. 2 1. Layout do posto de trabalho oO layout utilizado para fins de facilitar a flexibilização da linha é o layout do tipo “U”. oCom este layout o número de operações executadas por cada trabalhador pode ser modificado rápida e facilmente. oA essência do layout tipo “U” é manter próximas a entrada e a saída da linha. 3 Um Típico layout tipo “U” com Operadores Multifuncionais 4 Características e Vantagens do Layout tipo “U” 1. Uma quantidade constante de inventário pode ser mantida, uma vez que um único trabalhadores pode operar e monitorar a primeira (entrada) e a última (saída) máquina na linha, de forma que fica fácil perceber que quando uma peça sai, outra pode entrar na linha. 2. A manutenção de um nível de inventário mínimo entre as operações possibilita a identificação rápida de qualquer problema de desbalanceamento entre as operações ou problema de qualidade com subsequente ação imediata. 5 Características e Vantagens do Layout tipo “U” 3. Permite o aumento da produtividade através da utilização eficaz de operadores multifuncionais. Também possibilita a rotação dos operadores entre diferentes postos de trabalho. 4. No layout tipo “U” as máquinas estão localizadas de forma a minimizar os deslocamentos necessários para o operador desempenhar atividades multifuncionais. 5. A resposta às variações de demanda pode ser dada muito rapidamente através do ajuste da velocidade da linha e do número de operadores utilizados. 6 2. Operadores Multifuncionais o O trabalhador multifuncional é treinado para desenvolver a habilidade de operar qualquer tipo de máquina em qualquer processo. o A multifuncionalidade dos operadores é obtida através da “rotação do trabalho” onde cada operador executa todo o tipo de trabalho. 7 Índice de Multifuncionalidade M = número de processos que cada trabalhador i domina número total de operações na linha X n Onde: n = número total de trabalhadores na linha de produção Os objetivos da Toyota eram: 1977: 60% 1978: 80% 1979: 100% 8 3. Operações Padronizadas O que é? Formalização e padronização de todo trabalho necessário. Objetivo: (i) Alta produtividade através do trabalho eficiente, sem perdas; (ii) Balanceamento entre os processos em termos de tempo de produção; (iii) Definir o nível mínimo de WIP e mantê-lo tão baixo quanto o possível. 9 Etapas para determinação das Operações Padronizadas 1) Determinação do Takt Time; 2) Determinação do tempo de ciclo; 3) Determinação da rotina de operações; 4) Determinação da quantidade padrão de inventário; 5) Preparação da folha de operações padronizadas. 10 1. Determinação do Takt Time Takt time é o tempo no qual uma unidade do produto deve ser produzida. É o ritmo necessário para atender a demanda Takt time = Tempo efetivo de operação por turno Volume de produção requerido por turno DESCONTAR PARADAS PROGRAMADAS 11 Controle Visual do Takt Time 12 Takt Time Takt time está associado à função processo o O ritmo é marcado pela velocidade da linha ou pela contagem de produtos acabados em intervalos pré- determinados. o Quando um posto ultrapassa o tempo estipulado na rotina de padronização são acionados alarmes visuais e sonoros. 13 Takt Time o Alteração do takt time, com a decorrente redefinição das rotinas de operação, não é trivial, repercutindo em toda a fábrica. o Por isso a importância de nivelar a demanda e a produção. o Implica em redistribuição das cargas de trabalho (refazer o balanceamento). 14 2. Determinação do tempo de ciclo O Tc está associado à função operação o Quando analisada uma operação isolada, o Tc é o tempo entre o início e término da operação no posto. o É o tempo que consta nos roteiros de produção dos sistemas de PCP. 15 Tempo de Ciclo O tempo de ciclo deve ser determinado em cada operação e para cada diferente peça. É dado por: tempo de operação manual + tempo de processamento na máquina A capacidade de produção é calculada por: N = T C onde: N = capacidade de produção em termos de unidades produzidas T = tempo disponível de operação total C = tempo de ciclo por unidade 16 Tempo de ciclo para uma Linha ou Célula A cada configuração da linha cabe um único Tc 17 Tempo de ciclo para uma Linha ou Célula o O Tc da linha ou célula é o tempo das operações na máquina/posto mais lento. o É o ritmo máximo possível mantidas as condições atuais. 18 Tempo de ciclo para uma Linha ou Célula o Se a capacidade não for suficiente, identificar operação gargalo e concentrar na sua melhoria o A imposição de um takt time menor serve para destacar os gargalos. o Aumentos significativos na demanda podem implicar na compra de novos equipamentos e contratação de funcionários. 19 3. Determinação da Rotina de Operação Padrão o É a seqüência de ações que cada trabalhador deve executar num determinado tempo de ciclo. - Base para treinamentos o Orienta o operador em que ordem apanhar a peça, colocá-la na máquina, retirá-la e também a seqüência de operações em um determinado Tc. 20 21 Folha de Rotina de Operações 22 Procedimento de Preparação da Folha de Rotina de Operações 1. O takt time é marcado com uma linha vermelha na posição correspondente; 2. O número de operações que um trabalhador pode executar deve ser pré- determinado. O tempo total das operações deve ser calculado através da folha de capacidade de produção da peça. Tempo para deslocamento entre as máquinas deve ser medido e considerado; 3. Os tempos de operação manual e processamento para a primeira máquina são marcados na folha exatamente como na folha de capacidade de produção. 23 Procedimento de Preparação da Folha de Rotina de Operações 4. A segunda operação deste trabalhador deve ser determinada, lembrando que a ordem dos processos necessariamente a mesma da rotina de operações; 5. Os passos 3 e 4 são repetidos até que toda a rotina de operação seja determinada; 6. A rotina deve ser completada até o inicio do próximo ciclo de operações (linha vermelha). O tempo com deslocamentos é representado por uma linha tortuosa; 24 7. O ponto de término da ultima operação deve situar-se antes da linha vermelha. Se a ultima operação terminar antes do Takt time, talvez seja possível adicionar mais operações à rotina. Se a ultima operação terminar depois do Takt time, tentar reduzir o tempo de execução de cada uma das operações. 8. Testar a exequibilidade da rotina. O supervisor deve avaliar este aspecto. 25 4. Determinação da quantidade padrão de inventário Mínima quantidade de peças em circulação necessária para manter o fluxo constante e nivelado de produção. Este nível pode variar e acordo com os diferentes layout de máquina e rotinas de operações. Se a rotina de operações segue na mesma ordem de fluxo de processo, é necessário somente uma peça em processamento em cada máquina. Não é necessário manter qualquer estoque entre as máquinas. 26 5. Preparação da Folha de Operações Padrão São diagramas do layout dos equipamentos, mais os seguintes dados: -Takt tme -Rotinas de Operações. -Quantidade padrão de material em processamento. -Tempo de ciclo -Pontos de verificação e teste do produto -Pontos de atençãoquanto à segurança 27 O Controle visual Proporcionado pela Folha de Operações o Orienta o operador, de forma que ele mantenha a sua rotina de operações. o Ajuda o supervisor a verificar se os operadores estão realmente seguindo as operações padrão. o Ajuda a gerência a avaliar a habilidade do supervisor em implementar melhorias contínuas nas operações. 28 Exemplo Hipotético de Padronização das Operações 29 1- Análise do Produto 30 2. Análise da Alocação Atual 31 3. Análise do Roteiro de Produção 32 4. Cálculo do Takt Time Tempo efetivo de produção diário = 8h/dia = 480 min/dia = 28.800 seg/dia 33 5. Determinando a Capacidade de Produção da Célula/Linha o Primeiro Passo: Calcular a produção máxima em cada máquina/operação. Para TN201 por exemplo. N = T = 28.800 = 320 peças C 90 o Segundo passo: Identificar a “máquina gargalo” 34 35 6- Determinando as Operações Padronizadas o Prepara-se a Folha de Operações Padronizadas “para cada operador”, de forma a identificar a carga de trabalho de cada um. oVide exemplo do “operador número 1” 36 37 Gráfico de Carga por trabalhador 38 TAKT TIME = 101 s 39 7 – Determinando a quantidade padrão de material em processamento Quantidade mínima = 1 peça em cada posto 8- Preparação da folha de Operações Padronizada 40 41 Balanceamento da Mão de Obra Tempo Operação Manual = 239 s Número Mínimo de Operadores = 239/101 = 3 operadores 42 43 Gráfica de carga: Alternativa 1 44 TAKT TIME = 101 s 45 Gráfica de carga: Alternativa 2 46 TAKT TIME = 101 s Sugestão lean para distribuir o trabalho 47 Tempo de Ciclo Meta = takt time x eficiência meta (OEE meta) o Uma distância significativa entre o takt time e o tempo de ciclo indica a existência de problemas de produção que causam paradas não planejadas. o Quando você compensa os problemas de produção colocando o tempo de ciclo muito mais rápido que o takt time, o incentivo para resolver esses problemas desaparece. 48 Indicador OEE (eficiência meta) (Overall Equipment Effectiveness) 49 50 51 As 6 grandes perdas Perdas devido a parada de máquinas 1. Perda por quebra da máquina - Contribui com a maior parcela na queda do rendimento do equipamento 2. Perda por setups e ajustes 52 Índice de Tempo Operacional ou Disponibilidade (ITO) Perda 1 + Perda 2 = Perda por Parada 53 Exemplo o Jornada de trabalho diária = 8 horas (480 minutos) o Paradas planejadas (ex: reuniões, manutenção planejada) = 20 minutos o Falhas de máquinas = 20 minutos o Mudança de linha e ajustes = 40 minutos Tempo Total Disponível = 480 - 20 = 460 ITO > 90% (Bom resultado, baseado em experiências empíricas) 54 Perdas por velocidade 3. Perda por queda de velocidade - Diferença entre a velocidade nominal do equipamento e a velocidade real 4. Perda por operação em vazio - Problemas a montante, obstrução de peças Ex: Máquina operando em vazio durante a interrupção da alimentação das matérias-primas 55 Índice de Performance Operacional (IPO) IVO = Tempo de ciclo teórico / Tempo de ciclo real IVO = 0,5 min/peça x 100% = 62,5% 0,8 min/peça 56 Tempo Efetivo de Funcionamento (TEF) 57 TEF = N. de produtos processados x T ciclo real T disponível – T paradas TEF = 400 peças x 0,8 min x 100% = 80% 400 minutos Índice de Performance Operacional IPO = 0,625 x 0,80 x 100 = 50% IPO> 95% é um bom resultado Perdas devido a defeitos 5. Perda por defeitos e retrabalhos no processo 6. Perda por defeitos e retrabalhos no início da produção – da partida da máquina à produção estável 58 Índice de Aprovação de Produtos 59 OEE (Overall Equipment Effectiveness) ITO: Índice de Tempo Operacional IPO: Índice de Performance Operacional IAP: Índice de Aprovação de Produtos OEE = ITO × IPO × IAP Exemplo: OEE = (0,87 × 0,50 × 0,98) × 100 = 42,6% Um OEE acima de 85% é considerado um bom resultado. 60 TPM x TRF 61 o Similaridade entre as tarefas de troca de ferramentas e manutenção o Técnicas de TRF podem se aplicadas para facilitar manutenção o Boa manutenção de componentes da máquina pode favorecer trocas o Realizar manutenção ao mesmo tempo que trocas - Reduz tempo de máquina parada
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